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A misteriosa origem da domesticação dos gatos

Dois grandes estudos genéticos e arqueológicos estão reescrevendo a história da domesticação dos gatos.

Ao contrário da visão tradicional de que os felinos acompanharam os primeiros agricultores do Neolítico para a Europa, as novas evidências sugerem que os gatos domésticos vieram do Norte da África — especialmente da Tunísia — e só chegaram ao continente europeu milhares de anos depois, em ondas ligadas a contextos culturais e religiosos.

As investigações, lideradas respectivamente pelas universidades de Roma Tor Vergata e Exeter, analisaram milhares de ossos, genomas antigos e modernos, e evidências arqueológicas em centenas de sítios na Europa, Norte da África e Anatólia.

Enquanto a equipe italiana identificou a presença de gatos domesticados na Europa a partir do século I d.C., durante o Império Romano, o grupo britânico defende que os primeiros felinos domesticados chegaram já no início do primeiro milênio a.C., com registros na Grã-Bretanha durante a Idade do Ferro.

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Novas descobertas revelam que a domesticação dos felinos foi muito mais cultural do que rural (Imagem: Magui RF/Shutterstock)

Gatos eram tratados como divindades

  • Ambos os estudos concordam que os gatos vieram em diferentes ondas, e que a Tunísia foi um centro importante de domesticação.
  • Essas migrações foram influenciadas por práticas culturais, comércio e crenças religiosas — mais do que pela simples convivência com humanos em ambientes agrícolas, como se pensava anteriormente.
  • Gatos eram associados a divindades no Egito (como Bastet), na Grécia e Roma (Diana e Ártemis) e até na mitologia nórdica (ligados à deusa Freya), o que pode ter incentivado sua translocação por meio de rotas religiosas e comerciais.

Miscigenação na Europa

As pesquisas também mostram que, ao chegarem à Europa, os gatos domésticos interagiram com populações nativas de gatos selvagens, levando à miscigenação, competição por recursos e, possivelmente, ao declínio dos gatos silvestres europeus a partir do primeiro milênio d.C.

Esses achados desafiam a narrativa estabelecida sobre a origem dos gatos domésticos na Europa e ressaltam como a dependência exclusiva de marcadores mitocondriais obscureceu aspectos essenciais dessa história.

Agora, com dados genéticos nucleares mais amplos, a história dos gatos se mostra mais recente, mais complexa — e profundamente conectada às culturas humanas que os adotaram, veneraram e dispersaram pelo mundo.

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Adoração religiosa ajudou os gatos a conquistarem o Velho Continente – Imagem: Svetlana Rey / Shutterstock

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Por que os gatos são considerados um mistério para a ciência?

Nas últimas décadas, a medicina veterinária conseguiu avanços enormes, permitindo que animais recebam tratamentos cada vez mais avançados. No entanto, isso não é exatamente verdade em relação aos gatos.

De acordo com pesquisadores, o interesse no estudo dos felinos é muito menor do que os dos cachorros, por exemplo. Este cenário fez com que estas criaturas sejam consideradas um mistério até hoje para a ciência.

Cães e gatos metabolizam medicamentos de forma diferente

  • Historicamente, muitos veterinários trataram gatos como se fossem cães pequenos, utilizando testes e tratamentos desenvolvidos para pacientes caninos no cuidado dos felinos.
  • Isso pode ser explicado pelo fato de que os donos de animais levam os cães ao veterinário com mais frequência do que levam os gatos.
  • Mesmo na faculdade de veterinária, onde os alunos treinam para várias especialidades, os cães há muito tempo são a referência padrão.
  • Com o tempo, no entanto, ficou cada vez mais evidente que o que funciona para um pode ser inútil, ou prejudicial, para o outro.
  • Isso porque cães e gatos metabolizam medicamentos de forma diferente, o que faz com que alguns remédios sejam tóxicos para os felinos.
Gatos e cachorros são muito diferentes (Imagem: Andrew S/Unsplash)

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Comportamento felino dificulta identificação de problemas

Outra dificuldade diz respeito ao próprio comportamento dos animais. Os gatos são mestres em mascarar seus sintomas. Além disso, os sinais de doenças podem se manifestar de forma diferente em relação aos cães, dificultando o diagnóstico.

