O governo dos Estados Unidos liberou milhares de registros relacionados ao assassinato do ex-presidente John F. Kennedy, em 1963. O presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva determinando a divulgação dos documentos.
Alguns dos arquivos citam o Brasil. Um deles trata sobre uma oferta de auxílio de China e Cuba, em 1961, e outro sobre influência do regime cubano e a “operação de propaganda” do país caribenho em território brasileiro.
Cerca de 80 mil páginas relacionadas ao caso foram liberadas, estando disponíveis para consulta no site dos Arquivos Nacionais dos EUA (os registros estão em inglês).
Oferecimento de ajuda para Leonel Brizola
De acordo com um dos arquivos, datado de 1961, Mao Tsé-Tung, então líder do Partido Comunista da China, e Fidel Castro, primeiro-ministro de Cuba, ofereceram “materiais, “suporte” e “voluntários” para Leonel Brizola, então governador do Rio Grande do Sul, em agosto daquele ano. Na ocasião, Brizola estava liderando os esforços para sucessão de poder no Brasil após a renúncia de Jânio Quadros.
China e Cuba teriam oferecido ajuda ao Brasil (Imagem: divulgação/Arquivo Nacional dos EUA)
O presidente brasileiro havia tentado um “autogolpe” na esperança de que a renúncia não fosse aceita e que, com o clamor de autoridades e da população, ele ganhasse mais poder. No entanto, a saída de Quadros acabou aceita e começaram os trabalhos para a posse do vice-presidente João Goulart, que acabou deposto em 1964 com o início da Ditadura Militar.
O arquivo da CIA cita que Brizola agradeceu a oferta de ajuda dos líderes de Cuba e China, mas acabou a recusando. De acordo com o governo dos EUA, o governador não queria levar a crise no Brasil ao cenário internacional, temendo uma possível reação dos norte-americanos. Por fim, o documento ressalta que a oferta de auxílio de Fidel Castro foi descoberta e relatada pela imprensa, enquanto a de Mao Tsé-Tung, não.
O governo dos Estados Unidos publicou, nesta terça-feira (18), um conjunto de documentos referentes ao assassinato do ex-presidente John F. Kennedy.
Segundo o presidente Donald Trump, cerca de 80 mil páginas relacionadas ao caso foram liberadas, estando disponíveis para consulta no site dos Arquivos Nacionais dos EUA (os registros estão em inglês).
Como surgiu a ideia de liberar documentos sobre o assassinato de Kennedy
Em janeiro, Trump anunciou o fim do sigilo sobre as investigações do atentado ocorrido em 22 de novembro de 1963, quando Kennedy foi baleado enquanto sua comitiva transitava pelo centro de Dallas, Texas (EUA);
O assassinato de JFK continua sendo motivo de fascínio e origem de inúmeras teorias conspiratórias no país. Oficialmente, o crime é atribuído a Lee Harvey Oswald, que teria agido sozinho;
Apesar de o Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês) e outras agências federais terem confirmado essa conclusão ao longo dos anos, pesquisas indicam que muitos estadunidenses acreditam em conspiração mais ampla envolvendo o caso;
Especialistas não esperam que a divulgação dos novos documentos modifique os fatos essenciais: Oswald teria disparado contra Kennedy a partir de uma janela de um depósito de livros escolares, enquanto o comboio presidencial passava pela Dealey Plaza, em Dallas.
“Quem espera revelações bombásticas, provavelmente, ficará desapontado”, afirmou Larry Sabato, diretor do Centro de Política da Universidade da Virgínia e autor de um livro sobre o assunto. De acordo com o g1, ele acrescentou que parte dos documentos pode corresponder a materiais já divulgados anteriormente, apenas com determinadas palavras censuradas.
Além disso, Trump prometeu que, em breve, serão liberados arquivos relacionados às investigações dos assassinatos do senador Robert F. Kennedy e do ativista Martin Luther King Jr.
Para acessar os arquivos secretos acerca da morte de John F. Kennedy, clique aqui.
Seis dias após o atentado, o então presidente Lyndon B. Johnson, que assumiu o cargo, instituiu a Comissão Warren para investigar o caso e fornecer resposta definitiva ao público. Na época, a pressão popular era intensa, especialmente depois que Lee Harvey Oswald – principal suspeito – foi morto a tiros, dois dias após o atentado, diante das câmeras de TV.
A Comissão Warren concluiu que Kennedy foi assassinado por Oswald, que teria agido sozinho, e que este foi, posteriormente, morto por Jack Ruby, dono de uma boate com supostas ligações com a máfia, também sem cúmplices.
Um dos pontos centrais da investigação foi a chamada “teoria da bala única”. Segundo essa hipótese, o primeiro disparo atingiu a nuca de Kennedy, atravessando sua garganta, e, em seguida, a mesma bala teria ferido o governador do Texas, John Connally.
O relatório final apontou que todos os disparos foram efetuados por Oswald do sexto andar de um depósito de livros escolares na Elm Street, que estava vazio devido a reformas.
Entre os registros analisados, o mais emblemático foi o “Filme de Zapruder” – gravação colorida de cerca de 30 segundos feita pelo cinegrafista amador Abraham Zapruder –, considerado o registro mais nítido do assassinato, embora não seja o único.
A Comissão recebeu o nome em homenagem a Earl Warren, então presidente da Suprema Corte dos EUA, e contou com participação de senadores e deputados (um republicano e um democrata de cada Casa do Congresso), além do ex-diretor da CIA, Allen Dulles, e do alto funcionário John McCloy.
Outras investigações, conduzidas por comissões governamentais e legislativas nas décadas seguintes, chegaram a questionar algumas conclusões do relatório original.
China e EUA estão em uma corrida para desenvolver a primeira usina de fusão nuclear em escala de rede. Após décadas de liderança estadunidense, a China vem se aproximando, investindo o dobro dos recursos e construindo projetos em velocidade recorde.
