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TSMC: fabricante de chips semicondutores está voando em 2025

O mercado de inteligência artificial segue bastante aquecido e oferecendo uma série de novas oportunidades para os principais players do setor. De fato, diversas empresas seguem surfando a onda da IA.

Uma delas é a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC), uma das maiores produtoras de chips semicondutores do planeta. A empresa taiwanesa acaba de divulgar um novo balanço financeiro apontando importantes resultados.

Forte crescimento no início de 2025

  • De acordo com os números, a receita da companhia subiu 39% nos primeiros dois meses de 2025.
  • O resultado indica que a demanda por chips de IA continua bastante elevada.
  • Os analistas, em média, projetam um crescimento de cerca de 41% neste trimestre.
  • A fabricante de chips ainda registrou receita combinada de US$ 16,8 bilhões (cerca de R$ 97 bilhões) no período.
TSMC é uma das principais empresas do setor (Imagem: Nambawan/Shutterstock)

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TSMC projeta importante expansão nos EUA

O balanço foi divulgado após o anúncio de um investimento de US$ 100 bilhões (quase R$ 600 bilhões) para expandir as operações da TSMC nos Estados Unidos. O plano inclui a construção de três novas fábricas no Arizona, no mesmo local onde já opera sua unidade Fab 21, perto de Phoenix.

A empresa ainda não especificou quais tecnologias serão produzidas nas novas instalações. A expectativa é gerar 40 mil empregos na construção civil nos próximos quatro anos, o dobro da estimativa inicial de 20 mil até o fim da década.

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Empresa vai seguir em Taiwan (Imagem: Jack Hong/Shutterstock)

Segundo Nina Kao, chefe de relações públicas da TSMC, as construções devem ocorrer simultaneamente, aumentando a demanda por mão de obra. Além das fábricas, a empresa pode adicionar plantas de empacotamento de chips e um centro de pesquisa e desenvolvimento, o que impactaria diretamente clientes como Apple, AMD, Broadcom, Nvidia e Qualcomm.

Apesar do avanço nos EUA, a produção de tecnologias mais avançadas da TSMC deve continuar em Taiwan, onde a empresa mantém seus centros de desenvolvimento de processos de fabricação. O refinamento da produção e a redução de defeitos ainda dependem do suporte direto das equipes locais.

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Temos mais empatia e confiança com IA do que com outras pessoas, diz especialista

A inteligência artificial mudou a forma como o mercado pensa e produz conteúdo. Qual o impacto disso na prática? Quais os riscos? Esse foi o assunto do painel “Impactos da IA na criação de conteúdo: a nova era da influência?”, que aconteceu durante o Spotlight, evento que comemorou os 20 anos do Olhar Digital.

Quem conduziu a conversa foi Cris Dias, ex-executivo do Facebook e do Buzzfeed, e criador e apresentador do podcast Boa Noite Internet. Ele contou com a presença de Carla Mayumi, sócia e pesquisadora da Talk INC; Fátima Pissarra, empresária e CEO da Mynd; e Alexandre Kavinski, fundador da i-Cherry e líder de inteligência artificial da WPP Brasil.

Painel abriu os debates em grupo no Spotlight (Imagem: João Neto/Reprodução)

A mensagem também depende do receptor

Antes de começar a conversa, Domenico Massareto, fundador da Rain (IA especialista em marketing e publicidade), passou para dar um recado em vídeo. Ele lembrou de algo que ouviu de um professor ainda na faculdade: 50% da comunicação está no receptor.

Os criadores de conteúdo e profissionais da área planejam e projetam o possível impacto da produção, mas, quando colocam o trabalho no mundo, os consumidores também têm uma intenção própria ao receber a mensagem. Ou seja, metade é a intenção do produtor com aquele conteúdo e metade é o que efetivamente chega ao receptor.

Diante disso, Massareto questiona: o que as pessoas vão fazer com a IA? Ele destaca que, apesar da intenção do produtor, 50% está na mão de quem recebe aquele conteúdo, o que torna tudo mais complexo.

Domenico Massareto mandou um recado em vídeo (Imagem: João Neto/Reprodução)

Expectativa x realidade de inteligência artificial

É com esse questionamento que os convidados começam o debate. Dias ainda provoca: diante do deslumbramento com a IA, qual a realidade do uso da tecnologia nas profissões de cada um?

