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NASA quer drone do tamanho de um carro para explorar marte: conheça o Nighthawk

Após 72 voos bem-sucedidos do drone Ingenuity em Marte, a NASA deseja aumentar o nível de exploração do planeta vermelho. A agência espacial americana quer utilizar um drone do tamanho de um carro SUV para explorar túneis profundos e interconectados na atmosfera de Marte: o nome deste ‘helicóptero’ será Nighthawk.

O “Falcão Noturno” (tradução livre para ‘Nighthawk’) deve ter seis rotores, cada qual com seis lâminas/hélices, a fim de explorar o terreno marciano de maneira mais rápida e eficiente. A proposta do Nighthawk foi apresentada em um par de artigos na Conferência de Ciência Lunar e Planetária em Woodlands, Texas (EUA).

Para quem tem pressa:

  • A NASA apresentou um plano para criar um drone do tamanho de um carro para explorar Marte;
  • O objetivo seria vasculhar a atmosfera por sinais de vida, estudar o solo, explorar e estudar novos lugares, e muito mais;
  • A proposta, por enquanto, está só no papel e não tem data para começar oficialmente.

A proposta atual para reformular a arquitetura de um drone pode ser útil para explorar a região “Noctis Labyrinthus Oriental”: um local cheio de vales estreitos e íngremes. A região possui túneis interconectados, campos cheios de dunas e com fluxos de lava.

Drone Ingenuity que deve ser substituído, futuramente, pelo Nighthawk (Imagem: NASA/JPL-Caltech/ASU/MSSS)

Com a nova arquitetura, o objetivo é que o Nighthawk possa voar numa altitude superior a 1.500 metros, o que permitiria uma exploração mais eficiente do território marciano. Além disso, diferente do drone Ingenuity, o Nighthawk não precisaria de um veículo terrestre (rover) para funcionar.

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Uma vez em funcionamento, esse ‘Falcão Noturno’ varreria o terreno marciano à procura de qualquer sinal de vida, contribuiria para a evolução dos estudos sobre a água em Marte, estudaria e acompanharia a formação de vulcões, e procuraria por lugares que futuramente pudessem contribuir para o pouso de uma viagem tripulada.

O Nighthawk também seria equipado com uma série de instrumentos científicos, como: um sistema de câmeras coloridas para fotos e mapeamento geológico, detector de nêutrons, um espectrômetro, e mais.

Por enquanto, tudo ainda está no papel: não há uma certeza de quando o plano entrará em vigor para desenvolver o Falcão, a equipe responsável por toda a missão, e seu envio à Marte.

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Trump garante: EUA “vão fincar a bandeira americana em Marte e além”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a manifestar o desejo de levar astronautas americanos para Marte. Ele já havia dito algo nessa linha no discurso de posse, em janeiro deste ano, durante a campanha eleitoral e agora em participação numa sessão conjunta do Congresso americano.

“Vamos conquistar as vastas fronteiras da ciência, e vamos liderar a humanidade para o espaço e fincar a bandeira americana no planeta Marte e até muito além”, afirmou o republicano a deputados e senadores.

“E através de tudo isso, vamos redescobrir o poder incontrolável do espírito americano e vamos renovar a promessa ilimitada do sonho americano”, concluiu Trump em discurso nesta quarta-feira (5).

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Na plateia estava outro grande entusiasta dessa ideia: o empresário e agora chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), Elon Musk. Ele já disse mais de uma vez que enviar astronautas a Marte é uma das principais metas para sua empresa de voos espaciais.

A SpaceX, aliás, atualmente transporta gente da NASA de e para a Estação Espacial Internacional (ISS). Além disso, a empresa está construindo um megafoguete gigante Starship para levar o homem de volta à Lua até 2027.

Trump e Musk dividem esse desejo em comum: ambos querem levar os EUA para Marte – Imagem: bella1105/Shutterstock

O quão perto estamos desse objetivo?