Frequentemente chamada de “santo graal” da energia limpa, a fusão nuclear produz quatro vezes mais energia por quilograma de combustível do que a fissão nuclear tradicional e quatro milhões de vezes mais do que a queima de carvão, sem emitir gases de efeito estufa ou gerar resíduos radioativos de longa duração.
Se tudo correr conforme o planejado, o mercado pode ultrapassar US$ 1 trilhão (R$ 5,68 trilhões, na conversão direta) até 2050, segundo a Ignition Research. Mas existe um grande obstáculo: “O único reator de fusão em funcionamento no Universo, no momento, são as estrelas”, afirmou Dennis Whyte, professor de ciência e engenharia nuclear no MIT, à CNBC.
Imagem de satélite de grande projeto nuclear em Mianyang (China), que parece incluir quatro compartimentos de laser apontando para uma cúpula de contenção do tamanho aproximado de um campo de futebol, quase duas vezes maior que a Instalação Nacional de Ignição e Fusão dos EUA (Imagem: Laboratórios Planetários PBC)
EUA, China e a luta pela fusão nuclear
Os EUA foram pioneiros na utilização em larga escala da fusão com o teste da bomba de hidrogênio em 1952;
Nos mais de 70 anos seguintes, cientistas do mundo todo têm lutado para dominar as reações de fusão e convertê-las em energia elétrica;
As reações de fusão ocorrem quando os átomos de hidrogênio atingem temperaturas tão extremas que se fundem, formando gás superaquecido conhecido como plasma;
A massa “perdida” durante esse processo pode, em teoria, ser convertida em enormes quantidades de energia, mas controlar o plasma é um desafio;
Um dos métodos mais populares utiliza ímãs poderosos para suspender e controlar o plasma dentro de um tokamak – dispositivo metálico com formato de uma rosquinha;
Outra abordagem emprega lasers de alta energia direcionados a um pellet de combustível do tamanho de uma pimenta-do-reino, comprimindo-o e fazendo-o implodir rapidamente.
Foi dessa forma que os EUA alcançaram a histórica ignição da fusão, gerando energia líquida positiva no Lawrence Livermore National Ignition Facility (NIF) em 2022.
Desde então, o investimento privado em startups de fusão nos Estados Unidos disparou para mais de US$ 8 bilhões (R$ 45,47 bilhões) – salto significativo em relação aos US$ 1,2 bilhão (R$ 6,82 bilhões) investidos em 2021, de acordo com a Fusion Industry Association (FIA). Das 40 empresas associadas à FIA, 25 estão sediadas nos EUA.
Enquanto isso, a energia nuclear tradicional – baseada na fissão – também tem atraído grandes investimentos, impulsionada pelas gigantes da tecnologia que buscam suprir a crescente demanda de energia dos data centers de inteligência artificial (IA). Empresas, como Amazon, Google e Meta, se comprometeram a triplicar a energia nuclear mundial até 2050.
“Se você se importa com a IA e com a liderança em energia, precisa investir em fusão”, declarou Andrew Holland, CEO da FIA. “Se os Estados Unidos não liderarem, a China o fará.”
Apesar de os EUA terem a maior quantidade de usinas nucleares ativas, a China lidera em termos de novos projetos. Mesmo tendo iniciado a construção de seu primeiro reator quase quatro décadas depois dos EUA, o país asiático, agora, constrói muito mais usinas de fissão do que qualquer outra nação.
A entrada da China na corrida da fusão se deu no início dos anos 2000 – cerca de 50 anos após os EUA – quando o país se juntou a mais de 30 nações no megaprojeto ITER, sediado na França. Contudo, o ITER tem enfrentado grandes atrasos.
Embora a competição se dê entre países, o setor privado estadunidense ainda lidera. Dos US$ 8 bilhões (R$ 45,47 bilhões) investidos globalmente em fusão, US$ 6 bilhões (R$ 34,1 bilhões) estão concentrados nos EUA, segundo a FIA.
Entre as startups, a Commonwealth Fusion Systems, originada no MIT, arrecadou quase US$ 2 bilhões (R$ 11,36 bilhões) de investidores, como Bill Gates, Jeff Bezos e Google.
A Helion, com sede em Washington (EUA), captou US$ 1 bilhão (R$ 5,68 bilhões) de investidores, entre eles, Sam Altman, da OpenAI, e firmou acordo ambicioso com a Microsoft para levar energia de fusão à rede elétrica até 2028. Já a TAE Technologies, apoiada pelo Google, levantou US$ 1,2 bilhão (R$ 6,82 bilhões).
“Quem possui energia abundantemente ilimitada pode impactar tudo o que se imaginar”, afirmou Michl Binderbauer, CEO da TAE Technologies. “Isso é assustador se cair em mãos erradas.”
No que diz respeito ao financiamento público, a China está muito à frente. Pequim investe cerca de US$ 1,5 bilhão (R$ 8,52 bilhões) por ano no setor, enquanto os repasses federais dos EUA para a fusão têm girado em torno de US$ 800 milhões (R$ 4,54 bilhões) anuais nos últimos anos, conforme dados do Office of Fusion Energy Sciences do Departamento de Energia dos EUA.
O apoio presidencial também variou. Durante o primeiro mandato de Donald Trump, houve impulso ao suporte nuclear – inclusive para a fusão – e essa tendência continuou sob o governo do ex-presidente Joe Biden. Contudo, o cenário para o segundo mandato de Trump permanece incerto, especialmente em meio à redução maciça dos investimentos federais.
Senadores e especialistas em fusão dos EUA publicaram, em fevereiro, relatório que pedia US$ 10 bilhões (R$ 56,84 bilhões) em fundos federais para evitar que o país perdesse sua liderança.
Porém, os EUA podem já ter perdido vantagem no quesito tamanho dos reatores. Em geral, quanto maior a área do reator, mais eficiente é o aquecimento e confinamento do plasma, aumentando as chances de se obter energia líquida positiva.
