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DeepSeek coloca Nvidia na mira do governo dos EUA; entenda

O lançamento do DeepSeek, modelo de inteligência artificial desenvolvido na China, foi encarado desde o primeiro momento como uma ameaça pelos Estados Unidos. Isso porque um dos efeitos da nova ferramenta foi fortalecer o país asiático no cenário global tecnológico.

Neste cenário, o presidente Donald Trump tem anunciado algumas medidas visando impedir o avanço do chatbot chinês. Uma delas é a proibição de compra de chips de inteligência artificial da Nvidia, empresa que está sendo investigada pelo Congresso por sua relação com os chineses.

Nvidia pode ter violado regras dos EUA

As restrições fazem parte dos esforços da Casa Branca de impedir o avanço tecnológico da China. A popularidade do DeepSeek entre os desenvolvedores de IA dos EUA disparou nos últimos meses, e os preços competitivos da startup forçaram o Vale do Silício a oferecer modelos a custos mais baixos.

Congresso está investigando relação da Nvidia com a China (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

Além de proibir a venda de chips da Nvidia, os líderes do Congresso norte-americano abriu uma investigação sobre a atuação da fabricante de chips. O objetivo é revelar se a empresa forneceu conscientemente a tecnologia necessária para desenvolver o DeepSeek.

Caso isso seja confirmado, seria uma evidente violação das regras impostas pelos EUA contra a China. Esta é a primeira investigação do tipo sobre os negócios da Nvidia, segundo informações do The New York Times.

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Ícones dos aplicativos do DeepSeek e do ChatGPT na tela inicial de um iPhone
DeepSeek virou um dos desafiantes do ChatGPT (Imagem: Koshiro K/Shutterstock)

Lançamento do DeepSeek foi um marco

  • A IA do DeepSeek foi projetada para lidar com tarefas complexas de raciocínio e tem apresentado resultados surpreendentes.
  • O grande diferencial é o baixo custo da tecnologia, o que pode ameaçar a posição dominante dos principais players.
  • Para se ter uma ideia, o modelo chinês foi treinado ao custo de aproximadamente US$ 6 milhões, enquanto ferramentas como o Llama 3.1, da Meta, custaram mais de US$ 60 milhões para serem desenvolvidos.
  • A empresa chinesa adota estratégias como o chamado aprendizado por reforço, que permite que os modelos aprendam por tentativa e erro.
  • Além disso, ativa apenas uma fração dos parâmetros do modelo para tarefas específicas, economizando recursos computacionais.
  • E melhora a capacidade dos modelos de processar dados e identificar padrões complexos.
  • A startup ainda adota um modelo parcialmente aberto, permitindo que pesquisadores acessem seus algoritmos.
  • Isso democratiza o acesso à IA avançada e promove maior colaboração na comunidade global de pesquisa.

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Terras raras: Brasil está no meio de uma disputa global

Fundamentais para a economia moderna, as terras raras são elementos químicos presentes na crosta terrestre, mas que são difíceis de se encontrar em grandes quantidades.

Também chamados de metais raros, eles são amplamente usados para criação de ímãs superpotentes, baterias de carros elétricos, turbinas e até telescópios espaciais.

Por conta disso, a demanda pelos materiais disparou nos últimos anos. Em contrapartida, a oferta continua bastante reduzida. Neste cenário, uma mina localizada em Minaçu, um pequeno município de Goiás, ganha uma importância enorme.

Importância geopolítica das terras raras

  • Hoje, a extração dos metais raros está concentrada em apenas alguns países, sendo a China a principal produtora.
  • Os chineses controlam 70% deste importante mercado.
  • Por outro lado, os EUA também têm acesso aos recursos, mas em grau muito menor.
  • Como a demanda tende a aumentar ainda mais, outros territórios passaram a ser cobiçados.
  • É por isso, por exemplo, que o presidente Donald Trump está pressionando a Ucrânia para fechar um acordo envolvendo as terras raras do leste europeu.
  • Os ucranianos possuem grandes depósitos de metais raros, mas parte deles já está sendo controlada pela Rússia.
  • Ao mesmo tempo, Groenlândia conta com um importante suprimento destes recursos.
  • E não é coincidência que a Casa Branca esteja de olho na região, com Trump inclusive ameaçando tomar o território militarmente.
  • Agora, os olhares do mundo também se voltam para o nosso país.
EUA e China estão de olho em mina brasileira (Imagem: Knight00730/Shutterstock)

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Investimento dos EUA e exportação para a China

A mina de terras raras em Minaçu é uma das poucas localizadas fora da Ásia. Inaugurada no ano passado, ela tem uma capacidade de produção que pode dobrar a oferta dos elementos fora do continente asiático, o que pode ajudar a atender a enorme demanda pelos recursos no Ocidente.

