Uma situação inusitada surpreendeu a juíza de um tribunal de apelações de Nova York, nos Estados Unidos. Um homem usou a gravação de um avatar gerado por IA para representá-lo como seu advogado no processo de uma ação trabalhista.
O caso aconteceu em 26 de março, segundo a agência de notícias Associated Press. Na ocasião, Jerome Dewald exibiu um vídeo para, segundo ele, apresentar os argumentos de forma clara, sem hesitações.
“O recorrente enviou um vídeo para sua argumentação”, disse a juíza Sallie Manzanet-Daniels na ocasião. “Ok. Vamos ouvir esse vídeo agora.”
Na sequência, aparece um homem vestindo camisa social e suéter em uma sala de estar. “Que o tribunal me permita falar”, disse ele. “Venho aqui humildemente para apresentar meu argumento diante de um painel de cinco juízes…”
Fachada da Suprema Corte de Nova York (Imagem: RobinsonBecquart/iStock)
A juíza pede para interromper a gravação. “Ok, espere um pouco”, interrompeu Manzanet-Daniels. “Esse é o advogado do caso?”, questionou.
“Fui eu que gerei isso. Essa pessoa não é real”, respondeu Dewald. “Seria bom saber disso quando você fez sua solicitação. Você não me informou, senhor”, disse a juíza. “Não gosto de ser enganada”, afirmou.
Em entrevista à Associated Press, Dewald disse que enviou uma carta pedindo desculpas à juíza e que não tinha intenção de causar problemas. “O tribunal ficou realmente irritado com isso”, admitiu. “Eles me deram uma bronca daquelas.” O caso dele continua sem desfecho.
No início do ano, o Olhar Digitalrelatou o caso de dois advogados de Wyoming que citaram um caso fictício em um processo contra o Walmart após usarem IA. Logo após o incidente, o escritório Morgan & Morgan enviou um e-mail a mais de 1.000 advogados advertindo: a inteligência artificial pode inventar jurisprudência falsa.
Nova IA do STF vai resumir votos de ministros (Imagem: STF/Divulgação)
Ainda assim, ferramentas de IA têm sido incorporadas aos poucos no meio jurídico. A Suprema Corte do Arizona, por exemplo, adotou avatares para resumir processos judiciais. No Brasil, o STF usa a tecnologia MARIA para resumir votos dos ministros, produzir relatórios em determinados processos e analisar reclamações.
A ameaça de tarifas de 54% sobre os iPhones fabricados na China provocou uma queda nas ações da Apple, mas também gerou uma corrida aos seus pontos de venda, como mostra uma matéria da Bloomberg.
Muitos consumidores, temendo que os preços aumentassem, se apressaram a comprar iPhones, criando um movimento atípico nas lojas da empresa, com perguntas frequentes sobre os possíveis aumentos de preços.
Embora não houvesse as grandes filas de lançamentos, a movimentação foi comparada a uma temporada de férias, com muitas compras impulsionadas pela incerteza.
A Apple já havia se preparado para tais tarifas, transferindo parte de sua produção para a Índia e o Vietnã, países com tarifas mais baixas que a China.
Consumidores correram para lojas da Apple para levarem iPhones antes de possível aumento nos preços – Imagem: Wongsakorn 2468/Shutterstock
A empresa também estocou dispositivos para enfrentar possíveis aumentos de custos e minimizou os impactos, pressionando seus fornecedores e aceitando margens menores.
Apple tentará manter preços sem grandes aumentos
Embora alguns analistas especulem que os preços dos iPhones possam disparar, a Apple deve adotar estratégias para impedir aumentos significativos.
O aumento nas vendas devido ao receio de tarifas pode ajudar a impulsionar os resultados no terceiro trimestre.
No entanto, os efeitos reais das tarifas provavelmente só serão sentidos no trimestre seguinte, quando as tarifas serão implementadas, o que poderá afetar tanto os preços quanto as margens da empresa.
Este movimento de compras também pode ser um reflexo da apreensão dos consumidores quanto ao futuro, gerando uma pressão no mercado de smartphones da Apple.
A Apple já se prepara para possíveis impactos econômicos gerados pelo “tarifaço” de Donald Trump – Imagem: 1000 Words / Shutterstock
A montadora de carros de luxo Jaguar Land Rover anunciou hoje, 05, que vai suspender a importação para os Estados Unidos. A medida é baseada pelo ‘Tarifaço Trump’: uma política internacional de tarifas, instituída pela Casa Branca na última quarta-feira.
