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Moscas bebem álcool para ficarem mais atraentes? Entenda

Muitas pessoas, principalmente as mais tímidas, preferem ingerir um pouco de álcool em situações das quais elas precisam se soltar, como ao flertar ou para conhecer alguém do sexo oposto. Entretanto, você sabia que isso não é uma característica exclusiva dos seres humanos?

Um estudo recente mostrou que o etanol também pode influenciar nos relacionamentos das moscas-da-fruta (Drosophila melanogaster), uma vez que os machos passam a ficar mais atraentes para as fêmeas quando fazem o consumo de álcool. Mas, como isso acontece exatamente?

Já é de conhecimento há algum tempo que essa espécie de mosca consome álcool na natureza, quando consome frutas açucaradas, néctar e seiva que passaram por fermentação e, por isso, possuem a substância. E qual a relação desse consumo com a atração pelas fêmeas? Veja a seguir!

Ao se alimentarem de frutas em decomposição, as moscas ingerem o álcool gerado pela fermentação. (Imagem: Fabrizio Schiavon/Shutterstock)

As moscas-da-fruta bebem álcool para ficarem mais atraentes?

Frequentemente, podemos encontrar moscas-da-fruta (Drosophila melanogaster) ao redor de restos de comida, já que elas consomem frutas e outros alimentos em decomposição. O estado desses alimentos faz com que eles produzam álcool, que acabam sendo consumido pelos insetos enquanto eles fazem suas refeições.

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Os cientistas investigam o motivo pelo qual essas moscas são atraídas pelo álcool, além de como ele as afeta. Em estudos anteriores, houve uma demonstração de que os insetos machos da espécia iam atrás da bebida depois de serem rejeitados por fêmeas, além de que os indivíduos jovens que nunca haviam cruzado costumavam beber mais.

Para descobrir o motivo de isso acontecer exatamente, foi feito um novo estudo do Instituto Max Planck, na Alemanha, e os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Science Advances.

Contudo, um dos autores do estudo e chefe do Departamento de Neuroetologia Evolutiva do Instituto Max Planck, Bill Hansson, explica que essas afirmações adotavam uma visão antropomórfica das moscas, comparando-as com o comportamento da espécie humana.

Já a nova pesquisa sugere que esse consumo de álcool, na verdade, oferece uma vantagem reprodutiva. “Não acreditamos que as moscas bebam álcool porque estão deprimidas”, comenta Hansson. O profissional ainda acrescentou que a atração desses insetos pelos carboidratos e leveduras das frutas em decomposição, além do álcool, não pode ser analisada de forma separada.

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A hipótese mais aceita é que o ato de consumir álcool traz algum benefício evolutivo para a espécie. (Imagem: Nechaevkon/Shutterstock)

O que as moscas “ganham” com o consumo de álcool?

A hipótese mais aceita é que o ato de consumir álcool traz algum benefício evolutivo para a espécie, de acordo com o que foi revelado pelo estudo. A conclusão foi de que beber a substância, principalmente o metanol, aumenta a produção dos feromônios sexuais nos machos e, na prática, isso os torna mais atrativos para as fêmeas, aumentando as chances de acasalamento.

Os feromônios são liberados no ar pelo indivíduo como influência para o comportamento de outro da mesma espécie. Os machos, principalmente os que nunca haviam acasalado, mostraram grande atração pelo álcool.

E esse mecanismo é bastante complexo: os pesquisadores encontraram três circuitos neurais diferentes envolvidos no consumo de álcool no cérebro das moscas. Os dois primeiros deles têm a ver com o olfato, sendo responsáveis por guiar os insetos até a bebida. Entretanto, assim como acontece com os humanos, o álcool também é tóxico e pode fazer mal.

Então, aí entra o terceiro circuito, que fica encarregado de evitar que a mosca consuma a substância em excesso. Isso faz com que altas concentrações de álcool tenham um odor repulsivo para os insetos, afastando-os e, assim, evitando complicações na saúde deles.

De acordo com Ian Keesey, autor principal do estudo e pesquisador da Universidade de Nebraska: “isso significa que as moscas têm um mecanismo de controle que lhes permite obter todos os benefícios do consumo de álcool sem correr o risco de intoxicação alcoólica”. O que seria bastante útil para os seres humanos, não é mesmo?

Para fazer a pesquisa, os cientistas uniram estudos fisiológicos, como técnicas de imagem para visualizar processos no cérebro das moscas, além de análises químicas de odores ambientais, e também estudos comportamentais.

