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IA em Gaza: experimentos de Israel na região traz preocupações éticas

Israel desenvolveu novas ferramentas de inteligência artificial (IA) para obter vantagem na guerra. As tecnologias, às vezes, levaram a consequências fatais, como traz o The New York Times.

No final de 2023, Israel tinha como alvo assassinar Ibrahim Biari, comandante de alto escalão do Hamas na Faixa de Gaza norte que havia ajudado a planejar os massacres de 7 de outubro. Mas a inteligência israelense não conseguia encontrar Biari, que acreditavam estar escondido na rede de túneis sob Gaza.

Então, oficiais israelenses recorreram a nova tecnologia militar com IA, segundo três oficiais israelenses e estadunidenses informados sobre os eventos e que falaram com o Times. A tecnologia foi desenvolvida uma década antes, mas nunca havia sido usada em batalha. Encontrar Biari forneceu novo incentivo para aprimorar a ferramenta e engenheiros da Unidade 8200 de Israel, equivalente à Agência de Segurança Nacional dos EUA, logo integraram a IA à mesma.

Pouco depois, Israel interceptou ligações de Biari e testou a ferramenta de áudio com IA, que forneceu localização aproximada de onde ele fazia suas chamadas. Usando essas informações, Israel ordenou ataques aéreos para atingir a área em 31 de outubro de 2023, matando Biari. Mais de 125 civis também morreram no ataque, segundo a Airwars, organização de monitoramento de conflitos baseada em Londres.

A ferramenta de áudio foi apenas um exemplo de como Israel usou a guerra em Gaza para testar e implantar, rapidamente, tecnologias militares baseadas em IA em grau nunca visto, de acordo com entrevistas com nove oficiais de defesa estadunidenses e israelenses, que falaram sob condição de anonimato devido à confidencialidade do trabalho ao periódico.

Drone militar israelense no ar (Imagem: Anas-Mohammed/Shutterstock)

IA ajuda Israel em Gaza, mas…

  • Nos últimos 18 meses, Israel também combinou IA com software de reconhecimento facial para identificar rostos parcialmente obscurecidos ou feridos, recorreu à IA para compilar potenciais alvos de ataques aéreos e criou um modelo de IA em língua árabe para alimentar um chatbot capaz de analisar mensagens de texto, postagens em redes sociais e outros dados em árabe;
  • Muitos desses esforços foram parceria entre soldados alistados na Unidade 8200 e soldados reservistas que trabalham em empresas de tecnologia, como Google, Microsoft e Meta;
  • A Unidade 8200 criou o que ficou conhecido como “O Estúdio“, um centro de inovação para conectar especialistas com projetos de IA;
  • No entanto, mesmo com Israel correndo para desenvolver o arsenal de IA, a implantação das tecnologias, às vezes, levou a identificações errôneas e prisões, além de mortes de civis;
  • Alguns oficiais têm lutado com as implicações éticas das ferramentas de IA, que podem resultar em maior vigilância e outras mortes de civis.

Nenhuma outra nação tem sido tão ativa quanto Israel na experimentação com ferramentas de IA em batalhas em tempo real, segundo oficiais de defesa europeus e estadunidenses, oferecendo prévia de como essas tecnologias podem ser usadas em guerras futuras — e como também podem dar errado.

“A necessidade urgente de lidar com a crise acelerou a inovação, grande parte dela impulsionada por IA”, disse Hadas Lorber, diretora do Instituto de Pesquisa Aplicada em IA Responsável do Instituto de Tecnologia Holon de Israel e ex-diretora sênior do Conselho de Segurança Nacional israelense, ao Times. “Isso levou a tecnologias revolucionárias no campo de batalha e vantagens que se provaram críticas em combate.”

Mas as tecnologias “também levantam sérias questões éticas“, disse Lorber. Ela alertou que a IA precisa de verificações e equilíbrios, acrescentando que humanos devem tomar as decisões finais.

Uma porta-voz do exército israelense disse que não poderia comentar sobre tecnologias específicas devido à sua “natureza confidencial“. Israel “está comprometido com o uso legal e responsável de ferramentas de tecnologia de dados”, disse ela, acrescentando que o exército estava investigando o ataque a Biari e estava “impossibilitado de fornecer qualquer informação adicional até que a investigação esteja completa”.

Meta e Microsoft recusaram-se a comentar quando procuradas pelo jornal. O Google disse que tem “funcionários que fazem serviço de reserva em vários países ao redor do mundo. O trabalho que esses funcionários fazem como reservistas não está conectado ao Google”.

Israel anteriormente usou conflitos em Gaza e no Líbano para experimentar e avançar ferramentas tecnológicas para seu exército, como drones, ferramentas de hackeamento de telefones e o sistema de defesa Domo de Ferro, que pode ajudar a interceptar mísseis balísticos de curto alcance.

Após o Hamas lançar ataques transfronteiriços a Israel em 7 de outubro de 2023, matando mais de 1,2 mil pessoas e fazendo 250 reféns, tecnologias de IA foram rapidamente liberadas para implantação. Isso levou à cooperação entre a Unidade 8200 e soldados reservistas em “O Estúdio” para desenvolver, rapidamente, novas capacidades de IA.

Avi Hasson, CEO da Startup Nation Central, organização sem fins lucrativos israelense que conecta investidores com empresas, disse que reservistas da Meta, Google e Microsoft tornaram-se cruciais para impulsionar a inovação em drones e integração de dados.

“Os reservistas trouxeram know-how e acesso a tecnologias-chave que não estavam disponíveis no exército“, disse ele.

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O exército israelense logo usou IA para melhorar sua frota de drones. Aviv Shapira, fundador e CEO da XTEND, empresa de software e drones que trabalha com o exército israelense, disse que algoritmos alimentados por IA foram usados para construir drones capazes de travar e rastrear alvos à distância.

“No passado, as capacidades de direcionamento dependiam de mirar em uma imagem do alvo“, disse ele. “Agora, a IA pode reconhecer e rastrear o próprio objeto — seja um carro em movimento ou uma pessoa — com precisão mortal.”

