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Zuckerberg temia que Instagram ameaçasse o Facebook

Um e-mail interno de 2018, revelado no julgamento antitruste contra a Meta, mostra que Mark Zuckerberg estava preocupado com o impacto do Instagram sobre o Facebook, sugerindo que o sucesso do aplicativo poderia levar ao “colapso da rede do produto mais envolvente e lucrativo” da empresa.

No e-mail, enviado a altos executivos da Meta, Zuckerberg alertava que o crescimento do Instagram — impulsionado, em parte, por recursos do próprio Facebook — estava drenando o engajamento da rede social principal.

Zuckerberg buscou soluções

  • Ele considerou estratégias para integrar mais profundamente os aplicativos da empresa, propondo a criação de “pontes” entre eles.
  • As ideias envolviam criar sistemas unificados de mensagens e chamadas, e destacando a necessidade de reforçar a marca Facebook nos demais produtos.
  • Zuckerberg chegou a cogitar separar o Instagram em um negócio independente, algo que a Comissão Federal de Comércio (FTC) dos EUA agora propõe como possível desfecho do processo judicial.
Fundador da Meta cogitou desmembrar o Instagram para salvar o engajamento do Facebook (Imagem: Mamun_Sheikh / Shutterstock.com)

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A FTC alega que a Meta manteve seu monopólio ao adquirir rivais como o Instagram e o WhatsApp, e usa os e-mails como prova de que Zuckerberg reconhecia o risco competitivo que os aplicativos representavam internamente.

Meta se manifesta

A Meta minimizou a magnitude desses e-mails em uma declaração compartilhada com o TechCrunch.

“Documentos fora de contexto e com anos de existência sobre aquisições que foram analisadas pela FTC há mais de uma década não obscurecerão as realidades da concorrência que enfrentamos nem superarão a fraca argumentação da FTC”, disse um porta-voz da Meta.

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FTC usa mensagem interna de 2018 para argumentar que aquisições da Meta prejudicaram a concorrência no setor de redes sociais – Imagem: Mehaniq / Shutterstock

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Uber é acusada de cobrar assinatura sem consentimento de usuários

A Uber está sendo processada pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) por supostamente inscrever consumidores em seu plano de assinatura Uber One sem autorização. Segundo a agência, a empresa de transporte teria utilizado práticas enganosas para atrair usuários e dificultado o cancelamento da cobrança recorrente.

A ação judicial, movida nesta segunda-feira (21), alega que a Uber usou promessas de economia e informações pouco claras para induzir consumidores a assinarem o serviço. A FTC solicita que a Justiça aplique uma medida permanente para impedir que a empresa continue com essas práticas, além de buscar uma indenização financeira para os clientes afetados.

Plano de assinatura Uber One é alvo de ação judicial nos Estados Unidos (Imagem: Tada Images / Shutterstock.com)

Acusações envolvem inscrição automática e cancelamento dificultado do Uber One

  • De acordo com a FTC, ao se cadastrar na plataforma, os usuários eram induzidos a acreditar que economizariam US$ 25 por mês, mas essa estimativa não considerava a mensalidade de US$ 9,99 cobrada pelo Uber One.
  • Além disso, informações relevantes sobre a assinatura eram apresentadas em letras pequenas e apagadas, dificultando a leitura e compreensão.
  • O órgão também relatou casos de clientes que foram cobrados antes mesmo do fim do período de teste gratuito ou até mesmo antes da data prevista para cobrança.
  • Em alguns relatos, consumidores disseram nunca ter criado uma conta na Uber e ainda assim foram surpreendidos por débitos no cartão.
  • No momento do cancelamento, o processo também teria sido dificultado.
  • Segundo a FTC, usuários eram instruídos a entrar em contato com o suporte ao cliente, mas não recebiam meios claros de contato.
  • Há ainda reclamações de cobranças feitas após o pedido de cancelamento, enquanto o cliente aguardava retorno da empresa.

Uber nega acusações e diz que processo é claro e rápido

Em resposta, a empresa contestou as acusações e afirmou que não realiza cobranças sem o consentimento dos usuários. A empresa também defendeu que o processo de cancelamento da assinatura é simples e pode ser feito diretamente pelo aplicativo em menos de 20 segundos.

“Estamos desapontados com a decisão da FTC de prosseguir com essa ação, mas confiantes de que os tribunais confirmarão que os processos de inscrição e cancelamento do Uber One são claros, simples e seguem a legislação”, afirmou Noah Edwardsen, porta-voz da Uber.

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Logo da Uber em um smartphone preso no painel de um carro
Uber nega acusações e afirma que processos de inscrição e cancelamento no Uber One são claros (Imagem: DenPhotos / Shutterstock.com)

A empresa ainda divulgou declarações de ex-funcionários da FTC que atuaram como conselheiros durante a investigação. Tim Muris, ex-presidente do órgão e atual conselheiro jurídico da Uber, criticou a abertura do processo e disse que ele se baseia em “mal-entendidos sobre os fatos e a lei”.

O caso segue em tramitação na Justiça dos EUA, e pode trazer impactos para a atuação da Uber no modelo de assinatura nos próximos meses.

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Após acusações, Meta reage e critica apoio da FTC ao TikTok

A partir desta segunda-feira (14) o tribunal americano será palco de um embate crucial entre a Comissão Federal de Comércio (FTC) e a Meta, empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp. No centro da disputa, a acusação da FTC de que as aquisições do Instagram e WhatsApp, ambas aprovadas há mais de uma década, violaram as leis antitruste americanas.

