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Anvisa aprova primeira vacina contra a Chikungunya

Uma vacina recombinante atenuada contra a Chikungunya, desenvolvida pela farmacêutica austríaca Valneva, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Este é o primeiro imunizante autorizado para uso contra a doença no Brasil.

Aplicada em dose única, a vacina poderá ser utilizada em pessoas com 18 anos ou mais, que estejam em risco aumentado de exposição ao vírus. 

Por outro lado, ela é contraindicada para mulheres grávidas, pessoas imunodeficientes ou imunossuprimidas.  

Butantan será responsável pela produção da vacina

A vacina IXCHIQ induziu uma produção robusta de anticorpos neutralizantes contra o vírus Chikungunya em estudos clínicos que avaliaram adultos e adolescentes dos EUA e do Brasil. O público-alvo recebeu uma dose do imunizante durante os experimentos.

Anvisa considerou imunizante eficaz e seguro (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

De acordo com a Anvisa, a vacina contra o vírus demonstrou ser segura. A fabricação do imunizante será feita na Alemanha, pela empresa IDT Biologika GmbH. Já aqui no Brasil, o Instituto Butantan será o responsável pela produção no futuro.

Lembrando que a IXCHIQ já havia sido aprovada por outras autoridades internacionais, como a Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para a prevenção da Chikungunya. 

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Chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue (Imagem: khlungcenter/Shutterstock)

Vírus já está presente em todas as regiões brasileiras

  • A Chikungunya é uma arbovirose transmitida pela picada de fêmeas infectadas do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue.
  • O vírus chegou ao continente americano em 2013 e provocou uma epidemia em países da América Central e ilhas do Caribe.
  • Com o tempo, avançou também para o território brasileiro.
  • No segundo semestre de 2014, por exemplo, o Brasil confirmou, por métodos laboratoriais, a presença da doença nos estados do Amapá e Bahia.
  • Atualmente, todos os estados registram transmissão do vírus.
  • De acordo com o balanço mais recente do Ministério da Saúde, foram identificados cerca de 66 mil casos de Chikungunya no país neste ano.
  • Ainda foram confirmadas 56 mortes pela doença e outras 53 estão sob investigação das autoridades.

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Vacina contra herpes reduz risco de demência, diz estudo

Os casos de demência têm aumentado no mundo todo nos últimos anos. Esta elevação no número de diagnósticos da doença tem diversas explicações.

Entre elas está o envelhecimento da população e o estilo de vida das sociedades modernas.

No entanto, a ciência pode ter encontrado um aliado para frear o avanço desta condição neurodegenerativa. Pesquisadores da Stanford Medicine, nos Estados Unidos, descobriram que a vacina contra a herpes zoster reduz o risco de demência em 20%.

Herpes zoster e a ligação com a demência

  • A herpes zoster é uma doença que aparece na pele, causada pelo Vírus Varicela-Zoster (VVZ), o mesmo que provoca a catapora.
  • O vírus pode ficar adormecido no organismo da pessoa por anos.
  • A reativação dele costuma ocorrer na idade adulta ou em pessoas com comprometimento imunológico, como os portadores de doenças crônicas (hipertensão, diabetes), câncer, Aids, transplantados e outras.
  • Por isso, o risco de herpes zoster é maior em idosos, onde a doença pode ser mais grave, com maior probabilidade de complicações como dor persistente nos nervos e infecções oculares dolorosas.
  • Dessa forma, a vacina é recomendada para adultos com 50 anos ou mais.
  • Não se sabe exatamente o que reativa o vírus.

Casos de herpes zoster podem ter ligação com a demência (Imagem: aslysun/Shutterstock)

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Cientistas não sabem o que provocou este efeito protetor

Outros estudos já haviam apontado evidências de que os herpesvírus, dos quais a herpes zoster faz parte, desempenham um papel no desenvolvimento da doença. Mas, desta vez, os cientistas analisaram os efeitos da aplicação da vacina nos pacientes.

Os pesquisadores obtiveram dados detalhados de 282.541 adultos que residiam no País de Gales e não tinham diagnóstico de demência quando um programa de vacinação contra a herpes zoster começou no país. Os participantes foram acompanhados por sete anos.

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Quem recebeu a vacina teve menos chances de desenvolver a doença neurodegenerativa (Imagem: RF._.studio/Pexels)

Em 2020, um em cada oito pacientes, então com 86 e 87 anos, havia sido diagnosticado com demência. No entanto, quem recebeu o imunizante teve 20% menos chances de receber o diagnóstico da doença neurodegenerativa.

A equipe admite que não sabe ao certo o que motivou uma maior proteção contra a demência em pessoas vacinadas contra a herpes zoster. A ideia é realizar novos estudos para decifrar este mistério. O estudo foi publicado na revista Nature.

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Estudo desmente mais uma fake news sobre Covid-19 e vacinação

Além de todos os riscos à saúde causados pela pandemia de Covid-19, a crise sanitária foi marcada por uma onda de desinformação. E uma das mentiras espalhadas durante este período acaba de ser desmentida por um novo estudo.

Os pesquisadores concluíram que não houve aumento de casos de parada cardíaca ou morte súbita entre atletas jovens nos Estados Unidos provocados pela doença ou pela vacina. As conclusões foram publicadas na revista JAMA Network Open.

Estudo acompanhou saúde de atletas

  • O trabalho analisou laudos médicos e um conjunto de dados de atletas entre 10 e 34 anos identificados por meio de um programa do National Center for Catastrophic Sport Injury Research, mantido desde 2014 com o objetivo de acompanhar lesões e doenças relacionadas à participação em esportes.
  • Os resultados mostraram dados semelhantes: foram 184 registros de paradas cardíacas ou mortes súbitas durante a pandemia (2020-2022) e 203 no período anterior (2017-2019).
  • Os pesquisadores incluíram na análise atletas dos níveis juvenil, ensino médio, faculdade ou profissional de vários esportes, como basquete, futebol americano e futebol.
  • Todos eles sofreram miocardite, parada cardíaca súbita ou morte, seja durante exercícios ou em situações consideradas de repouso.
Não houve aumento de casos de parada cardíaca ou morte súbita entre atletas nos Estados Unidos provocados pela doença ou pela vacina (Imagem: Kateryna Kon/Shutterstock)

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Não há nenhuma relação entre as doenças e a Covid-19

Nos Estados Unidos foram feitas muitas associações infundadas entre casos de atletas que tiveram paradas cardíacas enquanto jogavam com a Covid-19 ou com a vacina desenvolvida contra a doença. Nas redes sociais, hashtags e vídeos produzidos por ativistas antivacinas sobre o assunto rapidamente se proliferaram.

A onda de desinformação voltou a ganhar força em 2023, quando o jogador de futebol americano Damar Hamlin, do Buffalo Bills, sofreu uma parada cardíaca após forte impacto no peito em uma partida. Meses depois, durante um treino na universidade, Bronny James, filho do astro do basquete LeBron James, teve uma parada cardíaca decorrente de uma doença congênita, porém, seu caso também foi usado pelo movimento antivacina.

Fake news
Estudo confirmou que suposta relação era, na verdade, mais uma fake news (Imagem: Firn/iStock)

Agora, o estudo confirma que não havia nenhuma verdade nestas postagens. Em resumo, não houve aumento de casos de parada cardíaca ou morte súbita em jovens atletas durante a pandemia. E muito menos em pessoas vacinadas.

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