Por conta disso, investidores dos EUA têm aportado milhões de dólares no empreendimento. Além disso, no mês passado, a Casa Branca informou que deseja financiar a expansão da mina no Brasil. O problema é que toda a produção do local já está contratada pela China.

Mapa do Brasil, em amarelo, com um fundo verde
Brasil possui uma das poucas produtoras de terras raras localizadas fora da Ásia (Imagem: Kreativorks/Shutterstock)

Em 2010, os chineses interromperam as exportações de metais raros para o Japão por causa de uma disputa territorial. Isso acendeu alertas sobre a grande dependência da China, o que fez a Denham Capital, uma empresa dos EUA, investir em um projeto chamado Serra Verde para minerar esses recursos no Brasil.

Apesar dos investimentos norte-americanos, Pequim logo atraiu sua atenção para a região. O resultado deste interesse foi a assinatura de um contrato que prevê que grande parte das terras raras extraídas da mina tem como destino a China até pelo menos 2027. As informações são do The New York Times.

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EUA: Governo acessa dados pessoais para identificar e deportar imigrantes

A administração Trump está usando dados pessoais protegidos — como informações fiscais, de saúde, moradia e educação — para localizar imigrantes indocumentados em suas casas, escolas e locais de trabalho. As informações são do Washington Post.

O objetivo é intensificar deportações e garantir que pessoas sem status legal não tenham acesso a benefícios públicos, mesmo quando vivem com cidadãos americanos.

No Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano (HUD), autoridades trabalham em uma regra que proibiria famílias com membros indocumentados de acessar moradias públicas.

O governo também busca expulsar famílias com “status misto” já instaladas, mesmo que apenas parte delas esteja em situação irregular.

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Governo acessa informações confidenciais para localizar e expulsar famílias com status ilegal no país (Imagem: Pixels Hunter/Shutterstock)

Agências federais contribuem com as ações

  • A iniciativa se estende a várias agências federais. A Previdência Social, por exemplo, incluiu milhares de nomes de imigrantes em um banco de dados usado para rastrear pessoas falecidas, o que dificulta que esses indivíduos trabalhem legalmente ou recebam benefícios.
  • O IRS firmou acordo com o Departamento de Segurança Interna (DHS) para compartilhar dados fiscais confidenciais.
  • O Departamento de Educação também foi instruído a coletar nacionalidades de estudantes universitários envolvidos em protestos, levantando preocupações sobre uso político da imigração.

Essas ações fazem parte de uma estratégia mais ampla para cruzar dados entre agências federais, em linha com uma ordem executiva de Trump que visa eliminar “silos de informações”.

A promessa do governo é reforçar a segurança nacional e combater fraudes, mas especialistas jurídicos alertam para violações de privacidade e riscos à confiança nos programas públicos.

Tensão crescente

Advogados e servidores de carreira relataram desconforto com o uso indevido de dados sensíveis, e alguns setores da administração enfrentam ordens judiciais que restringem o acesso a informações confidenciais. Ainda assim, membros da equipe de Trump continuam pressionando por mais acesso e controle.

O esforço para identificar e remover imigrantes sem documentos é coordenado por figuras como Mike Mirski, do DOGE, que está priorizando cidades como Nova York e Chicago. Críticos dizem que decisões estão sendo tomadas com base em interpretações erradas de dados e sem critérios claros de legalidade.

A Casa Branca não comentou, mas porta-vozes do governo afirmam que o objetivo é garantir que os recursos públicos beneficiem apenas cidadãos americanos.

