Julian Kelly, diretor de hardware da Google Quantum AI, acredita que a computação quântica estará pronta para aplicações práticas em apenas cinco anos, com capacidade para resolver problemas que os computadores tradicionais não conseguem.
Em entrevista à CNBC, Kelly destacou que as primeiras aplicações incluirão simulações de física avançada e, possivelmente, geração de novos tipos de dados.
A tecnologia de computação quântica tem ganhado destaque, especialmente após o anúncio de avanço em correção de erros pelo Google em dezembro de 2024, o que indicaria caminho para computadores quânticos funcionais. Apesar disso, a tecnologia ainda enfrenta desafios.
Em alguns anos, é possível que sejamos capazes executar aplicações práticas que não podem ser calculadas em computadores comuns (Imagem: Wright Studio/Shutterstock)
Obstáculos para superar para a previsão do Google estar certa
O computador quântico mais avançado do Google possui 105 qubits, o que estaria longe de ser suficiente;
Especialistas afirmam que serão necessários um milhão ou mais para aplicações práticas;
Diferentemente dos computadores tradicionais, que operam com bits (0 ou 1), os qubits quânticos funcionam com base em probabilidades, acessando as leis fundamentais da física.
A computação quântica pode, eventualmente, ajudar a treinar modelos de inteligência artificial (IA), embora essa aplicação seja vista como especulativa. Recentemente, empresas, como Microsoft e Nvidia, também entraram na corrida pelo desenvolvimento da tecnologia.
Em fevereiro, a Microsoft apresentou chip quântico inovador, enquanto a Nvidia, que não fabrica processadores quânticos, organizou evento focado no potencial da tecnologia.
No entanto, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, questionou o tempo necessário para que computadores quânticos úteis cheguem ao mercado, reconhecendo a complexidade do campo.
Apesar de desafios que ainda precisam ser superados, a computação quântica vem ganhando mais destaque (Imagem: metamorworks/Shutterstock)
Em cenário digital em constante transformação, o comportamento dos consumidores modernos apresenta velocidade e fluidez inéditas.
Pesquisa e inovação definem a nova rotina, que se desenrola entre pesquisas, interações por meio do scroll, streaming de conteúdos e o comércio online – quatro ações que, muitas vezes, ocorrem simultaneamente e estão remodelando as estratégias de negócios em diversos setores.
Segundo o Google, pesquisa e inovação definem a nova rotina (Imagem: Melnikov Dmitriy/Shutterstock)
Era da busca: searching
Hoje, o ato de pesquisar evoluiu para além das simples consultas em motores de busca. Ferramentas, como o Gemini e o Google Lens, estão facilitando a descoberta de produtos e serviços de maneira intuitiva e personalizada.
Com mais de cinco trilhões de pesquisas realizadas anualmente e um bilhão de usuários mensais alcançados por soluções de inteligência artificial (IA) (segundo dados do Google), o consumidor espera respostas imediatas e relevantes para suas demandas.
Essa revolução na busca digital transforma a experiência do usuário, que passa a contar com recursos avançados que direcionam desde a inspiração até a decisão de compra.
Scroll: a vitrine moderna
O scroll, ou rolar a tela, assumiu o papel de vitrine digital, onde os consumidores encontram inspiração e novidades;
Na prática, essa ação é comparada a “olhar vitrines” e revela comportamento dinâmico: mesmo sem intenção imediata de comprar, o usuário se deixa envolver por conteúdos criativos e bem posicionados;
Dados da gigante das buscas mostram que 83% dos consumidores utilizam diariamente plataformas, como Google e YouTube, onde a descoberta de produtos e a ampliação do interesse acontecem de forma integrada;
Formatos variados – dos vídeos curtos do YouTube Shorts, que alcançam bilhões de visualizações diárias, a conteúdos mais longos – garantem que a experiência se adeque aos diversos perfis de público, especialmente entre os jovens.
O consumo de conteúdo por meio do streaming transcende o simples ato de assistir a filmes ou ouvir músicas. Plataformas, como o YouTube e serviços de TV conectada oferecem experiências interativas, em que o espectador pode transitar de descoberta passiva para engajamento ativo.
Essa modalidade é marcada por consumo contínuo e personalizado, que possibilita conexão mais profunda com a marca e reforça a confiança do consumidor na hora de transformar a inspiração em ação. Com público que assiste a mais de um bilhão de horas de vídeo diariamente, o streaming se mostra como ferramenta indispensável para quem busca autenticidade e valor agregado.