Shapira disse que seus principais clientes, o exército israelense e o Departamento de Defesa dos EUA, estavam cientes das implicações éticas da IA na guerra e discutiam o uso responsável da tecnologia.

Uma ferramenta desenvolvida por “O Estúdio” foi um modelo de IA em língua árabe conhecido como modelo de linguagem grande (LLM, na sigla em inglês).

Os desenvolvedores, anteriormente, lutaram para criar tal modelo devido à escassez de dados em árabe para treinar a tecnologia. Quando tais dados estavam disponíveis, eram, principalmente, em árabe escrito padrão, que é mais formal do que as dezenas de dialetos usados no árabe falado.

O exército israelense não tinha esse problema. O país tinha décadas de mensagens de texto interceptadas, ligações telefônicas transcritas e postagens retiradas de redes sociais em dialetos árabes falados.

Assim, oficiais israelenses criaram o modelo de linguagem grande nos primeiros meses da guerra e construíram um chatbot para executar consultas em árabe. Eles mesclaram a ferramenta com bancos de dados multimídia, permitindo que analistas realizassem buscas complexas em imagens e vídeos.

Israel e Faixa de Gaza, na Palestina, destacados em mapa
Mapa destaca a Faixa de Gaza entre os territórios da Palestina e Israel (Reprodução: Below the Sky/Shutterstock)

Quando Israel assassinou o líder do Hezbollah Hassan Nasrallah em setembro, o chatbot analisou as respostas em todo o mundo de língua árabe. A tecnologia diferenciou entre vários dialetos no Líbano para avaliar a reação pública, ajudando Israel a avaliar se havia pressão pública por um contra-ataque.

Às vezes, o chatbot não conseguia identificar alguns termos de gíria modernos e palavras que foram transliteradas do inglês para o árabe. Isso exigia que oficiais de inteligência israelenses com especialização em diferentes dialetos revisassem e corrigissem seu trabalho.

O chatbot também, às vezes, fornecia respostas erradas — por exemplo, retornando fotos de canos em vez de armas. Mesmo assim, a ferramenta de IA acelerou significativamente a pesquisa e análise.

Em postos de controle temporários estabelecidos entre o norte e o sul da Faixa de Gaza, Israel também começou a equipar câmeras após os ataques de 7 de outubro com a capacidade de escanear e enviar imagens de alta resolução de palestinos para um programa de reconhecimento facial apoiado por IA.

Este sistema também tinha, às vezes, problemas para identificar pessoas cujos rostos estavam obscurecidos. Isso levou a prisões e interrogatórios de palestinos que foram erroneamente sinalizados pelo sistema de reconhecimento facial.

Israel também usou IA para filtrar dados acumulados por oficiais de inteligência sobre membros do Hamas. Antes da guerra, Israel construiu um algoritmo de aprendizado de máquina — com o codinome “Lavender” — que poderia, rapidamente, classificar dados para caçar militantes de baixo nível.

Foi treinado em um banco de dados de membros confirmados do Hamas e destinado a prever quem mais poderia fazer parte do grupo. Embora as previsões do sistema fossem imperfeitas, Israel o usou no início da guerra em Gaza para ajudar a escolher alvos de ataque.

Poucos objetivos eram mais importantes do que encontrar e eliminar a liderança sênior do Hamas. No topo da lista estava Biari, o comandante do Hamas que oficiais israelenses acreditavam ter desempenhado papel central no planejamento dos ataques de 7 de outubro.

A inteligência militar de Israel, rapidamente, interceptou as ligações de Biari com outros membros do Hamas, mas não conseguia localizar sua posição exata. Então, recorreram à ferramenta de áudio com IA, que analisou diferentes sons, como bombas sônicas e ataques aéreos.

Após deduzir uma localização aproximada de onde Biari estava fazendo suas ligações, oficiais militares israelenses foram alertados de que a área, que incluía vários complexos de apartamentos, era densamente povoada. Um ataque aéreo precisaria atingir vários edifícios para garantir que Biari fosse assassinado. A operação foi autorizada.

Desde então, a inteligência israelense também usou a ferramenta de áudio junto com mapas e fotos do labirinto de túneis subterrâneos de Gaza para localizar reféns. Com o tempo, a ferramenta foi refinada para localizar indivíduos com mais precisão.

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Como funciona uma arma de fogo?

Uma arma de fogo é um dispositivo projetado para disparar projéteis a alta velocidade, utilizando a pressão gerada por uma reação química. Por trás do equipamento, há uma série de mecanismos que trabalham em conjunto para fazê-lo funcionar corretamente.

A principal característica dessas armas é o uso da pólvora: uma substância altamente explosiva que gera a energia necessária para impulsionar o projétil.

No entanto, as armas de fogo podem variar bastante em tipo e design, indo desde pistolas e revólveres até rifles e espingardas. Cada modelo tem uma mecânica própria, mas todos seguem um princípio básico de funcionamento.

Em sua essência, uma arma de fogo utiliza a ignição da pólvora para criar uma reação explosiva que expulsa um projétil. O conhecimento dos detalhes de seu funcionamento é fundamental para entender não apenas sua eficácia, mas também a segurança no seu uso.

Principais componentes de uma arma de fogo

Uma arma de fogo é composta por vários componentes interdependentes, e cada um desempenha um papel fundamental no disparo de um projétil.

Arma de fogo no meio de uma pradaria, mirando um alvo (Imagem: user25919452/Freepik)

Abaixo, exploraremos os principais elementos que formam essa complexa máquina.