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Casa Branca usa informações protegidas de moradia, saúde, impostos e educação para identificar e remover imigrantes ilegais – Imagem: Andrea Izzotti/Shutterstock

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Pirataria ou preço justo? Trend do TikTok mira marcas de luxo e viraliza

Um novo tipo de vídeo tem viralizado no TikTok. Eles alegam mostrar fabricantes chineses produzindo itens populares nos EUA – inclusive, de marcas de luxo. No geral, vendem a ideia: se você comprasse desses fabricantes, gastaria muito menos para ter o mesmo produto. Na prática, consumidores devem ficar atentos.

“Os vídeos são pensados para provocar fortes reações emocionais em consumidores americanos preocupados com tarifas e instabilidade política”, observa Mia Sato em sua reportagem sobre o tema publicada no The Verge.

Por que consumidores devem ficar muito atentos ao engajar nesta trend do TikTok? “Você pode acabar não economizando, ainda estará sujeito às altas tarifas sobre produtos chineses e pode se expor a frustrações ou golpes”, alerta reportagem do Washington Post.

Em trend do TikTok, fabricantes chineses dizem expor marcas de luxo

Num dos vídeos desta trend do TikTok, um homem exibe vários pares de sapatos parecidos com o modelo Boston da Birkenstock. Em vez dos US$ 165 cobrados no varejo, a versão mostrada custa apenas US$ 10 o par. Antes de ser deletado, o vídeo chegou a seis milhões de visualizações.

  • “Fabricantes chineses expondo marcas de luxo é meu novo TikTok favorito”, dizia um comentário. “Vamos parar de comprar nas lojas e adquirir direto da fonte”, dizia outro.
‘Fabricantes chineses expondo marcas de luxo é meu novo TikTok favorito’, escreveu usuário nos comentários de um vídeo (Imagem: Reprodução/TikTok)

É a famigerada pechincha praticamente irresistível. “Mas a realidade não é tão simples quanto parece nos vídeos curtos”, alerta a repórter do Verge.

Ela usa como exemplo os “Birkenstocks” de US$ 10. O modelo Boston é fabricado na Alemanha, não na China, segundo o site da marca. Inclusive, a Birkenstock se posiciona contra a terceirização da sua produção.

No entanto, Mia observa que reportagens e relatos de trabalhadores deixaram consumidores mais céticos quanto às alegações de origem de produtos de luxo.

“Nesse cenário, toda marca parece estar enganando você, e parece perfeitamente plausível que sandálias de couro ‘feitas na Alemanha’ sejam, na verdade, fabricadas de forma barata na China”, escreve Mia. “Mas uma investigação mais cuidadosa sugere que os TikToks das ‘fábricas Birkenstock’ não são o que aparentam ser.”

Produtos mais baratos, mas…

A conta @china.yiwu.factor no TikTok, por exemplo, leva a uma loja no AliExpress que vende um item descrito como “mocassins de camurça” por cerca de US$ 15. À primeira vista, eles se parecem com Birkenstocks. O problema está nos detalhes.

Mulheres em linha de produção na China em vídeo de trend do TikTok que mira marcas de luxo
Fabricantes surfam na trend do TikTok para anunciar produtos parecidos aos “de marca” por preço muito abaixo do varejo (Imagem: Reprodução/TikTok)

“Fotos nas avaliações dos clientes mostram que alguns pares são da marca Kidmi, não Birkenstock, enquanto outros nem têm marca alguma”, relata a repórter do Verge. “As solas têm design diferente e os fechos vêm gravados com o nome Kidmi.”

A repórter continua: “A loja também vende sandálias semelhantes a Birkenstock com outra marca: Orado. Nesses pares, a diferença é ainda mais evidente: em vez da palmilha anatômica característica da Birkenstock, essas sandálias parecem lisas e escorregadias. As solas têm cores divergentes.”

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Alerta para consumidores

Em suma, são cópias parecidas e baratas de produtos caros, “de marca”. Consumidores brasileiros conhecem bem esse tipo de produto.

Silhuetas de Xi Jinping e Donald Trump na frente de bandeiras da China e dos Estados Unidos, respectivamente
Guerra comercial entre China e EUA deixa consumidores mais suscetíveis a golpes que usam pechinchas como isca (Imagem: amagnawa1092/Shutterstock)

“Esses vídeos trazem discussões válidas sobre o que está por trás dos produtos que os americanos consomem”, diz a reportagem do Washington Post. Mas alerta para consumidores dos EUA não acreditarem em tudo que vêem na trend.