Em cachorros com artrite, por exemplo, geralmente o hábito de mancar ao caminhar, o que é fácil de notar durante os passeios, indica o problema. Já os gatos continuam andando normalmente e podem apresentar como sintomas pular no sofá com menos frequência ou parecer mais irritadiços.

É mais difícil detectar doenças em felinos (Imagem: Julia Cherk/Shutterstock)

Para mudar este cenário, pesquisadores estão tentando mapear o DNA dos felinos. Mas, ao contrário dos cães, os gatos tendem a ser altamente relutantes em doar saliva. Por isso, os pesquisadores estão investigando se podem sequenciar o genoma usando apenas alguns fios de pelo coletados com um pente.

Os dados resultantes deste trabalho podem abrir caminho para uma melhor compreensão do funcionamento dos corpos dos gatos e do que fazer quando algo dá errado. As informações são do The New York Times.

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PetPhone: conheça o ‘celular’ para os seus bichinhos

Tutores de pets formam um dos mercados mais fiéis e engajados do mundo. Que atire a primeira pedra quem nunca baixou algum daqueles mega apps chineses em busca de um brinquedo para o seu cachorro. Ou que abriu mão da pizza no sábado à noite para comprar o sachê do gato.

Ok, talvez essa última tenha sido um pouco forçada, mas não deixa de ter um fundo de verdade. Tem muita gente que considera o animal de estimação um membro da própria família. Até aí tudo bem, normal. Agora, dar um celular para o seu pet? Será que não estamos ultrapassando o limite do bom senso?

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Antes de falarmos mais sobre essa inovação, é importante destacar que o PetPhone não é um smartphone de verdade. Está mais para uma jogada de marketing da empresa chinesa GlocalMe. Isso, porém, não significa que o dispositivo não seja útil – ele é, e bastante.

Tanto que o PetPhone foi um dos grandes destaques do MWC 2025, a Mobile World Congress, a maior feira do setor no mundo, realizada entre os dias 3 e 6 de março em Barcelona, na Espanha.

O que o PetPhone faz?

  • Trata-se de um dispositivo de comunicação bidirecional entre o pet e seu dono.
  • O desenho é de uma espécie de coleira inteligente, que pode “conectar” as duas partes.
  • O PetPhone vem equipado com uma tecnologia que identifica e analisa vários sons dos bichinhos.
  • Se o seu cachorro começar a latir muito agitado, por exemplo, você receberá uma notificação no celular e, se quiser, pode acionar uma resposta de voz que vai sair dos alto-falantes na coleira.
  • Sim, será uma mensagem de voz que você mesmo irá gravar – e que deve tranquilizar seu pet.
  • Outro ponto positivo é que o PetPhone inclui recursos de monitoramento de saúde.
  • E integra várias tecnologias de rastreamento, como GPS, Wi-Fi e Bluetooth.
  • Ou seja, você poderá localizar seu companheiro peludo por diversos caminhos (e não vai depender somente do sinal do GPS).
  • O PetPhone vem ainda com um alarme na coleira e pode acender uma luz, facilitando a busca pelo bichinho à noite.
  • O aparelho também conta com uma classificação IP68, tornando-o resistente a poeira e água.

Onde compro o meu?

A GlocalMe informa que o produto deve estar disponível para venda em algum momento no segundo trimestre deste ano. A empresa, no entanto, ainda não especificou uma data, nem definiu o preço.

A companhia garante que o PetPhone vai funcionar em quase todo o planeta, suportando conectividade em mais de 200 países. E, pelo mapinha que apareceu no vídeo acima, o Brasil está entre esses lugares. É nessa hora que as mãos do pai e da mãe de pet coçam para gastar dinheiro…

O PetPhone vem equipado com uma tecnologia que identifica e analisa vários sons dos bichinhos. Imagem: Chendongshan/Shutterstock

Vale destacar que já existem produtos parecidos no mercado, mas nenhum deles reúne tantas funções ao mesmo tempo. Agora é esperar para ver se o PetPhone entrega tudo mesmo que ele promete.

Ah, e sobre a pergunta que eu fiz lá em cima… para algumas pessoas, um “celular” para o bichinho de estimação soa como um exagero. Mas eu tenho certeza que muita gente vai comprar. E isso eu só fui entender depois de ter o meu próprio pet.

As informações são do Android Authority.

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