Carla Mayumi, que trabalha com pesquisa de comportamento de mercado, destaca o cenário fora do Brasil, onde esses aplicativos de inteligência artificial são muito difundidos. Para ela, uma realidade preocupante são os apps que replicam comportamentos humanos, como conversas e interações. Isso porque as pessoas – principalmente as mais jovens – tendem a criar certo relacionamento com a tecnologia e “podem ir por caminhos perigosos”.

Mayumi cita pesquisas recentes que apontaram que usuários tendem a ter interações com mais confiança e empatia com as IAs do que com outras pessoas.

Já Fátima Pissarra, que trabalha com influenciadores, menciona que toda semana chegam vídeos fakes, desde propagandas de sites de apostas até bancos. E isso é perigoso:

Toda semana chega vídeo fake de influenciador. Isso é perigoso e, ao mesmo tempo, o Instagram diminui cada vez menos o controle [dos conteúdos fake]. Está um mar revolto e acho que vai piorar. Isso pode evoluir para as fake news, se não tiver controle… e não vejo controle.

Fátima Pissarra

Já Alexandre Kavinski lembra que “novas tecnologias trazem problemas inéditos. São complicados, mas são desafios que teremos que encarar”.

Fátima Pissara destacou falta de moderação com conteúdos falsos no Instagram (Imagem: João Neto/Reprodução)

Como incentivar o uso saudável da IA?

Nem tudo é negativo. Os especialistas contam como incentivam o uso saudável da inteligência artificial em suas equipes.

Kavinski, que é líder de IA da WPP Brasil, contou que começou com uso embrionário, a nível de aprendizado, no RH. Para isso, a empresa conta com uma personalidade de IA para resolver dúvidas – mas claro, com apoio humano. Ele lembra que, como as perguntas direcionadas ao RH muitas vezes são repetidas entre si, é fácil treinar a tecnologia para aprender e dar essas respostas, agilizando a resolução.

Pissarra menciona a agilidade e facilidade na produção de conteúdo. Antes de gravar uma campanha, por exemplo, é preciso maquiar, arrumar cabelo e fazer testes de câmera com o influenciador. Já com a tecnologia, basta fazer alguns vídeos e treinar a IA para que faça o resto, o que diminui o número de diárias de gravação e agiliza a produção.

Cris Dias traz um ponto importante a se refletir: a principal vantagem no produto final com a IA não é a qualidade, mas sim a quantidade.

Alexandre Kavinski contou sobre o uso de IA no RH da WPP Brasil (Imagem: João Neto/Reprodução)

Como estará a IA daqui 10 anos?

Alexandre Kavinski destaca o potencial da IA no futuro. Ele contou que grava tudo que fala hoje em dia para que, quando falecer, os filhos possam conversar com ele. Isso também vale para a produção de conteúdo:

Dados são muito importantes para a IA. Em 10 anos, acredito que as marcas terão seus próprios influenciadores de IA que carregam a característica da marca e são construídos de acordo com o perfil específico de cada público.

Alexandre Kavinski

Ele dá o exemplo da Magalu, do Magazine Luíza. Mas lembra: a tecnologia não consegue reproduzir tudo que é humano, e nós ainda temos valor.

Fátima analisa o setor da Música. Ela comenta como a IA consegue analisar canções de sucesso e criar o próximo ‘hit’ musical. No entanto, a IA não tem a conexão com o público que um artista humano tem. Mas também chama atenção para outro ponto: talvez essa geração ainda não enxergue esse potencial de conexão que ela menciona, mas as crianças já estão humanizando a tecnologia.

Carla Mayumi acredita que, no futuro, seres sintéticos estarão respondendo pesquisas de mercado (Imagem: João Neto/Reprodução)

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Mayumi leva a conversa para o setor de pesquisa de mercado. Ela lembra que, poucos anos atrás, qualquer trabalho exigia um esforço de coletar respostas, separá-las e analisá-las manualmente. Agora, a própria IA já faz boa parte do trabalho de organização cabe aos humanos analisar os resultados.

Para ela, o que pode acontecer no futuro são os “seres sintéticos”. Ou seja, talvez em alguns anos a tecnologia não esteja somente participando da coleta e organização de dados, mas será possível treinar IAs para responder essas pesquisas.