Shopping: revolução do comércio online para o consumidor
A experiência de compra online nunca foi tão integrada e multifacetada. Os consumidores modernos visitam diversos sites antes de tomar uma decisão e a influência digital é decisiva nesse processo.
Dados revelam que, globalmente, as pessoas realizam mais de um bilhão de compras diárias por meio da Pesquisa Google, segundo a empresa.
Além disso, as recomendações de influenciadores e criadores de conteúdo no YouTube elevam a confiança do usuário, que se mostra 98% mais propenso a confiar nessas fontes em comparação com outras mídias sociais.
Essa convergência de descoberta e decisão de compra reforça a importância de estratégias integradas para as marcas que desejam captar a atenção e converter o interesse em vendas.
Estudos recentes, como o “Search Anatomy” e o “Beyond Industries”, apresentados no Think with Google (plataforma online que fornece dados e insights para ajudar empresas a tomar decisões estratégicas), destacam a complexidade e a riqueza da jornada do consumidor brasileiro.
Experiência de compra online nunca foi tão integrada e multifacetada (Imagem: monticello/Shutterstock)
A evolução da Busca, o impacto das interações visuais e a crescente importância do streaming e do comércio digital evidenciam que as fronteiras tradicionais entre setores estão se dissolvendo, segundo a big tech. Para prosperar nesse ambiente, empresas precisam adotar marketing multimodal que vá além do core business, conectando ativos e oportunidades para transformar desejos em ações concretas.
Nesse contexto, a comunicação deixa de ser simples diálogo para se tornar grande conversa, onde a tecnologia e a inteligência artificial guiam os consumidores por universo repleto de opções, garantindo segurança e inspiração a cada clique.
Esta análise detalha como as mudanças no comportamento digital estão impulsionando novas estratégias de mercado e reafirma a importância de acompanhar de perto essas tendências para manter a relevância e a competitividade no cenário global.
O Google acaba de anunciar o lançamento do Gemini 2.5, a mais recente e potente iteração de sua família de modelos de inteligência artificial.
Com o Gemini 2.5 Pro Experimental, a empresa promete estabelecer um novo padrão no setor, superando benchmarks e demonstrando capacidades de raciocínio e codificação sem precedentes.
Por dentro do Gemini 2.5: a IA que pensa e decide
O Gemini 2.5 é o culminar de anos de pesquisa e desenvolvimento, incorporando técnicas avançadas como aprendizado por reforço e o inovador “Flash Thinking” do Gemini 2.0.
O novo modelo de IA se destaca por sua capacidade de “pensar” antes de agir, um avanço significativo no campo da inteligência artificial. Essa abordagem permite que o modelo analise informações complexas, faça deduções lógicas e tome decisões informadas, resultando em maior precisão e desempenho.
O Gemini 2.5 se destaca por sua capacidade de “pensar” antes de agir. (Imagem: rafapress/Shutterstock)
O Gemini 2.5 Pro Experimental lidera o ranking LMArena, um indicador da preferência humana, e se destaca em tarefas que exigem raciocínio avançado, como matemática e ciências.
Novo melhor amigo dos programadores
Além disso, o modelo alcança resultados impressionantes em codificação, com destaque para a criação de aplicativos web e a transformação de código.
Modelo alcança resultados impressionantes em codificação. (Imagem: mundissima/Shutterstock)
Uma das características mais notáveis do Gemini 2.5 é sua janela de contexto expandida, que permite processar grandes volumes de dados de diversas modalidades, como texto, áudio, imagens e vídeo. Essa capacidade multimodal abre um leque de possibilidades para o desenvolvimento de aplicações de IA ainda mais sofisticadas.
O Gemini 2.5 Pro já está disponível para testes no Google AI Studio e no aplicativo Gemini Advanced, com previsão de chegada ao Vertex AI em breve. A Google convida desenvolvedores e usuários a explorarem as novas capacidades do modelo e a fornecerem feedback para aprimorar ainda mais o novo modelo de IA.
A OpenAI deu uma rasteira no Google quando lançou o ChatGPT, no final de 2022. E a revista Wiredrevelou detalhes do pandemônio que tomou conta da big tech após o sucesso do chatbot. Para você ter ideia, o Google determinou, na época, um prazo de 100 dias para suas cabeças pensantes desenvolverem um rival do ChatGPT.