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Beber a substância, principalmente o metanol, aumenta a produção dos feromônios sexuais nos machos e, na prática, isso os torna mais atrativos para as fêmeas, aumentando as chances de acasalamento. (Imagem: Tomasz Klejdysz/Shutterstock)

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Por que as abelhas são tão importantes?

Você sabia que um em cada três garfadas de comida que você consome depende da polinização? Sem abelhas, nosso prato poderia ser bem mais vazio.

Esses pequenos insetos desempenham um papel essencial no meio ambiente, principalmente através da polinização, que sustenta ecossistemas e a produção agrícola. Esse processo ocorre quando as abelhas coletam néctar e pólen para suas colônias, transferindo pólen de uma flor para outra, o que permite a reprodução das plantas.

Estima-se que cerca de 75% das culturas alimentares — incluindo frutas, como maçãs e morangos; vegetais, como brócolis e cenouras; e grãos, como nozes — dependem em algum grau da polinização animal. A abelha entra como um dos principais agentes polinizadores.

Isso não apenas beneficia diversas espécies vegetais, mas também aumenta a produtividade agrícola, impactando diretamente a economia e a segurança alimentar global.

Entenda o funcionamento de uma colmeia

Em uma colônia de abelhas, a organização é altamente hierárquica e funcional.

Abelhas em uma flor (Imagem: Aliaksei Marozau/Shutterstock)

Cada colmeia possui uma abelha-rainha, operárias e zangões, cada um com papéis específicos. A abelha-rainha é responsável pela reprodução, colocando milhares de ovos para garantir a continuidade da colônia.

As operárias, que são estéreis, realizam várias tarefas, como construção dos favos, alimentação das larvas e coleta de pólen e néctar.

Os zangões, por sua vez, têm como função principal a reprodução com a rainha. Essa estrutura hierárquica mantém a colônia eficiente, maximizando a coleta de recursos e a proteção da colmeia.

Como os humanos ameaçam as abelhas

O uso de inseticidas é uma ameaça grave para as populações desses animais. Pesquisas recentes da Universidade de Oxford revelaram que as abelhas-bumblebees (Bombus terrestris) não conseguem detectar pesticidas no néctar, mesmo em concentrações letais.

Homem espalhando inseticida
Homem espalhando inseticida (Reprodução: Garda Pest Control Indonesia/Pexels)

Utilizando duas metodologias — eletrofisiologia para registrar as respostas neurais nas partes bucais das abelhas e experimentos de comportamento alimentar com soluções de açúcar e pesticidas —, os pesquisadores mostraram que as abelhas consumiam a mesma quantidade de néctar, independentemente da presença de pesticidas.

Isso sugere que, sem mecanismos para evitar a ingestão de néctar contaminado, as abelhas estão em alto risco de exposição a pesticidas, o que pode comprometer a polinização de culturas agrícolas.

A exposição prolongada a pesticidas, como os neonicotinóides, pode levar ao colapso das colônias, que ameaça tanto as abelhas quanto a biodiversidade das plantas que elas polinizam.

Além disso, o uso indiscriminado de inseticidas e a monocultura, que reduz a diversidade de flores e habitats disponíveis, impactam negativamente a saúde das abelhas, enfraquecendo sua imunidade e reduzindo suas populações.

Por último, as mudanças climáticas — grande parte influenciadas pela poluição e destruição dos recursos naturais — influenciam muito na população de abelhas. Isto é, as consequências ambientais, resultantes das ações humanas, impactam tanto a fauna quanto a flora a nível mundial, o que também inclui as abelhas.

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E qual a importância desses insetos? 

Preservar as abelhas é fundamental para a manutenção do equilíbrio ecológico e da segurança alimentar. Por serem polinizadores, esses insetos são responsáveis pela reprodução de inúmeras espécies vegetais, mantendo a biodiversidade e, consequentemente, auxiliando na produção de alimentos.

Abelha parada, examinando o ambiente ao redor com as asas fechadas
Abelha examinando o ambiente ao redor (Reprodução: Kai Wenzel/Unsplash)

Estratégias como o uso de pesticidas orgânicos, a criação de áreas de proteção para polinizadores e o incentivo à agricultura sustentável são práticas que podem ajudar a reverter o declínio das populações das abelhas.

Além disso, ações para aumentar a diversidade vegetal, como o plantio de flores nativas e a criação de jardins de polinizadores, oferecem fontes de alimento e abrigo.

