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SpaceX define nova data de lançamento da missão que vai “libertar” astronautas “presos”

Dois astronautas que estão há cerca de 280 dias “presos” na Estação Espacial Internacional (ISS) dependem da chegada de uma nova tripulação ao laboratório orbital para, finalmente, poder voltar para a Terra. E a missão “redentora” decolaria na noite de quarta-feira (12) – no entanto, o lançamento foi suspenso por problemas técnicos (saiba detalhes aqui).

Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, partiram para a ISS em junho de 2024, no primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing, para uma missão de oito dias – que já dura mais de nove meses. 

Barry “Buch” Wilmore e Sunita “Suni” Williams, os astronautas da NASA em missão prolongada no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing. Crédito: NASA

Agora, a espera parece que finalmente vai chegar ao fim, com o retorno da dupla à Terra previsto para os próximos dias, tão logo os membros da missão SpaceX Crew-10 cheguem para substituí-los.

Em um comunicado, a SpaceX anunciou uma nova data de lançamento da missão. Um foguete Falcon 9 está programado para decolar na sexta-feira (14), às 20h03 (pelo horário de Brasília), do Complexo de Lançamento 39A no Centro Espacial Kennedy, da NASA, na Flórida – com transmissão ao vivo pelo perfil oficial da empresa de Elon Musk no X (antigo Twitter) e pela NASA+.

Anne McClain e Nichole Ayers, da NASA, Takuya Onishi, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) e o cosmonauta russo Kirill Peskov, da Roscosmos, vão viajar a bordo da Dragon Endurance (que já foi usada anteriormente nas missões Crew-3, Crew-5 e Crew-7), com previsão de atracar no módulo Harmony da estação no dia seguinte. Saiba mais sobre o time aqui e entenda aqui o que a missão Crew-10 vai fazer na ISS.

Equipe Crew-10
Foto oficial dos membros da missão SpaceX Crew-10 (da esquerda) o especialista da missão Kirill Peskov, da Roscosmos; a piloto Nicole Ayers e a comandante Anne McClain, ambas astronautas da NASA; e o especialista da missão Takuya Onishi, da JAXA (Imagem: NASA/Bill Stafford/Helen Arase Vargas)

Como os astronautas da Starliner vão voltar para a Terra

Ao que tudo indica, a volta de Williams e Wilmore para a Terra acontece na próxima semana, “de carona” com os membros da missão Crew-9, Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado no dia 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida;
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de um vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave, e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore vão voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurança, em setembro.

Mas, por que tanta demora? O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a acusar o governo anterior de deixar os astronautas “abandonados” na ISS – o que foi desmentido pela dupla.

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Acontece que há um calendário e um trânsito a se cumprir no laboratório orbital. Todas as tripulações que vão para lá sabem que a volta pode não acontecer dentro do prazo previsto (e tudo é meticulosamente calculado).

As equipes normalmente voltam para a Terra no mesmo veículo que as conduziram, que fica atracado na estação durante todo o percurso da missão. Como a espaçonave Starliner apresentou problemas graves e precisou regressar vazia ao planeta, seus tripulantes tiveram que aguardar a oportunidade mais adequada de retorno.

Da direita para a esquerda: Frank Rubio, astronauta da NASA, e seus companheiros russos da missão Soyuz MS-22 Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, que ficaram 371 dias na estação espacial. Crédito: Roscosmos

E não foi a primeira vez que isso aconteceu. É comum que astronautas excedam (e muito) o tempo de permanência previsto na ISS. Normalmente, as missões duram cerca de seis meses, mas podem ser estendidas por vários motivos, como experimentos ou imprevistos. 

No caso de Williams e Wilmore, se eles retornarem no domingo (16), como foi cogitado (mas ainda não oficializado) pela NASA, eles terão passado 284 dias em órbita. O astronauta Frank Rubio, dos EUA, junto com os russos Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, permaneceram 371 dias consecutivos no espaço entre 2022 e 2023.

Isso porque um incidente danificou a espaçonave russa Soyuz que os traria de volta à Terra, motivo pelo qual a estadia do trio no laboratório orbital foi prorrogada por mais seis meses, até a chegada de uma cápsula de substituição.

Embora garantam que não se sentem “presos”, vale uma observação curiosa: a cápsula Dragon da missão Crew-9 onde Williams e Wilmore vão embarcar de volta para a Terra se chama Freedom – “Liberdade”, em inglês.

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SpaceX lança nova missão tripulada e prepara volta de astronautas “presos”

Agora falta bem pouco para os astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, voltarem para casa. Eles viajaram para a Estação Espacial Internacional (ISS) no primeiro voo tripulado da nave Starliner, da Boeing, em junho de 2024, para uma missão de cerca de oito dias – que já se prolonga por mais de nove meses. Ao que tudo indica, a espera finalmente vai acabar: o retorno da dupla para a Terra deve acontecer nos próximos dias.