Assim, o Bard veio ao mundo. Hoje, você o conhece por outro nome: Gemini. E já deve tê-lo usado, seja direta ou indiretamente. Atualmente, a inteligência artificial (IA) do Google funciona bem (com alguns tropeços aqui, outros ali). Mas o lançamento da sua primeira versão foi conturbado. Bem como seu desenvolvimento, segundo funcionários e ex-funcionários ouvidos pela revista.
Google entrou no modo ‘velocidade de startup’ para lançar Bard e Gemini em 2023
O sucesso do ChatGPT entre final de 2022 e começo de 2023 fez o Google entrar no modo “velocidade de startup”. Aqui entra o tal prazo de 100 dias para desenvolver um concorrente a altura do chatbot da OpenAI. Bem como demissões, extensão de expedientes e diminuição de salvaguardas. Quem coordenou o projeto, a curto prazo, foi Sissie Hsiao. Hoje, ela é gerente geral de experiência Gemini e Google Assistente.
Funcionários do Google enfrentaram período intenso de trabalho para desenvolver o Bard após lançamento – e sucesso – do ChatGPT (Imagem: JRdes/Shutterstock)
Foi um caminho com alucinações (quando modelos de IA criam informações falsas) e desafios estruturais. De um lado, a qualidade era mais importante do que a velocidade. De outro, a velocidade era crucial. Ou seja, foi um período no qual funcionários do Google tiveram que tornar assobiar e chupar cana ao mesmo tempo possível.
Nesta corrida, os dois principais departamentos de pesquisa em IA da empresa – DeepMind e Google Brain – juntaram forças. Eram cerca de 100 funcionários completamente focados no desenvolvimento do chatbot do Google.
Funcionários foram liberados para se dedicar 100% ao projeto. A infraestrutura foi repensada para liberar espaço nos servidores. E mecanismos de segurança foram criados para atender o alto consumo energético dos data centers.
Alucinações, Google DeepMind, Gemini
Entre os maiores obstáculos no desenvolvimento do Bard, estavam a correção de alucinações e mitigação de respostas ofensivas. O chatbot criava “estereótipos raciais comicamente ruins”, contou um ex-funcionário. Mas não deu para resolver tudo a tempo. Acabou o prazo e o Google precisava lançar algo para competir com o ChatGPT.
Depois do Bard, veio do Gemini – a primeira IA do Google a ser realmente considerada rival do ChatGPT (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)
Assim, o Bard veio ao mundo, em 6 de fevereiro de 2023 – um dia antes da Microsoft anunciar que o Bing, seu mecanismo de busca, agora tinha IA generativa. Era algo experimental e com acesso limitadíssimo. E chegou ao Brasil apenas em julho daquele ano.
Depois, a big tech criou o Google DeepMind, que funcionaria numa unidade separada e seria coordenado por Demis Hassabis. Ele era o antigo chefe da unidade do DeepMind em Londres.
Quase um ano depois, em dezembro de 2023, o Google lançou o Gemini. De lá para cá, a empresa se esforça para vender seu modelo de IA. Lançou plataformas baseadas nele (NotebookLM, por exemplo) e planos de assinatura com diversas vantagens.
Enquanto isso, a empresa embute o Gemini em praticamente todos os seus produtos (Busca, Gmail, G-Suite, Chrome, Android). E faz diversos ajustes – seja na interface, seja no modo de usá-lo. A corrida continua.
O Google começou a lançar recursos de vídeo em tempo real para o Gemini Live. Na prática, a inteligência artificial (IA) da big tech consegue “ver” o que está na tela do celular do usuário – inclusive, se ele usar a câmera do aparelho.
A (possível) utilidade dos novos recursos é permitir que o Gemini responda perguntas do usuário sobre o que estiver sendo exibido na tela do seu celular. Alex Joseph, um porta-voz do Google, confirmou a chegada das novidades ao The Verge.
Já dá para ter ideia de como Gemini consegue ‘ver’ o que está nas telas dos celulares
Um usuário do Reddit afirmou que o recurso apareceu em seu celular, da Xiaomi, conforme apontado pelo 9to5Google. No domingo (23), o mesmo usuário postou o vídeo abaixo no qual mostra a nova capacidade de leitura de tela do Gemini.