  • Trata-se de uma meta bastante ambiciosa e difícil de ser alcançada.
  • O site ABC News ouviu alguns especialistas no assunto e eles listaram uma série de desafios que devem ser superados para o sucesso dessa missão.
  • O primeiro deles é a janela de lançamento: o ideal é esperar que Terra e Marte se alinham em suas órbitas ao redor do Sol.
  • Isso reduz a distância e a energia necessárias para a viagem.
  • De acordo com Scott Hubbard, que comandou o programa Mars da NASA nos anos 2000, a próxima janela está a um ano e meio de distância – e a próxima acontece somente 26 meses depois.
  • Outra dificuldade é o tamanho dessa viagem.
  • A NASA estima que ela pode durar de 7 a 9 meses na ida, além de um tempo similar na volta.
  • Somando o período no próprio Planeta Vermelho, estamos falando de uma jornada de quase 3 anos!
  • Nenhum astronauta ficou tanto tempo assim longe de casa até hoje – e isso implicaria outros problemas.

“Como nos sustentamos? Não podemos reunir todos os recursos que precisamos em uma viagem a Marte e sustentar uma missão longa. Então, vamos ter que descobrir como cultivar a comida que vamos precisar”, pontuou o tripulante da ISS Nick Hague.

  • Os astronautas também precisariam ser capazes de substituir equipamentos que quebrassem durante a viagem.
  • E não dá para levar peças de reposição para tudo (a nave ficaria muito pesada).
  • Uma das soluções seria uma espécie de impressora 3D – mas será que dá pra confiar na tecnologia que temos hoje?
Terra e Marte
A distância entre Terra e Marte varia de acordo com a posição dos planetas, mas ela é gigantesca de qualquer jeito – Imagem: buradaki / iStock

Problemas de saúde

De acordo com a fisiologista espacial Rihana Bokhari, a viagem também exporia os astronautas a condições que poderiam levar a uma série de problemas de saúde.

Essa lista inclui problemas ósseos e musculares, questões envolvendo saúde mental e até mesmo o risco potencial de câncer.

Outra dificuldade é o tempo de comunicação entre a nave e a base na Terra. Falando ao ABC News, a doutora explicou que encaminhar mensagens de volta ao nosso planeta pode levar cerca de 20 minutos. Tempo suficiente para acontecer uma tragédia.

Outro aspecto que deve ir para o papel é o operacional. Beleza, vamos supor que a equipe tenha chegado a Marte. Todas as informações que temos hoje mostram que o planeta não é habitável. Sua temperatura média é de -64ºC, a atmosfera é muito fina, a radiação é alta e não existe um campo magnético.

Os astronautas, portanto, precisariam construir uma estrutura de suporte de vida muito bem feita. E isso pode ser extremamente complicado – ainda mais depois de uma desgastante viagem de pelo menos 7 meses.

Bandeira dos Estados Unidos tremulando na superfície Lua enquanto astronauta está de pé ao lado dela
A equipe de astronautas para essa missão a Marte deve ser experiente e estar preparada para enfrentar uma série de dificuldades – Imagem: Divulgação/NASA

Para os especialistas, estamos falando de algo extremamente difícil, mas não impossível. Eles acrescentam que, mais do que recursos e tecnologia de ponta, é preciso ter vontade política. Isso Trump já demonstrou. Basta agora todo o resto… E isso não será nada fácil.

As informações são do Space.

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Após fazer história, missão lunar envia selfies de tirar o fôlego

O módulo de pouso Blue Ghost, da Firefly Aerospace, chegou na Lua há pouco tempo, mas já está trabalhando! A sonda enviou imagens com vistas espetaculares a partir da superfície lunar.

Veja!

Essa é a vista da Blue Ghost depois do pouso! Crédito: Firefly Aerospace
O módulo de pouso Blue Ghost capturou seu primeiro nascer do Sol na Lua, marcando o início do dia lunar e o início das operações de superfície em seu novo lar. Crédito: Firefly Aerospace
imagem divulgada pela Firefly Aerospace mostra o módulo lunar Blue Ghost na superfície da Lua com a Terra ao fundo. Crédito: Firefly Aerospace

Uma missão histórica

A empresa espacial Firefly Aerospace confirmou na manhã deste domingo (02) que o módulo lunar Blue Ghost (Fantasma Azul, na tradução) pousou na superfície do nosso satélite natural às 5h34 (horário de Brasília).

