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Musk vende X para… ele mesmo! Entenda

O bilionário Elon Musk anunciou, nesta sexta-feira (28) surpreendente fusão entre duas de suas empresas: sua startup de inteligência artificial (IA), a xAI, e o X.

Rede social foi comprada por Musk em 2022 (Imagem: rafapress/Shutterstock)

Segundo Musk, o acordo, realizado em transação totalmente acionária, valoriza a xAI em cerca de US$ 80 bilhões (R$ 461,23 bilhões, na conversão direta), enquanto o X é avaliado em, aproximadamente, US$ 33 bilhões (R$ 190,25 bilhões) – número que pode chegar a US$ 45 bilhões (R$ 259,44 bilhões) se incluirmos US$ 12 bilhões (R$ 69,18 bilhões) de dívida.

Em seu post na plataforma, o empresário afirmou que “os futuros de xAI e X estão interligados”, destacando que a união dos dados, modelos, capacidade computacional, canais de distribuição e talentos das duas empresas abrirá enormes possibilidades de inovação.

xAI: de startup “amadora” gigante da inteligência artificial (IA) — e dona do X

  • Menos de dois anos após seu lançamento, a xAI, criada com o objetivo de “entender a verdadeira natureza do Universo” e competir diretamente com gigantes, como OpenAI, vem desenvolvendo modelos de linguagem de grande porte e produtos de software voltados à IA;
  • Um exemplo dessa sinergia é o chatbot Grok, já integrado ao X;
  • Além disso, a startup está investindo na construção de um supercomputador – apelidado de Colossus – em Memphis, Tennessee (EUA), cuja parte operacional foi revelada em setembro, apesar das preocupações de ambientalistas e especialistas em saúde pública quanto à velocidade do desenvolvimento e à falta de diálogo com a comunidade local.

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“Reincidência”

Não é a primeira vez que Musk opta por integrar seus negócios. Em 2016, a aquisição da SolarCity pela Tesla, no valor de US$ 2,6 bilhões (R$ 14,99 bilhões), já havia gerado debates e ações judiciais, mas foi confirmada pelos tribunais.

Agora, com essa nova fusão, Musk reforça sua estratégia de convergir suas iniciativas tecnológicas e ampliar o alcance de suas operações, que também incluem a liderança de Tesla, SpaceX e do próprio X.

A transação, que se efetivou mediante troca de ações entre investidores das duas empresas – entre eles, nomes, como Andreessen Horowitz, Sequoia Capital, Fidelity Management, Vy Capital e a Kingdom Holding Co., da Arábia Saudita – ressalta a aposta de Musk em sinergias que potencializam a capacidade competitiva de seus negócios em mercado cada vez mais voltado à IA e à inovação digital.

Logo da xAI
Startup de IA do empresário teve crescimento gigantesco desde sua fundação, em 2023 (Imagem: Angga Budhiyanto/Shutterstock)

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Fusão a frio: energia nuclear polêmica será testada no espaço

Uma startup de energia limpa na Índia quer levar uma tecnologia controversa para o espaço. A Hylenr Technologies, com sede em Hyderabad, assumiu um acordo com a empresa aeroespacial TakeMe2Space para testar um sistema de geração de energia baseado na chamada “fusão a frio”. A proposta é usar essa tecnologia para abastecer satélites equipados com inteligência artificial (IA).

A fusão a frio é uma técnica que promete gerar energia nuclear sem radiação e sem os riscos da fissão tradicional. No entanto, a maioria dos cientistas considera esse conceito duvidoso, já que não há comprovação sólida de que funcione na prática. Mesmo assim, a Hylenr afirma ter conseguido desenvolver um reator funcional.

A parceria firmada entre as duas empresas tem como objetivo validar a tecnologia no espaço. O teste será feito por meio de um pequeno gerador termoelétrico instalado em um satélite. A TakeMe2Space fornecerá a estrutura necessária para que o equipamento seja colocado em órbita e monitorado.

Por que o reator nuclear será testado em órbita

Em 2024, a Hylenr recebeu uma patente do governo indiano para seu Reator Nuclear de Baixa Energia (LENR). Segundo a empresa, durante uma demonstração, o reator teria gerado 1,5 vez mais calor do que a energia elétrica usada para alimentá-lo. A meta da startup é atingir um rendimento 2,5 vezes maior.

O processo desenvolvido pela Hylenr usa miligramas de hidrogênio e uma pequena corrente elétrica para estimular reações nucleares que geram calor. Essa energia pode ser aproveitada em diversas aplicações, tanto na Terra quanto no espaço. A tecnologia ainda está em fase experimental e não há confirmação independente de sua eficácia.

À direita, Siddhartha Durairajan, fundador e CEO da HYLENR, juntamente com Ronak Kumar Samantray, fundador da TakeMe2Space

Para a Hylenr, testar o reator em ambiente espacial é um passo essencial. “Validar nossa tecnologia no espaço é um marco importante”, declarou Siddhartha Durairajan, fundador e CEO da empresa, em comunicado. Ele acredita que a solução pode ser usada em missões de longa duração e para fornecer energia onde não há acesso à rede elétrica.

A TakeMe2Space também vê potencial na parceria. A empresa está criando uma rede de satélites de IA na órbita baixa da Terra e busca alternativas de energia para manter sua infraestrutura funcionando. Segundo Ronak Kumar Samantray, fundador da TakeMe2Space, o teste ajudará a entender se o sistema pode contribuir para o gerenciamento de calor e reaproveitamento de energia nos satélites.

Fusão a frio pode reduzir custos e riscos das missões espaciais

Além das aplicações espaciais, a Hylenr aposta que sua tecnologia poderá ser usada para gerar vapor, aquecer ambientes em regiões frias e até mesmo fornecer energia para uso doméstico e industrial. A empresa afirma que o reator pode reduzir custos e riscos em missões espaciais futuras.

Apesar das promessas, a fusão a frio continua sendo vista com cautela pela comunidade científica. A ideia surgiu em 1989, quando os pesquisadores Martin Fleischmann e Stanley Pons anunciaram ter conseguido realizar essa reação em laboratório. Desde então, diversas tentativas de replicar o feito fracassaram.

Mesmo assim, empresas como a Hylenr mantêm a aposta de que a fusão a frio possa, um dia, revolucionar a produção de energia. Por enquanto, resta esperar os testes em órbita para saber se essa tecnologia pode realmente sair do campo das promessas e entrar para a história.

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