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Alerta: precisamos evitar um ‘armagedom’ de insetos

Os insetos são essenciais para os ecossistemas, oferecendo serviços de polinização, alimentação e reciclagem, mas, apesar de sua importância, pouco se sabe sobre a maioria das espécies.

Estima-se que existam cerca de um milhão de espécies de insetos, mas apenas 1% delas foi avaliado quanto ao risco de extinção, com cerca de 20% das avaliadas sendo ameaçadas.

O monitoramento está concentrado em algumas regiões, como Europa e América do Norte, e em poucas espécies, como borboletas e abelhas, deixando lacunas significativas em outros lugares, como África e Ásia.

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Insetos ameaçados de extinção são essenciais para os ecossistemas e a agricultura – Imagem: Robert Ross/Shutterstock

Estudo propõe solução

  • Um estudo liderado pelo UK Centre for Ecology & Hydrology e pela Zoological Society of London propõe uma nova abordagem para monitorar as populações de insetos e entender os impactos das mudanças climáticas, poluição e espécies invasoras.
  • A pesquisa, publicada na revista Science, sugere usar métodos diversos, como monitoramento de tendências populacionais, comparações entre habitats, experimentos controlados e a coleta de opiniões de especialistas.
  • O objetivo é preencher as lacunas de dados e fornecer uma visão mais precisa do estado das populações de insetos globalmente.

Os pesquisadores destacam que, embora o foco geralmente esteja em espécies carismáticas como abelhas e borboletas, outros insetos também desempenham papéis cruciais, como o controle de pragas e a manutenção da saúde do solo.

A nova abordagem visa encontrar soluções em larga escala que beneficiem a maioria das espécies, levando em consideração as limitações de dados e a complexidade da biodiversidade dos insetos.

O próximo passo será aplicar esse método para avaliar como os insetos estão respondendo às ameaças atuais.

Monitoramento global de insetos se faz necessário para compreensão completa de quais espécies estariam ameaçadas – Imagem: Aliaksei Marozau/Shutterstock

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Robô minúsculo é capaz de voar – mesmo sem asas

Se você vir, no futuro, alguns pequenos pontos brancos voando por aí, eles provavelmente devem ser este robô da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos. Olhando de longe, você pode até confundir com um inseto, mas a foto acima deixa claro que se trata de outra coisa.

O minúsculo corpo de polímero mede apenas 9,4 mm de largura e saiu de uma impressora 3D. A estrutura total pesa cerca de 21 mg. Isso mesmo com as pequenas hélices e ímãs.

De acordo com os cientistas, este é o menor robô voador sem asas do mundo. O vídeo a seguir mostra a pequena máquina em ação:

O robô tem inspiração nas abelhas e zangões. Ele voa de forma similar e pode pairar no ar, mover-se vertical e horizontalmente e até atingir alvos pequenos.

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Mas como ele voa?

  • O segredo está nos ímãs e no campo magnético criado por eles.
  • Como as imagens deixam claro, o robô consiste em uma hélice de quatro pás, circundada por um “anel de equilíbrio”.
  • Esse anel segura dois ímãs permanentes de neodímio em forma de disco – e cada um tem 1 mm de largura por 0,5 mm de espessura.
  • Como os dois ímãs são simultaneamente atraídos e repelidos por esse campo, eles fazem a hélice acoplada girar, criando sustentação.
  • Para movimentar o robô, basta mexer com a força do campo magnético.
  • O autor da invenção é o professor de Engenharia Mecânica Liwei Lin.
  • Você pode ler o artigo na íntegra na revista Science Advances.
Essa foto do professor Liwei Lin (à direita) mostra o tamanho do robô: ele é realmente minúsculo! – Imagem: Reprodução/Universidade de Berkeley

Aplicações práticas

Os cientistas acreditam que, um dia, esses robôs possam atuar em áreas de resgate estreitas, onde um drone tradicional não consegue alcançar. Eles ainda poderiam fazer até mesmo um trabalho focado de polinização, substituindo insetos.

