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Google estaria pagando funcionários para não fazer nada – literalmente

Já imaginou ficar um ano ganhando salário sem fazer absolutamente nada? Parece bom, não é mesmo? Não para esses funcionários do Google no Reino Unido.

De acordo com uma reportagem do site Business Insider, existem profissionais da big tech que vivem hoje essa condição.

Eles teriam assinado contratos de não concorrência com duração de até 12 meses.

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Esses acordos proíbem uma pessoa de entrar em uma empresa rival por esse período. O site relata que a situação ocorre no DeepMind, uma companhia britânica que realiza pesquisas e desenvolve ferramentas de Inteligência Artificial.

O Google em si não confirma a informação. O vice-presidente de IA da Microsoft, uma concorrente do Google, no entanto, corroborou a história do site. Em uma postagem no X, no mês passado, Nando de Freitas disse que tem funcionários do DeepMind procurando por ele, desesperados, para fugir dessas amarras:

Mas férias remuneradas são ruins?

  • O Business Insider ouviu alguns desses funcionários e eles disseram que ficar “de fora” do mercado de IA pode ser extremamente ruim.
  • Primeiro porque esse é um ramo da tecnologia que vem crescendo bastante – e de forma ininterrupta.
  • Ou seja, se parar, você pode ficar para trás.
  • Esses funcionários do Google terminaram projetos bem-sucedidos e, após a conclusão, é natural que eles sejam sondados por outras empresas.
  • Para não sair, eles pegam uma espécie de geladeira por até 12 meses – ou esperam para entrar em um novo projeto no Google.
  • Alguns até saem e não têm mais vínculo com a big tech, mas, mesmo assim, precisam respeitar esse contrato de um ano sem trabalhar para um rival.
  • Esse é mais um capítulo na batalha por talentos no mercado de tecnologia – principalmente talentos de IA.
  • Esse tipo de contrato evita com que um ex-funcionário leve o conhecimento do seu produto para uma concorrente.
A busca por talentos de IA é quase selvagem (e o DeepMind tem suas estratégias para segurar esses funcionários) – Imagem: Photo For Everything/Shutterstock

E o Google pode fazer isso?

Segundo informa o Business Insider, as leis de não concorrência nos Estados Unidos variam de acordo com o estado. E na Califórnia, onde fica a sede do Google, elas não se aplicam. Ou seja, as big techs não podem “amarrar” seus funcionários com esse tipo de contrato.

Esse tipo de acordo também é proibido no âmbito federal. No ano passado, a Federal Trade Commission emitiu um comunicando banindo essa modalidade. De acordo com o texto, “as cláusulas de não concorrência mantêm os salários baixos, suprimem novas ideias e roubam o dinamismo da economia americana”.

No Reino Unido, porém, onde fica a sede do DeepMind, as regras são mais flexíveis. Lá, as cláusulas de não concorrência são aplicáveis ​​se forem consideradas razoáveis ​​para proteger os interesses comerciais legítimos do empregador.

O Google, portanto, está jogando dentro das regras. Mas isso pode ter reflexos no futuro. O site gringo relatou que alguns funcionários começaram a pedir transferência para os EUA, justamente para escapar dessa cláusula.

As informações são do Business Insider.

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Fala AI: teremos uma IA tão inteligente quanto humanos?

Será que um dia a inteligência artificial vai superar a inteligência humana? Para alguns especialistas do setor, a pergunta não é “se”, mas “quando”. Demis Hassabis, CEO do Google DeepMind (divisão de pesquisas em IA do Google), é um deles.

Durante uma coletiva com jornalistas em Londres, Hassabis falou sobre a inteligência artificial geral (IAG), capaz de igualar humanos. Para ele, essa tecnologia está bem próxima: começará a chegar nos próximos cinco a dez anos.