As tarifas do presidente Donald Trump taxam as importações dos outros países em pelo menos 10%, o que impacta o mercado global.
Com esta nova taxa, a Jaguar Land Rover, cuja sede está localizada no Reino Unido, informou que “dará uma pausa” nas remessas enviadas à nação norte-americana. Essa pausa entra em vigor agora em abril e ainda não tem data oficial para terminar.
Para quem tem pressa:
A Jaguar Land Rover, uma montadora britânica de carros de luxo, anunciou hoje que irá suspender a importação de carros para os Estados Unidos;
A decisão está baseada na tarifa imposta pelo governo de Donald Trump, atual presidente dos EUA;
Diante da taxa de 25% sobre os itens importadas, a companhia está reavaliando como pretende lidar com a taxação e, por isso, pausou o envio de veículos para a nação americana neste mês de Abril.
Carro desenvolvido pela montadora Jaguar Land Rover (Imagem: Jaguar Land Rover / Divulgação)
Enquanto trabalhamos para abordar os novos termos comerciais com nossos parceiros de negócios, estamos tomando algumas medidas de curto prazo, incluindo uma pausa nas remessas em abril, enquanto desenvolvemos nossos planos de médio e longo prazo.
Disse a empresa em um comunicado por e-mail
Embora a tarifa mínima para várias nações internacionais seja de 10%, a JRL precisa lidar com uma taxa de 25% sobre os produtos enviados aos Estados Unidos. No todo, o ‘Tarifaço Trump’ atinge mais de 180 nações pelo mundo: a média de taxa é equivalente a 20% para a União Europeia, 34% para a China, 25% para Coreia do Sul, e 24% ao Japão.
Inicialmente, o discurso do presidente Donald Trump era de que sua política de taxas traria benefícios para os EUA. Agora, a fala é outra: ele pede que os americanos aguentem firme, o que reflete que, para além de uma montadora de luxo ter suspendido a importação para lá, os preços de produtos dentro do território estadunidense também não agradam à população.
Depoimento de Donald Trump em sua rede social Truth Social (Reprodução: @realDonaldTrump/Truth Social)
A JRL é uma das empresas britânicas com maiores volumes de venda de produtos do mercado. A companhia vende, todos os anos, aproximadamente 400 mil modelos de Range Rover Sport e Defender.
A tarifa enfrentada por eles, que representa 25%, não afeta apenas esta companhia: toda montadora de carro e caminhão leve, que faz importação para os EUA, é afetada igualmente pela mesma taxa.
A região central dos Estados Unidos está enfrentando, nesta semana, um dos episódios mais extremos de enchentes repentinas já registrados. A previsão é de que chuvas intensas e tempestades atinjam repetidamente as mesmas regiões, elevando os riscos de inundações súbitas e prolongadas. Meteorologistas alertam para a possibilidade de um evento com recorrência de 1 em 1.000 anos — um indicativo da gravidade da situação esperada.
O fenômeno atinge estados como Arkansas, Missouri, Tennessee, Illinois, Indiana e Kentucky, com destaque para o trecho que vai do nordeste do Arkansas até o oeste do Kentucky. Nessas áreas, a precipitação acumulada pode equivaler a quatro meses de chuva em apenas cinco dias, intensificando os impactos em locais que já vêm sofrendo com o excesso de água nos últimos meses.
Enchentes já causaram mortes, destruição e resgates em diversos estados dos EUA
As enchentes que atingem o centro dos Estados Unidos desde quarta-feira (2) já causaram ao menos oito mortes em estados como Tennessee, Missouri, Indiana e Kentucky. Um dos casos mais impactantes foi o do menino Gabriel Andrews, de 9 anos, que foi arrastado pelas águas enquanto caminhava para o ponto de ônibus escolar em Franklin County, Kentucky.
Diversas cidades relataram inundações severas, resgates aquáticos e prejuízos estruturais. Em West Plains, no sul do Missouri, autoridades realizaram múltiplos resgates com apoio de vários corpos de bombeiros. Uma mulher foi hospitalizada após ser atingida por um raio na cidade.
Já em Van Buren, também no Missouri, cerca de 15 resgates foram feitos na sexta-feira após uma chuva intensa de 3 polegadas em curto período. No Arkansas, a cidade de Hardy está entre as mais afetadas, com mais da metade da população impactada. A previsão é de que o rio Spring atinja níveis históricos neste fim de semana.