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Desinformação da Rússia ‘infecta’ IAs estilo ChatGPT, alerta pesquisa

Uma extensa rede de desinformação da Rússia tem manipulado chatbots de inteligência artificial (IA) ocidentais – leia-se: plataformas estilo ChatGPT – para espalhar propaganda a favor do governo russo. É o que aponta um estudo do observatório NewsGuard que analisou dez chatbots considerados líderes do setor no Ocidente.

Segundo a pesquisa, os chatbots analisados repetiram mentiras espalhadas pela rede Pravda (mais sobre ela ao longo desta matéria) em mais de 33% dos testes.

Escala da rede de desinformação da Rússia que mira chatbots é ‘sem precedentes’

A rede Pravda – também conhecida como “Portal Kombat” – é uma operação baseada em Moscou e bem financiada. Seu objetivo é espalhar narrativas pró-Kremlin mundo afora. E ela estaria distorcendo as respostas dos chatbots ao inundar grandes modelos de linguagem (LLMs, na sigla em inglês) com mentiras a favor do governo russo, segundo o estudo em questão.

Ainda de acordo com a pesquisa, a ameaça vai além dos modelos de IA generativa que captam desinformação na web. A rede mira deliberadamente em chatbots para alcançar um público mais amplo, numa tática de manipulação que os pesquisadores chamam de “LLM grooming”.

A capacidade da rede Pravda, da Rússia, de espalhar desinformação em tal escala é sem precedentes (Imagem: trambler58/Shutterstock)

“Quantidades massivas de propaganda russa — 3.600.000 artigos em 2024 — agora estão incorporadas nas saídas dos sistemas de IA ocidentais, infectando suas respostas com alegações falsas e propaganda“, escreveram os pesquisadores McKenzie Sadeghi e Isis Blachez, do NewsGuard.

Num estudo separado, o American Sunlight Project alertou sobre o alcance crescente da rede Pravda. E a probabilidade de que seu conteúdo pró-Rússia estivesse inundando os dados usados em treinamentos de grandes modelos de linguagem, segundo a AFP (via TechXplore).

A capacidade da rede Pravda de espalhar desinformação em tal escala é sem precedentes, e seu potencial de influenciar sistemas de IA torna essa ameaça ainda mais perigosa.

Nina Jankowicz, CEO do American Sunlight Project, para a AFP

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Recuo dos Estados Unidos

Ilustração juntando bandeiras dos Estados Unidos com a da Rússia
Estados Unidos têm mudado sua postura em relação à Rússia depois da posse de Donald Trump para segundo mandato na presidência (Imagem: icedmocha/Shutterstock)

A disseminação de desinformação pró-Rússia pode aumentar conforme os Estados Unidos recuam no front cibernético contra Moscou, alertaram os especialistas ouvidos pela agência de notícias.

Recentemente, a imprensa estadunidense repercutiu a ordem do Secretário de Defesa, Pete Hegseth, para pausar as operações cibernéticas do país contra a Rússia, incluindo o planejamento de ações ofensivas.

A mudança de postura dos EUA ocorre enquanto o presidente Donald Trump pressiona por negociações para terminar a guerra entre Rússia e Ucrânia, que ocorre há três anos.

Recentemente, o líder dos EUA repreendeu o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, numa reunião polêmica na Casa Branca. O Pentágono se recusou a comentar sobre o assunto.

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Microsoft pode criar IA para concorrer com a OpenAI

A concorrência dentro do setor de inteligência artificial está cada vez mais acirrada. São diversas empresas (incluindo as maiores do mundo) disputando o valioso mercado global, com muitos analistas defendendo que ainda há muitas oportunidades de crescimento.

Agora, uma reportagem publicada pelo The Information aponta que podem haver grandes mudanças no cenário atual. Segundo o portal, a Microsoft estaria desenvolvendo modelos internos de raciocínio de IA para competir com a OpenAI, dona do ChatGPT.

