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Impacto das tarifas? HP anuncia demissão em massa

A Hewlett Packard Enterprise (HPE), gigante do setor de servidores e software em nuvem, anunciou um plano de reestruturação que inclui a demissão de aproximadamente 2.500 funcionários, representando 5% de sua força de trabalho global.

A decisão, motivada por preocupações fiscais e o impacto das tarifas comerciais, visa gerar uma economia de US$ 350 milhões até o ano fiscal de 2027.

Crise tarifária leva a demissões em massa na HP

O programa de redução de custos, aprovado pelo conselho da empresa, prevê um impacto financeiro inicial de US$ 250 milhões no ano fiscal de 2025, seguido por mais US$ 100 milhões em 2026.

A HPE, que contava com 61.000 funcionários até outubro de 2024, busca adaptar-se a um cenário econômico desafiador, marcado por incertezas tarifárias e pressões competitivas.

Segundo Marie Myers, diretora financeira da HPE, as tarifas impostas a produtos provenientes da China, Canadá e México têm um papel significativo nas projeções fiscais da empresa.

HPE está implementando um plano de reestruturação para enfrentar os desafios impostos pelas tarifas comerciais, pressões competitivas e incertezas econômicas.(Imagem: Michael Vi / Shutterstock)

A HPE já vinha adotando medidas para mitigar os efeitos dessas tarifas, incluindo a reorganização de sua cadeia de suprimentos global. No entanto, a empresa também prevê “alguns ajustes de preços” como parte de sua estratégia de adaptação.

A incerteza em relação à aceitação desses aumentos de preços por parte dos consumidores é uma preocupação para a HPE. Myers destaca que o cenário é imprevisível e que a reação dos clientes e concorrentes pode impactar significativamente os resultados da empresa.

Além das questões tarifárias, a HPE também lida com desafios relacionados à execução de seus negócios de servidores, incluindo questões de preços, descontos e gestão de estoque. A transição para o uso dos novos chips Blackwell da Nvidia, em substituição aos chips Hopper, também contribui para a complexidade do cenário atual.

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A empresa também enfrenta um processo do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que busca impedir a aquisição da Juniper Networks por US$ 14 bilhões. A fusão, que criaria um gigante no mercado de soluções de rede sem fio, é considerada anticoncorrencial pelo Departamento de Justiça. A HPE planeja contestar a decisão judicial e defender a transação no tribunal.

Com informações do The Wall Street Journal.

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Videochamadas em 3D? É o que Google e HP querem; entenda

O Google, em parceria com a HP, está prestes a revolucionar as videochamadas com tecnologia que promete aproximar as pessoas de forma muito mais natural – sem a necessidade de óculos ou fones de ouvido.

O Projeto Starline, como é chamado, deve lançar, ainda este ano, uma plataforma de comunicação 3D que visa recriar a sensação de estarmos no mesmo ambiente, mesmo estando a quilômetros de distância.

Durante os últimos anos, as videochamadas se popularizaram, especialmente em meio à pandemia, mas, também, passaram a ser encaradas como algo exaustivo e impessoal.

Demonstrações indicam que dispositivo pode parecer bem real (Imagem: Reprodução/YouTube/Google)

É justamente para transformar essa realidade que o Google e a HP apostam no Starline, que já demonstrou resultados surpreendentes em testes realizados na sede da HP, em Palo Alto, Califórnia (EUA), segundo o The Wall Street Journal.

Em experiência marcante, mesmo sabendo que a pessoa na tela não estava fisicamente presente, o efeito 3D foi tão convincente que, ao ver uma mão se estendendo com uma maçã, a sensação foi de que o objeto poderia realmente cair em seu colo, descreve o periódico.

Como funciona a videochamada 3D de Google e HP?

  • Na demonstração, uma inteligência artificial (IA) processou imagens provenientes de seis câmeras posicionadas em cada extremidade do ambiente, gerando um vídeo 3D em tempo real;
  • Utilizando monitores especiais – os chamados lightfield displays –, a tecnologia consegue simular profundidade ao projetar ângulos de visão distintos para cada olho;
  • Além disso, o sistema monitora os movimentos da boca e dos ouvidos, garantindo que o som pareça originar-se exatamente da posição dos lábios, mesmo quando os participantes se movem;
  • Importante notar que essa experiência requer equipamentos específicos, não funcionando em monitores ou notebooks convencionais.

Desenvolvido a partir dos experimentos do Google Labs, o Starline é compatível tanto com o Google Meet quanto com o Zoom. A inovação se vale de técnicas avançadas de compressão de dados, o que elimina a necessidade de conexões de internet super rápidas ou incomuns. No entanto, detalhes sobre os preços do hardware e do serviço permanecem em sigilo.

O principal objetivo dessa nova tecnologia é humanizar a comunicação digital. Em um mundo onde a sobrecarga de mensagens, chamadas prolongadas e redes sociais incessantes podem desgastar as pessoas, o Starline surge como tentativa de aproximar o contato humano, tornando as interações menos mecânicas e mais autênticas.

Dave Shull, presidente da HP Solutions, comentou: “Muitas iniciativas tentaram reproduzir a sensação de estarmos frente a frente durante uma videochamada, algo que sempre se mostrou difícil. Essa tecnologia começa a romper a barreira da tela e a redefinir o que pode ser a colaboração, principalmente em situações onde a linguagem corporal compõe mais da metade da mensagem transmitida.”

Estudos realizados pelo Google reforçam esse potencial: os participantes das chamadas em 3D demonstraram estar mais engajados, utilizando mais gestos com as mãos, acenos e expressões faciais, além de relatarem menor cansaço e melhor desempenho em tarefas cognitivas complexas, quando comparados às videoconferências tradicionais em 2D.

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Outras big techs apostam em tecnologias similares

A HP não é a única empresa investindo em soluções de videoconferência de última geração. Jeetu Patel, vice-presidente executivo e diretor de produtos da Cisco, revelou que sua empresa também vem desenvolvendo tecnologias similares há anos, incluindo plataformas capazes de transmitir vídeo 3D de uma sala de conferência para dispositivos, como o Apple Vision Pro, demonstrando que a integração entre cultura e tecnologia está em pleno desenvolvimento.

No futuro, essas inovações em vídeo e áudio espacial devem abrir um leque de possibilidades para o trabalho remoto e híbrido – desde apresentações de negócios e reuniões de equipe até processos de recrutamento e apoio em saúde mental.

Homem usando o dispositivo e conversando com uma mulher
Por enquanto, não há liberação do sistema para o público (Imagem: Reprodução/YouTube/Google)

Contudo, como toda tecnologia emergente, a popularização do Starline dependerá de sua evolução e da redução dos custos. “Estou bastante animado com a perspectiva de torná-lo mais acessível e integrá-lo a uma variedade maior de dispositivos”, afirmou Shull.

Atualmente, o Starline opera em formato de comunicação individual, mas os desenvolvedores já estão trabalhando para expandir a experiência para interações que envolvam três ou mais pessoas de maneira natural. O desafio é levar essa sensação de presença real para além das salas de conferência executivas e torná-la disponível para um público mais amplo ao longo do tempo.

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