Sobrevoo aéreo do rio Spring ao lado da ferrovia BNSF em Hardy, Arkansas (Imagem: NSC Photography / Shutterstock.com)
No Kentucky, foram registrados 390 bloqueios de estradas no sábado (5), devido a alagamentos, deslizamentos de terra e quedas de rochas. A cidade de Hopkinsville teve ruas, prédios e veículos parcialmente submersos, e moradores relataram dificuldades em conter a água com sacos de areia e bombas.
A governadora Sarah Huckabee Sanders confirmou que o presidente Donald Trump aprovou ajuda federal de emergência para o Arkansas, enquanto o governador do Kentucky, Andy Beshear, declarou estado de emergência em parte do estado.
Fenômeno é alimentado por corredor de umidade tropical
O volume de água previsto se deve a um “rio atmosférico”, uma faixa longa e estreita de vapor de água na atmosfera, que está transportando umidade do Caribe e do Golfo do México em direção ao centro dos EUA.
Esse padrão meteorológico está sendo mantido por uma área de alta pressão estacionada na costa sudeste do país, que está canalizando a umidade para regiões já saturadas.
“O padrão [parece] um engarrafamento na atmosfera, com tempestades e pancadas de chuva se repetindo nas mesmas áreas. Essa combinação é uma receita para grandes problemas com enchentes”, explicou Porter.
Previsão indica melhora a partir de domingo, mas risco de tornados continua
Segundo o Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA, o padrão climático que tem mantido as tempestades estacionadas sobre a mesma região nos últimos dias deve começar a se desfazer neste domingo (6). Com isso, as chuvas devem avançar em direção ao leste, reduzindo a ameaça de enchentes para estados como Arkansas, Tennessee e Kentucky.
No entanto, o risco de novos tornados permanece elevado, especialmente para áreas do Texas, Louisiana, Mississippi, Alabama e Geórgia. No sábado, cerca de 41 milhões de pessoas estavam sob risco de tempestades severas, com possibilidade de tornados de intensidade EF2 ou superior, ventos fortes e granizo de tamanho considerável. As sirenes em cidades como Nashville tocaram com tanta frequência que ficaram sem bateria, dificultando os alertas.
Risco de novos tornados permanece neste fim de semana (Imagem: Lucian Coman / Shutterstock.com)
Desde quarta-feira, ao menos 31 tornados foram confirmados em oito estados, incluindo casos de força EF3 no Missouri, Tennessee e Arkansas. Em Selmer, Tennessee, um complexo residencial recém-construído foi parcialmente destruído. Em Nevada, Missouri, um antigo motel transformado em alojamento estudantil sofreu danos severos. As equipes de avaliação dos danos ainda enfrentam dificuldades para concluir os levantamentos devido às condições perigosas.
O meteorologista-chefe do AccuWeather, Jonathan Porter, destacou ao Live Science que existe preocupação com o risco de enchentes históricas, que podem evoluir para inundações em grandes rios.
Rios podem continuar subindo após o fim das chuvas
Apesar da previsão indicar uma redução das chuvas no fim de semana, os níveis dos rios devem continuar subindo até a próxima semana. O acúmulo de água causado pelas chuvas persistentes pode sobrecarregar bacias hidrográficas locais, prolongando o risco de enchentes mesmo após o fim das precipitações.
“Preparem-se para se deslocar rapidamente para locais mais altos”, alertou Porter, destacando que o escoamento da água pode transformar rapidamente um cenário de risco em um evento perigoso em questão de segundos.
Os Estados Unidos concluíram o teste de um novo sistema de defesa usando mísseis hierônicos. O programa usa o software Aegis para detectar projéteis disparados contra o alvo e envia um míssil para interceptação.
A operação conjunta da Marinha, da Agência de Defesa de Mísseis, da Lockheed Martin e de parceiros da indústria, envolveu um jato de transporte C-17 Globemaster III carregando um Míssil Balístico de Médio Alcance (MRBM) equipado com um Veículo Alvo Hipersônico-1 (HTV-1) em um recipiente de lançamento.
“Nosso Aegis Combat System defendeu com sucesso contra uma ameaça hipersônica simulada”, disse Chandra Marshall, vice-presidente de Multi-Domain Combat Solutions na Lockheed Martin. Com informações da New Atlas.
Lançado de paraquedas do avião, o míssil foi liberado e um estágio de foguete impulsionou o veículo hipersônico a uma altitude alta o suficiente para ele atingir velocidades bem acima de Mach 5 enquanto planava para baixo.