  • Cano: o cano é o tubo metálico pelo qual o projétil é disparado. Ele é projetado para garantir que a pressão gerada pela pólvora seja canalizada de maneira eficiente, impulsionando o projétil para a frente. A precisão de uma arma de fogo está diretamente relacionada à qualidade do cano, que pode ser liso ou estriado, dependendo do tipo de arma;
  • Câmara: a câmara é a parte da arma onde o cartucho é inserido. Ela é responsável por conter o projétil e a pólvora, garantindo que a ignição ocorra de maneira controlada. A câmara também deve suportar a pressão gerada pela explosão da pólvora sem sofrer danos;
  • Percussor: o percussor é uma peça essencial no disparo de uma arma de fogo. Sua função é impactar o estojo do cartucho, acionando a espoleta que, por sua vez, inicia a ignição da pólvora;
  • Gatilho: o gatilho é o mecanismo acionado pelo atirador para disparar a arma. Quando pressionado, ele libera o percussor, dando início ao processo de ignição. Em alguns modelos, o gatilho pode ser ajustado para variar a força necessária para disparar a arma, afetando sua sensibilidade;
  • Espoleta: a espoleta é uma pequena cápsula localizada na base do cartucho. Ao ser impactada pelo percussor, ela inicia uma reação química que gera uma faísca capaz de inflamar a pólvora dentro do cartucho.

O processo de disparo de uma Arma de Fogo

Agora que conhecemos os principais componentes de uma arma de fogo, podemos entender como eles trabalham em conjunto durante o processo de disparo.

Alvo de uma arma de fogo, preso a uma árvora na floresta
Alvo de uma arma de fogo, preso a uma árvora na floresta (Reprodução: @ethanders/Unsplash)

Ao pressionar o gatilho, o percussor atinge a espoleta no cartucho, provocando a ignição da pólvora. A pólvora, ao ser queimada, gera uma enorme quantidade de gás e calor, o que cria uma pressão dentro da câmara.

Essa pressão é rapidamente transferida para o projétil, impulsionando-o para frente com grande velocidade através do cano. A velocidade do projétil pode variar dependendo do tipo de arma, do calibre do cartucho e do comprimento do cano.

Quando o projétil sai do cano, ele é direcionado para o alvo, que pode ser uma pessoa, um objeto ou um alvo específico de treinamento.

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Tipos de Armas de Fogo

Existem vários tipos de armas de fogo, cada uma com suas características e finalidades específicas. A principal diferença entre elas está no mecanismo de disparo, no calibre e no alcance.

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Rifle Sniper CBC 122.2 (Imagem: ShopGun/Reprodução)

Os principais tipos incluem:

  • Pistolas e Revólveres: são armas de fogo portáteis e curtas, geralmente usadas para autodefesa ou em atividades de segurança. As pistolas usam um mecanismo de disparo semiautomático, enquanto os revólveres têm um cilindro giratório que contém vários cartuchos;
  • Rifles: são armas de longo alcance, projetadas para disparos de precisão a grandes distâncias. Rifles são usados tanto para caça quanto para operações militares;
  • Espingardas: são armas que disparam uma série de projéteis pequenos em um único disparo. Elas são comumente usadas para caça de aves e, em algumas situações, para defesa pessoal.

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Como a Europa está se preparando para uma futura guerra

A guerra entre Rússia e Ucrânia reavivou os temores de novos conflitos armados na Europa. Palco de grandes destruições ao longo da história, especialmente durante as duas grandes guerras mundiais, o continente busca formas de estar preparado para o futuro.

O maior medo é de que o regime de Vladimir Putin resolva avançar para outras regiões. Por conta disso, as autoridades europeias estão oferecendo orientações básicas de segurança aos cidadãos, como guias de sobrevivência e simulações de retirada.

Garagens e estações de metrô podem virar bunkers em guerra

  • A Comissão Europeia orientou todos os cidadãos a estocar alimentos suficientes e outros suprimentos essenciais para sustentá-los por pelo menos 72 horas em caso de crise.
  • Alguns países também divulgaram suas próprias orientações para emergências.
  • É o caso da Suécia, que emitiu um guia de sobrevivência instruindo os suecos sobre como os avisos seriam emitidos em caso de guerra, incluindo um sistema de alerta externo.
  • O documento oferece dicas sobre onde procurar abrigo durante um ataque aéreo, incluindo porões, garagens e estações de metrô subterrâneas.
Conflito no leste europeu pode chegar a outros países (Imagem: evan_huang/Shutterstock)

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Conscientizar a população é um desafio

Apesar de todos os alertas, existe uma preocupação em relação ao cumprimento das recomendações pela população. Claudia Major, vice-presidente sênior de segurança transatlântica do German Marshall Fund, disse à CNN que os conselhos devem ser levados a sério.

No entanto, ela destaca que em alguns países a população pode não estar tão preocupada assim a ponto de seguir as recomendações.

Segundo a especialista, a ameaça existencial representada pela Rússia é real nos estados bálticos, mas não em outros países.

Temor de uma nova guerra na Europa é real (Imagem: metamorworks/Shutterstock)

Portugal, Itália e Reino Unido são citados como países onde a ameaça está menos presente na consciência nacional. Nestes locais existe maior preocupação com ameaças de terrorismo, por exemplo, o que pode fazer com que os cidadãos não fiquem 100% alertas.

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Ucrânia usa novo veículo para desativar minas terrestres durante a guerra

A Ucrânia anunciou uma nova estratégia para acelerar a limpeza dos resquícios da guerra no país. A máquina Germina URCM-3000 será usada para a retirada de minas terrestres sem a necessidade de operadores dentro dos veículos.

O sistema foi desenvolvido em colaboração com especialistas em desminagem humanitária e incorpora tecnologias da máquina Bozena, fabricada na Eslováquia. O produto foi projetado para atender condições específicas de solo da Ucrânia.

Sistema pode ser controlado remotamento a 1.000 metros de distância (Imagem: UDS/Divulgação)

Características do sistema

Germina tem uma resistência à explosão de até 9 kg de TNT. O sistema pode destruir 75% da munição e detonar 15% a partir de martelos detonadores. O equipamento básico inclui uma caçamba universal que garante movimentação segura do solo, escavação de valas e construção de passagens, segundo os Serviços Ucranianos de Desminagem (UDS).

A potência do sistema é de 380 cavalos, e o motor Caterpillar garante baixo consumo de combustível, de acordo com o comunicado. Funciona em qualquer época do ano, em temperaturas de -20°C a 45°C, com capacidade de operar continuamente por 10 horas.