Parceria entre as partes pode ser encerrada

  • A notícia chama a atenção porque a Microsoft é uma das principais apoiadoras da OpenAI.
  • A big tech, inclusive, injetou enormes quantias em investimentos no desenvolvimento da tecnologia nos últimos anos.
  • De acordo com a reportagem, a gigante do setor tecnológico pretende acabar com o atual acordo.
  • No entanto, não se sabe exatamente o que teria motivado esta mudança abrupta de postura.
OpenAI, empresa responsável pelo ChatGPT, tem parceria com a Microsoft (Imagem: One Artist/Shutterstock)

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Redução de custos pode ser um dos objetivos

Ainda segundo a reportagem do The Information, a Microsoft teria começado a testar modelos da xAI, Meta e DeepSeek como possíveis substitutos da OpenAI no Copilot. A ideia é vender os modelos desenvolvidos para empresas terceiras, o seria uma forma de abrir um novo mercado dentro da já valiosa e diversificada companhia.

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Ideia é utilizar os novos modelos no Copilot (Imagem: Mojahid Mottakin/Shutterstock)

A Microsoft e a OpenAI não se pronunciaram oficialmente sobre o assunto até o momento. Em dezembro do ano passado, uma reportagem da Reuters afirmou que a empresa estaria trabalhado para adicionar modelos próprios e de terceiros para equipar seu principal produto de IA, o Microsoft 365 Copilot, em uma tentativa de diversificar a tecnologia atual da OpenAI e reduzir custos.

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Você sabe usar IA? É o que tem feito a diferença na busca por trabalho

A pergunta “você sabe usar IA?” tem sido cada vez mais comum em processos seletivos, segundo o Wall Street Journal (WSJ). Principalmente em vagas de emprego no setor de tecnologia. Mas não apenas neste nicho. Exigir conhecimento sobre inteligência artificial é uma tendência que tem furado a bolha tech.

Nos Estados Unidos, por exemplo, quase uma em cada quatro vagas de emprego no setor de tecnologia, publicadas entre janeiro e fevereiro de 2025, querem funcionários com habilidades em IA. Isso conforme “empresas de praticamente todos os setores da economia ajustam seus processos de recrutamento para abraçar a tecnologia“, de acordo com o WSJ.

Empresas de diversos setores abrem vagas de emprego para quem tem IA no currículo

Em janeiro, 36% das vagas de TI, por exemplo, estavam relacionadas a IA. Enquanto isso, empresas dos setores financeiros (bancos) e de consultoria buscavam profissionais que soubessem usar ou criar algoritmos e modelos de IA.

IA tem sido requisitada para vagas em empresas fora do setor de tecnologia (Imagem: NONGASIMO/Shutterstock)

Dados compilados pela Universidade de Maryland mostram que IA tem sido requisitada para vagas em empresas fora do setor de tecnologia. Por exemplo:

  • Grande empresa varejista: tem vaga para diretor para área de ciência da computação que consiga aplicar algoritmos preditivos para melhorar layout de lojas;
  • Fornecedor de utilidades: procura analista para avaliar o risco de incêndios florestais por meio de aprendizado de máquina;
  • Empresa farmacêutica: busca programador para seu grupo que usa conhecimento em química e computação.

Na área da saúde, uma parcela bem pequena das vagas de emprego são voltadas para tecnologia. Mas a fração de vagas com IA envolvida divulgadas em janeiro foi quase o dobro do que há alguns anos, segundo o WSJ.

Mãos de humano e de robô espalmadas; entre elas, a representação de uma cabeça humana formada por circuitos e um chip de computador escrito "IA" em seu centro
Boom do ChatGPT despertou a percepção sobre o poder de integrar IA em produtos e fluxos de trabalho (Imagem: Kitinut Jinapuck/Shutterstock)

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Jobs, tarefas e empregos com IA envolvida existem há mais tempo do que o ChatGPT, reforça o professor Anil Gupta, da Universidade de Maryland, em entrevista ao WSJ. Mas o boom do chatbot da OpenAI despertou a percepção sobre o poder de integrar IA em produtos e fluxos de trabalho, segundo Gupta.

Por sua vez, isso levou a uma “disseminação” da tecnologia por diversos setores. Ou seja, é uma tendência. Seja no ramo que for.

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Nubank aposta em parceria com OpenAI para uso de IAs em seus serviços

O Nubank, um dos vários bancos digitais do Brasil, visando manter bom padrão de serviço e impulsionar a produtividade interna, passou a apostar em soluções de inteligência artificial (IA) desenvolvidas em parceria com a OpenAI. A seguir, confira quais são esses recursos.

Nubank e OpenAI: o que a parceria trouxe?