Míssil digital foi usado no teste
Enquanto isso, o USS Pinckney recebeu a missão de realizar uma interceptação simulada, que incluiu o lançamento de um míssil virtual Standard Missile-6. Essa operação demonstrou a eficiência do Aegis Combat System, que foi capaz de identificar, monitorar e simular o ataque a um alvo hipersônico.
“A vantagem de defesa hipersônica do Aegis Baseline 9 contra um alvo MRBM traz uma capacidade incrível que permite que nosso combatente veja o invisível, mais cedo, garantindo que nossos marinheiros fiquem na frente das ameaças rapidamente.”
O míssil digital foi escolhido, pois um projétil real custaria mais de 4 milhões de dólares. Nesse teste específico, a versão digital foi suficiente.
O Aegis foi criado inicialmente na década de 1970 e hoje já está instalado em 110 navios de sete marinhas.
Aos 45 do segundo tempo! Quase no fim do prazo estabelecido para resolução do impasse envolvendo o TikTok nos Estados Unidos, que termina neste sábado, dia 5 de abril, uma nova pretendente pode destravar as negociações.
Lembrando que a plataforma precisa passar para o controle de donos norte-americanos para continuar operando no país. No entanto, o governo da China e a ByteDance, dona da ferramenta, se recusam a aceitar qualquer tipo de proposta.
Interessados no negócio não faltam
A AppLovin, empresa de tecnologia de publicidade móvel dos EUA, confirmou que manifestou interesse em adquirir o TikTok em todos os mercados fora da China. O próprio presidente Donald Trump teria sido procurado para acelerar as negociações.
Várias empresas estão de olho na rede social chinesa (Imagem: PixieMe/Shutterstock)
Segundo o Wall Street Journal, os chineses teriam preferência por esta solução. Para isso, entretanto, Pequim também precisaria de sinalizações adicionais, entre elas o corte de tarifas impostas contra produtos do país, por exemplo.
A Amazon é outra interessada e até enviou uma carta ao vice-presidente JD Vance e ao secretário do Departamento de Comércio, Howard Lutnick, manifestando o desejo de comprar a rede social. Além dela, a startup Zoop, administrada por Tim Stokely, dono do OnlyFans, fez parceria com uma fundação de criptomoedas para apresentar um plano de compra do TikTok.
Futuro do TikTok nos EUA será definido nas próximas horas (Imagem: 19 STUDIO/Shutterstock)
Rede social chegou a ser retirada do ar
O prazo inicial para que o TikTok evitasse o banimento da rede social nos EUA acabou em 19 de janeiro.
A justiça do país, então, determinou a interrupção das operações, medida que foi revertida por decreto do presidente Donald Trump, que deu mais 75 dias de prazo para resolver a situação.
O principal impasse é em relação ao uso feito dos dados coletados pela plataforma, que seriam enviados para o governo da China, representando um risco para a segurança nacional norte-americana.
Por isso, o TikTok está sendo pressionado para vender as operações para um dono dos EUA, o que não aconteceu até agora.
A empresa chinesa e o governo do país asiático contestam as alegações e acusam os norte-americanos de ferirem os princípios da concorrência justa.
Agora é uma questão de tempo. O prazo estabelecido para resolução do impasse envolvendo o TikTok nos Estados Unidos acaba neste sábado, dia 5 de abril. Se um acordo não for fechado até lá, a rede social será banida do país.
A plataforma precisa passar para o controle de donos norte-americanos para continuar operando. O presidente Donald Trump tem cuidado das negociações pessoalmente, mas ainda não conseguiu convencer o governo da China e a ByteDance, dona da ferramenta, a aceitar qualquer tipo de proposta.
Quem ficará com o algoritmo do TikTok?
Nas últimas horas diversas empresas manifestaram interesse na compra da rede social. Algumas delas, inclusive, já apresentaram propostas oficiais. O problema, no entanto, parece estar ligado ao futuro do valioso algoritmo do TikTok.
De acordo com as autoridades norte-americanas, esta tecnologia seria a chave da plataforma. É a partir dela que o serviço atingiu mais de 170 milhões de usuários nos Estados Unidos, se tornando uma ameaça para a soberania do país.