A produtividade é de 5.000 m² por hora, com possibilidade de ajuste do cultivo do solo em diferentes profundidades: 5 cm, 15 cm, 25 cm, 35 cm. O sistema pesa 16 toneladas, podendo ser controlado remotamente a uma distância de 1.000 metros ou mais.

Veículo incorpora tecnologia de outra máquina fabricada na Eslováquia (Imagem: UDS/Divulgação)

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Custo e manutenção

A máquina tem custo inicial de € 500.000 (R$ 3,3 milhões), de acordo com o site Army Recognition, valor significativamente inferior ao de equivalentes importados. Com garantia de três anos, a manutenção ficará a cargo da empresa ucraniana KZVV.

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Rato entra para o Guinness após encontrar 109 minas terrestres

O rato Ronin entrou para o Guinness World Records após atingir o maior número de minas terrestres detectadas pela espécie. O trabalho é coordenado pela ONG belga APOPO, que treina ratos africanos gigantes para identificar minas terrestres e casos de tuberculose.

Desde agosto de 2021, ele detectou impressionantes 109 minas terrestres e 15 itens de munições não detonadas (UXOS) na província de Preah Vihear, Camboja.

Os números superam o recorde do rato Magawa, que identificou 71 minas terrestres e 38 UXOs durante seus cinco anos de serviço.

Ronin nasceu e foi criado em Morogoro, Tanzânia, no Centro de Treinamento da APOPO localizado na Universidade de Agricultura de Sokoine. Ele tem apenas cinco anos de idade e pode ter dois anos ou mais de trabalho pela frente — será que vem um novo recorde aí?

Minas terrestres já mataram mais de 20 mil pessoas desde 1979 no Camboja (Imagem: APOPO/Divulgação)

A história do ratinho

O rato foi submetido desde jovem ao treinamento com clicker, que associa o som de um clique a uma guloseima como bananas ou amendoins. O sistema baseado em recompensa motiva Ronin a identificar o cheiro de explosivos com precisão, segundo a ONG. 

Ele também trabalha sistematicamente dentro de um padrão de grade preso a uma linha, indicando minas terrestres arranhando o chão. O serviço é limitado a trinta minutos por dia para garantir que o animal tenha tempo para brincar e explorar suas habilidades naturais.

“Os feitos do Guinness World Records nem sempre são apenas sobre quebrar marcos – às vezes, eles podem ser sobre quebrar preconceitos também. Os resultados transformadores de vida dos HeroRATs da APOPO, seus tratadores e todas as pessoas envolvidas no treinamento e cuidado desses animais incríveis são um exemplo revelador do bem que pode ser alcançado quando humanos e animais trabalham juntos”, disse Adam Millward, editor-chefe do Guinness World Records.

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Ronin tem apenas cinco anos de idade e trabalha 30 minutos por dia (Imagem: APOPO/Divulgação)

O problema das minas

Décadas de conflitos no Camboja criaram um campo minado com cerca de 4 a 6 milhões de minas terrestres e outras munições não detonadas, segundo o Landmine Monitor 2024. Mais de 20 mil pessoas morreram e outras 45 mil ficaram feridas em explosões desde 1979.

O trabalho de desminagem reduziu o número para 32 incidentes em 2023, mas o risco ainda é significativo, de acordo com a ONG belga. No mundo, mais de 110 milhões de minas terrestres permanecem enterradas em mais de 60 países.

“Quando lançamos a APOPO, a visão comum era que levaria cerca de 500 anos para limpar todas as minas terrestres da superfície da Terra. 25 anos depois, há luz no fim do túnel e, se a comunidade internacional apoiar totalmente a colaboração de todos os operadores de desminagem, poderemos limpar os campos minados restantes durante nossa vida ”, afirmou Christophe Cox, CEO da APOPO.

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‘Domo de Ouro’: a (possível) defesa nuclear espacial dos EUA

A Agência de Defesa contra Mísseis (MDA) dos Estados Unidos convocou uma reunião com representantes da indústria. O assunto: desenvolvimento de um novo sistema antimísseis chamado Golden Dome (“Domo de Ouro”, em tradução livre). Seria um sistema de defesa nuclear espacial.

O encontro está marcado para ocorrer entre 30 de abril e 2 de maio de 2025, no Complexo Von Braun, em Huntsville, no Alabama. A reunião será realizada em parceria com a Força Espacial do país. E o objetivo é fortalecer a proposta anunciada em janeiro pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

‘Domo de Ouro’ interceptaria mísseis balísticos, hipersônicos e nucleares do espaço

O “Domo de Ouro” seria um sistema para interceptar mísseis diretamente do espaço. A ideia é ampliar a capacidade de defesa contra ameaças balísticas, hipersônicas e nucleares, com interceptação antes que esses mísseis atinjam a atmosfera.

‘Domo de Ouro’ interceptaria mísseis antes deles chegarem à atmosfera (Imagem: Alexyz3d/Shutterstock)

O aviso oficial da reunião foi publicado recentemente, segundo a Reuters. Nele, a MDA solicita informações técnicas sobre o projeto. Entre os itens de interesse, estão: interceptadores, sensores, rastreadores.

A MDA destaca que empresas não tradicionais do setor de defesa são bem-vindas. A agência busca soluções inovadoras e disruptivas para atender aos requisitos do programa Interceptador Baseado no Espaço (SBI, na sigla em inglês), conforme divulgado pelo governo.

As propostas devem abranger tanto a interceptação na fase inicial de propulsão quanto em fases posteriores, como o início e o meio do voo dos mísseis inimigos.

Pontas de mísseis nucleares
Domo dos EUA interceptaria mísseis nucleares diretamente do espaço (Imagem: Bordovski Yauheni/Shutterstock)

O evento pretende informar a indústria sobre todos os aspectos do programa, promover reuniões individuais com representantes do governo e incentivar parcerias.

Entre os temas que devem ser abordados na ocasião, estão:

  • Aquisição e contratos;
  • Cadeia de interceptação (kill chain);
  • Colaboração entre governo e indústria;
  • Controle de tiro;
  • Modelagem e simulação.