Imagens de satélite, fornecidas à CNBC pela Planet Labs, mostram a rápida construção de enorme complexo de fusão a laser na China. A cúpula de contenção, onde ocorrerá a reação de fusão, tem, aproximadamente, o dobro do tamanho do NIF, projeto estadunidense de fusão a laser, conforme informou Decker Eveleth, da CNA Corporation. Segundo Holland, a instalação chinesa provavelmente funcionará como híbrido de fusão-fissão.
“Um híbrido de fusão-fissão é como replicar uma bomba, mas como usina elétrica. Isso nunca funcionaria nem seria permitido em um país como os Estados Unidos, onde o regime regulatório exige rigorosos padrões de segurança”, explicou Holland. “Mas, em um contexto como o da China, onde as opiniões locais têm menos peso, se o governo decidir, a obra segue.”
O projeto nacional de tokamak da China, o EAST, tem batido recordes, disputando com o projeto WEST, da França, pelo tempo mais longo de contenção de plasma em um reator – embora esse feito seja menos impactante do que atingir energia líquida positiva.
Outro grande projeto financiado pelo Estado, o CRAFT, deverá ser concluído ainda este ano. Com investimento de US$ 700 milhões (R$ 3,97 bilhões) em espaço de 40 hectares no leste do país, o CRAFT também abrigará um novo tokamak, o BEST, que deve ser finalizado em 2027.
Segundo Holland, o projeto CRAFT da China segue plano estadunidense publicado por centenas de cientistas em 2020. “O Congresso não fez nada para investir os recursos necessários para colocar isso em prática. Nós publicamos o plano e, os chineses, então, o construíram”, afirmou.
Além disso, a startup estadunidense Helion informou à CNBC que alguns projetos chineses estão copiando seus designs patenteados. “Na China, estamos vendo agências estatais investindo em empresas para replicar os projetos de empresas estadunidenses”, comentou David Kirtley, fundador e CEO da Helion.
Tokamak SPARC da Commonwealth Fusion Systems; ele está programado para usar ímãs supercondutores para atingir a ignição por fusão em 2027 (Imagem:
Sistemas de fusão da Commonwealth)
O rápido lançamento dos novos projetos de fusão na China ocorre em momento em que os esforços nos EUA se concentram, principalmente, na modernização de instalações já existentes – algumas com mais de 30 anos.
“Ninguém quer trabalhar com máquinas obsoletas”, afirmou Binderbauer, da TAE, acrescentando que novos projetos atraem mais talentos e que isso tem causado uma espécie de “fuga de cérebros”. Nos anos 2000, cortes nos orçamentos de pesquisa em fusão obrigaram universidades estadunidenses a interromper a construção de novos equipamentos, enviando pesquisadores para aprender com os equipamentos de outros países, inclusive dos chineses.
“Em vez de construir novos reatores, fomos para a China e ajudamos a construir os deles, pensando: ‘Que ótimo, eles terão a instalação e nós aprenderemos’”, comentou Bob Mumgaard, cofundador e CEO da Commonwealth Fusion Systems. “Mas isso foi um grande erro.”
Atualmente, a China detém o maior número de patentes em fusão e possui dez vezes mais doutorados em ciência e engenharia de fusão do que os EUA, conforme relatório da Nikkei Asia. “Há um número finito de profissionais qualificados no Ocidente para os quais todas as empresas concorrem”, afirmou Binderbauer, ressaltando que isso representa uma limitação fundamental.
Além da mão de obra, os projetos de fusão exigem enorme quantidade de materiais, como ímãs de alta potência, metais específicos, capacitores e semicondutores de potência. Kirtley, da Helion, comentou que o cronograma do mais recente protótipo da empresa, o Polaris, foi determinado pela disponibilidade de semicondutores.
A China também está se movendo para dominar a cadeia de suprimentos desses materiais, seguindo estratégia semelhante à que a ajudou a conquistar liderança em painéis solares e baterias para veículos elétricos. “A China está investindo dez vezes mais do que os EUA em desenvolvimento de materiais avançados. Precisamos mudar isso”, afirmou Kirtley.
A empresa de fusão Energy Singularity, sediada em Xangai (China), afirmou à CNBC que se beneficia “indubitavelmente” da cadeia de suprimentos eficiente da China. Em junho, a Energy Singularity divulgou que conseguiu criar plasma em tempo recorde, apenas dois anos após iniciar o projeto do seu tokamak.
Apesar dos avanços, ainda estamos longe de alcançar a fusão nuclear em escala comercial. A Helion pretende ser a primeira, com meta para 2028, enquanto a Commonwealth anunciou um local na Virgínia (EUA) para inaugurar a primeira usina de fusão, a ARC, no início dos anos 2030.
“Mesmo que os primeiros reatores sejam instalados nos EUA, não devemos nos acomodar”, ressaltou o professor Whyte, do MIT. “O verdadeiro objetivo é ter uma indústria de fusão madura, produzindo energia para ser utilizada globalmente, inclusive em centros de IA.”
A lista de cineastas, escritores, atores e músicos inclui nomes como Ben Stiller, Mark Ruffalo, Cynthia Erivo, Cate Blanchett, Cord Jefferson, Paul McCartney, Ron Howard e Taika Waititi.
A carta foi redigida em resposta a recentes submissões feitas pela OpenAI e pelo Google defendendo que a lei de direitos autorais dos EUA deveria permitir o treinamento de IA usando obras protegidas sem a necessidade de permissão de seus autores.
(Imagem: photoquest7/iStock)
“Acreditamos firmemente que a liderança global em IA dos Estados Unidos não deve vir às custas de nossas indústrias criativas essenciais”, diz o texto. “A América não se tornou uma potência cultural global por acidente. Nosso sucesso decorre diretamente do nosso respeito fundamental pelos direitos autorais.”
A OpenAI propôs que os Estados Unidos “tomem medidas para garantir que o sistema de direitos autorais continue a apoiar a liderança americana em IA e a segurança econômica e nacional americana”, incluindo “trabalhar para impedir que países menos inovadores imponham seus regimes legais às empresas americanas de IA e retardem a taxa de progresso”.
