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Como funciona a pílula do dia seguinte?

A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência amplamente utilizado, mas ainda cercado por dúvidas e mitos.

Muitas mulheres recorrem a ela após relações sexuais desprotegidas ou quando há falha no método contraceptivo regular, como o rompimento do preservativo. No entanto, é essencial compreender como funciona a pílula do dia seguinte para usá-la de maneira segura e eficaz.

Diferente dos anticoncepcionais de uso contínuo, a pílula do dia seguinte atua de forma pontual, interferindo no ciclo menstrual para evitar a gestação. Contudo, sua eficácia depende do tempo de administração e de características individuais da usuária. Além disso, seu uso frequente pode trazer riscos à saúde.

Para esclarecer as principais dúvidas, explicamos o que é a pílula do dia seguinte, como ela age no organismo e quais são os cuidados necessários para seu uso correto.

Pílula do dia seguinte: o que é e por que tem esse nome?

A pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência que pode ser usado após uma relação sexual desprotegida.

Útero e ovários (Reprodução: Orawan Pattarawimonchai/Shutterstock)

Sua principal função é prevenir a gestação ao inibir ou retardar a ovulação. Dependendo do momento do ciclo menstrual da mulher, também pode dificultar a fertilização do óvulo pelo espermatozoide ou impedir a implantação do embrião no útero.

O medicamento surgiu na década de 1960, mas foi somente nos anos 1990 que começou a ser amplamente utilizado em diversos países.

No Brasil, a pílula do dia seguinte chegou oficialmente no final dos anos 1990 e, atualmente, é encontrada em farmácias e alguns postos de saúde públicos. Seu nome se deve ao fato de ser mais eficaz quando tomada o mais rápido possível após a relação sexual desprotegida.

A compra da pílula não exige receita médica e ela está disponível em versões de dose única ou em dois comprimidos. Em unidades básicas de saúde (UBS), é possível encontrar a pílula gratuitamente, especialmente para vítimas de violência sexual.

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Qual a ciência por trás da pílula do dia seguinte? Entenda como ela funciona

A pílula do dia seguinte é composta, na maioria das vezes, por levonorgestrel: um hormônio sintético que impede ou atrasa a ovulação.

punhado de remédios repousados em uma mesa
Punhado de remédios repousados em uma mesa (Reprodução: nito/Shutterstock)

Em alguns casos, pode conter acetato de ulipristal, que é um modulador de progesterona que também interfere no processo de ovulação.

Para ser mais eficaz, a pílula deve ser ingerida o mais rápido possível após a relação sexual desprotegida.

O ideal é tomá-la dentro das primeiras 24 horas, quando sua eficácia pode chegar a 95%. Após esse período, sua taxa de sucesso diminui progressivamente, podendo ser usada até 72 horas depois, com eficácia reduzida.

Apesar de sua alta taxa de sucesso, ainda é possível engravidar mesmo após o uso da pílula. Isso pode acontecer caso a ovulação já tenha ocorrido antes da ingestão ou se houver falha na absorção do medicamento pelo organismo.

Como saber se a pílula do dia seguinte fez efeito?

Não há um sintoma específico que indique se a pílula funcionou. No entanto, algumas mulheres podem apresentar efeitos colaterais como náuseas, dores de cabeça e alterações no ciclo menstrual.

Caso a menstruação atrase mais de uma semana, é recomendável realizar um teste de gravidez para descartar uma possível gestação.

Quais mudanças a pílula do dia seguinte causa no corpo?

Por ser uma dose alta de hormônio, a pílula pode provocar alterações no ciclo menstrual, tornando a menstruação irregular nos meses seguintes.

menstruação fluxo menstrual absorvente
Ilustração sobre o período menstrual (Imagem: La corneja artesana/Shutterstock)

Além disso, usuárias relatam efeitos colaterais como tontura, fadiga, dor abdominal, sensibilidade nos seios e alteração no humor.

O que acontece se tomar a pílula do dia seguinte em excesso?

A pílula do dia seguinte não deve ser utilizada como método contraceptivo regular. Seu uso frequente pode causar desregulações hormonais severas, aumentando o risco de efeitos colaterais graves.

Há diversos relatos de mulheres que, por pressão de parceiros, tomam a pílula seguidamente como substituto de métodos contraceptivos convencionais.

Isso pode levar a complicações sérias, como hemorragias, problemas hepáticos, alterações no endométrio e, em casos extremos, internação ou até óbito. Dito isso, o uso dessa pílula deve ser pontual e nunca frequente.

Portanto, a pílula do dia seguinte deve ser usada apenas em situações emergenciais, e o ideal é investir em métodos contraceptivos regulares, como anticoncepcionais diários ou dispositivos intrauterinos (DIU), além do uso de preservativos para prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

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Nasce o primeiro bebê de fertilizado com robô de IA

Cientistas anunciaram nesta quarta-feira(9) o nascimento do primeiro bebê concebido com fertilização realizada por um robô de inteligência artificial. O processo de injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) – que hoje é um método de reprodução assistida bastante comum – foi realizado de forma totalmente automatizada e digitalmente controlada em um feito inédito na medicina.