Tempo para definir o que fazer com a rede social está acabando (Imagem: Luiza Kamalova/Shutterstock)
Uma das possibilidades seria licenciar o algoritmo da ByteDance. Isso, entretanto, violaria a lei que obriga que toda a operação seja, de fato, ligado aos EUA. Além disso, os chineses provavelmente não aceitariam incluir o mecanismo em qualquer negociação.
Enquanto isso, Trump continua correndo contra o tempo para encontrar uma solução para o impasse. Ele já declarou estar otimista com um desfecho positivo, mas não descarta a prorrogação do prazo para uma eventual venda do TikTok.
Futuro do TikTok nos EUA será definido nas próximas horas (Imagem: Ascannio/Shutterstock)
Rede social chegou a ser retirada do ar
O prazo inicial para que o TikTok evitasse o banimento da rede social nos EUA acabou em 19 de janeiro.
A justiça do país, então, determinou a interrupção das operações, medida que foi revertida por decreto do presidente Donald Trump, que deu mais 75 dias de prazo para resolver a situação.
O principal impasse é em relação ao uso feito dos dados coletados pela plataforma, que seriam enviados para o governo da China, representando um risco para a segurança nacional norte-americana.
Por isso, o TikTok está sendo pressionado para vender as operações para um dono dos EUA, o que não aconteceu até agora.
A empresa chinesa e o governo do país asiático contestam as alegações e acusam os norte-americanos de ferirem os princípios da concorrência justa.
O preço do iPhone pode subir até 43% nos Estados Unidos devido às novas tarifas anunciadas nesta semana pelo presidente do país, Donald Trump. A estimativa é dos analistas da empresa Rosenblatt Securities à agência Reuters.
Atualmente, a Apple fabrica 90% dos iPhones na China. E o país enfrenta uma nova taxa de importação de 34%. Com isso, a empresa enfrenta um dilema: repassar o aumento dos custos aos consumidores ou absorver a despesa extra.
De US$ 599 a US$ 2,3 mil: os possíveis novos preços de modelos da linha iPhone 16
Segundo cálculos baseados na cotação do dólar desta sexta-feira (04), os preços de modelos da linha iPhone 16, por exemplo, poderiam ficar assim:
iPhone 16e: de US$ 599 (R$ 3.366,62) para US$ 856 (R$ 4.811,06);
iPhone 16: de US$ 799 (R$ 4.490,70) para US$ 1.142 (R$ 6.418,50);
iPhone 16 Pro Max: de US$ 1.599 (R$ 8.987,02) para US$ 2,3 mil (R$ 12.926,92).
Além da China, a Apple transferiu parte de sua produção para o Vietnã e a Índia. No entanto, esses países também enfrentam tarifas de importação altas – 46% e 26%, respectivamente (o Olhar Digital explica isso nesta matéria).
Se preços aumentarem muito, iPhones podem encalhar em lojas (Imagem: Wongsakorn 2468/Shutterstock)
Para compensar integralmente essas taxas, a Apple precisaria aumentar seus preços em média 30%, afirma Neil Shah, da Counterpoint Research, à agência de notícias.
No entanto, Angelo Zino, analista da CFRA Research, acredita que a empresa dificilmente conseguirá repassar mais do que 10% desses custos para os consumidores.
“Esperamos que a Apple adie qualquer aumento significativo nos preços dos celulares até o outono [no hemisfério norte], quando o iPhone 17 será lançado”, disse Zino à Reuters. “É assim que ela costuma lidar com aumentos de preços planejados.”
Para quem não sabe: outono no hemisfério norte se estende até o fim de dezembro.
Impacto do tarifaço na demanda por iPhones
Apple conseguiu isenções para produtos no 1º mandato de Trump, mas, até o momento, não repetiu o feito (Imagem: Chip Somodevilla e John Gress Media Inc – Shutterstock)
Caso os preços de iPhones aumente significativamente, a demanda pelos aparelhos pode cair. Isso beneficiaria a Samsung, por exemplo. Isso porque a fabricante sul-coreana é menos afetada por tarifas. A companhia produz principalmente na Coreia do Sul, onde a nova tarifa é de 25%.
Durante seu primeiro mandato, Trump impôs tarifas semelhantes para pressionar empresas estadunidenses a trazerem a produção de volta ao país ou países próximos, como o México.
Na época, a Apple conseguiu isenções para alguns produtos. Agora, nenhuma isenção foi concedida. Pelo menos, por enquanto. Quando o assunto é a gestão Trump, tudo pode mudar a qualquer momento.