O Google defendeu “regras de direitos autorais equilibradas, como exceções de uso justo e mineração de texto e dados”, que a empresa disse ter sido “essencial para permitir que sistemas de IA aprendam com conhecimento prévio e dados disponíveis publicamente, desbloqueando avanços científicos e sociais”.
Artistas acusam empresas de tecnologia de pedir “isenção especial” para explorar lei (Imagem: Chiarascura/Shutterstock)
A gigante da tecnologia alega ainda que a mudança não impactaria “significativamente os detentores de direitos e evitam negociações frequentemente altamente imprevisíveis, desequilibradas e demoradas com detentores de dados durante o desenvolvimento de modelos ou experimentação científica”.
Recentemente, uma discussão semelhante sobre alterações em regras de direitos autorais no Reino Unido mobilizou a indústria criativa do país e uniu jornais em uma campanha inédita, como relatou o Olhar Digital.
Íntegra do documento
Olá amigos e estranhos. Como vocês devem saber, recentemente houve uma recomendação da OpenAI e do Google para a atual Administração dos EUA que está ganhando força alarmante para remover todas as proteções legais e barreiras existentes em torno das proteções da lei de direitos autorais para o treinamento de Inteligência Artificial. Esta reescrita da lei estabelecida em favor do chamado “Uso Justo” precisava de uma resposta inicial até as 23h59 ET de sábado, então enviamos uma carta inicial com os signatários que tínhamos naquela época. Agora continuamos aceitando assinaturas para uma emenda à nossa declaração inicial. Sinta-se à vontade para encaminhar isso a qualquer pessoa que você ache que possa estar investida na manutenção ética de sua propriedade intelectual. Você pode adicionar seu nome e quaisquer guildas ou sindicatos ou descrição de si mesmo que achar apropriado, mas não edite a carta em si. Muito obrigado por divulgar isso em uma noite de sábado!
A resposta de Hollywood ao Plano de Ação de Inteligência Artificial do governo e a necessidade de que a lei de direitos autorais seja mantida.
Nós, os membros da indústria do entretenimento dos Estados Unidos — representando uma intersecção de diretores de fotografia, diretores, produtores, atores, escritores, estúdios, produtoras, músicos, compositores, figurinistas, designers de som e produção, editores, chefes, membros do sindicato e da academia, e outros profissionais de conteúdo criativos e dedicados — enviamos esta declaração unificada em resposta à solicitação da Administração por contribuições sobre o Plano de Ação de IA.
Acreditamos firmemente que a liderança global em IA dos Estados Unidos não deve vir às custas de nossas indústrias criativas essenciais. A indústria de artes e entretenimento dos Estados Unidos sustenta mais de 2,3 milhões de empregos americanos com mais de US$ 229 bilhões em salários anualmente, ao mesmo tempo em que fornece a base para a influência democrática americana e o soft power no exterior. Mas as empresas de IA estão pedindo para minar essa força econômica e cultural enfraquecendo as proteções de direitos autorais para filmes, séries de televisão, obras de arte, textos, músicas e vozes usadas para treinar modelos de IA no cerne de avaliações corporativas multibilionárias.
Não se engane: essa questão vai muito além da indústria do entretenimento, pois o direito de treinar IA em todo conteúdo protegido por direitos autorais impacta todas as indústrias de conhecimento dos Estados Unidos. Quando empresas de tecnologia e IA exigem acesso irrestrito a todos os dados e informações, elas não estão apenas ameaçando filmes, livros e música, mas o trabalho de todos os escritores, editores, fotógrafos, cientistas, arquitetos, engenheiros, designers, médicos, desenvolvedores de software e todos os outros profissionais que trabalham com computadores e geram propriedade intelectual. Essas profissões são o cerne de como descobrimos, aprendemos e compartilhamos conhecimento como sociedade e como nação. Essa questão não é apenas sobre liderança em IA ou sobre economia e direitos individuais, mas sobre a liderança contínua dos Estados Unidos na criação e posse de propriedade intelectual valiosa em todos os campos.
Está claro que o Google (avaliado em US$ 2 trilhões) e a OpenAI (avaliada em mais de US$ 157 bilhões) estão argumentando por uma isenção especial do governo para que possam explorar livremente as indústrias criativas e de conhecimento dos Estados Unidos, apesar de suas receitas substanciais e fundos disponíveis. Não há razão para enfraquecer ou eliminar as proteções de direitos autorais que ajudaram os Estados Unidos a florescer. Não quando as empresas de IA podem usar nosso material protegido por direitos autorais simplesmente fazendo o que a lei exige: negociando licenças apropriadas com detentores de direitos autorais — assim como todas as outras indústrias fazem. O acesso ao catálogo criativo de filmes, textos, conteúdo de vídeo e música dos Estados Unidos não é uma questão de segurança nacional. Eles não exigem uma isenção obrigatória do governo da lei de direitos autorais existente nos Estados Unidos.
A América não se tornou uma potência cultural global por acidente. Nosso sucesso decorre diretamente do nosso respeito fundamental pela PI e direitos autorais que recompensam a tomada de riscos criativos por americanos talentosos e trabalhadores de todos os estados e territórios. Por quase 250 anos, a lei de direitos autorais dos EUA equilibrou os direitos do criador com as necessidades do público, criando a economia criativa mais vibrante do mundo. Recomendamos que o Plano de Ação de IA Americano mantenha as estruturas de direitos autorais existentes para manter a força das indústrias criativas e de conhecimento dos EUA, bem como a influência cultural americana no exterior.
As tensões no Oriente Médio voltaram a crescer após um ataque realizado pelos Estados Unidos contra os Houthis, um grupo rebelde do Iêmen que é apoiado pelo Irã. No total, 53 pessoas morreram e 98 ficaram feridas.
O presidente Donald Trump ordenou o bombardeio para defender ativos de transporte marítimos norte-americanos e impedir ameaças terroristas. Nos últimos meses, os rebeldes têm realizado ataques contra navios comerciais que circulam pelo Mar Vermelho.
Entenda o que está acontecendo na região
As ações dos Houthis começaram no final de 2023.
