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iFood ganhará concorrente no Brasil – e você já o conhece

A empresa de mobilidade e serviços financeiros 99 vai retomar o serviço de entregas de comida com o aplicativo 99Food. A plataforma já operou no Brasil entre 2019 e 2023. Além disso, a empresa receberá investimentos de R$ 1 bilhão.

As novidades foram anunciadas pela controladora da 99, a DiDi’s International Business Group, após uma reunião realizada nesta quarta-feira (16) entre o head global Stephen Zhu e o vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

Os recursos serão usados para ações nos serviços de mobilidade urbana, entrega de encomendas e comida, além das soluções financeiras, como a 99Pay. “Este investimento reflete nosso compromisso de longo prazo com o Brasil”, disse Zhu.

Serviço de entrega de comida funcionou no Brasil entre 2019 e 2023 (Imagem: 99Food/Divulgação)

Mais concorrência

O plano pode fortalecer a concorrência com o iFood e Rappi, as maiores plataformas de delivery do país. A promessa da 99 é de “melhores opções para consumidores, restaurantes e entregadores”, mas os detalhes das novas parcerias ainda não foram revelados.

Em 2023, o aplicativo decidiu descontinuar as operações de entrega de comida alegando que decidiu concentrar os recursos na expansão da 99Moto e do 99Entrega Moto. A medida ocorreu poucos meses após o encerramento do Uber Eats no Brasil.

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Entregador do Ifood de costas e com moto
Retorno da 99Food vai acirrar concorrência com iFood no Brasil (Imagem: Shutterstock)

Massa de trabalhadores

O anúncio ocorre em meio aos protestos de entregadores que anunciaram uma paralisação nacional da categoria no início do mês. O movimento Breque dos Apps demanda melhores condições de trabalho, como informou o Olhar Digital.

No Brasil há dez anos, a 99 opera em mais de 3,3 mil cidades, atendendo 55 milhões de passageiros com 1,5 milhão de motoristas, motociclistas e entregadores cadastrados na plataforma. Em 2024, o uso da 99Entregas cresceu 125%, segundo a empresa.

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iFood pode ganhar concorrente de peso no Brasil, diz site

O iFood é o principal serviço de delivery no Brasil, com mais de 80% de presença no mercado. Isso pode mudar em breve: de acordo com o NeoFeed, a gigante chinesa Meituan, a maior empresa de delivery do planeta, está se preparando para desembarcar no país.

Os planos não são nenhum segredo para o iFood, que também já aposta em outros setores além da entrega, como seu “banco digital”. Ainda assim, a expectativa é que a chinesa chegue para acirrar a competição – algo que deve acontecer muito em breve.

iFood é o principal serviço de delivery do Brasil atualmente… mas pode ter concorrência em breve (Imagem: Beto Chagas/Shutterstock)

iFood pode ter concorrência em breve

O iFood faz parte do quarto maior grupo de delivery do mundo, a Prosus, e é dominante no Brasil. No entanto, o maior grupo do mundo no setor é da empresa chinesa Meituan, que, segundo o site, está estudando entrar no mercado brasileiro.

Essa sondagem já acontece há anos, com executivos chineses visitando empresários brasileiros, negociando com operadores logísticos e avaliando a montagem de uma estrutura no Brasil. Inclusive, desde 2020, a Meituan tem uma marca registrada por aqui.

No entanto, foi só agora que a gigante teria decidido começar a operar por aqui, algo que deve acontecer no final deste ano ou no começo de 2026.

Na China, a Meituan opera em várias áreas além do delivery, como transporte urbano, turismo digital e reserva de hotéis. Mas, assim como o iFood, o foco é a entrega de comida.

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iFood x Meituan

A Prosus, controladora do iFood, tem uma participação de 4% na Meituan. Apesar de curioso, não é a primeira vez que uma concorrente tem ações em uma empresa rival.

Na prática, isso significa que o iFood tem conhecimento da movimentação da Meituan de entrar no Brasil. Para o CEO Diego Barreto, ao NeoFeed, “esse é um sinal de que existe competição”.

E a competição é boa. A receita da chinesa foi de US$ 46 bilhões em 2024, com quase 30 bilhões de entrega durante o ano. O valor de mercado é superior a US$ 130 bilhões. A estimativa é que o iFood faça 100 milhões de entregas por mês (de acordo com Barreto, esse número já aumentou) e movimente US$ 8 bilhões mensais.

