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Criminosos criam apps para aplicar golpes pelo Google Play

Mais de 180 aplicativos foram excluídos do Google Play após uma varredura identificar que as ferramentas eram usadas por criminosos para aplicar golpes. O relatório foi produzido pelo IAS Threat Lab, setor de proteção digital da empresa Integral Ad Science.

As plataformas imitam aplicativos reais usados para leitura de QR code, controle de despesas, papel de parede, gestão de saúde e tradução. A maioria entrou no ar no terceiro trimestre de 2024o Brasil aparece no topo dos uploads, seguido por Estados Unidos, México, Turquia e Coreia do Sul.

O esquema de codinome “Vapor” utiliza aplicativos Android falsos para “implantar anúncios de vídeo intersticiais em tela cheia, infinitos e intrusivos”, segundo o documento. Mais de 56 milhões de downloads foram feitos desde o início do monitoramento, no início de 2024.

Mais de 56 milhões de downloads foram feitos desde o início de 2024 (Imagem: Sitthiphong/iStock)

O Google Play Protect avisará os usuários e desabilitará automaticamente esses aplicativos, mesmo quando eles se originarem de fontes fora do Google Play, informou a empresa. A lista completa pode ser acessada neste link.

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Esquema de golpes sofisticado

Uma análise mais aprofundada do esquema feita pela empresa de segurança cibernética Bitedefender identificou que os criminosos usam os aplicativos para direcionar os usuários para sites de phishing, induzindo as vítimas a fornecer informações pessoais. Abaixo, as principais conclusões do relatório:

  • Os invasores descobriram maneira de ocultar os ícones dos aplicativos do inicializador, o que é restrito nas versões mais recentes do Android;
  • Os aplicativos têm alguma funcionalidade na maioria dos casos, mas podem exibir anúncios fora de contexto sobre outros aplicativos em primeiro plano, ignorando restrições sem usar permissões específicas que permitem esse comportamento;
  • Alguns aplicativos tentaram coletar credenciais de usuários para serviços online e, até mesmo, dados de cartão de crédito, por meio de ataques de phishing;
  • Os aplicativos podem ser iniciados sem interação do usuário, embora isso não seja tecnicamente possível desde o Android 13.

A Bitedefender diz ter localizado pelo menos 331 aplicativos que participam do esquema criminoso na Google Play Store (15 ainda estavam online quando a pesquisa foi concluída, na primeira semana de março), reunindo mais de 60 milhões de downloads.

Criminosos direcionavam vítimas para sites externos em busca de informações pessoais (Imagem: Stadtratte/iStock)

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Reguladores antitruste da Europa encurralam Google e Apple 

Google e Apple vão responder a novos processos por violação de regras da Lei de Mercados Digitais na Europa, segundo Reuters. A Comissão Europeia não se intimidou com as ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, e deve apertar o cerco às big techs.

Nesta quarta-feira (19), a reguladora antitruste da União Europeia (UE) divulgou conclusões preliminares sobre prática do Google no Google Play. O caso investiga se a gigante estadunidense restringe desenvolvedores de informar usuários sobre ofertas fora de sua loja de aplicativos.

Os reguladores concluíram que há favorecimento de serviços de busca associados, como Google Shopping, Google Hotels e Google Flights, em detrimento de concorrentes. A avaliação é de que a Alphabet (controladora da empresa) impede o direcionamento livre dos consumidores para outros canais em busca de melhores ofertas, segundo a agência de notícias.

Europa quer flexibilizar restrições na loja de aplicativos do Google (Imagem: Mojahid Mottakin/Shtterstock)

Em um blog, o diretor sênior de concorrência do Google, Oliver Bethell, se manifestou sobre o relatório. “As conclusões da Comissão exigem que façamos ainda mais mudanças na forma como mostramos certos tipos de resultados de pesquisa, o que tornaria mais difícil, para as pessoas, encontrarem o que estão procurando e reduziria o tráfego para empresas europeias”, escreveu.

Os reguladores também consideraram “injustificado” o valor cobrado pela gigante das buscas para a aquisição inicial de novo cliente por um desenvolvedor de aplicativo. Mas, segundo Bethell, a taxa é razoável e garante o funcionamento da plataforma aberta.

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O Google tem essas questões a resolver, já a Apple…

A Comissão Europeia determinou que a Apple terá que fornecer acesso para fabricantes rivais de smartphones, fones de ouvido e headsets de realidade virtual à sua tecnologia e sistemas operacionais móveis, o iOS e o iPadOS. O objetivo é garantir que os equipamentos possam se conectar com iPhones e iPads.

O órgão estabeleceu cronograma para que a empresa responda às solicitações dos desenvolvedores, garantindo que os sistemas se tornem interoperáveis futuramente. A Apple criticou a medida.

“As decisões de hoje nos envolvem em burocracia, diminuindo a capacidade da Apple de inovar para usuários na Europa e nos forçando a oferecer nossos novos recursos de graça para empresas que não precisam seguir as mesmas regras“, disse a empresa em e-mail enviado à Reuters.

É ruim para nossos produtos e para nossos usuários europeus. Continuaremos a trabalhar com a Comissão Europeia para ajudá-los a entender nossas preocupações em nome de nossos usuários”, acrescentou.

Silhueta de pessoas usando notebooks e celulares embaixo de logotipo da Apple
Apple diz que medida envolve a empresa em “burocracias” (Imagem: kovop/Shutterstock)

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