Assim, as abelhas são não apenas essenciais para a polinização e a produção de alimentos, mas também para a estabilidade dos ecossistemas. A sua proteção é uma questão de destaque, envolvendo desde a agricultura até o consumidor final, para preservar esses insetos tão essenciais ao meio ambiente.

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Alerta: precisamos evitar um ‘armagedom’ de insetos

Os insetos são essenciais para os ecossistemas, oferecendo serviços de polinização, alimentação e reciclagem, mas, apesar de sua importância, pouco se sabe sobre a maioria das espécies.

Estima-se que existam cerca de um milhão de espécies de insetos, mas apenas 1% delas foi avaliado quanto ao risco de extinção, com cerca de 20% das avaliadas sendo ameaçadas.

O monitoramento está concentrado em algumas regiões, como Europa e América do Norte, e em poucas espécies, como borboletas e abelhas, deixando lacunas significativas em outros lugares, como África e Ásia.

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Insetos ameaçados de extinção são essenciais para os ecossistemas e a agricultura – Imagem: Robert Ross/Shutterstock

Estudo propõe solução

  • Um estudo liderado pelo UK Centre for Ecology & Hydrology e pela Zoological Society of London propõe uma nova abordagem para monitorar as populações de insetos e entender os impactos das mudanças climáticas, poluição e espécies invasoras.
  • A pesquisa, publicada na revista Science, sugere usar métodos diversos, como monitoramento de tendências populacionais, comparações entre habitats, experimentos controlados e a coleta de opiniões de especialistas.
  • O objetivo é preencher as lacunas de dados e fornecer uma visão mais precisa do estado das populações de insetos globalmente.

Os pesquisadores destacam que, embora o foco geralmente esteja em espécies carismáticas como abelhas e borboletas, outros insetos também desempenham papéis cruciais, como o controle de pragas e a manutenção da saúde do solo.

A nova abordagem visa encontrar soluções em larga escala que beneficiem a maioria das espécies, levando em consideração as limitações de dados e a complexidade da biodiversidade dos insetos.

O próximo passo será aplicar esse método para avaliar como os insetos estão respondendo às ameaças atuais.

Monitoramento global de insetos se faz necessário para compreensão completa de quais espécies estariam ameaçadas – Imagem: Aliaksei Marozau/Shutterstock

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Caruncho-destruindo-gro-de-arroz

Esse inseto pode estar escondido no seu arroz

Os carunchos são insetos pequenos e traiçoeiros que se escondem em pacotes de arroz e outros grãos em sua fase larval. Caso alguém coma um deles sem querer, não há problema, eles não fazem mal a saúde. Porém, evitar uma infestação desses pequeninos é um grande motivo para se lavar o arroz antes do consumo.

Esses insetos fãs de carboidrato têm um focinho em forma de canudo que usam para roer a casca dura dos grãos de arroz. Após se alimentarem, as fêmeas da espécie abrem buracos nos grãos e botam seus ovos dentro deles, sendo esse o início da jornada do caruncho pelas etapas até o mercado.

A produção de arroz em larga escala passa por processos de limpeza, como a fumigação, para manter o estoque livre de pragas. Porém, esses métodos não são 100% efetivos e a surpresa pode chegar às mãos do consumidor.

Ao se tornar um inseto adulto, o caruncho rompe a casca do grão de arroz. (Imagem: Tomasz Klejdysz / Shutterstock)

Os carunchos adultos são pequenos pontos escuros que contrastam com o branco do arroz, podendo ser percebidos pelos produtores. Mas, as larvas são mais traiçoeiras, elas ficam dentro dos grãos e viajam sem que sejam percebidas,

Nessa fase, os insetos se alimentam do interior do arroz até ele se tornar uma casca vazia. Quando se tornam adultos, cavam para fora e começam a reproduzir, pondo agora seus próprios ovos. A etapa de amadurecimento dura de 30 a 40 dias e, se ficarem com saco de grãos, podem resultar em uma infestação dentro de alguns meses.

Segundo o programa Deep Look, pesquisas tentaram usar microfones de alta sensibilidade para encontrar carunchos em fase larval em depósitos a partir do som emitido por eles. O projeto está em desenvolvimento e ainda são necessárias mais pesquisas até que a técnica seja aplicada.

Então, como evitar os carunchos?