A Meta, por sua vez, contesta as alegações, argumentando que a FTC ignora a realidade do mercado e apresenta um caso fraco e desconectado da concorrência atual.

Futuro do WhatsApp e Instagram em jogo

  • O processo, que começou no governo Trump e continua na gestão Biden, busca reverter as compras, argumentando que eliminaram a concorrência.
  • Jennifer Newstead, diretora jurídica da Meta, critica a ação da FTC, classificando-a como “absurda” e um “desperdício de dinheiro dos contribuintes”.
  • Segundo Newstead, a FTC tenta redefinir o mercado de redes sociais, limitando-o a concorrentes como Snapchat e MeWe, ignorando a presença dominante de plataformas como TikTok, YouTube e X (antigo Twitter).
  • A executiva argumenta que, ao considerar o cenário real da concorrência, a participação de mercado da Meta seria inferior a 30%.
  • A defesa da Meta se baseia no argumento de que as aquisições do Instagram e WhatsApp foram benéficas para os consumidores, impulsionando a inovação e o desenvolvimento de novas funcionalidades.
  • A empresa destaca os bilhões de dólares investidos e milhões de horas de trabalho dedicadas a transformar os aplicativos em plataformas robustas e seguras.
Julgamento contará com depoimentos de Mark Zuckerberg e outros líderes da Meta, além de representantes de empresas concorrentes como Snap, Pinterest e TikTok. Zuckerberg tentou, sem sucesso, convencer Donald Trump a desistir do processo (Imagem: Muhammad Alimaki/Shutterstock)

“Transformamos o Instagram de um pequeno aplicativo com futuro incerto em um espaço vibrante para mais de dois bilhões de usuários”, afirma Newstead. “E transformamos o WhatsApp em um serviço de mensagens criptografado e confiável, usado por bilhões de pessoas em todo o mundo”.

Meta acusa FTC de favorecer TikTok

A Meta também critica a postura da FTC em relação ao TikTok, aplicativo de propriedade chinesa que enfrenta questionamentos sobre segurança e privacidade. “É absurdo que a FTC esteja tentando desmembrar uma grande empresa americana, enquanto o governo busca salvar o TikTok”, dispara Newstead.

A empresa argumenta que a ação da FTC envia uma mensagem negativa para o mercado, sinalizando que nenhum acordo de aquisição é realmente definitivo. “Isso fará com que as empresas pensem duas vezes antes de investir em inovação, com medo de serem punidas pelo sucesso”, alerta Newstead.

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O julgamento promete ser longo e complexo, com implicações importantes para o futuro das redes sociais e para o papel do governo na regulamentação do setor de tecnologia.

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FTC descarta adiamento e mantém prazos de processo contra Amazon

A Comissão Federal de Comércio (FTC) reverteu sua solicitação de adiamento e anunciou que cumprirá os prazos de seu processo contra a Amazon, que envolve práticas enganosas relacionadas ao Amazon Prime.

Segundo a CNBC, a reviravolta ocorreu horas após o advogado da FTC, Jonathan Cohen, ter pedido adiamento devido a alegadas restrições de recursos. Cohen, no entanto, corrigiu sua solicitação, afirmando que estava “errado” e que a agência está totalmente preparada para prosseguir com o caso.

O presidente da FTC, Andrew Ferguson, também confirmou que os recursos necessários para o julgamento seriam garantidos, reafirmando o compromisso da agência de enfrentar grandes empresas de tecnologia.

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FTC chegou a solicitar adiamento do prazo do processo, mas voltou atrás (Imagem: Mehaniq/Shutterstock)

Pedido de adiamento foi contestado pela Amazon

  • O pedido de adiamento havia sido feito durante audiência no Tribunal Distrital dos EUA, onde Cohen explicou que a FTC estava enfrentando déficits de pessoal e orçamento;
  • No entanto, o advogado da Amazon, John Hueston, contestou a solicitação, argumentando que a FTC não havia demonstrado falta de recursos e que, normalmente, mudanças de escritório não são tão disruptivas;
  • Além disso, ele destacou que a equipe de julgamento da FTC permanecia intacta;
  • A Amazon nega as acusações da FTC, que a acusa de enganar clientes para assinarem o Amazon Prime e dificultar o processo de cancelamento, o que, segundo a ex-presidente da FTC, Lina Khan, causou prejuízos financeiros aos consumidores.

Além deste caso, a FTC também processou a Amazon em setembro de 2023, alegando práticas anticompetitivas ao impedir que vendedores oferecessem preços mais baixos em outras plataformas. Esse processo está agendado para julgamento em outubro de 2026.

Desde que a FTC entrou com os casos contra a Amazon, houve mudanças na liderança da agência, com Andrew Ferguson, nomeado pelo presidente dos EUA Donald Trump, assumindo a presidência, substituindo Khan.

Durante o governo Trump, as empresas de tecnologia, incluindo a big tech, tentaram influenciar a administração com doações significativas, e o fundador da Amazon, Jeff Bezos, esteve presente na posse de Trump em seu primeiro mandato, em 2017.

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Amazon está em disputa judicial contra órgão regulador dos EUA (Imagem: Sundry Photography/Shutterstock)

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