DeepMind é a divisão de pesquisas em inteligência artificial do Google (Imagem: Photo For Everything/Shutterstock)

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Mas ainda não chegamos lá. O executivo reforçou que temos bastante trabalho de pesquisa pela frente, incluindo superar desafios. Um deles é fazer os sistemas entenderem o contexto do mundo real, para além das máquinas.

Outros especialistas do setor de inteligência artificial já opinaram no assunto. Alguns acreditam que a IAG vai levar mais tempo para se concretizar. Outros acham que será mais rápido.

Quem repercute o assunto é Roberto Pena Spinelli, físico pela USP, com especialidade em Machine Learning por Stanford e pesquisador na área de Inteligência Artificial, na coluna Fala AI. Ele também vai comentar os destaques do evento Nvidia GTC, conduzido pelo CEO Jensen Huang nesta terça-feira (18).

Acompanhe!

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IA inteligente igual humanos é questão de tempo, diz CEO do Google DeepMind

A inteligência artificial (IA) ainda está distante da inteligência humana. Para entregarem conteúdo de qualidade, os modelos ainda precisam de ser conduzidos por pessoas. Mas é apenas questão de tempo até a IA alcançar a potência dos nossos cérebros. É o que disse o CEO do Google DeepMind, Demis Hassabis, nesta segunda-feira (17).

Enquanto conversava com jornalistas numa coletiva de imprensa no escritório da DeepMind em Londres, Hassabis falou sobre o futuro da IA. Entre os tópicos da conversa, estava inteligência artificial geral (IAG) – a IA inteligente igual humanos.

Acho que, nos próximos cinco a dez anos, muitas dessas capacidades [de sistemas de IA] começarão a surgir e começaremos a avançar para o que chamamos de inteligência artificial geral.

Demis Hassabis, CEO do Google DeepMind, segundo a CNBC

‘Ainda não chegamos lá’, diz CEO do Google DeepMind sobre IA inteligente igual humanos

Para Hassabis, IAG é “um sistema capaz de exibir todas as capacidades complicadas que os humanos podem”. “Ainda não chegamos lá. Esses sistemas são muito impressionantes em certas coisas. Mas há outras coisas que eles ainda não conseguem fazer. E ainda temos bastante trabalho de pesquisa pela frente até lá.”

Para CEO do Google DeepMind, IA inteligente igual humanos surgiria dentro ‘de cinco a dez anos’ (Imagem: Photo For Everything/Shutterstock)

Hassabis disse que o principal desafio para alcançar a IAG é fazer os sistemas de IA atuais entenderem contextos no mundo real.

“A questão é: quão rápido podemos generalizar as ideias de planejamento e os comportamentos de agentes, planejamento e raciocínio”, disse Hassabis.

No entanto, o desafio não para aí. “Depois, [vem] generalizar isso para funcionar no mundo real, em cima de coisas como modelos do mundo — modelos que são capazes de entender o mundo ao nosso redor.”

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Palpites de outros CEOs sobre IAG

Donos e CEOs de outras empresas de tecnologia já palpitaram sobre o desenvolvimento de IAG. Alguns disseram que levaria mais tempo do que o apontado por Hassabis. Outros, menos.

Ilustração digital de de inteligência artificial em forma de um cérebro humano estilizado com circuitos eletrônicos brilhando em azul, flutuando em um ambiente surreal de grades quânticas e partículas entrelaçadas
Alguns CEOs de tecnologia acreditam que IAG está distante, enquanto outros apostam que é questão de alguns anos (Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital)

O CEO do Baidu, Robin Li, por exemplo, disse que a IAG está “a mais de dez anos de distância”. Já o CEO da Anthropic, Dario Amodei, disse à CNBC que uma IAG “melhor do que quase todos os humanos em quase todas as tarefas” surgiria nos “próximos dois ou três anos”.

Elon Musk também já falou sobre IAG. Para o bilionário, a IAG provavelmente estaria disponível até 2026. Entre as empresas de Musk, está a xAI, que desenvolve modelos e plataformas de IA (por exemplo: o Grok, disponível no X).

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