“A Firefly está literal e figurativamente sobre a Lua”, disse Jason Kim, CEO da Firefly Aerospace. “Nosso módulo lunar Blue Ghost agora tem um lar permanente na superfície lunar com 10 cargas úteis da NASA e uma placa com o nome de cada funcionário da Firefly. Esta equipe ousada e imparável provou que estamos bem equipados para fornecer acesso confiável e acessível à Lua, e não vamos parar por aí. Com missões lunares anuais, a Firefly está abrindo caminho para uma presença lunar duradoura que ajudará a desbloquear o acesso ao resto do sistema solar para nossa nação, nossos parceiros e o mundo”.

O Blue Ghost fará operações na superfície lunar e dará suporte a demonstrações científicas e tecnológicas da NASA nos próximos 14 dias – o equivalente a um dia lunar completo.

Vamos conferir o que está previsto:

  • Perfuração subterrânea;
  • Coleta de amostras e imagens de raios X;
  • Testes do sistema global de navegação por satélite e da computação tolerante à radiação;
  • Em 14 de março, a Firefly espera capturar imagens de alta definição de um eclipse total – quando a Terra bloqueará o Sol acima do horizonte da Lua;
  • Em 16 de março, a Blue Ghost vai registrar o pôr do sol, fornecendo dados sobre como a poeira lunar levita devido às influências solares e cria um brilho no horizonte documentado pela primeira vez por Eugene Cernan, na Apollo 17.
  • A poeira lunar pode ser um desafio para futuras bases em nosso satélite natural. Por isso, observações e testes são importantes.

“A ciência e a tecnologia que enviamos para a Lua agora ajudam a preparar o caminho para a futura exploração da NASA e a presença humana de longo prazo para inspirar o mundo para as gerações vindouras”, disse Nicky Fox, administradora associada da Diretoria de Missão Científica da Nasa.

A viagem e o pouso da Blue Ghost

Desde o lançamento do Kennedy Space Center da NASA, na Flórida, em 15 de janeiro, a Blue Ghost viajou mais de 4,5 milhões de quilômetros. 

O módulo lunar pousou em uma formação vulcânica chamada Mons Latreille, dentro do Mare Crisium, uma bacia de mais de 480 quilômetros de largura localizada no quadrante nordeste do lado próximo da Lua.

Missões privadas à Lua

A Intuitive Machines foi a primeira empresa privada a chegar em nosso satélite natural, em fevereiro do ano passado. Contudo, o módulo Odysseus pousou de forma indevida e tombou no solo lunar. Isso atrapalhou a comunicação com a Terra e dificultou o uso de certas ferramentas que a Nasa queria testar. 

A Intuitive Machines, aliás, recolocou os Estados Unidos na Lua depois de 50 anos – a última vez tinha sido ainda com o programa Apollo, em 1972.

De qualquer forma, mesmo com o tombo de Odysseus, a missão foi considerada um sucesso. Agora, a Firefly Aerospace repetiu o feito – porém, sem qualquer imprevisto aparente. Por isso, o comunicado para imprensa diz que é a “primeira empresa comercial a pousar com sucesso na Lua”.

Nasa investe na iniciativa privada

A NASA está trabalhando com várias empresas americanas para levar ciência e tecnologia à superfície lunar por meio da iniciativa Commercial Lunar Payload Services (CLPS) – na tradução, “Serviços Comerciais de Carga Lunar”.

Essas companhias fazem lances para entregar cargas úteis para a NASA. Isso inclui tudo, desde integração e operações de carga útil até lançamentos da Terra e pousos na superfície da Lua.

Os contratos devem somar US$ 2,6 bilhões até 2028.

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