A guerra comercial entre EUA e China abriu brechas para se fisgar consumidores preocupados com subida de preços. E quem não gosta de uma boa pechincha? Porém, ao navegar por trends do TikTok, todo cuidado é pouco.

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Guerra dos chips: EUA querem assumir lugar da Ásia, mas há um grande problema

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou claro que a indústria de chips semicondutores é estratégica para segurança nacional. Isso significa que a Casa Branca não medirá esforços para impulsionar a fabricação destas tecnologias dentro do país.

A ideia é depender cada vez menos de outras nações, caso de Taiwan, além de dificultar o crescimento da China, principal rival dos norte-americanos na disputa pela hegemonia global. Mas, para isso, os EUA terão um enorme desafio pela frente.

EUA tentam atrair principais fabricantes

Apesar dos chips terem sido criados nos EUA, é na Ásia que os modelos mais avançados estão sendo produzidos atualmente. Uma das razões para isso são os subsídios significativos que China, Taiwan, Japão e Coréia do Sul deram a empresas privadas do setor. Trump tenta adotar a mesma tática.

O tarifaço busca pressionar as fabricantes de chips a investirem pesado na produção dentro dos Estados Unidos. O problema é que este é um ecossistema profundamente integrado, que evoluiu ao longo das décadas.

Um iPhone, por exemplo, pode conter chips projetados nos EUA, fabricados em Taiwan, Japão ou Coreia do Sul, usando matérias-primas como terras raras, que são extraídas principalmente na China.

Em seguida, eles podem ser enviados para o Vietnã para embalagem, depois para a China para montagem e teste, antes de serem enviados de volta para o território norte-americano.

Trump quer promover uma indústria de chips por meio do protecionismo e do isolamento (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Isso quer dizer que os Estados Unidos precisam dominar todos estes processos. No entanto, as medidas do próprio governo do país dificultam esta já difícil tarefa, uma vez que a política de imigração busca limitar a chegada de talentos qualificados da China e da Índia, por exemplo. Além disso, muitos investidores temem investir nos EUA em função das incertezas geradas pelas recentes medidas de Trump.

Enquanto isso, novos centros de fabricação de chips estão emergindo. É o caso da Índia, que tem aumentado os investimentos e está geograficamente mais próxima da mão de obra barata necessária para produção em larga escala.

É justamente o contrário dos EUA, que tentam promover uma indústria de chips por meio do protecionismo e do isolamento, quando o avanço do setor se deu com colaboração em uma economia globalizada. As informações são da BBC.

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Montagem sobre Guerra dos Chips com bandeiras da China e dos Estados Unidos
EUA querem impedir acesso da China aos semicondutores (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

Disputa pela hegemonia tecnológica mundial

  • Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
  • O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
  • Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
  • Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
  • Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.

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Guerra dos chips: Nvidia sofre (mais um) duro golpe

Antes mesmo do tarifaço imposto por Donald Trump, a disputa comercial entre Estados Unidos e China estava quente. A Casa Branca tem adotado diversas ações para restringir o acesso de Pequim a produtos de ponta tecnológicos, como os chips semicondutores.

Nesta semana, o governo norte-americano adotou mais restrições para a venda de novos modelos de chips de inteligência artificial, bem como a exigência de uma licença para comercializações futuros. A maior afetada pelo endurecimento das regras é a Nvidia.

Vendas do modelo H20 da Nvidia podem ser impactadas

A Nvidia domina o mercado de semicondutores de IA e tem uma importante participação na China. Nos últimos meses, no entanto, as sanções dos EUA abriram espaço para que empresas chinesas disputassem essa fatia.

Isso porque vários chips avançados não podem mais ser vendidos para Pequim. Uma restrição que gera grande temor na Nvidia, e que agora ficou ainda mais dura.

A resposta da gigante do setor após as primeiras proibições foi a modificação de um de seus principais chips de IA, o H100. O objetivo era deixar as especificações do produto dentro do exigido para as vendas. Assim, nasceu o modelo H20.

Chip da Nvidia criado especificamente para a China precisará de novas licenças (Imagem: Hepha1st0s/Shutterstock)

O problema é que, agora, este novo chips também será afetado. O governo dos EUA vai passar a exigir novos requisitos de licenciamento de exportação para o H20. O Departamento de Comércio do país disse que a medida não proíbe as vendas e que foi tomada para “está comprometido em agir de acordo com a diretriz do presidente para “salvaguardar a segurança nacional e econômica”.