Meituan
Meituan é o maior grupo de delivery no mundo (Imagem: sdx15/Shutterstock)

Como surgiu a Meituan?

  • A empresa foi fundada pelo empreendedor Wang Xing. Ele já fez várias tentativas de copiar companhias do Ocidente, como com o Xiaonei (versão chinesa do Facebook) e o Fanfou (versão chinesa do X). Nenhuma delas deu certo;
  • Ainda assim, Xing é prestigiado internacionalmente, tendo sido comparado a Jeff Bezos, fundador da Amazon;
  • Em 2010, investiu em uma cópia do GrupOn, com um modelo de compras coletivas. Foi assim que surgiu a Meituan – que deu certo;
  • A empresa passou por algumas mudanças, como a fusão com a Dianping em 2015, que resultou na expansão para os negócios de delivery e outros serviços. Em 2018, abriu capital na bolsa de Hong Kong, aumentando seus números;
  • A Meituan é predominante na China, mas também atua em outros países da Ásia. Ela já conta com mais de 200 milhões de usuários.

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Entregadores de aplicativos fazem greve nacional hoje; entenda

Nesta segunda-feira (31) e terça-feira (1), entregadores de aplicativos de entrega de comida e outros serviços no Brasil entraram em greve, no movimento denominado “Breque dos APPs”. A paralisação, que ocorre em diversas regiões do país, é liderada por entregadores de São Paulo e conta com o apoio de grupos como o Movimento VAT-SP e a organização Minha Sampa. Os trabalhadores buscam melhorias nas condições de trabalho e reajustes nos pagamentos oferecidos pelas plataformas de delivery.

O movimento reivindica um pagamento mínimo de R$ 10 por entrega e R$ 2,50 por quilômetro rodado, além de limites de 3 quilômetros para entregas feitas com bicicletas. Outro ponto crucial da greve é o fim do agrupamento de corridas sem a devida compensação financeira, algo que tem gerado insatisfação entre os trabalhadores.

A principal justificativa para a greve é a precarização das condições de trabalho, com entregadores destacando a sobrecarga e o cansaço extremos a que são submetidos, especialmente em comparação com as jornadas de trabalho de outros profissionais, como os trabalhadores CLT, em especial as mulheres.

Greve pede limite de quilometragem para entregar por bicicleta (Imagem: Myriam B / Shutterstock.com)

Reivindicações dos entregadores e ato do Movimento VAT-SP

  • O movimento dos entregadores de aplicativos aponta a exploração das condições de trabalho e busca uma regulamentação mais justa para a categoria.
  • Além disso, o Movimento VAT-SP já anunciou um ato para o dia 1º de maio, na Avenida Paulista, com foco no fim da escala 6×1 e na busca por uma vida além do trabalho.
  • A manifestação também incluirá um feriadão em 2 de maio, uma greve geral para pressionar por mudanças significativas nas condições de trabalho e garantir melhores remunerações para a categoria.
  • Entre as principais exigências do movimento, estão melhorias nas condições de pagamento, com os entregadores pedindo um valor fixo para cada corrida, além de limitação do número de quilômetros para entregas realizadas de bicicleta, evitando longas distâncias sem a devida compensação financeira.
  • A greve já está afetando a rotina de entregas em algumas regiões, e as plataformas podem enfrentar atrasos e transtornos nas entregas, especialmente em grandes centros urbanos como São Paulo.

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O que diz a Amobitec e dados sobre a renda dos entregadores

A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa grandes empresas de delivery como iFood, Uber e 99, se posicionou sobre a greve e afirmou à CNN que respeita o direito de manifestação dos trabalhadores, mas reforçou a importância de manter canais de diálogo com os entregadores. A associação também divulgou dados que indicam um aumento de 5% na renda média dos entregadores entre 2023 e 2024, alcançando R$ 31,33 por hora trabalhada.

De acordo com a Amobitec, a regulamentação do trabalho por aplicativos é essencial para garantir a proteção social dos trabalhadores e a segurança jurídica das atividades. Contudo, a associação também destacou que a greve pode impactar as operações de entrega, resultando em atrasos nos serviços, especialmente na cidade de São Paulo. A adesão ao movimento é difícil de ser rastreada, uma vez que se trata de um trabalho autônomo, o que torna o monitoramento da greve mais complexo.