Este é um dos dois recursos que o Google anunciou, no início de março, que “começariam a ser lançados para os assinantes do Gemini Advanced como parte do plano Google One AI Premium” ainda no mesmo mês.
O outro recurso permite ao Gemini interpretar o que a câmera do smartphone captura em tempo real para responder perguntas do usuário.
No vídeo de demonstração acima, publicado pelo Google neste mês, uma pessoa usa o recurso para pedir ajuda ao Gemini para decidir qual cor de tinta usar em sua cerâmica.
O Gemini agora está disponível sem precisar de conta do Google
Em um movimento que visa ampliar o acesso à sua inteligência artificial, o Google anunciou recentemente a disponibilidade do Gemini sem a obrigatoriedade de login numa Conta Google.
Google anunciou recentemente a disponibilidade do Gemini sem a obrigatoriedade de login numa Conta Google (Imagem: mundissima/Shutterstock)
A partir de agora, usuários podem explorar as capacidades do Gemini diretamente através do navegador, em modo anônimo ou similar, sem a necessidade de fornecer credenciais.
Nos últimos dez anos, a Google investiu pesadamente para substituir as tradicionais baterias de chumbo-ácido que alimentavam seus data centers pelas baterias de íons de lítio. O objetivo não era apenas aumentar a eficiência energética, mas economizar espaço físico.
Recentemente, a gigante de tecnologia alcançou a incrível marca de 100 milhões de células de íons de lítio para fornecer energia para seus servidores. Essas baterias, se você não se lembra, são encontradas massivamente em celulares, veículos elétricos e outros dispositivos eletrônicos.
Em termos de eficiência energética, a substituição das baterias representa uma verdadeira revolução. Afinal, a empresa afirma que as novas células retêm o dobro de energia em comparação com as antigas.
Não menos importante, as baterias de íons de lítio também ocupam metade do espaço. Isso é importante quando consideramos o custo para construir um novo data center. A desenvolvedora JLL, segundo o TechCruch, estima que sejam necessários pelo menos US$ 125 por quase 0,1 m².
Com a mudança, a empresa conseguiu cortar o número de células necessárias em três quartos. Embora seja surpreendente, quando comparamos com a produção de baterias de íons de lítio pela Panasonic, a figura muda um pouco. Desde 2015, a empresa japonesa fabricou mais de 10 bilhões de células.
Por que isso importa, então? O anúncio da Google demonstra uma tendência na prática: os veículos elétricos tornaram as células de íons de lítio mais viáveis e econômicas também para uso industrial, aumentando sua adoção em diversos setores.
Muito além dos data centers
A revolução das baterias não fica restrita ao mundo corporativo. Em residências, famílias já apostam em grandes baterias capazes de armazenar energia solar extra, garantindo eletricidade mesmo em blecautes.
Braços robóticos montam baterias de lítio: alta tecnologia garantindo precisão e eficiência na produção (Imagem: SweetBunFactory/iStock)
Nos acampamentos, geradores barulhentos movidos a combustível perdem espaço para baterias portáteis, mais silenciosas e menos poluentes.
A inovação chega até ao setor médico: células compactas estão substituindo gelo seco no transporte de amostras biológicas, permitindo controle preciso de temperatura e fornecendo dados detalhados durante todo o trajeto.
Números modestos, impacto gigante
Comparada à produção bilionária de células da Panasonic, a quantidade instalada pelo Google parece pequena. Mas números, isoladamente, não contam toda a história.
Linha de produção de baterias de lítio para carros elétricos. (Imagem: to:guteksk7 / iStock)
O que realmente impressiona é como mesmo quantidades menores dessas baterias têm provocado mudanças significativas em setores inesperados, sinalizando uma transformação tecnológica mais ampla.
Esses avanços discretos demonstram que a verdadeira revolução das baterias não depende apenas do volume produzido, mas sim da capacidade delas de influenciar profundamente diferentes áreas da sociedade.
O Googledivulgou nesta sexta-feira (21) o resultado de seu experimento conduzido na Europa para avaliar o impacto das notícias na receita da empresa. Em resumo, o setor não é lucrativo para seu negócio de publicidade.
Por dois meses e meio, a big tech removeu notícias dos resultados de pesquisa de 1% dos usuários de oito países: Bélgica, Croácia, Dinamarca, Grécia, Itália, Holanda, Polônia e Espanha. O teste também seria realizado na França, mas a medida foi bloqueada por um tribunal francês após o Google quebrar um acordo com a autoridade antitruste.