A Nvidia, por sua vez, preferiu não se pronunciar sobre a nova restrição, informando apenas sobre as novas regras. O preço das ações da empresa caiu mais de 5%, com os investidores prevendo um impacto de até US$ 5,5 bilhões na receita da companhia.

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Montagem sobre Guerra dos Chips com bandeiras da China e dos Estados Unidos
EUA querem impedir acesso da China aos semicondutores (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

Disputa pela hegemonia tecnológica mundial

  • Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
  • O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
  • Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
  • Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
  • Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.

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O plano de Trump para fazer o carvão entrar na moda novamente

Os Estados Unidos podem experimentar, nos próximos meses, uma das maiores guinadas da história no setor energético. O presidente Donald Trump emitiu, na última semana, uma série de ordens executivas em prol da reativação e do incentivo às usinas de carvão do país.

Essa política contrasta frontalmente com o que vinha acontecendo na gestão anterior de Joe Biden. Enquanto o democrata se comprometeu a aposentar essa fonte de energia (durante a COP 28), o republicano começou a revogar essas decisões, assinando em seu lugar uma série de decretos para impulsionar o minério.

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Entre as ações, Trump derrubou todas as ordens federais que, segundo ele, “discriminam” a produção de carvão. Ele também determinou que o Departamento de Energia usasse poderes emergenciais para manter as usinas a carvão deficitárias em operação. Ele deve salvar ainda algumas dessas usinas que seriam desativadas.

O presidente americano afirma que tudo isso é necessário para evitar cortes de energia. A demanda por energia, de fato, vem aumentando bastante no mundo todo.

O treinamento e o desenvolvimento de Inteligências Artificiais, de carros elétricos e até mesmo a mineração de criptomoedas levaram nossa infraestrutura energética ao limite.

Especialistas, no entanto, garantem que o “renascimento” do carvão não é o melhor caminho. Nem financeiramente, nem ecologicamente.

Apesar de ainda ser popular, o carvão mineral é uma das fontes de energia mais polêmicas atualmente – Imagem: small smiles/Shutterstock

Um pouco de história

  • Essa fonte de energia começou a ser utilizada em larga escala durante a Revolução Industrial, ou seja, no século XVIII, há cerca de 300 anos.
  • Durante muito tempo, o carvão foi a principal fonte de energia do mundo, uma vez que ele é abundante em praticamente todos os continentes.
  • O problema é que a queima desse combustível é extremamente prejudicial para os seres humanos e a natureza em geral.
  • O carvão libera mais dióxido de carbono, o principal gás do efeito estufa, do que qualquer outro combustível fóssil.
  • Ele também emite poluentes que são responsáveis por doenças pulmonares e cardíacas.
  • O histórico “Grande Nevoeiro de Londres” e a situação atual em alguns locais da Índia ajudam a explicar como esse minério pode ser nocivo para nós.
  • Hoje, o carvão ainda é um das principais fontes de energia do planeta.
  • A Agência Internacional de Energia (IEA), porém, prevê uma redução no consumo global a partir de 2026.
  • Trump deseja reverter esse quadro – o que não deve acontecer, segundo especialistas ouvidos pelo jornal The New York Times.
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Um dos maiores problemas do carvão é a poluição e a geração de CO2 – Imagem: Morphius Film/Shutterstock

Especialistas contra o carvão

Dan Reicher, secretário assistente de energia do governo Clinton e ex-diretor de clima e energia do Google, explicou ao Times que há uma série de fatores que tornam essa reversão extremamente difícil.

Sim, alguns estados americanos, como a Virginia e o Kentucky, ainda dependem bastante dessa fonte de energia (por estarem historicamente ligados a ela). No país todo, porém, o carvão perdeu espaço.

O minério já chegou a ser responsável por mais da metade da geração de energia dos EUA. Hoje, no entanto, ele responde apenas por 17% (e vem numa tendência de queda).

De acordo com a Administração de Informação de Energia, quem tomou o seu lugar foi o gás natural, que responde por 38% atualmente. O gás natural também é um combustível fóssil, mas que polui muito menos do que o carvão.