Impactos da greve e expectativas para os próximos dias

O impacto da greve tem sido difícil de mensurar até o momento, já que as empresas de delivery não têm dados precisos sobre a ausência de entregadores. A CNN entrou em contato com os aplicativos para verificar o impacto da paralisação, e o iFood afirmou que não registrou impactos significativos nas operações até o momento.

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Entregadores organizam “maior paralisação da história” contra plataformas de delivery

Segundo informações de Carlos Juliano Barros, colunista do UOL, nas redes sociais, entregadores de todas as regiões do Brasil estão se mobilizando para novo “Breque Nacional”, marcado para os dias 31 de março e 1º de abril.

O movimento, que ganha força nas mídias, busca melhores condições de trabalho e promete paralisar as operações dos principais aplicativos, entre eles, iFood, Uber Flash e 99 Entrega.

Principais reivindicações dos entregadores

A greve concentra-se em quatro demandas:

  • Estabelecimento de taxa mínima de R$ 10 por corrida;
  • Elevação do valor pago por quilômetro, passando de R$ 1,50 para R$ 2,50;
  • Restrição da atuação de bicicletas a raio máximo de três quilômetros;
  • Garantia de pagamento integral para cada pedido, mesmo quando várias entregas são feitas em uma mesma rota.

Além dessas reivindicações, os organizadores afirmam que registrarão denúncias sobre “práticas anti-sindicais”, como os bônus ou incentivos oferecidos pelos aplicativos para desencorajar a participação na paralisação.

Será o maior breque da história. A adesão tem sido massiva”, destaca Nicolas Souza Santos, integrante da Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos (Anea) e dirigente de uma associação em Juiz de Fora (MG). Um vídeo convocatório, divulgado no Instagram, já alcançou cerca de um milhão de visualizações.

Ângel da Silva Rosseti, líder de entregadores em Porto Alegre (RS), também se mostra otimista: “Esperamos conseguir algo com esse ato. O iFood já enviou nota informando que estuda a possibilidade de reajustes ainda este ano.

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iFood já deu sua posição a respeito da situação (Imagem: Beto Chagas/Shutterstock)

Resposta das empresas e do setor

Em resposta ao movimento, o iFood — que domina o mercado de entrega de alimentos — enviou comunicado aos organizadores. No documento, a empresa ressaltou que, ao longo dos últimos três anos, houve incremento tanto na taxa mínima (de R$ 5,31 para R$ 6,50) quanto no valor do quilômetro rodado.

Ainda, informou que reduziu o raio de entrega para bicicletas ao nível nacional, alertando que novas reduções poderiam diminuir a oferta de entregas e prejudicar a remuneração dos trabalhadores.

A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa os principais players do setor, afirmou, em nota enviada à coluna do UOL, que “respeita o direito à manifestação” e que suas empresas associadas mantêm “canais de diálogo contínuo” com os entregadores.

Contexto da tentativa de regulamentação

A mobilização dos entregadores acontece após o insucesso de tentativa de regulamentação promovida pelo governo federal para motoristas e entregadores de aplicativos. Em maio de 2023, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) formou comissão especial com representantes dos trabalhadores e das plataformas para desenvolver projeto de lei a ser submetido ao Congresso Nacional.

No entanto, após seis meses de negociações, não se chegou a um consenso e os debates foram encerrados. No caso dos motoristas, inclusive, o governo apresentou projeto de lei, que segue em tramitação na Câmara dos Deputados.

A última proposta apresentada pela Amobitec estipulava o pagamento de mínimo de R$ 12 por hora trabalhada, valor rejeitado pelos líderes dos entregadores.

O principal ponto de discórdia reside na definição de “hora efetivamente trabalhada”. Para alcançar os R$ 12, o entregador deveria acumular 60 minutos de viagens, sem contar os períodos de espera entre corridas. Por outro lado, os representantes dos entregadores defendem a remuneração pela “hora logada”, ou seja, todo o tempo à disposição do aplicativo deveria ser contabilizado e pago.

Segundo a Amobitec, na mesma nota, enfatizou o apoio à regulação do trabalho intermediado por plataformas digitais com o intuito de garantir proteção social e segurança jurídica, a renda média dos entregadores é de R$ 31,33 por hora, conforme levantamento realizado pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) a pedido do setor.

Mochila de entrega do Uber Eats
Paralisação será a maior até hoje, dizem trabalhadores da categoria (Imagem: Dutchmen Photography/Shutterstock)

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