Entenda:

  • Nasceu o primeiro bebê concebido com fertilização automatizada por um robô de IA;
  • A técnica de reprodução assistida por injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) é bastante comum, mas, até então, nunca havia sido realizada de forma automatizada e digitalmente controlada;
  • A paciente foi uma mulher de 40 anos que já havia tentado fertilização in vitro (sem sucesso), e a gravidez transcorreu sem complicações;
  • Cinco óvulos foram fertilizados com a técnica do robô de IA – cada um em menos de dez minutos;
  • A expectativa é tornar o procedimento ainda mais rápido.
Técnica usa robótica e IA para automatizar processo de fertilização assistida. (Imagem: Dimytry Nevodka/Shutterstock)

Detalhada no periódico Reproductive Biomedicine Online, a técnica foi realizada por uma equipe de especialistas de Nova York e do México. No artigo, os pesquisadores explicam que a fertilização artificial com robô de IA foi conduzida em uma mulher de 40 anos que já havia passado por uma fertilização in vitro antes, mas o procedimento foi malsucedido.

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Técnica com robô de IA torna a fertilização mais eficiente

A nova técnica de ICSI mistura robótica e algoritmos avançados de IA para automatizar todas as etapas do procedimento padrão. O método utiliza lasers, por exemplo, para imobilizar e guiar os espermatozoides até o óvulo.

Com isso, é possível “aumentar a precisão, melhorar a eficiência e garantir resultados consistentes” no processo, como explica Jacques Cohen, embriologista e líder da equipe, em comunicado.

Fertilização automatizada levou menos de 10 minutos

Ao todo, o estudo envolveu a fertilização de oito óvulos: cinco com o sistema automatizado, e três com a ICSI manual. Quatro dos cinco óvulos fertilizados com o robô de IA se desenvolveram normalmente. Um blastocisto – embrião com 5 a 7 dias após fecundação – foi congelado e, depois, transferido outra vez para o útero da paciente.

Fertilização de óvulos com robô de IA levou menos de 10 minutos. (Imagem: Conceivable Life Sciences)

Cada óvulo levou pouco menos de dez minutos para ser fertilizado com a ICSI automatizada, e a equipe controlou todo o processo remotamente de Nova York e Guadalajara. A gravidez não teve complicações e o bebê nasceu completamente saudável, e a equipe espera que, com alguns refinamentos, a técnica seja realizada em menos tempo no futuro.

“Com a IA, o sistema seleciona o esperma de forma autônoma e imobiliza precisamente sua parte média com um laser pronto para injeção, executando esse processo rápido e preciso com um nível de precisão além da capacidade humana”, explica Gerardo Mendizabal-Ruiz, que também liderou a pesquisa.

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Como funciona o teste de gravidez e qual sua eficácia?

Os testes de gravidez são a forma mais rápida e acessível de confirmar uma possível gestação. Eles detectam a presença do hormônio hCG, que começa a ser produzido após a fecundação. Existem testes de urina, vendidos em farmácias que oferecem maior precisão. Mas qual a eficácia desse teste, como funciona e quando realizar para obter um resultado confiável?

Eficácia de um teste de gravidez (Reprodução: Freepik/photodiod)

Como funciona o teste de gravidez?

As fitas dos testes de gravidez são feitas para detectar se à presença da gonadotrofina coriônica humana (Beta hCG), hormônio que só é produzido quando a mulher está grávida.

Qual a eficácia do teste de gravidez?

A eficácia varia dependendo do tipo de teste e do momento em que é realizado. O teste comprado em farmácia quando realizado corretamente têm uma precisão de cerca de 97%. O ideal é realizá-lo a partir do primeiro dia de atraso menstrual, pois antes disso o nível de hCG pode ser baixo, resultando em um falso negativo.

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Como realizar o teste?

Para realizar o teste colete a urina no recipiente transparente que vem junto ao teste, após mergulhe a fita na urina até a faixa azul com a descrição “max” e espere de cinco a dez minutos. Uma linha significa negativo e duas linhas significa positivo para gravidez. Caso não apareça nenhuma linha, há um erro e é necessário fazer outro teste.

mulher com roupa de frio segurando teste de gravidez
Como funciona um teste de gravidez (Reprodução: Freepik)

Em casos em que a gestação está no início, a segunda linha pode aparecer com a cor visualmente fraca, e é indicado fazer mais um teste ou então realizar a coleta de sangue para um resultado mais preciso. Se o resultado do teste for negativo e a menstruação estiver atrasada, ou se existirem sintomas sugestivos de gravidez, o teste deve ser repetido após 3 a 5 dias.

Quais as recomendações para fazer o teste de gravidez corretamente?

Observe se o teste tem o selo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e registro no Ministério da Saúde, verifique a validade do teste e as condições da embalagem. Se estiver aberta ou tiver sido exposta à umidade, é possível que o teste não funcione corretamente.

Vale ressaltar que é indicado que a mulher faça o teste um dia após o atraso menstrual e que realize o teste com a primeira urina da manhã, pois é quando a urina está concentrada e fica fácil identificar a presença de hormônios. Além disso, realizar a coleta de sangue também é indicado para um resultado mais preciso.

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