Haverá também interações com a liderança da MDA e com o Escritório do Programa SBI, especialmente sobre segmentos espaciais e terrestres, avaliação de ameaças, aquisição e contratos.

Departamento de Defesa dos EUA vai desenvolver arquitetura para ‘Domo de Ouro’

Em janeiro, o governo Trump divulgou um comunicado no qual detalhava uma nova diretriz para reforçar os Estados Unidos diante das crescentes ameaças com mísseis.

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Governo Trump defende que ‘Domo de Ouro’ é essencial para segurança nacional (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

De acordo com o comunicado, o Departamento de Defesa dos EUA foi incumbido de desenvolver uma arquitetura abrangente para a nova geração de um sistema antimísseis.

Entre os componentes inclusos nesta arquitetura, estava a aceleração da implantação de sensores espaciais para rastreamento de mísseis hipersônicos e balístico. E o desenvolvimento de interceptadores avançados para neutralizar ameaças em múltiplas fases — especialmente na crítica fase de propulsão.

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Críticos expressaram preocupação quanto ao financiamento e à viabilidade de um programa tão ambicioso, especialmente num cenário de recursos orçamentários limitados.

Já a administração de Trump defende que a iniciativa é vital para a segurança nacional. O governo do republicano quer uma cadeia de suprimentos segura e um sistema de defesa nuclear espacial eficaz. A ver o que vai sair do papel (e das bravatas).

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Musk está pronto para acessar planos dos EUA para possível guerra com a China

Nesta sexta-feira (21), o Pentágono deve apresentar a Elon Musk os planos militares dos Estados Unidos para um eventual conflito com a China, segundo informaram dois altos funcionários estadunidenses nesta quinta-feira (20) ao The New York Times.

Outra fonte do jornal afirmou que a apresentação terá foco na China, sem, contudo, revelar mais detalhes. Um quarto funcionário confirmou a presença de Musk no Pentágono na sexta-feira (21), mas também não forneceu informações adicionais.

Conceder a Musk acesso a alguns dos segredos militares mais bem guardados do país representaria ampliação significativa de seu já extenso papel como conselheiro do presidente Donald Trump e líder na iniciativa de redução de gastos e eliminação de pessoas e políticas consideradas indesejáveis pelo governo.

Essa situação também evidencia as questões relativas aos conflitos de interesse envolvendo Musk, visto que ele atua em diversas áreas da burocracia federal enquanto continua à frente de empresas que são importantes contratadas pelo governo. Nesse contexto, o bilionário e CEO de SpaceX e Tesla é um dos principais fornecedores do Pentágono e possui investimentos financeiros expressivos na China.

Bilionário está ganhando cada vez mais poderes (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)

Musk e os planos militares mais bem guardados do mundo

  • Os chamados planos de guerra do Pentágono, conhecidos no meio militar como O-plans ou planos operacionais, estão entre os segredos mais protegidos das Forças Armadas;
  • Se um país estrangeiro soubesse como os Estados Unidos planejam lutar contra ele, poderia fortalecer suas defesas e corrigir suas vulnerabilidades, reduzindo, significativamente, a eficácia desses planos;
  • A apresentação ultrassecreta sobre o plano de guerra contra a China consiste em cerca de 20 a 30 slides, nos quais se expõe como os Estados Unidos conduziria um conflito dessa natureza;
  • Segundo autoridades que têm conhecimento do assunto, o material abrange desde os primeiros sinais e alertas sobre a ameaça chinesa até as diversas opções de alvos a serem atingidos, em determinado período, que seriam submetidos à decisão do presidente Trump.

Um porta-voz da Casa Branca não respondeu a e-mail do Times que pedia esclarecimentos sobre o objetivo da visita, como ela foi organizada, se o presidente tinha ciência da mesma e se isso suscitaria dúvidas quanto a conflitos de interesse. A administração não informou se Trump assinou termo de isenção de conflito de interesses para Musk.

Poderes (quase) ilimitados

Após a publicação da reportagem, Sean Parnell, o principal porta-voz do Departamento de Defesa, afirmou, em comunicado: “O Departamento de Defesa está entusiasmado em receber Elon Musk no Pentágono na sexta-feira. Ele foi convidado pelo secretário Hegseth e está apenas visitando.”

O encontro ressalta o duplo papel extraordinário desempenhado por Musk, que, além de ser o homem mais rico do mundo, recebeu amplos poderes do presidente Trump.

Musk possui autorização de segurança e o secretário de Defesa, Pete Hegseth, pode decidir quem tem acesso às informações sobre o plano. Entretanto, compartilhar muitos detalhes técnicos com Musk é questão à parte.

De acordo com os oficiais, o secretário Hegseth, o almirante Christopher W. Grady, presidente interino do Estado-Maior Conjunto, e o almirante Samuel J. Paparo, comandante do Comando Indo-Pacífico, estão programados para apresentar a Musk os detalhes do plano dos EUA para conter a China em caso de conflito militar.

Planos operacionais para contingências importantes, como uma guerra com a China, são extremamente complexos para quem não possui vasta experiência em planejamento militar. Devido à sua natureza técnica, geralmente, os presidentes recebem apenas os contornos gerais do plano e não o documento completo. Ainda não está claro quantos detalhes Musk desejará ou precisará conhecer.

Segundo autoridades próximas ao assunto, Hegseth recebeu parte da apresentação sobre o plano de guerra contra a China na semana passada e outra parte na quarta-feira (19).

Não ficou claro qual foi o motivo para conceder a Musk uma apresentação tão sensível. Ele não faz parte da cadeia de comando militar, nem é conselheiro oficial de Trump em questões militares relacionadas à China.

Entretanto, existe possível razão para que o bilionário precise conhecer certos aspectos do plano de guerra. Se Musk e sua equipe de redução de custos do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês) pretendem cortar o orçamento do Pentágono de forma responsável, eles podem necessitar saber quais sistemas de armas o Pentágono planeja utilizar em eventual conflito com a China, explana o Times.