O grupo alega que os ataques são uma forma de demonstrar apoio aos palestinos e repudiar as ações de Israel na guerra na Faixa de Gaza.
Em janeiro deste ano, eles interromperam as operações após um acordo de cessar-fogo na região.
No entanto, com as incertezas sobre os próximos passos do conflito, os rebeldes anunciaram que estavam planejando bombardear outros navios.
Essa declaração motivou a reação dos EUA.
Ação dos rebeldes tem ligação com os combates em Gaza (Imagem: Below the Sky/Shutterstock)
Para atingir os rebeldes iemenitas, as forças dos EUA utilizaram o porta-aviões USS Harry S. Truman. Descrito como uma “cidade no mar”, ele tem capacidade para transportar 90 aeronaves e mais de 5 mil tripulantes, possuindo até lojas a bordo.
A embarcação foi lançada oficialmente em setembro de 1996 e é o nono porta-aviões produzido pelos Estados Unidos movido a energia nuclear. Ele também faz parte da Classe Nimitz, que foi inaugurada durante a Guerra Fria.
Porta-aviões pode transportar até 90 aeronaves simultaneamente (Imagem: Gail Heaton/Shutterstock)
O navio tem 333 metros de comprimento e pesa cerca de 100 mil toneladas. Ele pode atingir uma velocidade de até 56 km/h. Desde o início dos anos 2000, o USS Harry S. Truman é equipado com internet e recentemente passou a disponibilizar conexão wi-fi para os tripulantes.
Empresas de capital de risco, que há anos investem em startups de defesa nos EUA, agora, direcionam suas atenções para Israel, aplicando recursos em companhias de tecnologia militar que surgiram após os conflitos em Gaza e no Líbano.
A estratégia de investir em empresas israelenses parte da convicção de que elas terão cada vez mais oportunidades de disputar contratos tanto nos EUA quanto em países europeus, onde os gastos com defesa tendem a crescer nos próximos anos.
Um exemplo disso é a startup Kela, que, recentemente, atraiu aportes de dois dos maiores fundos de capital de risco dos EUA dedicados ao setor de defesa – além do investimento do braço de capital da CIA.
David Cahn, da Sequoia Capital, responsável por financiar toda a rodada inicial da Kela, afirmou ao The Wall Street Journal: “Esta é a primeira grande aposta de venture capital em Israel.” Em seguida, a Lux Capital participou da rodada Série A, elevando o montante total arrecadado pela empresa para US$ 39 milhões (R$ 171,22 milhões, na conversão direta).
O produto da Kela não é uma arma convencional, como drones ou mísseis, mas um software capaz de integrar tecnologias comerciais e militares para aplicações como a defesa de fronteiras.
Startup israelense Kela fornece software para aplicações, como defesa de fronteiras; seus fundadores incluem, da esquerda: Jason Manne, Hamutal Meridor, Alon Dror e Omer Bar-Ilan (Imagem: Divulgação/KELA)
Esse sistema representa apenas o começo dos planos da companhia, que ambiciona disputar contratos para desenvolver e integrar sistemas de armamentos mais complexos, conforme explica a cofundadora e presidente Hamutal Meridor. “Fora de Israel, nos EUA e na Europa, nosso foco serão os grandes programas”, afirmou.
Vale do Silício aposta em startups israelenses para chegar no mercado de defesa dos EUA
Enquanto Israel espera que haja fluxo maior de investimentos significativos no setor de tecnologia de defesa – atualmente dominado por gigantes, como Elbit Systems, Israel Aerospace Industries e Rafael Advanced Defense Systems –, o país já sediou, em dezembro, seu primeiro summit de defesa tecnológica. O evento, organizado pelo Ministério da Defesa e pela Universidade de Tel Aviv, reuniu investidores, empresas e autoridades governamentais;
Lorne Abony, da Texas Venture Partners, destacou no encontro que “vivemos um renascimento na tecnologia de defesa que se encaixa perfeitamente no ecossistema que temos em Israel”;
A empresa de Abony, lançada no ano passado com US$ 50 milhões (R$ 285,38 milhões), tem como objetivo investir em firmas de defesa israelenses;
Mesmo sendo novas no mercado, as startups israelenses de defesa contam com histórico tecnológico de excelência. “A chance de se criar um unicórnio tecnológico por meio de um investimento em Israel é cinco vezes e meia maior do que com um investimento nos EUA”, ressalta Abony, que, vale notar, não investiu na Kela.
Por sua vez, as startups de defesa estadunidenses já ganham destaque na administração do presidente Donald Trump. Elon Musk, CEO da SpaceX – também um importante contratante de defesa – está à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês).
Além disso, a mudança de foco do Pentágono para novas tecnologias tem impulsionado empresas apoiadas no Vale do Silício, como a Palantir Technologies – cuja ação disparou após a última eleição presidencial – e a Anduril Industries, que se prepara para fechar sua última rodada de investimentos com avaliação de US$ 28 bilhões (R$ 159,81 bilhões).
Os fundos de capital de risco estadunidenses não são estranhos ao ecossistema de startups israelenses. Empresas de cibersegurança – muitas fundadas por ex-integrantes da renomada Unidade 8200 – já se beneficiaram dos aportes do Vale do Silício. Além disso, Israel possui diversas startups de drones, como a Xtend, cujos veículos aéreos não tripulados já foram empregados pelo exército israelense em Gaza.
A Startup Nation Central, organização sem fins lucrativos sediada em Tel Aviv (Israel), acompanha mais de 300 empresas israelenses que atuam no setor de defesa, número que dobrou em relação ao ano anterior, segundo seu CEO, Avi Hasson.
Para Hasson, o investimento expressivo na Kela demonstra a confiança dos investidores no potencial das startups israelenses de defesa. “É uma aposta estratégica tanto no mercado quanto nos empreendedores e no setor”, afirmou.
Contudo, as startups dos EUA, que conquistam apenas cerca de 1% dos contratos do Departamento de Defesa, enfrentam batalha difícil para competir com os cinco maiores grupos de defesa estadunidenses.
