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Rato entra para o Guinness após encontrar 109 minas terrestres

O rato Ronin entrou para o Guinness World Records após atingir o maior número de minas terrestres detectadas pela espécie. O trabalho é coordenado pela ONG belga APOPO, que treina ratos africanos gigantes para identificar minas terrestres e casos de tuberculose.

Desde agosto de 2021, ele detectou impressionantes 109 minas terrestres e 15 itens de munições não detonadas (UXOS) na província de Preah Vihear, Camboja.

Os números superam o recorde do rato Magawa, que identificou 71 minas terrestres e 38 UXOs durante seus cinco anos de serviço.

Ronin nasceu e foi criado em Morogoro, Tanzânia, no Centro de Treinamento da APOPO localizado na Universidade de Agricultura de Sokoine. Ele tem apenas cinco anos de idade e pode ter dois anos ou mais de trabalho pela frente — será que vem um novo recorde aí?

Minas terrestres já mataram mais de 20 mil pessoas desde 1979 no Camboja (Imagem: APOPO/Divulgação)

A história do ratinho

O rato foi submetido desde jovem ao treinamento com clicker, que associa o som de um clique a uma guloseima como bananas ou amendoins. O sistema baseado em recompensa motiva Ronin a identificar o cheiro de explosivos com precisão, segundo a ONG. 

Ele também trabalha sistematicamente dentro de um padrão de grade preso a uma linha, indicando minas terrestres arranhando o chão. O serviço é limitado a trinta minutos por dia para garantir que o animal tenha tempo para brincar e explorar suas habilidades naturais.

“Os feitos do Guinness World Records nem sempre são apenas sobre quebrar marcos – às vezes, eles podem ser sobre quebrar preconceitos também. Os resultados transformadores de vida dos HeroRATs da APOPO, seus tratadores e todas as pessoas envolvidas no treinamento e cuidado desses animais incríveis são um exemplo revelador do bem que pode ser alcançado quando humanos e animais trabalham juntos”, disse Adam Millward, editor-chefe do Guinness World Records.

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Ronin tem apenas cinco anos de idade e trabalha 30 minutos por dia (Imagem: APOPO/Divulgação)

O problema das minas

Décadas de conflitos no Camboja criaram um campo minado com cerca de 4 a 6 milhões de minas terrestres e outras munições não detonadas, segundo o Landmine Monitor 2024. Mais de 20 mil pessoas morreram e outras 45 mil ficaram feridas em explosões desde 1979.

O trabalho de desminagem reduziu o número para 32 incidentes em 2023, mas o risco ainda é significativo, de acordo com a ONG belga. No mundo, mais de 110 milhões de minas terrestres permanecem enterradas em mais de 60 países.

“Quando lançamos a APOPO, a visão comum era que levaria cerca de 500 anos para limpar todas as minas terrestres da superfície da Terra. 25 anos depois, há luz no fim do túnel e, se a comunidade internacional apoiar totalmente a colaboração de todos os operadores de desminagem, poderemos limpar os campos minados restantes durante nossa vida ”, afirmou Christophe Cox, CEO da APOPO.

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“Explosão” de estrela pode ser visível a olho nu essa semana

Uma nova estrela pode surgir no céu noturno essa semana. A T Coronae Borealis é capaz de aumentar seu brilho de forma repentina e intensa a cada mais ou menos 80 anos. Ao que tudo indica, a previsão atual para a repetição desse evento é esta quinta-feira (27) de março.

Embora as previsões indicassem que essa explosão ocorreria até setembro de 2024, seis meses se passaram sem sinais do evento. Mas isso mudou esse mês. Em março, a Corona Borealis começou a se tornar mais visível no céu noturno, aumentando as chances de que o fenômeno seja registrado.

Como essa estrela “explode”?

Também conhecida como “Estrela Flamejante”, T Coronae Borealis, ou simplesmente T CrB, é um sistema binário composto por uma anã branca, pequena e quente, e uma gigante vermelha, maior e mais fria. A anã branca é um cadáver estelar que ainda brilha – um corpo ultra-compacto, resultado do colapso gravitacional de uma estrela com massa semelhante à do Sol e que deixou de produzir energia em seu núcleo. 

Devido à sua alta densidade e proximidade, a anã branca absorve material da companheira, e essa matéria absorvida pode reativar a fusão nuclear em sua superfície. 

T Coronae Borealis (T CrB) está prestes a reaparecer no céu noturno da primavera, então esteja pronto para o caso de se tornar nova. Crédito da imagem: Laboratório de Imagens Conceituais do Goddard Space Flight Center da NASA)

Durante suas explosões de brilho, a transferência de material da gigante vermelha para a anã branca aumenta significativamente, consequentemente, a fusão nuclear na superfície também aumenta provocando sua expansão e um aumento substancial em seu brilho, alterando a magnitude do objeto de 10.0 para 2.0 – o que faz com que ele desponte como uma “nova estrela” temporária no céu.

Lembrando que esse evento não pode ser confundido com uma supernova, em que a estrela explode e destrói a original.

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Como observar a “explosão” de brilho da T Coronae Borealis?

Se a explosão ocorrer nesta quinta-feira (27), a T CrB poderá ser observada sem equipamentos especiais, ofuscando temporariamente as estrelas próximas. O sistema binário está posicionado entre Vega, no nordeste, e Arcturus, no leste – duas das estrelas mais brilhantes do céu.

Para facilitar a observação, uma dica é encontrar a constelação Ursa Maior e seguir o arco da alça até Arcturus, que brilha com um tom alaranjado. Em seguida, localize Vega, uma estrela azulada na constelação de Lyra. Corona Borealis fica entre elas, formando um semicírculo discreto de sete estrelas. A “Blaze Star” deverá surgir perto de Epsilon CrB, a quinta estrela mais luminosa da constelação.

Quer um jeito ainda mais fácil? Você pode usar aplicativos de orientação (como Star WalkStellarium ou SkySafari), que ajudam a localizar rapidamente qualquer objeto celeste.

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