Por exemplo, considere os porta-aviões. Reduzir a produção futura desses navios poderia economizar bilhões de dólares, recursos que poderiam ser investidos em drones ou outras armas. Contudo, se a estratégia de guerra dos EUA depende do uso inovador dos porta-aviões para surpreender a China, desativar navios existentes ou interromper a produção de novos pode comprometer esse plano.

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Preparo para conflito com a China e gastos militares astronômicos

O planejamento para uma guerra com a China tem sido preocupação constante no Pentágono há décadas, muito antes de um confronto com Pequim se tornar opinião consolidada no Congresso. Os Estados Unidos estruturaram suas Forças Aéreas, Marinha e Forças Espaciais — e, mais recentemente, também os seus Marines e Exército — com a possibilidade de conflito com os chineses em mente.

Críticos afirmam que o setor militar investiu demais em sistemas caros e de grande porte, como caças e porta-aviões, e de menos em drones de médio alcance e defesas costeiras. No entanto, para que Musk possa reorientar os gastos do Pentágono, ele precisa saber quais equipamentos o setor militar pretende utilizar e para qual finalidade.

O bilionário já chegou a defender que o Pentágono pare de adquirir itens de alto custo, como os caças F-35, fabricados por um de seus concorrentes na área de lançamentos espaciais, a Lockheed Martin, em programa que custa aos Estados Unidos mais de US$ 12 bilhões (R$ 67,94 bilhões) por ano.

Por outro lado, os amplos interesses empresariais de Musk tornam seu acesso a segredos estratégicos sobre a China uma questão séria, do ponto de vista ético. Autoridades afirmam que as revisões dos planos de guerra contra a China têm dado ênfase à atualização das estratégias de defesa contra ataques espaciais. A China desenvolveu um conjunto de armas capazes de atingir satélites dos EUA.

Embora as constelações de satélites Starlink de baixa órbita, de propriedade de Musk, sejam consideradas mais resilientes do que os satélites convencionais, ele pode ter interesse em saber se os Estados Unidos conseguiriam proteger seus satélites em conflito com os asiáticos.

Participar de uma sessão ultrassecreta sobre a ameaça chinesa, ao lado de alguns dos mais altos funcionários do Pentágono e das Forças Armadas dos EUA, seria oportunidade extremamente valiosa para qualquer contratada de defesa que deseje fornecer serviços ao setor militar.

O líder do DOGE poderia, assim, obter insights sobre novas tecnologias que o Pentágono possa vir a necessitar e que a SpaceX, onde ele continua atuando como CEO, poderia oferecer.

Embora contratadas que trabalham em projetos relacionados ao Pentágono, geralmente, tenham acesso a certos documentos de planejamento de guerra – mas somente após sua aprovação –, executivos individuais, raramente, conseguem acesso exclusivo a altos funcionários do Pentágono para apresentação desse tipo, conforme afirmou Todd Harrison, pesquisador sênior do American Enterprise Institute, que se dedica à estratégia de defesa, ao Times.

“Musk participando de uma apresentação de planejamento de guerra?” afirmou Harrison. “Conceder ao CEO de uma única empresa de defesa um acesso exclusivo pode servir de base para protestos contratuais e configura verdadeiro conflito de interesses.”

A SpaceX já recebe bilhões de dólares do Pentágono e de agências de inteligência para ajudar os Estados Unidos a construir novas redes de satélites militares, com o objetivo de enfrentar as crescentes ameaças militares da China. A empresa espacial lança a maioria desses satélites militares a bordo de seus foguetes Falcon 9, que decolam de bases militares estabelecidas pela empresa na Flórida (EUA) e na Califórnia (EUA).

Além disso, a empresa já recebeu centenas de milhões de dólares do Pentágono, que, atualmente, depende fortemente da rede de comunicações via satélite da Starlink (cuja dona é a SpaceX) para transmitir dados de militares ao redor do mundo.

Retrato de Trump e Musk.
Elon Musk, dono de seis empresas, incluindo a Tesla, garantiu US$ 13 bilhões em contratos federais nos últimos cinco anos. Com Trump no poder, sua influência no governo só cresce (Imagem: bella1105/Shutterstock)

Em 2024, a SpaceX foi contemplada com, aproximadamente, US$ 1,6 bilhão (R$ 9,05 bilhões) em contratos com a Força Aérea. Esse valor não inclui os gastos classificados que o Escritório Nacional de Reconhecimento investe na empresa para a construção de nova constelação de satélites de baixa órbita, destinada a espionagem contra a China, Rússia e outras adversárias.

Trump já propôs a criação de novo sistema militar, denominado Golden Dome, sistema de defesa antimísseis baseado no Espaço que remete às iniciativas do presidente Ronald Reagan (cujo sistema “Star Wars” nunca foi totalmente concretizado).

A percepção de ameaças de mísseis vindos da China — seja de armas nucleares, mísseis hipersônicos ou mísseis de cruzeiro — foi um dos principais motivos que levaram Trump a assinar ordem executiva recente, instruindo o Pentágono a iniciar os trabalhos sobre o Golden Dome.

Mesmo o simples planejamento e construção dos primeiros componentes do sistema deverá custar dezenas de bilhões de dólares, segundo autoridades do Pentágono, o que, provavelmente, abrirá grandes oportunidades de negócio para a SpaceX, que já fornece lançamentos de foguetes, estruturas de satélites e sistemas de comunicação de dados baseados no Espaço, todos necessários para o Golden Dome.

Em paralelo, Musk tem sido alvo de investigações conduzidas pelo auditor-geral do Pentágono sobre possíveis descumprimentos relacionados à sua autorização de segurança ultrassecreta.

Essas investigações tiveram início no ano passado, após reclamações de funcionários da SpaceX junto a órgãos governamentais, que alegaram que Musk e outros membros da empresa não estariam reportando, adequadamente, contatos ou conversas com líderes estrangeiros.

Antes do final da administração Biden, autoridades da Força Aérea iniciaram sua própria revisão, após questionamentos de senadores democratas, que afirmaram que Musk não estava cumprindo os requisitos para a autorização de segurança.

De fato, a Força Aérea havia negado pedido de Musk para obter autorização de segurança de nível ainda mais elevado, o chamado Special Access Program – destinado a programas ultrassecretos –, alegando riscos de segurança associados ao bilionário.