O desafio para uma empresa israelense adentrar o mercado do Pentágono pode ser ainda maior. Raj Shah, da Shield Capital, comenta que “há grande e crescente montante de recursos de venture capital investindo no fato de que os governos estão ampliando os gastos com defesa – e, mais importante, direcionando esses recursos para novas startups. A dúvida é se o Pentágono vai comprar de empresas não estadunidenses. Ainda não sabemos a resposta para isso”, ponderou.
A abordagem da Kela segue linha semelhante à adotada pela Palantir em seus primeiros anos, quando a empresa expandiu sua base de clientes com “engenheiros de software destacados que operavam junto aos soldados, em locais, como o Afeganistão”.
De forma análoga, a Kela promove seus engenheiros como “tecnoguerreiros” – profissionais que combinam expertise técnica com experiência em combate, capazes de compartilhar aprendizados adquiridos no campo de batalha com clientes dos EUA e da Europa.
As semelhanças com a Palantir não são por acaso. Hamutal Meridor, que já atuou como gerente geral da Palantir em Israel, utiliza retórica similar à do CEO da Palantir, Alex Karp, que costuma descrever a missão de sua empresa de forma quase messiânica, como uma luta para “salvar o Ocidente”.
“A criação da Kela está fortemente ligada ao 7 de outubro, obviamente. E percebemos que o Ocidente ainda vive sob a sombra do 6 de outubro. Sentimos que nossa missão é evitar que o Ocidente enfrente um novo 7 de outubro”, declarou Meridor.
Vale do Silício vê startups israelenses com bons olhos (Imagem: PHOTOGRAPHY IS ON/Shutterstock)
Alon Dror, CEO e cofundador da Kela, conta que a empresa se apoia intensamente na experiência de combate adquirida por Israel após o 7 de outubro. Ele relembrou que, na véspera de uma operação terrestre contra o Hezbollah no Líbano, circulou entre os pelotões para contar equipamentos – constatando que cada comandante de pelotão ou companhia dispunha de apenas alguns óculos de visão noturna.
Em contraste, as forças do Hezbollah possuíam um par de óculos para cada combatente, adquiridos online, o que, segundo Dror, “é surpreendente”. Dror ressaltou que a plataforma de software da Kela foi desenvolvida para permitir a integração de tecnologias comerciais e militares, como óculos de visão noturna, sensores e inteligência artificial (IA).
Brandon Reeves, sócio da Lux Capital, enfatiza que a experiência militar dos colaboradores da Kela é um diferencial decisivo. Ele observa que, entre os engenheiros das cinco maiores empresas de defesa dos EUA, a participação em combates é praticamente inexistente – enquanto, na Kela, essa característica se aproxima de 100%, “é uma DNA totalmente diferente.”
Clayton Williams, diretor da filial do Reino Unido da IQT (braço de capital de risco da CIA, anteriormente conhecido como In-Q-Tel), destacou que seu investimento na Kela se deu exatamente por conta desse tipo de vivência. “Empresas que aprendem diretamente dos campos de batalha e recebem feedback das linhas de frente estão evoluindo suas tecnologias a uma velocidade que, pessoalmente, nunca vi antes”, afirmou Williams.
Embora a IQT já tenha realizado outros investimentos em Israel, a Kela representa sua primeira participação direta em uma startup israelense voltada especificamente para o mercado militar. Apesar de seu aporte ser inferior aos feitos pela Sequoia e pela Lux, o selo de aprovação de um investimento da CIA tem ajudado outras empresas – como a Palantir – a entrar no setor de defesa. “Nós abrimos portas”, concluiu Williams.
Até mesmo os defensores das startups israelenses de defesa, como Abony, reconhecem que empresas bem-sucedidas em áreas, como cibersegurança e biotecnologia, muitas vezes, não estão preparadas para vender ao Pentágono.
A firma de Abony trabalha em estreita colaboração com companhias israelenses para aprimorar suas apresentações ao Departamento de Defesa dos EUA. “Chegamos a essa conclusão após observar diversas empresas investidas – ou potenciais investimentos – tentando apresentar propostas ao Departamento de Defesa e, francamente, foram péssimas. Não voltaremos a vê-las”, afirmou.
Nas últimas semanas, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciaram o fechamento de um acordo bilionário. Serão investidos US$ 100 bilhões (quase R$ 600 bilhões) na expansão das operações da empresa em solo norte-americano.
Durante o encontro que selou o negócio, o republicano chegou a chamar a fabricante de chips de “a empresa mais poderosa do mundo”. Apesar do potencial, a parceria tem gerado uma série de preocupações.
Taiwan teme que EUA abandonem proteção da ilha
O plano inclui a construção de três novas fábricas no Arizona, no mesmo local onde já opera sua unidade Fab 21, perto de Phoenix. A empresa ainda não especificou quais tecnologias serão produzidas nas novas instalações. A expectativa é gerar 40 mil empregos na construção civil nos próximos quatro anos, o dobro da estimativa inicial de 20 mil até o fim da década.
O clima em Taiwan, no entanto, não é de otimismo. Isso porque alguns acreditam que a expansão das operações nos EUA não é um bom negócio para a ilha, uma vez que pode diminuir a vontade da Casa Branca defender a região de um possível ataque da China.
Declarações de Trump põe em dúvida promessa de defesa de Taiwan pelos EUA (Imagem: Andy.LIU/Shutterstock)
A TSMC produz mais de 90% dos microchips avançados do mundo, que alimentam desde smartphones e inteligência artificial até armas. É por isso que muitos em Taiwan acreditam que esta dependência global serve como um “escudo de silício” contra invasões chinesas.
Manifestações recentes de Trump, entretanto, colocam em dúvida o apoio dos EUA (é importante lembrar que os taiwaneses dependem do apoio militar norte-americano). O republicano chegou a acusar Taiwan de “roubar” a indústria de semicondutores do país, além de afirmar que a ilha deveria pagar pela proteção da Casa Branca.