Williams e Wilmore vão embarcar na cápsula Dragon Freedom, que está acoplada desde setembro na ISS, junto com os membros da missão SpaceX Crew-9 (Nick Hague, também da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da agência espacial russa, Roscosmos), em torno de uma semana após a chegada da tripulação Crew-10 ao laboratório orbital. A data específica depende das condições climáticas na costa da Flórida, onde será o splashdown no oceano.

Astronautas da NASA Sunita Williams e Butch Wilmore dentro da Estação Espacial Internacional. Crédito: NASA

De acordo com um comunicado, a missão Crew-10 está programada para decolar em um foguete Falcon 9 nesta quarta-feira (12), às 20h48 (pelo horário de Brasília), do Complexo de Lançamento 39A no Centro Espacial Kennedy, da NASA, na Flórida – com transmissão ao vivo, a partir das 16h45, pelo canal da NASA no YouTube.

O horário do acoplamento previsto é às 10h de quinta-feira (13) e também deve ser transmitido em tempo real pela agência.

Ao longo de 113 dias (pouco mais de três meses), as astronautas Anne McClain e Nichole Ayers, da NASA, além do taikonauta Takuya Onishi, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) e do cosmonauta da Roscosmos Kirill Peskov vão realizar pesquisas, demonstrações de tecnologia e atividades de manutenção a bordo da estação.

Segundo a NASA, assim que todas as verificações de sistemas do foguete e da cápsula Endurance estiverem concluídas e todos os componentes forem certificados para voo, as equipes vão acoplar a nave ao lançador no hangar da SpaceX no local de lançamento. 

Em seguida, o veículo será conduzido até a plataforma e posicionado na vertical para um ensaio geral seco com a tripulação e um teste de fogo estático integrado. Este será o quarto voo da cápsula Endurance (que já foi usada anteriormente nas missões Crew-3, Crew-5 e Crew-7)

Conheça os astronautas da missão SpaceX Crew-10

A partir do canto superior esquerdo: as astronautas da NASA Anne McClain, comandante, e Nichole Ayers, piloto, juntamente com os especialistas da missão Takuya Onishi, astronauta da JAXA (Agência de Exploração Aeroespacial do Japão) e o cosmonauta russo Kirill Peskov. Crédito: NASA

Anne McClain

Veterana no espaço, a astronauta Anne McClain, da NASA, estará em seu segundo voo espacial. Coronel do Exército dos EUA, ela tem formação em Engenharia Mecânica, Aeroespacial, Segurança Internacional e Estudos Estratégicos. Ex-pilota instrutora de helicópteros de combate, acumula mais de 2.300 horas de voo, incluindo 800 em missões militares. Em sua primeira ida ao espaço, passou 204 dias na ISS, onde participou de duas caminhadas espaciais.

Nichole Ayers

Nichole Ayers, também da NASA, estreia no espaço com a missão Crew-10. Major da Força Aérea dos EUA, ela se destacou como pilota de combate e instrutora do F-22 Raptor. É formada em Matemática, com especialização em russo, e tem mestrado em Matemática Computacional e Aplicada. Com mais de 1.400 horas de voo, sendo 200 em combate, Ayers liderou missões multinacionais e multisserviços. Ela é a primeira astronauta da classe de 2021 da agência espacial dos EUA a ser designada para um voo.

Takuya Onishi

Astronauta da JAXA desde 2009, Onishi retorna à ISS após integrar as Expedições 48 e 49. Foi o primeiro japonês a capturar roboticamente a espaçonave Cygnus e ajudou a estruturar o laboratório Kibo. Piloto de formação, tem mais de 3.700 horas de voo no Boeing 767 e também atuou como diretor de voo da JAXA.

Kirill Peskov

Estreante no espaço, o cosmonauta russo Kirill Peskov foi copiloto comercial antes de ingressar na Roscosmos. Engenheiro de formação, passou por treinamentos rigorosos, como gravidade zero, paraquedismo e sobrevivência na selva, preparando-se para sua primeira missão orbital.

Foguete Falcon 9, da SpaceX, com a espaçonave Dragon no topo, posicionado na vertical na plataforma de lançamento do Complexo de Lançamento 39A, no Centro Espacial Kennedy, da NASA, na Flórida, antes do lançamento da missão Crew-10 para a Estação Espacial Internacional. Crédito: SpaceX

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O que esperar da missão Crew-10

Após a decolagem, o foguete Falcon 9 vai impulsionar a cápsula Dragon a aproximadamente 28 mil km/h. Durante o trajeto, a tripulação e a equipe da SpaceX em solo, vão monitorar manobras para o acoplamento automático ao módulo Harmony. Se necessário, os astronautas podem assumir o controle manual para a ancoragem. Na estação, eles serão recebidos pelos sete tripulantes da Expedição 72 e farão uma breve transição com os membros da Crew-9, que devem retornar à Terra poucos dias depois. 

A nova equipe conduzirá pesquisas para futuras missões espaciais e aplicações na Terra. Entre os experimentos, estão testes de inflamabilidade de materiais para espaçonaves, comunicação com estudantes via rádio amador e validação de uma tecnologia de navegação lunar alternativa. Os astronautas também participarão de um estudo integrado sobre os impactos fisiológicos e psicológicos da vida no espaço.