Busca interna

Uma das primeiras iniciativas adotadas pela fintech foi a criação de uma solução de busca corporativa customizada, integrada ao ambiente de trabalho dos funcionários.

Utilizando os modelos GPT‑4o e GPT‑4o mini e técnicas de Retrieval-Augmented Generation (RAG), o sistema permite o acesso instantâneo a informações essenciais, como FAQs, diretrizes de marca e políticas internas.

Essa ferramenta foi refinada com modelos treinados especificamente com conteúdo da área de atuação do Nubank, garantindo respostas precisas e contextualizadas, aponta a OpenAI.

Com interface de chat intuitiva, mais de cinco mil colaboradores já utilizam a ferramenta mensalmente. O sistema acelera o processo de integração de novos funcionários e auxilia os agentes de atendimento e desenvolvedores, “proporcionando decisões mais rápidas e informadas“.

Segundo a empresa de Sam Altman, essa abordagem elimina a necessidade de navegar por repositórios fragmentados e desatualizados, otimizando o fluxo de trabalho e elevando a eficiência operacional.

Startup de Sam Altman reforça parcerias com importantes empresas do mundo (Imagem: jackpress/Shutterstock)

Atendimento ao cliente com soluções de IA

A base sólida construída com a busca interna permitiu ao Nubank expandir o uso da IA para um dos maiores desafios enfrentados por empresas em crescimento: manter um bom atendimento ao cliente.

Em parceria com a OpenAI, a fintech desenvolveu o Call Center Copilot, ferramenta que integra a base de conhecimento e o histórico de conversas do banco para oferecer suporte, em tempo real, aos agentes de atendimento.

Desenvolvido com o GPT‑4o, o copiloto utiliza recursos multimodais – combinando texto e voz – para fornecer respostas rápidas e contextualizadas. Entre suas funcionalidades, destacam-se:

  • Sugestões de respostas: recomenda as melhores respostas para que os agentes possam fornecer atendimento preciso e empático;
  • Resumo de conversas: gera resumos de diálogos em andamento ou já finalizados, facilitando a compreensão do contexto;
  • Orientação passo a passo: auxilia na resolução de questões técnicas ou consultas complexas, reduzindo o esforço cognitivo dos atendentes.

Além disso, a própria ferramenta de chat alimentada por IA lida com mais de duas milhões de interações mensais, conseguindo resolver até 50% das dúvidas de primeiro nível sem necessidade de intervenção humana. Segundo a startup, essa automatização reduziu o tempo de resposta em cerca de 70%, proporcionando “experiência de atendimento mais ágil e satisfatória para os clientes”.

Assistente de IA para interações diretas com clientes

Paralelamente ao copiloto para os agentes, o Nubank implementou um assistente de IA, também alimentado pelo GPT‑4o, para interagir diretamente com os clientes.

Esse assistente é capaz de gerenciar até cinco interações automáticas antes de encaminhar o atendimento para um humano, permitindo que questões mais simples sejam resolvidas de forma rápida e eficiente.

Com média de mais de dois milhões de chats mensais, a ferramenta não só alivia a demanda sobre os atendentes, mas, também, eleva a precisão e a velocidade na resolução de problemas.

Graças a essas inovações, o Nubank conseguiu reduzir o tempo de resolução de consultas em até 2,3 vezes, mantendo índices elevados de satisfação, medidos pelo Transactional Net Promoter Score (tNPS). Segundo a OpenAI, “essa estratégia não só preserva o alto padrão de atendimento da empresa, como, também, sustenta seu crescimento em um mercado cada vez mais competitivo”.

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Combate à fraude: visão computacional para análise de transações e documentos

O banco digital de origem brasileira está também testando uma solução que utiliza visão computacional aliada à IA para detectar fraudes.

A tecnologia GPT‑4o vision combina processamento de linguagem natural com reconhecimento de imagens, possibilitando análise conjunta de dados textuais e visuais.

Essa inovação é aplicada na verificação de registros de transações, comunicações com clientes e documentos enviados, identificando padrões e anomalias que possam sinalizar tentativas de fraude.

O uso dessa tecnologia “segue rigorosamente as políticas internas de prevenção, além de atender às exigências regulatórias e contar com a supervisão de equipes especializadas”, descreve a startup estadunidense. Ao integrar essa camada extra de segurança, o Nubank visa garantir serviço mais seguro e confiável para seus usuários.