“O estudo mostrou que quando removemos esse conteúdo, não houve alteração na receita de anúncios de pesquisa e uma queda de <1% (0,8%) no uso”, disse o Google.
Teste foi realizado em oito países europeus por dois meses e meio (Imagem: FellowNeko/Shutterstock)
Como explicado pelo Olhar Digital, o objetivo era testar o impacto no tráfego e na experiência por meio do Search, Discover e Google News. Os editores também passam a saber o quão dependentes são da plataforma.
“Desde encontrar uma floricultura até obter a previsão do tempo ou reservar um voo, as pessoas recorrem ao Google por muitos motivos diferentes. Este estudo mostrou que as pessoas ainda recorrem ao Google para essas muitas outras tarefas, mesmo quando o Google é menos útil para notícias.”
Em um comunicado, o diretor de economia da empresa, Paul Liu, disse que eles “viram uma série de relatórios imprecisos que superestimam enormemente o valor do conteúdo de notícias para o Google” durante as negociações para cumprir a Diretiva Europeia de Direitos Autorais (EUCD, na sigla em inglês).
Reguladores da Europa querem garantir respeito às regras de direitos autorais pelas big techs (Imagem: rarrarorro/Shutterstock)
A legislação determina que o Google e outras big techs deverão pagar aos editores de notícias pelo uso de partes de seu conteúdo — o valor desse material é que está em jogo.
No ano passado, o órgão de defesa da concorrência da França multou o Google em € 250 milhões (R$ 1,5 bilhões) por violar regras de propriedade intelectual relacionadas à mídia de notícias.
No relatório recém-divulgado, a gigante americana diz que “mesmo antes do EUCD, o Google tinha um histórico de colaboração profunda em toda a indústria de notícias globalmente”.
O YouTube tem rodado vídeos apenas em qualidades muito baixas mesmo quando a internet aguenta carregar imagens em Full HD e 4K. É o que relatam usuários da plataforma de streaming do Google em fóruns e redes sociais.
“Sempre que abro vídeos ou YouTube Shorts, ele abre com uma qualidade muito, muito baixa, como 144p”, escreveu um usuário no Reddit. “Mesmo quando escolho manualmente 720p, que minha conexão é totalmente capaz de suportar e sempre foi, ele se recusa a ir além de 144p”, escreveu outro usuário. “Está impossível de assistir.”
O problema parece afetar principalmente usuários de iPhone. Quem assiste vídeos no YouTube em computadores e smart TVs também reclamou. Já em celulares e tablets Android, o aplicativo do streaming parece funcionar normalmente.
O YouTube reconheceu o problema e informou que trabalha para corrigi-lo. A plataforma comentou sobre o assunto numa atualização na sua página de suporte. Confira abaixo:
“Estamos cientes de que alguns de vocês estão enfrentando qualidade de vídeo abaixo do normal ao tentar assistir a Vídeos e Shorts. Fiquem tranquilos, estamos ativamente investigando isso! Atualizaremos este tópico com novas informações assim que elas estiverem disponíveis. Agradecemos a paciência de todos!”
YouTube: anúncios devem ficar menos irritantes
A partir de 12 de maio, o YouTube começará a exibir menos anúncios durante vídeos que possam interromper falas ou sequências de ação e mais anúncios em “pontos de interrupção naturais”, como pausas ou transições, conforme descrito em uma página de ajuda sobre a mudança.
YouTube começará a exibir menos anúncios durante vídeos que possam interromper falas ou sequências de ação a partir de maio (Imagem: Algi Febri Sugita/Shutterstock)
A plataforma também passará a adicionar “slots de anúncios automáticos” em vídeos mais antigos que já tenham slots manuais, alteração que os criadores de conteúdo poderão optar por não aplicar.
Segundo um experimento realizado no ano passado, vídeos com uma combinação de anúncios automáticos e manuais geraram, em média, 5% mais receita do que os vídeos com apenas anúncios manuais.
O Google é um dos maiores gigantes entre os gigantes. O buscador responde por 10 vezes a participação de mercado de todos os seus concorrentes combinados e é responsável por uma grande quantidade de tráfego de dados na internet.