Ao todo, a equipe Crew-10 realizará mais de 200 experimentos e testes tecnológicos no laboratório orbital, ampliando o conhecimento necessário para a exploração humana do espaço.

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Astronauta mostra como vestir calças pode ser divertido no espaço

Entre uma tarefa e outra na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), o astronauta Don Pettit, da NASA, posta conteúdo e interage com seguidores e curiosos nas redes sociais. Recentemente, Pettit postou vídeos nos quais explora maneiras de vestir calças na ISS.

As imagens mostram como algo banal pode ficar bem divertido num ambiente com gravidade zero. No primeiro vídeo, Pettit veste a calça colocando as duas pernas de uma vez. No segundo, o astronauta “cai” na calça (também vestindo as duas pernas de uma vez).

Assista abaixo aos vídeos em questão postados por Pettit:

(“Duas pernas de uma vez!”)

(“OK; vocês perguntaram se isso era possível…”)

O astronauta também mostrou como troca as lentes da sua câmera na ISS. É outro exemplo de algo banal tornado bem divertido por conta da ausência de gravidade. Confira abaixo:

Astronauta da NASA grava vídeo de aurora boreal ‘muito verde’ do espaço

Se o nome Don Pettit pareceu familiar para você, mesmo sem segui-lo nas redes sociais, é porque esta não é a primeira vez que o Olhar Digital mostra postagem dele. Em janeiro, o astronauta gravou um vídeo curto do que chamou de “aurora [boreal] intensamente verde” vista da ISS.

(Assista ao vídeo postado por Pettit nesta matéria do Olhar Digital.)

Pettit gravou vídeo de aurora boreal ‘muito verde’ vista da Estação Espacial Internacional (Imagem: Reprodução/Redes sociais)

Aurora boreal é fascinante, não importa se vista da Terra ou do espaço. Mas observar o fenômeno de cima para baixo pode ser difícil de conceber na imaginação. Por sorte, existe internet e redes sociais. E astronautas com um pouco de tempo livre e muita disposição para mostrar compartilhar experiências intrigantes vividas no espaço.

Leia mais:

Pettit está na ISS desde setembro de 2024. Astronauta da NASA desde 1996, Pettit é engenheiro químico formado pela Universidade de Oregon, nos EUA. Se você gosta de conteúdo relacionado a NASA e/ou espaço, vale a pena seguir as páginas do astronauta nas redes sociais.

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Astronautas fotografam auroras serpenteando ao redor da Terra

Astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) captaram imagens surpreendentes da aurora austral dando a volta na Terra. Por estar a cerca de 400 quilômetros acima do nível do mar, a equipe aproveita para registrar o planeta de outro ângulo. Além de propósitos científicos, as fotos tiradas são belas e encanradoras.

No momento da captura, eles estavam sobre o Oceano Índico, entre a Austrália e a Antártida. O fenômeno ocorrido foi a aurora austral – designação dada quando o espetáculo de luzes acontece no polo sul terrestre.

As fotografias estão registradas no arquivo da NASA chamado Gateway to Astronaut Photography of Earth. Elas são compostas por imagens captadas muito rapidamente e em grande quantidade, mostrando as mudanças das luzes e a movimentação da ISS, que se desloca pelo espaço a cerca de oito quilômetros por segundo.

Os astronautas na ISS veem o planeta de outro ângulo. (Imagem: NASA Gateway to Astronaut Photography of Earth)

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Como ocorrem as auroras?

Fenômeno óptico que ocorre em latitudes elevadas, a aurora é normalmente visível a olho nu nos céus noturnos.

https://olhardigital.com.br/tag/atmosfera/Esse espetáculo visual envolve a emissão de luz em diversas cores visíveis em uma variedade de formas em constante mudança. As auroras podem se manifestar como faixas que se dobram, semelhantes a uma cortina estendida horizontalmente, ou como longos arcos estreitos de luz.

Sua manifestação se deve à interação entre partículas carregadas do vento solar e os gases presentes na atmosfera terrestre.

Intensas auroras polares provocadas por tempestades solares e registradas a partir da Estação Espacial Internacional. (Imagens: ESA/Thomas Pesquet)

A magnetosfera desvia a maioria dessas partículas, mas algumas conseguem penetrar na atmosfera terrestre ao seguir as linhas magnéticas, especialmente nas regiões polares.

Ao se espalhar pela atmosfera nas regiões polares, as partículas carregadas, constituídas principalmente de elétrons, interagem com os gases atmosféricos, como o oxigênio e o nitrogênio. Essa interação provoca a excitação dos átomos e moléculas na atmosfera para estados de energia mais altos.

Quando átomos e moléculas excitadas retornam aos seus níveis de energia mais baixos ou ao estado fundamental, liberam fótons, que são pequenas explosões de energia na forma de luz visível. A percepção visual dessas emissões de luz é o fenômeno que conhecemos como auroras.

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