Exemplo de uso de IA por colaboradores do Nubank
Soluções servem para clientes e funcionários da fintech (Imagem: Divulgação/OpenAI)

Nova era no setor financeiro com parceria de fintech com OpenAI

Com a implementação dessas soluções de IA, o Nubank otimiza processos internos e redefine o padrão de atendimento ao cliente no mercado financeiro.

A parceria com a OpenAI demonstra como a tecnologia pode ser utilizada para criar sistemas mais inteligentes, eficientes e seguros, que atendem tanto às necessidades dos colaboradores quanto às expectativas dos clientes.

Resta esperarmos para ver se as demais fintechs e bancos disponíveis no mercado seguirão a nova onda inaugurada pelas empresas e passarão a criar soluções de IA para seus colaboradores e clientes.

O que diz o Nubank

O Olhar Digital pediu, ao Nubank, um posicionamento oficial sobre a parceria com a empresa de Sam Altman e aguarda retorno.

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IAs compartilham seus dados com outras empresas, diz pesquisa

As suas conversas com chatbots de inteligência artificial (IA) podem não ser tão seguras quanto parecem. Um estudo da Surfshark revelou que um terço das 10 maiores empresas de IA compartilham dados dos usuários sem que eles saibam exatamente como essas informações são usadas.

Além de expor quais dados são coletados, o relatório da empresa de cibersegurança apontou quais tipos de informações são as mais coletadas.

Estudo da Surfshark sobre uso de dados de empresas de I.A (Imagem: Surfshark/Reprodução)

De acordo com o estudo, cerca de 40% das IAs consideradas utiliza a localização dos consumidores, sendo que 30% delas rastreiam os dados pessoais, entre eles contatos, histórico e interações com chatbots. Além disso, boa parte dessas companhias também reúnem informações comportamentais dos usuários.

Saiba como proteger seus dados

  • Utilize IAs confiáveis, muitos bots coletam suas informações sem nem informar o usuário.
  • Verifique as configurações de privacidade do seu chatbot, algumas empresas disponibilizam suas diretrizes de uso, confira se você está de acordo.
  • Evite compartilhar informações sensíveis, como: endereços, senhas e dados pessoais.
  • Desative opções de rastreamento em seus dispositivos.
  • Use extensões de privacidade, como uBlock Origin, Privacy Badger ou Ghostery.
  • Ative a opção “Do Not Track” no seu navegador.
  • Utilize uma VPN confiável para ocultar seu endereço IP.
  • Desative o rastreamento de anúncios em Google, Facebook e outros serviços.
Logos de inteligências artificiais em um smartphone
Empresas de inteligência articifial compartilham dados de usuários para terceiros (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

Como cada IA rastreia dados de usuários

Google Gemini

O Gemini é o chatbot que mais coleta dados, registrando 22 dos 35 tipos possíveis. Ele é um dos poucos que coleta localização precisa e reúne informações como nome, e-mail, número de telefone, histórico de navegação e contatos salvos no dispositivo.

ChatGPT

O ChatGPT coleta 10 tipos de dados, incluindo informações de contato, conteúdo das interações, identificadores e informações de uso. No entanto, ele não rastreia usuários para publicidade e não compartilha com terceiros para fins de anúncios. Além disso, há a opção de usar chats temporários, que se apagam automaticamente após 30 dias.

Copilot

O Copilot coleta IDs de dispositivos. Essa informação pode ser usada para associar o comportamento do usuário ao longo do tempo e vinculá-lo a outros bancos de dados para fins de publicidade ou análise de comportamento. Além disso, Copilot pode compartilhar essas informações com terceiros.

Poe

O Poe também realiza rastreamento de usuários, coletando IDs de dispositivos. Essa prática permite que os dados dos usuários sejam cruzados com outras informações coletadas por terceiros, permitindo a exibição de anúncios personalizados ou até mesmo a venda desses dados para corretores de informações digitais.

Jasper

O Jasper é o chatbot que mais rastreia usuários entre os analisados, coletando IDs de dispositivos, dados de interação com o produto, informações publicitárias e outras informações de uso. Ele pode compartilhar essas infos com terceiros ou usá-los para segmentação de anúncios, tornando-o um dos mais invasivos nesse aspecto.