Empresa é a líder na fabricação de chips semicondutores (Imagem: Ascannio/Shutterstock)
Governo e TSMC minimizam riscos
Após o anúncio do acordo, o presidente de Taiwan, Lai Ching-te, apareceu ao lado do CEO da TSMC, CC Wei, para minimizar os temores.
Ele disse que o investimento da empresa nos EUA não prejudicaria seu compromisso com a defesa da ilha.
Também garantiu que o território não “enfrentou nenhuma pressão de Washington” para fechar o negócio.
Wei, por sua vez, atribuiu o investimento à “forte demanda” de clientes norte-americanos como Apple, Nvidia, AMD, Qualcomm e Broadcom, que queriam reduzir os riscos potenciais da cadeia de suprimentos com chips fabricados localmente.
Ele também prometeu que, apesar do avanço nos EUA, a produção de tecnologias mais avançadas da TSMC deve continuar em Taiwan, onde a empresa mantém seus centros de desenvolvimento de processos de fabricação.
O chamado “golpe do pedágio” saiu do controle nos Estados Unidos — e já incomoda até o FBI. As notificações do esquema quadruplicaram em volume do início de janeiro ao final de fevereiro deste ano, segundo relatório da empresa de segurança McAfee.
Mas as pessoas também estão mais conscientes das tentativas de golpe usando nomes de gestores de pedágios nos EUA. Na internet, as pesquisas pelo assunto aumentaram 900% nos últimos três meses, de acordo com a empresa de segurança cibernética Trend Micro.
As principais cidades que estão na mira dos criminosos são Dallas, Atlanta, Los Angeles, Chicago e Orlando. Os textos citam diferentes controladoras, como o Peach Pass da Geórgia, o Sun Pass da Flórida ou o Texas Tag do Texas, de acordo com a CNBC.
Golpistas enviam SMS com falsa ameaça e link fictício para pagamento (Imagem: Reprodução/McAfee)
Um especialista consultado pela reportagem explicou que o golpe é barato e fácil. As pessoas podem ser facilmente persuadidas a pagar uma taxa de US$ 3 (R$ 17,22, na conversão direta) para evitar a suposta ameaça de multas ou revogação de licença. Mas as informações pessoais inseridas no link falso terão muito mais valor para os criminosos.
Como funciona o golpe?
As mensagens são enviadas em texto por SMS, informando que a pessoa tem uma conta de pedágio não paga e que precisa quitada imediatamente;
Como muitos golpes, a mensagem contém um link para pagamento que leva a vítima para um site de phishing, solicitando informações, como número de carteira de motorista, ou, até mesmo, número de Seguro Social;
Os dados coletados podem levar a fraude de identidade e, possivelmente, roubo de identidade, segundo a McAfee.
Página criada por golpistas para simular aparência de marca legítima (Imagem: Reprodução/McAfee)
Os criminosos também criaram páginas da web e avisos com aparência legítima, usando design de papel timbrado digital de marca. O golpe saiu tanto do controle que a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC, na sigla em inglês) emitiu aviso com os seguintes conselhos (que também valem para casos no Brasil):
Não clique em nenhum link ou responda a textos inesperados. Golpistas querem que você reaja rapidamente, mas é melhor parar e verificar;
Verifique se o texto é legítimo. Entre em contato com a agência de pedágio do estado usando um número de telefone ou site que você sabe que é real — não as informações do texto;
Denuncie e exclua mensagens de texto indesejadas. Use a opção “denunciar lixo” do seu telefone para denunciar mensagens indesejadas ao seu aplicativo de mensagens. Depois de verificar e denunciar, exclua a mensagem.
Na noite desta quinta-feira (13), um avião da American Airlines pegou fogo após realizar pouso forçado no Aeroporto Internacional de Denver (EUA). A aeronave em questão é um Boeing 737-800, operando no voo 1006 da American Airlines, procedente de Colorado Springs (EUA).
O piloto precisou desviar o avião de seu destino original, que era Dallas (EUA), após a tripulação relatar vibrações no motor, culminando em um incêndio que obrigou a evacuação de todos a bordo, segundo a Reuters.
Modelo que pegou fogo é um Boeing 737-800 com 13 anos de uso (Imagem: Markus Mainka/Shutterstock)
Como o motor do avião da American Airlines pegou fogo
Por volta das 17h15 (horário local), 20h15 (horário de Brasília), o avião pousou com segurança em Denver (EUA) e iniciou o taxiamento rumo ao portão, quando um problema relacionado ao motor passou a se manifestar;
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostraram momentos tensos: passageiros foram vistos posicionados na asa da aeronave e os slides de emergência foram acionados para facilitar a evacuação, enquanto uma densa fumaça se espalhava pelo motor;
De acordo com informações da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) e da própria American Airlines, os 172 passageiros e seis tripulantes conseguiram desembarcar sem maiores incidentes;
Entretanto, seis passageiros necessitaram de atendimento médico e foram encaminhados a um hospital local para avaliações complementares.
O incidente aconteceu em um Boeing 737-800 com 13 anos de operação, equipado com dois motores CFM56, fabricados pela CFM International – joint venture de GE e Safran. Segundo a FAA, o caso será investigado minuciosamente para determinar a causa exata do incêndio, enquanto a Boeing preferiu encaminhar as indagações à American Airlines e aos órgãos responsáveis pela investigação.
Em comunicado, a American Airlines destacou que, após o pouso seguro e a chegada ao portão, a situação foi rapidamente controlada graças à ação decisiva dos tripulantes, da equipe de solo em Denver e dos primeiros socorristas, garantindo que a segurança de todos fosse a prioridade máxima.
Este episódio é o mais recente de uma série de incidentes que têm levantado preocupações acerca da segurança na aviação estadunidense.
Entre os acontecimentos mais graves, destaca-se a colisão ocorrida em 29 de janeiro entre um jato regional da American Airlines e um helicóptero do Exército, que resultou na trágica perda de 67 vidas.