O país também experimenta um boom de fontes renováveis, graças às políticas de incentivo de Joe Biden. Usinas eólicas, hidrelétricas e solares já respondem por 25% da geração de energia no território. Outros 20% vêm de usinas nucleares.

Especialistas afirmam que as fontes renováveis de energia são mais baratas e confiáveis do que as usinas de carvão – Imagem: Piyaset/Shutterstock

Na ponta do lápis

Os defensores do carvão argumentam que ainda há espaço para essa fonte energética. A maioria dos especialistas, porém, já decreta o fim dessa era.

Explicam que a energia produzida pelas usinas a carvão normalmente não consegue competir com alternativas mais baratas e limpas. E muitas dessas usinas são muito antigas e precisariam de modernizações extensas e caras para continuar funcionando.

Ou seja, estamos falando em contas de luz mais caras, mais gastos com reformas, maior risco de falhas e mais problemas de saúde. Sem contar o fator ambiental.

É claro que uma canetada do presidente é extremamente poderosa. Em última instância, no entanto, a decisão pertence aos estados e às concessionárias de serviços públicos. A Califórnia, o maior estado em população, por exemplo, praticamente já aboliu o uso do carvão. E esse parece ser um (bom) caminho sem volta. Com ou sem Trump.

As informações são do jornal The New York Times.

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Herança da Guerra Fria: satélite mais antigo em órbita pode retornar para a Terra

O satélite Vanguard 1 completou 67 anos em operação e se tornou o objeto espacial mais antigo a orbitar a Terra. Agora, uma empresa americana propõe um plano para resgatar o artefato que marcou o início da Guerra Fria, de acordo com o site Space.

O satélite entrou em órbita em 17 de março de 1958, logo após o Exército dos EUA lançar o primeiro equipamento do tipo ao espaço, o Explorer 1. Era o auge da rivalidade na corrida espacial com a antiga União Soviética, pioneira na exploração com o lendário Sputnik.

Em 1970, o Explorer 1 reentrou na atmosfera da Terra — mas o Vanguard 1 continuou por lá, e ainda é monitorado pelo Laboratório de Pesquisa Naval (NRL). O equipamento foi o primeiro do tipo a gerar energia usando células solares.

Esfera de alumínio de 15 centímetros tem antena de 91 centímetros (Imagem: NASA)

E por onde anda o Vanguard 1?

Atualmente, o satélite tem uma inclinação de 34,25 graus, com uma órbita elíptica variando de 660 quilômetros no seu perigeu (momento mais próximo da Terra) e 3.822 quilômetros no seu apogeu (momento mais distante da Terra).

O objeto não está transmitindo desde 1964, quando a potência das células solares caiu para baixo do nível necessário para operar o transmissor. Ainda assim, sensores podem ser usados para determinar seu status de rotação ou queda.

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Vanguard 1 foi lançado em março de 1958 do Campo de Mísseis do Atlântico (Imagem: Laboratório de Pesquisa Naval)

Qual é o plano?

A empresa líder em tecnologia avançada nos setores de defesa, civil e de segurança nacional Booz Allen Hamilton é a responsável pela mais recente análise de estudos sobre a viabilidade de recuperação do satélite mais antigo em órbita no planeta.

“Não somos os primeiros a ter essa ideia e esperamos não ser os últimos”, disse Matt Bille, analista de pesquisa aeroespacial da Booz Allen, ao Space. “Mas teremos que esperar para ver se alguma entidade com a capacidade necessária decidirá que o valor para ela compensa o investimento.”

Uma das hipóteses é embarcar em missões de cargas úteis usando uma tecnologia que inspecionaria o satélite com segurança antes de recuperá-lo. O Vanguard 1 poderia ser colocado em uma órbita mais baixa e reembalado na Estação Espacial Internacional.

“Nossa pesquisa indicou possível interesse na condição das células solares, baterias e metais, juntamente com o registro de micrometeoritos ou detritos atingidos por um período tão longo”, afirmou Bille. “Seria um recorde para a recuperação de uma espaçonave exposta.”

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Efeito Trump: Nvidia vai fabricar chips de IA nos EUA

A Nvidia anunciou a expansão de sua produção de chips nos Estados Unidos nesta segunda-feira (14). A empresa encomendou mais de 93 mil metros quadrados de espaço no Arizona e no Texas para montar e testar chips de inteligência artificial (IA).