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DeepSeek

O DeepSeek coleta 11 tipos de dados, incluindo histórico de chat e infos do usuário, armazenando-os em servidores. Embora não seja mencionado o uso explícito para rastreamento publicitário, seus servidores já sofreram um vazamento de mais de 1 milhão de registros, incluindo conversas e chaves de API.

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Nova metodologia com IA revoluciona mapeamento do uso da terra

A inteligência artificial está transformando o modo como enxergamos o planeta. Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma nova metodologia de inteligência geoespacial que usa algoritmos avançados para mapear o uso da terra com precisão inédita. O sistema processa imagens de satélite em tempo recorde, permitindo um monitoramento quase em tempo real das mudanças ambientais.

A técnica, desenvolvida na Unesp de Tupã, foi testada em Mato Grosso e aprimorou a delimitação de áreas de vegetação natural e produção agrícola, classificando-as por tipo de cultura. Os resultados indicaram 95% de precisão no mapeamento.

Os pesquisadores apostam que a tecnologia pode revolucionar a gestão ambiental e urbana. Com decisões mais rápidas e baseadas em dados concretos, governos e empresas terão uma ferramenta poderosa para planejar o futuro da terra – e evitar impactos irreversíveis.

Agro sob lupa: como IA e satélites estão mudando o jogo

A precisão nos mapeamentos ambientais nunca foi tão alta. Isso porque, ao substituir a análise tradicional de pixels isolados por uma abordagem que identifica geo-objetos inteiros, os cientistas conseguiram reduzir erros comuns em imagens de satélite.

Nova metodologia de inteligência geoespacial melhora a precisão no monitoramento do uso da terra, facilitando a detecção de mudanças ambientais e a gestão territorial (Imagem: BEST-BACKGROUNDS/Shutterstock)

Além disso, a metodologia também otimiza o processamento de grandes volumes de dados geoespaciais, permitindo análises mais rápidas e detalhadas. Com isso, amplia significativamente a capacidade de monitoramento contínuo, aspecto essencial para o planejamento agrícola e a fiscalização ambiental.

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Segundo o professor Michel Eustáquio Dantas Chaves, da Unesp, em entrevista à Agência FAPESP, a inovação soluciona um dos principais desafios do mapeamento remoto: as indefinições nas bordas das imagens. Para isso, o modelo segmenta as imagens como peças de um quebra-cabeça, aprimorando a precisão sem a necessidade de resoluções espaciais mais altas.

Aplicação na prática: mapeamento em grande escala

O Mato Grosso, escolhido para testar a nova pesquisa, abrange parte da Amazônia, do Cerrado e do Pantanal. Essa diversidade de biomas resulta em uma ampla variedade de usos do solo, desafiando os métodos tradicionais de mapeamento.

Geoprocessamento de imagem de pesqusia sobre IA e solo.
A nova metodologia foi testada em Mato Grosso com dados da safra estratégica de 2016/2017 (Imagem: Michel Eustáquio Dantas Chaves/Divulgação)

Com 95% de precisão, o modelo conseguiu diferenciar culturas agrícolas, áreas urbanas e corpos d’água, além de identificar perturbações na vegetação. Além disso, a técnica mostrou potencial para estimar áreas cultivadas dentro de uma mesma safra, facilitando previsões de produtividade e ações de planejamento territorial.

Mais do que mapear terras e lavouras, a nova metodologia melhora a identificação de desmatamentos e degradações ambientais, permitindo respostas mais rápidas e precisas. Ao integrar inteligência geoespacial e aprendizado de máquina, a técnica reduz incertezas e contribui para uma gestão territorial mais eficiente, baseada em dados mais confiáveis.

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Como criar vídeos com IA para o YouTube Shorts

O Veo 2 é uma IA do Google que permite a criação de vídeos a partir de prompts de texto para utilizar em postagens no YouTube Shorts. A tecnologia foi desenvolvida pelo Google DeepMind e possui capacidade para criar clipes com até 2 minutos de duração e resolução 4K. 

Inicialmente, o recurso está disponível apenas nos EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, mas deve ser expandido futuramente para outros países. 

Como criar vídeos com IA para o YouTube Shorts

Ficou curioso para saber como utilizar a ferramenta? Ela deve ser disponibilizada futuramente no Brasil. De acordo com o YouTube, para criar vídeo e adicioná-lo a um Short, você deve abrir a câmera do Shorts, tocar em “Adicionar” para abrir o seletor de mídia e apertar em “Criar” na parte superior. Na sequência, é necessário inserir o seu prompt, escolher a imagem que deseja, tocar em “Criar vídeo” e, por último, definir a duração.