Isso, no entanto, ainda está distante de acontecer. Os pesquisadores sabem que ainda tem muitas etapas a percorrer.

O próximo passo será adicionar sensores que permitirão que o robô mantenha um voo estável mesmo com algumas variáveis, ​​como rajadas de vento.

Eles também esperam tornar o dispositivo ainda menor, reduzindo assim seus requisitos de energia ao utilizar um campo magnético mais fraco.

As informações são do New Atlas.

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O que acontece se as borboletas sumirem completamente de um país?

No mundo, existem mais de 28 mil espécies de borboletas, sendo que cerca de 80% vive em regiões tropicais. Elas desempenham um papel crucial nos ecossistemas, atuando como polinizadoras, fonte de alimento e indicadoras do bem-estar ambiental. 

No entanto, a população de borboletas vem diminuindo drasticamente nos últimos anos, especialmente nos Estados Unidos. Mas o que aconteceria se esses insetos sumissem completamente de um país?

Borboleta parada em um folha / Crédito: Marv Vandehey (Shutterstock/reprodução)

Se as borboletas sumirem completamente de um país, as consequências seriam sentidas em diferentes aspectos:

Impacto na polinização e na biodiversidade

Com menos borboletas para polinizar as flores, muitas espécies de plantas poderiam ter sua reprodução comprometida. Isso levaria à diminuição da biodiversidade e afetaria outros animais que dependem dessas plantas para se alimentar.

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Arte digital sobre a evolução de uma larva até tornar-se borboleta/ Crédito: Kevin Wells Photography (Shutterstock/reprodução)

Redução na qualidade ambiental

A presença de borboletas em um ambiente é um forte indicativo de que o local está saudável e bem conservado. Isso porque elas são extremamente sensíveis a alterações como poluição, desmatamento e uso excessivo de agrotóxicos.

Em áreas degradadas ou com alto uso de produtos químicos, as borboletas tendem a desaparecer, o que afeta diretamente a biodiversidade e a estabilidade dos ecossistemas. Para além disso, o abuso de agentes tóxicos no ambiente não apenas limitaria ou extinguiria esses insetos, mas influenciaria negativamente na fauna e flora local como um todo.

Por outro lado, ambientes com vegetação nativa, sem poluentes e agentes químicos tóxicos, e com alta diversidade de plantas floríferas oferecem condições ideais para que as borboletas se alimentem e se reproduzam.

Isso fortalece o ecossistema como um todo, beneficiando não apenas as borboletas, mas também outras espécies que dependem delas direta ou indiretamente.

Desequilíbrio na cadeia alimentar

As borboletas servem de alimento para uma variedade de animais, incluindo pássaros, répteis e pequenos mamíferos. Sem elas, muitas espécies perderiam uma fonte importante de nutrição, o que poderia levar a um desequilíbrio ecológico.

Borboleta em um campo de flores, alimentando-se
Borboleta em um campo de flores, alimentando-se / Crédito: Chan2545 (Shutterstock/reprodução)

A redução na população de predadores que se alimentam de borboletas poderia, por sua vez, afetar outras partes do ecossistema, criando um efeito dominó de extinções e declínios populacionais.

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Perda cultural e econômica

Borboletas têm um grande valor estético e cultural. São fonte de inspiração para artistas e cientistas, e possuem um apelo turístico significativo, como é o caso de borboletários e eventos voltados à observação desses insetos. Além disso, sua ausência impactaria diretamente a educação ambiental.

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Ilustração de uma borboleta e uma mão humana / Crédito: LedyX (Shutterstock/reprodução)

Ameaças às borboletas e o caso dos EUA

Nos Estados Unidos, o desaparecimento das borboletas tem sido associado a fatores como a perda de habitat, mudanças climáticas e o uso intensivo de agrotóxicos. A destruição de áreas naturais para a expansão urbana e agrícola reduz os espaços onde as borboletas podem viver e se reproduzir.

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