A produção dos chips Blackwell, os mais avançados da empresa, já começou nas fábricas da TSMC em Phoenix. No Texas, a Nvidia constrói plantas voltadas à produção de supercomputadores – em parceria com a Foxconn, em Houston; e com a Wistron, em Dallas. No Arizona, etapas de testes são feitas com as empresas Amkor e SPIL.

‘Motores da IA do mundo estão sendo construídos nos EUA pela 1ª vez’, diz CEO da Nvidia

A expectativa é que a produção em larga escala nas novas fábricas seja acelerada nos próximos 12 a 15 meses. A meta da Nvidia é produzir, em até quatro anos, até meio trilhão de dólares em infraestrutura de IA nos EUA.

Jensen Huang, CEO da Nvidia, diz que “motores da infraestrutura de IA do mundo” são construídos nos EUA pela primeira vez (Imagem: Muhammad Alimaki/Shutterstock)

Os motores da infraestrutura de IA do mundo estão sendo construídos nos Estados Unidos pela primeira vez.

Jensen Huang, CEO da Nvidia, em comunicado

A Nvidia estima que suas iniciativas possam gerar centenas de milhares de empregos e movimentar trilhões de dólares na economia nas próximas décadas. No entanto, há obstáculos.

  • Tarifas retaliatórias da China e a escassez de mão de obra qualificada colocam em risco os planos de expansão da produção doméstica de chips.

O anúncio da Nvidia ocorre dias após a empresa ter evitado novos controles de exportação sobre seu chip H20, segundo a NPR. O modelo foi poupado após Huang se comprometer com investimentos em data centers nos EUA, em acordo com a agenda do governo Trump.

‘America First’

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Donald Trump tem pressionado empresas a produzirem nos EUA (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Outras gigantes de tecnologia também têm adotado a linha “America First” da administração Trump.

O presidente dos EUA, Donald Trump, tem pressionado empresas a reforçarem sua produção nacional. Segundo a Reuters, ele teria ameaçado a TSMC com tarifas de até 100% caso a empresa não construísse fábricas em solo americano, por exemplo.

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Missão ousada: nave vai reabastecer satélite militar dos EUA

A empresa de serviços e logística em órbita Astroscale anunciou que vai reabastecer um satélite da Força Espacial dos Estados Unidos em uma missão complexa planejada para 2026. A sonda de 300 quilos será lançada a cerca de 35.786 quilômetros acima do equador da Terra.

“Estamos mudando a realidade do que é possível. Esta missão prova que a logística espacial não precisa estar a anos de distância. Somos uma equipe focada com um objetivo: entregar e operar um protótipo operacional de nave espacial para a Força Espacial”, disse Ron Lopez, presidente da Astroscale US.

Conceito da operação de reabastecimento planejada para 2026 (Imagem: Astroscale/Divulgação)

Objetivo da missão

A operação foi anunciada no 40º Simpósio Espacial em Colorado Springs e tem como objetivo abrir caminhos para serviços de reabastecimento no espaço. Além disso, busca trazer “agilidade e flexibilidade operacional adicionais para operações espaciais dinâmicas”.

A nave espacial APS-R Refueler da Astroscale foi projetada para “maior manobrabilidade” e transportará um tanque de hidrazina recarregável.

O líquido contém propriedades similares a amônia e funciona como propelente para satélites artificiais.

Essa será a primeira nave espacial a realizar operações de reabastecimento com esse tipo de composto químico acima do cinturão geoestacionário (GEO), assim como a primeira missão de apoio a uma nave do Departamento de Defesa dos EUA.

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Missão pode abrir caminhos para serviços de reabastecimento no espaço (Imagem: yucelyilmaz/iStock)

De olho no futuro

A Astroscale diz que a missão vai estabelecer um “legado espacial para serviços de reabastecimento escaláveis, um passo crucial para permitir uma manobrabilidade sustentada”.

A empresa fechou uma parceria com a startup Orbit Fab para criar um ecossistema comercial com foco em logística escalável e flexível no espaço. Os satélites Tetra-5 vão transportar uma interface de transferência de fluidos criados pela Orbit Fab para facilitar o reabastecimento.

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