Um estudo da Universidade de Njala, em Serra Leoa, demonstrou que o arroz cru moído continha o maior número de carunchos. Essa quantidade caiu em amostras mais tratadas, como as importadas e paraboilizadas. Essas ultimas passaram por um processo de pré-cozimento em que o grão é mergulhado em água quente, vaporizado e secado.

A qualidade das etapas pré-armazenamento influenciam na possibilidade de uma infestação nos grãos. Os pesquisadores constataram que a esterilização por calor pode ser um método eficaz para minimizar as chances de carunchos no arroz.

Infestação de insetos no arroz
Infestação de insetos no arroz. (Imagem: phloen / Shutterstock)

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“Esses resultados levam à conclusão de que a natureza dos produtos de grãos de arroz e o tratamento pré-armazenamento influenciam o grau de infestação do caruncho durante o armazenamento e que a esterilização por calor pode ser uma opção útil no manejo do caruncho em grãos armazenados”, escrevem os cientistas.

Comer alguns deles não faz mal. O verdadeiro risco é deixar os alimentos guardados em um local inapropriado por muito tempo. Se isso acontecer, os carunchos podem comer tudo e migrar para outros grãos na dispensa.

Para evitar o problema, é melhor manter o arroz dentro de um recipiente fechado em lugar fresco e seco. Assim, esses pequenos insetos não causarão mal.

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Esses pequenos animais defendem os menores territórios do mundo

Na natureza, é natural que as mais diversas criaturas que defendam seus territórios, até mesmo aquelas que possuem um tamanho minúsculo e seu território seja apenas uma folha.

Quando a bióloga Jayne Yack (Universidade Carleton, Canadá) encontrou lagartas de bétula verrucosa recém-nascidas (Falcaria bilineata) em 2008, ela se perguntou se essas minúsculas criaturas poderiam ser algumas das mais jovens e pequenas animais territoriais do mundo.

Com apenas 1 a 2 milímetros de comprimento, as lagartas se isolam nas pontas das folhas de bétula e, ao se depararem com intrusos, emitem vibrações para defendê-las, raspando suas extremidades traseiras ao longo das folhas e batendo com o tórax.

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Lagartas adotam uma abordagem diplomática para proteger seus territórios – Imagem: Hendra Susanto0311/Shutterstock

Descobertas em estudo sobre as lagartas

  • Em um estudo publicado no Journal of Experimental Biology, Yack e sua equipe observaram o comportamento territorial das lagartas.
  • Ao transferir os filhotes recém-nascidos para folhas de bétula, descobriram que, em apenas um dia, quase 90% das lagartas se dirigiam até a ponta da folha, onde estabeleciam seu território.
  • Quando um intruso se aproximava, a lagarta residente reagia com vibrações, emitindo sons de raspagem e batendo com a cabeça e o tórax.
  • A pesquisa mostrou que, apesar da agressividade, as lagartas nunca brigavam fisicamente; os encontros eram resolvidos por sinais de alerta vibracionais.

“Os sons produzidos por essas lagartas não são audíveis para os humanos, então tivemos que usar equipamento especializado para captar as vibrações”, diz Yack.

A bióloga sugere ainda que a ponta da folha oferece uma nutrição superior e uma posição estratégica, tornando a defesa mais eficiente.

Com isso, as minúsculas lagartas de bétula verrucosa podem ser vistas como os menores “reis” de seus territórios nas pontas das folhas.

O território das lagartas é pequeno, mas elas ainda vão defendê-lo caso se sintam ameaçadas – Imagem: Salparadis/Shutterstock

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Por que cigarras e grilos cantam? Entenda como e para que serve o som desses insetos

As cigarras e os grilos são conhecidos por seus sons distintos, que marcam presença em noites quentes e períodos de calor intenso. Mas por que esses insetos cantam?

O som produzido por eles tem funções essenciais na comunicação, atração de parceiros e defesa territorial. Apesar de muitas vezes serem confundidos, grilos e cigarras possuem diferenças significativas em seus hábitos e na forma como emitem seus sons.

Os grilos são mais ativos à noite e utilizam um mecanismo de fricção para produzir seu canto, enquanto as cigarras, conhecidas pelo som estridente nos dias quentes, possuem um órgão especializado para essa função.

Qual a diferença entre grilo e cigarra?

Apesar de compartilharem a habilidade de produzir sons, cigarras e grilos pertencem a famílias distintas dentro da ordem dos insetos. Os grilos fazem parte da família Gryllidae, enquanto as cigarras pertencem à família Cicadidae.