Por conta disso, desafiar a plataforma é um verdadeiro desafio. Mas sempre há quem tente. Este é o caso de um mecanismo de pesquisa chamado Kagi, que cobra US$ 10 (cerca de R$ 56 reais) por mês pelo serviço.
Melhores resultados de pesquisa e sem anúncios
A ferramenta foi criada há três anos por Vladomir Prelovac, depois dele vender sua startup anterior para a GoDaddy.
O Kagi promete melhores resultados de pesquisa, sem anúncios, sem coleta de dados e muitos recursos avançados.
A ideia de desenvolver um novo buscador surgiu após Prelovac indagar: “eu quero que meus filhos cresçam expostos a todos esses anúncios e todo esse rastreamento de dados?”.
Ele conta que usou o serviço do YouTube Premium e, então, buscou criar uma experiência de pesquisa semelhante.
De acordo com a The Verge, usar o Kagi é muito parecido com usar o Google há uma década. Você digita uma pesquisa e ela retorna uma página cheia de links. A ferramenta conta com uma pesquisa de imagens, de vídeo, mapas, notícias e até uma guia específica de podcast.
A empresa vem construindo seu próprio banco de dados para pesquisa e notícias. Isso faz com que os resultados do buscador sejam tão bons quanto o do Google, mas com o diferencial de não apresentar anúncios.
Google é o principal buscador utilizado no mundo (Imagem: Proxima Studio/Shutterstock)
A ideia do Kagi é focar na qualidade e não na quantidade, o que significa que a ferramenta toma decisões sobre o que é bom e o que é ruim antes de apresentar os resultados da busca. Mas será que é possível conviver com o Google por muito tempo? Só o futuro dirá.
Google e Applevão responder a novos processos por violação de regras da Lei de Mercados Digitais na Europa, segundo Reuters. A Comissão Europeia não se intimidou com as ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, e deve apertar o cerco às big techs.
Nesta quarta-feira (19), a reguladora antitruste da União Europeia (UE) divulgou conclusões preliminares sobre prática do Google no Google Play. O caso investiga se a gigante estadunidense restringe desenvolvedores de informar usuários sobre ofertas fora de sua loja de aplicativos.
Os reguladores concluíram que há favorecimento de serviços de busca associados, como Google Shopping, Google Hotels e Google Flights, em detrimento de concorrentes. A avaliação é de que a Alphabet (controladora da empresa) impede o direcionamento livre dos consumidores para outros canais em busca de melhores ofertas, segundo a agência de notícias.
Europa quer flexibilizar restrições na loja de aplicativos do Google (Imagem: Mojahid Mottakin/Shtterstock)
Em um blog, o diretor sênior de concorrência do Google, Oliver Bethell, se manifestou sobre o relatório. “As conclusões da Comissão exigem que façamos ainda mais mudanças na forma como mostramos certos tipos de resultados de pesquisa, o que tornaria mais difícil, para as pessoas, encontrarem o que estão procurando e reduziria o tráfego para empresas europeias”, escreveu.
Os reguladores também consideraram “injustificado” o valor cobrado pela gigante das buscas para a aquisição inicial de novo cliente por um desenvolvedor de aplicativo. Mas, segundo Bethell, a taxa é razoável e garante o funcionamento da plataforma aberta.
O Google tem essas questões a resolver, já a Apple…
A Comissão Europeia determinou que a Apple terá que fornecer acesso para fabricantes rivais de smartphones, fones de ouvido e headsets de realidade virtual à sua tecnologia e sistemas operacionais móveis, o iOS e o iPadOS. O objetivo é garantir que os equipamentos possam se conectar com iPhones e iPads.
O órgão estabeleceu cronograma para que a empresa responda às solicitações dos desenvolvedores, garantindo que os sistemas se tornem interoperáveis futuramente. A Apple criticou a medida.
“As decisões de hoje nos envolvem em burocracia, diminuindo a capacidade da Apple de inovar para usuários na Europa e nos forçando a oferecer nossos novos recursos de graça para empresas que não precisam seguir as mesmas regras“, disse a empresa em e-mail enviado à Reuters.
“É ruim para nossos produtos e para nossos usuários europeus. Continuaremos a trabalhar com a Comissão Europeia para ajudá-los a entender nossas preocupações em nome de nossos usuários”, acrescentou.
Apple diz que medida envolve a empresa em “burocracias” (Imagem: kovop/Shutterstock)