Restam poucas horas para o fim do prazo estabelecido para resolução do impasse envolvendo o TikTok nos Estados Unidos. O presidente Donald Trump tem até o dia 5 de abril para encontrar uma maneira de manter a rede social operando no país.
A plataforma precisa passar para o controle de donos norte-americanos para continuar operando no país.
E possíveis compradores não faltam. Na verdade, novos interessados estão surgindo nas últimas horas, aumentando as incertezas sobre o futuro da ferramenta.
Gigante norte-americana pode apresentar uma oferta
A Amazon é uma das empresas que acabaram de entrar na disputa pelo comando do TikTok nos EUA. Um funcionário da Casa Branca confirmou que a gigante norte-americana enviou uma carta ao vice-presidente JD Vance e ao secretário do Departamento de Comércio, Howard Lutnick, manifestando o interesse na compra da rede social.
As ações da companhia subiram cerca de 2% após a notícia da oferta de última hora. A Amazon não esconde o desejo de criar uma mídia social própria, uma ferramenta que poderia ampliar as vendas e atrair o público mais jovem. As informações são da Reuters.
Amazon está de olho no TikTok (Imagem: Steve Tritton/Shutterstock)
Além dela, a startup Zoop, administrada por Tim Stokely, dono do OnlyFans, fez parceria com uma fundação de criptomoedas para apresentar um plano de compra da rede social. A empresa de capital de risco norte-americana Andreessen Horowitz também está de olho na situação, fazendo parte de uma oferta liderada pela Oracle.
O problema, no entanto, continua o mesmo. O governo da China e a ByteDance, dona do TikTok, sempre se manifestaram de forma contrária a qualquer negociação que colocasse a rede social sob propriedade norte-americana. Dessa forma, os chineses precisarão ser convencidos para que qualquer acordo saia do papel.
Futuro do TikTok nos EUA será definido nos próximos dias (Imagem: Ascannio/Shutterstock)
Rede social chegou a ser retirada do ar
O prazo inicial para que o TikTok evitasse o banimento da rede social nos EUA acabou em 19 de janeiro.
A justiça do país, então, determinou a interrupção das operações, medida que foi revertida por decreto do presidente Donald Trump, que deu mais 75 dias de prazo para resolver a situação.
O principal impasse é em relação ao uso feito dos dados coletados pela plataforma, que seriam enviados para o governo da China, representando um risco para a segurança nacional norte-americana.
Por isso, o TikTok está sendo pressionado para vender as operações para um dono dos EUA, o que não aconteceu até agora.
A empresa chinesa e o governo do país asiático contestam as alegações e acusam os norte-americanos de ferirem os princípios da concorrência justa.
Um grupo de arqueólogos norte-americanos desenterrou um complexo militar do século XVIII na costa nordeste da Flórida, nos Estados Unidos. A construção fazia parte de um antigo sistema de defesa criado pelos espanhóis e ocupado posteriormente pelos britânicos.
O achado ocorreu em St. Augustine, o mais antigo assentamento europeu continuamente habitado nos EUA. Além disso, representa a primeira evidência já localizada de um momento específico da ocupação britânica na região.
Região foi dominada por espanhóis e ingleses antes de passar para os EUA
Fundada pelos espanhóis no século XVI, St. Augustine (ou Santo Agostinho, na época) permaneceu como capital da região de “La Florida” por mais de 200 anos.
Os britânicos só assumiram o controle do território depois do Tratado de Paris, de 1763.
Foram 20 anos sob domínio inglês, até que a região fosse oficialmente parte dos Estados Unidos.
A Independência dos EUA data do dia 4 de julho de 1776, mas os ingleses somente reconheceram o novo país em 1783.
Primeiros sinais de construções britânicas no local
Segundo os pesquisadores, os espanhóis construíram vastas redes de defesa antes de abandonarem o território. De fato, diversos vestígios desta época já foram encontrados em escavações realizadas em St. Augustine.
Ruínas de complexo militar antigo localizadas nos EUA (Imagem: Programa de Arqueologia da Cidade de Santo Agostinho)
Mesmo com a estrutura já existente, os britânicos decidiram criar novas defesas ao longo da borda oeste da cidade. Eles temiam uma possível ameaça vinda de um rio próximo e fontes históricas mencionam a existência desses postos militares avançados.
O problema é que nenhum sinal destas estruturas britânicas havia sido encontrado até agora. Por isso, a descoberta é tão importante, revelando os primeiros vestígios da ocupação britânica no local nesta época.