Os grilos produzem sons ao esfregar as asas, um processo chamado estridulação
(Vladimir Wrangel/Shutterstock)

Fisicamente, os grilos costumam ser menores e possuem antenas longas e finas. Já as cigarras são maiores, com asas transparentes e olhos proeminentes.

Em relação à alimentação, ambos se alimentam de vegetação, mas as cigarras costumam sugar a seiva das plantas, enquanto os grilos consomem folhas, sementes e até pequenos insetos.

Seu habitat também é distinto: os grilos vivem próximos ao solo e em vegetação baixa, enquanto as cigarras passam boa parte de suas vidas no subsolo antes de emergirem.

Uma cigarra de coloração escura com asas longas e translúcidas está posicionada de costas sobre um fundo branco. Suas asas possuem nervuras douradas, e seu corpo é robusto, com olhos grandes e patas curtas.
As cigarras produzem sons vibrando membranas localizadas em seu abdômen
(Divulgação/Freepik)

Além disso, os humanos têm diferentes relações com esses insetos. Os grilos são considerados símbolos de sorte em algumas culturas e até criados como animais de estimação em alguns países asiáticos. No entanto, as cigarras, apesar do canto marcante, podem ser vistas como pragas quando ocorrem em grande número e afetam a vegetação.

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Como e por que os grilos e cigarras cantam?

O canto desses insetos tem como principal função a comunicação, sendo mais comum entre os machos, que utilizam os sons para atrair fêmeas e afastar rivais.

No caso dos grilos, por exemplo, o som é produzido por um processo chamado estridulação, em que o inseto fricciona suas asas para criar vibrações audíveis. Esse mecanismo se assemelha a esfregar duas superfícies rugosas, resultando no som característico.

Em contrapartida, as cigarras possuem uma estrutura especializada chamada timbais, localizados no abdômen. Esses órgãos vibram rapidamente, gerando o som estridente característico das cigarras. Além da reprodução, o canto pode servir como alerta para predadores ou para marcar território, garantindo assim que cada macho tenha espaço para se comunicar sem interferências.

O volume do canto das cigarras pode chegar a níveis elevados, tornando-se uma das produções sonoras mais intensas do reino animal. Esse som alto pode confundir predadores e garantir a sobrevivência dos insetos. Nos grilos, a variação do canto pode indicar diferentes mensagens, como alerta, atração ou até interação social entre os indivíduos de uma mesma espécie.

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Insetos servem como fonte de proteína em projeto na África

A fome afeta milhões de pessoas ao redor do planeta e está relacionada com crises econômicas, conflitos armados e mudanças climáticas. Em 2023, por exemplo, foram mais de 700 milhões de subnutridos, o que corresponde a cerca de uma em cada 11 pessoas do mundo. 

Alguns dos países mais afetados ficam na África. E é por isso que um projeto utiliza gafanhotos como uma fonte de proteínas em Uganda. A iniciativa é liderada pela ONG Mothers Against Malnutrition and Hunger (Mamah).

Gafanhotos são criados em cativeiro

As ações são realizadas junto às comunidades locais e têm como objetivo garantir que os insetos estejam disponíveis o ano inteiro, por meio da criação desses animais em cativeiro. Isso porque estes animais costumam sumir em algumas épocas do ano.

ONG usa insetos para alimentar população na África (Imagem: divulgação/Mamah)

Integrantes da ONG explicam que os insetos são comestíveis e possuem muita proteína. E que os habitantes do local não costumam ter acesso a outras opções de alimentos, como carne, frango e ovos, por exemplo.

Dessa forma, a iniciativa possibilita que milhares de pessoas superem a insegurança alimentar a partir de uma produção própria. Lembrando que em algumas partes da África é comum comer insetos e outros animais que não fazem parte da “dieta” brasileira.

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Iniciativa da ONG usa insetos como fonte de proteína (Imagem: divulgação/Mamah)

Benefícios já podem ser observados

  • Já são 13 anos de projeto e os responsáveis pela ONG afirmam que melhorias significativas já foram observadas.
  • Além do combate a desnutrição, com crianças cada vez mais altas e fortes, a iniciativa também serve para resolver um outro problema.
  • Os níveis de presença escolar e redução do abandono da escola melhoraram no país.
  • Isso está ligado a uma melhor alimentação, uma vez que os ambientes escolares de Uganda não costumam oferecer merendas para os alunos.
  • As informações são da Agência Brasil.

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