A importância da SpaceX para o Pentágono chegou a tal ponto que o governo chinês passou a considerar a empresa uma extensão das Forças Armadas dos Estados Unidos.

Um artigo, intitulado “Militarização do Starlink e Seu Impacto na Estabilidade Estratégica Global”, foi publicado no ano passado por uma universidade chinesa de defesa, conforme tradução realizada pelo Center for Strategic and International Studies.

Além disso, Musk e Tesla – empresa de veículos elétricos sob seu controle – mantêm forte dependência da China, onde opera uma das principais fábricas da montadora, em Xangai. Inaugurada em 2019, essa instalação de última geração foi construída com autorização especial do governo chinês e, atualmente, responde por mais da metade das entregas globais da Tesla.

No ano passado, a empresa informou, em registros financeiros, que possuía acordo de empréstimo de US$ 2,8 bilhões (R$ 15,85 bilhões) com bancos chineses para despesas de produção.

Em público, Musk tem evitado críticas a Pequim e demonstrado disposição para colaborar com o Partido Comunista Chinês. Em 2022, ele escreveu coluna para a revista da Administração do Ciberespaço da China – órgão de censura do país – enaltecendo suas empresas e suas missões de aprimorar a humanidade.

Nesse mesmo ano, o bilionário afirmou ao The Financial Times que a China deveria receber algum controle sobre Taiwan, sugerindo a criação de “zona administrativa especial para Taiwan que fosse razoavelmente aceitável”, comentário que irritou políticos da ilha independente. Na mesma entrevista, Musk também destacou que Pequim exigiu garantias de que ele não venderia a Starlink na China.

No ano seguinte, durante conferência de tecnologia, Musk chegou a se referir à ilha democrática como “parte integrante da China que, de forma arbitrária, não faz parte da China”, comparando a situação entre Taiwan e China à relação entre Havaí e Estados Unidos.

No X, que ele mesmo administra, Musk, frequentemente, elogia a China, afirmando que o país é, “de longe”, líder mundial em veículos elétricos e energia solar, além de elogiar seu programa espacial por ser “muito mais avançado do que se imagina”. Ele também tem incentivado visitas ao país e manifestado abertamente sua crença em aliança inevitável entre Rússia e China.

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Guerra que inspirou Armagedom na Bíblia é descoberta por arqueólogos

Novas evidências arqueológicas da antiga cidade de Megido, no atual território de Israel, indicam que o local foi palco de uma batalha que teria inspirado a história do Armagedom. O termo descreve a luta final entre as forças do bem e do mal, que é profetizada na Bíblia.

De acordo com o estudo, um rei israelita e um faraó egípcio realmente se enfrentaram na região há mais de 2.600 anos. Esta conclusão foi possível a partir da análise de fragmentos de cerâmica encontrados no local.

Objetos de cerâmica confirmaram existência da batalha

De acordo com a Bíblia, o rei Josias do Reino de Judá confrontou o faraó egípcio Neco II em Megido no ano de 609 a.C. Até então, esta batalha estava presente apenas nos relatos religiosos. Mas agora, a análise de fragmentos de cerâmica antiga indica que Megido foi de fato ocupada pelos egípcios naquela época.

Fragmentos de cerâmica foram analisados durante o trabalho (Imagem: Universidade de Tel Aviv)

Segundo os pesquisadores, no entanto, não é possível confirmar que Josias estava na batalha. Se ele estava lá, como diz a Bíblia, não está claro se Josias morreu de ferimentos que sofreu durante uma batalha contra os egípcios em Megido, ou se ele foi executado como vassalo do faraó.

De acordo com o livro religioso, a morte de Josias predisse a queda de Jerusalém em 586 a.C. para os neobabilônios sob o comando de Nabucodonosor II, cujas forças destruíram o Primeiro Templo, também conhecido como Templo de Salomão.

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História é descrita na Bíblia (Imagem: Paul shuang/Shutterstock)

Cidade antiga inspirou o termo “Armagedom”

  • Megido era uma cidade estrategicamente importante no passado.
  • Ela estava localizada bem no meio de rotas comerciais e militares, e foi ocupada em diferentes épocas por cananeus, israelitas, assírios, egípcios e persas.
  • Muitas grandes batalhas ocorreram por lá, e seu nome inspirou o termo “Armagedom”.
  • Escavações realizadas na antiga cidade desenterraram mais de 20 camadas arqueológicas desde a década de 1920.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado no The Scandinavian Journal of the Old Testament. 

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Shahed-136

Mais de 50 países já possuem drones de combate; e o Brasil?

Mais baratos e eficazes, os drones estão sendo amplamente utilizados pelos exércitos de vários países do mundo. É o que revela um estudo realizado pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS) sobre as capacidades militares das nações.

A adesão cada vez maior aos veículos de combate não tripulados é um legado claro da guerra entre Rússia e Ucrânia, que já dura mais de três anos. Atualmente, pelo menos 54 países do mundo já utilizam esta tecnologia como arma.

Mais detalhes do relatório

  • De acordo com o relatório, o número representa 31% dos 174 países sobre os quais a organização, que há 65 anos faz esse levantamento, obteve dados.
  • Além disso, significa um aumento importante em relação aos 38 que detinham drones de ataque em 2022.
  • Entres os equipamentos mais utilizados estão o turco Bayraktar (em 28 países), os chineses Caihong (15) e Wing Loong (13), o norte-americano MQ (14) e os iranianos Mohajer (14) e Shahed (13).
  • O estudo ainda aponta que Turquia e Irã se tornaram os principais fabricantes mundiais dos veículos, ao lado de China e Estados Unidos.
  • Alguns países não operam diretamente os equipamentos, caso da Líbia, onde o exército turco mantém uma base militar.

E o Brasil?

Brasil não tem drones de combate, apenas de monitoramento, de acordo com o relatório.