Adicionalmente, incidentes recentes, como a capotagem de um avião regional da Delta Air Lines durante o pouso em Toronto (Canadá), que deixou 18 feridos, têm contribuído para o debate sobre a necessidade de melhorias contínuas nos protocolos de segurança e manutenção das aeronaves.
Mapa mostra desvio de rotada do avião e informações do modelo e voo (Imagem: Reprodução/FlightRadar24)
O Brasil e outros países também vêm testemunhando diversos acidentes aéreos. Por aqui, até o momento, pelo menos três ocorrências mais graves foram registradas, além várias outras de menor intensidade e que não registraram mortos.
Enquanto as investigações sobre o incêndio prosseguem, especialistas enfatizam a importância de revisões constantes nos procedimentos operacionais e de manutenção, a fim de prevenir futuros incidentes e assegurar a confiança dos passageiros na aviação.
Após a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de parar de enviar armamentos para a Ucrânia, uma insegurança se instaurou por toda a Europa: e se os estadunidenses tiverem uma forma de “controlar” o armamento usado no Velho Continente?
A Alemanha é a mais receosa, pois o país fechou acordo multibilionário com a Lockheed Martin, gigante estadunidense aeroespacial. O contrato foi firmado em 2022 e prevê a entrega, para os alemães, de 35aeronavesF-35A Lighning II. No ano passado, a Bundeswehr (forças armadas da Alemanha) comprou outros oito F-35.
Esse “poder de desarmar” dos EUA vem sendo chamado de “interruptor de segurança“. Na verdade, os europeus acreditam que os estadunidenses instalaram um interruptor físico nos caças. O termo foi usado por Joachim Schranzhofer, chefe de comunicações da empresa de armas alemã Hendsolt, em entrevista ao Bild.
Contudo, ele tratou de tranquilizar as autoridades alemãs ao afirmar que esse botão não passa de boato e insinuou ser fácil para os EUA aterrarem a nave bloqueando seu software principal — que está sob controle estadunidense.
Será que o caça tem um “botão de segurança”? (Imagem: Victor Maschek/Shutterstock)
Wolfgang Ischinger, ex-presidente da Conferência de Segurança de Munique (Alemanha), e Ingo Gädechens, ex-oficial militar e membro do partido União Democrata Cristã (CDU, na sigla em inglês) da Alemanha, expressam o mesmo sentimento.
Já um porta-voz do Ministério de Defesa alemão afirmou à Euronews que não existe movimento para cancelar a compra dos caças F-35 mesmo com as preocupações que ressoam na Europa.
Esse modelo de caça, segundo sua fabricante, está se tornando “o padrão de escolha da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte]”. Além da Alemanha, a Romênia também assinou, há alguns meses, um acordo com a Lochkeed Martin para ter os F-35 em sua frota.
Entre os países europeus que já os possuem, estão Bélgica, República Tcheca, Dinamarca, Finlândia, Grécia, Itália, Holanda, Noruega, Polônia e Suíça.
Por sua vez, a fabricante diz esperar que, até o fim da década, mais de 550 desses caças estejam em operação em dez países europeus, e disse que eles “aumentaram a interoperabilidade na Europa“.
Contudo, admitiu que os F-35 e outras aeronaves de caça ocidentais dependem de comunicação de dados protegida pelos EUA com Link-16 e navegação por satélite GPS.
Ainda segundo a empresa, independência completa no setor “não é possível… nem mesmo com os sistemas europeus“, apesar de dizer que os F-35 conseguem operar sem links de dados e a navegação via satélite.
À Euronews, Mark Cazalet, editor-chefe da European Security and Defence Magazine, afirmou não ter ouvido ou visto nenhuma evidência concreta de haver tal interruptor (conhecido, em inglês, como “kill switch”), mas que “não está fora do reino das possibilidades” que medidas de bloqueio de softwares de aeronaves possam ser criadas.
Ele também pontuou que os EUA “não precisam, necessariamente”, de interruptor de segurança no F-35 para bloqueio do caça, podendo, “simplesmente, reter munição e peças de reposição“.
Para ele, tirar o controle do software das mãos dos estadunidenses seria “extremamente difícil, se não impossível“. “A questão mais relevante para os planejadores militares é: os EUA podem, efetivamente, impedir que F-35s operados por outros países sejam usados, caso decidam fazê-lo? Aqui, a resposta parece ser majoritariamente sim“, prosseguiu.
Segundo o profissional, há países que bloqueiam, por vezes, partes de munições e armas. Um exemplo é a Suíça, que atrasou o uso de canhões antiaéreos Gepard pela Ucrânia ao se recusar a exportar o caça Eurofighter Typhoon para a Turquia.
Afinal, EUA podem controlar os F-35 ou não?
O portal tentou contato com o Departamento de Defesa Nacional (DND, na sigla em inglês) dos Estados Unidos e com a Lockheed Martin querendo saber se o país controla mesmo o software e os F-35, mas não obtiveram retorno;
Contudo, um porta-voz do DND afirmou à mídia canadense que eles são encarregados de atualizar software e hardware dos aviões, dizendo, ainda, que as atualizações seguirão par todos os países que participaram do desenvolvimento;
Na Suíça, a mídia local também pipocou preocupações sobre a independência dos F-35. Em resposta, a Lockheed Martin publicou, em seu site, na última segunda-feira (10), com o título: “A Suíça pode usar seus F-35 de forma independente“.
Nele, a fabricante esclarece que bloquear esse modelo de caça via intervenções externas na parte eletrônica é impossível. “A Suíça não precisa de consentimento se quiser usar seus sistemas de armas ou mísseis guiados para sua defesa. Ela pode fazer isso de forma autônoma, independente e a qualquer momento“, explicou.
Software da aeronave é controlado pelos EUA (Imagem: ranchorunner/Shutterstock)
Países, como a própria Suíça, também têm autonomia para decidir quando querem atualizar o software das aeronaves e, mesmo se optarem por não realizar a atualização, os mísseis continuam operacionais.
Caso uma nação queira atualizá-lo, segundo a Lockheed Martin, eles enviam uma “equipe móvel” para que a operação seja realizada.