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Também conforme orientações da big tech, caso você queira criar fundos de vídeo para seus Shorts, abra a câmera do Shorts, vá em “Green Screen”, depois em “Dream Screen”, digite o seu prompt e selecione a imagem. Por último, toque em “Criar vídeo”.

O YouTube ainda divulgou um conteúdo no qual um usuário utiliza a Veo 2 para gerar um vídeo de seu cachorro, que fica em um gigante. Confira abaixo!

Como a ferramenta vai ajudar os criadores de conteúdo?

A ferramenta pode otimizar a criação de vídeos para produtores de conteúdo no YouTube Shorts. Isso porque ela vai aprimorar a construção de conteúdos apenas recursos visuais. Além disso, como a própria big tech diz, ela ajuda a por em prática toda a sua criatividade.

“Precisa de uma cena específica, mas não tem a filmagem certa? Quer transformar sua imaginação em realidade e contar uma história única? Basta usar um prompt de texto para gerar um videoclipe que se encaixe perfeitamente na sua narrativa ou criar um mundo totalmente novo de conteúdo. É fácil assim!”, disse o YouTube em uma postagem em seu blog para o lançamento da ferramenta.

“O Veo 2 entende melhor a física do mundo real e o movimento humano, tornando sua saída mais detalhada e realista. Você pode até mesmo especificar um estilo, lente ou efeito cinematográfico, tornando o Dream Screen uma maneira fácil e divertida de se expressar”, completou a big tech.

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Turbinar Siri com IA útil vai demorar mais do que a Apple tinha pensado

Quando a Apple anunciou a Apple Intelligence, na WWDC de 2024, mostrou uma versão da Siri muito mais avançada que a atual. A assistente virtual entendia contextos do usuário e agia com base no que estava na tela do aparelho. Mas concretizar essa visão vai levar mais tempo do que a big tech tinha imaginado.

Pelo menos, é o que disse a porta-voz da Apple, Jacqueline Roy, ao Daring Fireball na sexta-feira (07).

Jacqueline disse o seguinte: “Estamos trabalhando numa Siri mais personalizada, dando a ela mais consciência do seu contexto pessoal, além da capacidade de agir por você dentro e fora dos seus aplicativos. Vai levar mais tempo do que imaginávamos para entregar esses recursos e esperamos lançá-los no próximo ano.”

Até então, a expectativa era que essa Siri turbinada aparecesse em algum momento entre março e junho de 2025. Isso porque a Apple tinha afirmado, em 2024, que esse update na Siri seria lançado “ao longo do próximo ano”. Ficou para o ano depois dele. Mas quando, exatamente?

Lançamento da Siri turbinada com IA fica para ‘próximo ano’, segundo a Apple

Até a publicação desta matéria, a Apple não tinha divulgado uma estimativa mais precisa de quando a Siri turbinada com IA seria lançada. Mas dá para ter uma ideia, com base nas informações apuradas pelo analista Mark Gurman, da Bloomberg.

Siri turbinada com IA útil pode chegar apenas no iOS 20, segundo analista da Bloomberg (Imagem: PixieMe/Shutterstock)

Segundo a edição mais recente da newsletter Power On, de Gurman, uma “versão modernizada, conversacional da Siri” pode não chegar até o iOS 20 “no melhor dos casos”. Atualmente, o sistema operacional do iPhone está na versão 18.

O analista também relatou, numa reportagem publicada na sexta, que executivos da Apple, incluindo o chefe de software Craig Federighi, “expressaram fortes preocupações internamente de que os recursos [da nova Siri] não funcionavam corretamente — ou como anunciado — nos testes pessoais“.

Pessoa segurando iPhone 15 Pro com Siri com Apple Intelligence ativada
Executivos da Apple estão preocupados que recursos da nova Siri não funcionam como anunciado (Imagem: Reprodução/YouTube/Apple)

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Ainda segundo o analista, pessoas na divisão de IA da Apple “acreditam que o trabalho nos recursos poderia ser completamente descartado”. E que eles podem ter que ser reconstruídos “do zero”.

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