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Conheça alguns dos modelos de drones mais utilizados

Um dos drones mais famosos é o Shahed-136. O equipamento é fabricado pelo Irã desde 2021 e foi utilizado em larga escala no ataque contra Israel no início de abril do ano passado. Ele é um drone-kamikaze que tem como característica principal uma combinação de design em asa delta e capacidade de voo em baixa altitude, fator que dificulta drasticamente a detecção por radares de sistemas de defesa aérea.

Este drone de ataque portátil pode carregar até 40 quilos de ogivas e ser lançado a partir de um caminhão militar ou comercial. Ele tem alcance de até 1.500 km e atinge uma velocidade máxima de 185 km/h, sendo utilizado pelos exércitos do Irã, Iraque, Iêmen e Rússia.

Shahed-136, drone de fabricação iraniana, está sendo amplamente utilizado (Imagem: Sergey Dzyuba/Shutterstock)

Já o MQ-9 Reaper é fabricado pelos Estados Unidos. Sua função primária é coletar informações, servindo de apoio e vigilância em missões, mas também pode ser usado em ataques. Ele pode ser equipado com até 8 mísseis guiados a laser e, por isso, é considerado uma arma letal e altamente precisa.

Este modelo de drone foi usado, em 2020, para matar Qassem Soleimani, chefe de uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã e um dos homens mais poderosos do país. Ele tem alcance de até 1.850 km e atinge uma velocidade máxima de 444 km/h, sendo utilizado pelos exércitos dos EUA, França, Itália, Holanda, Polônia, Espanha, Reino Unido e Índia. Além disso, está presente em bases comandadas pelos norte-americanos na Polônia, Kuwait, Iraque, Jordânia, Djibouti, Niger e Japão.

Drone MQ-9 Reaper é utilizado pelos EUA e aliados (Imagem: Mike Mareen/Shutterstock)

Outro drone bastante utilizado é o Bayraktar TB2, da Turquia. Ele pode ser armado com bombas guiadas a laser e conta com um alcance de até 1.850 km, atingindo uma velocidade máxima de 222 km/h, e sendo utilizado pelos exércitos da Turquia, Polônia, Sérvia, Azerbaijão, Quirguistão, Turcomenistão, Ucrânia, Uzbequistão, Paquistão,, Marrocos, Catar, Emirados Árabes Unidos, Burkina Faso, Djibouti, Etiópia, Mali e Togo.

Turquia aposta na fabricação do drone Bayraktar TB2 (Imagem: Mike Mareen/Shutterstock)

Os chineses também possuem os seus próprios equipamentos. O Caihong, por exemplo, é desenvolvido pela China Aerospace Science and Technology Corporation (CASC). O modelo CH-4B tem um sistema misto de ataque e de reconhecimento de território. Com uma carga útil de até 345 kg, pode levar até seis armas e disparar mísseis a partir de uma distância de 5 mil metros. A bateria tem duração de 40 horas.

O equipamento tem alcance de até 5.000 km e atinge uma velocidade máxima de 435 km/h, sendo utilizado pelos exércitos da China, Indonésia, Mianmar, Paquistão, Argélia, Iraque, Jordânia, Arábia Saudita, República Democrática do Congo, Nigéria e Sudão.

Por fim, os chineses também criaram o Wing Loong II. Inicialmente, ele era utilizados para vigilância e monitoramento, mas foi adaptado para combate. O equipamento pode levar um conjuntos de mísseis com mira a laser e bombas.

Wing Loong II é um dos drones utilizados pela China (Imagem: Chegdu Aircraft Infustry Group)

Desenvolvido pela Chegdu Aircraft Infustry Group (CAIG), ele é movido à hélice, o que, segundo a fabricante, permite que não seja facilmente identificado por radares. Para aumentar o alcance, que é de 2.000 km, o drone ainda pode ser controlado por meio de um link via satélite.

A velocidade máxima atingida é de 370 km/h. O armamento é utilizado pelos exércitos da Arábia Saudita, Cazaquistão, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Paquistão, Uzbequistão, Argélia, Marrocos e Nigéria.

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Drones passam a ser aeronaves oficiais de combate nos EUA

A Força Aérea dos Estados Unidos se tornou pioneira ao declarar dois protótipos de drones como aeronaves de combate oficiais. Os modelos YFQ-42A, da General Atomics, e o YFQ-44A, da Anduril, estão prontos para voar em missão já no segundo semestre deste ano.

As designações significam Y – Protótipo, F – Caça, Q – Aeronave Não Tripulada, número de design 42 e 44, e A – série. Ao entrarem em produção, o Y será removido. Os testes duraram dois anos e foram feitos no âmbito do programa Collaborative Combat Aircraft.

Esse é o pontapé inicial para a nova geração de aeronaves de caça não tripuladas, projetadas para alavancar capacidades autônomas e equipes tripuladas e não tripuladas com o objetivo de “derrotar ameaças inimigas em ambientes contestados”.

Força Aérea vai coletar informações em novos testes com protótipos antes de iniciar produção das aeronaves (Imagem: Dragos Condrea/iStock)

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Uma nova era

Os caças têm cerca de metade do tamanho de um F-16 Fighting Falcon, mas poderão ser operados em conjunto com o F-22 Raptor e o F-35 Lightning II, segundo o site New Atlas. Em um primeiro momento, os modelos serão usados como teste para coletar informações para a aeronave final de produção.

“Os insights obtidos com esses esforços serão cruciais para moldar o futuro do programa CCA e solidificar a posição da Força Aérea na vanguarda da inovação do poder aéreo”, diz o comunicado.

Nova geração poderá operar em conjunto com modelo F-22 Raptor (Imagem: Robert Michaud/iStock)

“Pode ser apenas simbólico, mas estamos dizendo ao mundo que estamos nos inclinando para um novo capítulo da guerra aérea. Isso significa aeronaves de combate colaborativas, significa equipe homem-máquina. Estamos desenvolvendo essas capacidades pensando, ‘missão primeiro’”, afirmou o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General David W. Allvin.

Os drones estão redefinindo a guerra moderna, usando sistemas de navegação relativamente baratos para atingir alvos a centenas de quilômetros de distância com certa precisão, como explicou o Olhar Digital.

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