O consumo de eletricidade por data centers deve mais que dobrar até 2030, segundo um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), impulsionado principalmente pelo avanço da inteligência artificial (IA), especialmente a generativa, que exige grande poder computacional. Esse é um lado perverso das IAs e que raramente ouvimos soluções a respeito.
Isso representa novos desafios para a segurança energética e metas de emissões de CO₂.
Atualmente, os data centers consomem cerca de 1,5% da eletricidade global, e esse número pode chegar a 3% até 2030 — o equivalente ao consumo atual do Japão, totalizando cerca de 945 TWh. Apenas um data center de grande porte pode consumir a mesma energia que até 2 milhões de residências.
O número de data centers está crescendo, e a demanda energética para mantê-los também (Imagem: quantic69/iStock)
Energias renováveis podem ser a solução
Estados Unidos, Europa e China concentram cerca de 85% do consumo desses centros, e grandes empresas como Google, Microsoft e Amazon têm buscado energia nuclear para suprir essa demanda crescente.
Apesar dos riscos, a AIE aponta que a IA também pode tornar a produção e o consumo de energia mais eficientes.
A expectativa é de que fontes como gás natural e energias renováveis ganhem espaço, substituindo parcialmente o carvão, que ainda representa 30% da matriz energética dos data centers.
Setor energético pode se transformar
As emissões de carbono relacionadas aos data centers devem subir de 180 para 300 milhões de toneladas até 2035 — uma pequena fração das emissões globais, mas ainda significativa.
A AIE acredita que a IA pode transformar o setor energético, criando oportunidades para reduzir custos e emissões, além de aumentar a competitividade.
“Com a ascensão da IA, o setor energético está na vanguarda de uma das revoluções tecnológicas mais importantes do nosso tempo”, afirma o diretor executivo da AIE, Fatih Birol.
Projetos de energia renovável podem ser impulsionados para suprir demanda energética da IA sem aumentar emissões de carbono – Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock
O CEO da Shopify, Tobi Lütke, enviou um memorando aos funcionários, orientando que, antes de solicitarem mais recursos ou contratações, as equipes devem demonstrar por que não conseguem alcançar seus objetivos usando inteligência artificial (IA), conforme informações da CNBC.
Lütke propôs uma reflexão: “Como seria essa área se já tivéssemos agentes autônomos de IA como parte da equipe?
Essa pergunta pode gerar discussões e projetos muito interessantes”, escreveu no memorando, publicado por ele no X.
O Shopify é uma plataforma de e-commerce que permite aos usuários vender produtos online e pessoalmente.
Uso de IA virou prioridade na Shopify
O comunicado, enviado no final do mês passado, aborda como o “uso consciente de IA” se tornou uma “expectativa fundamental” na empresa.
Ele destacou que a IA representa a mudança mais rápida no modo de trabalho que ele já presenciou e enfatizou que saber usá-la bem é uma habilidade essencial que precisa ser aprendida por meio de prática constante.
De acordo com Lütke, a utilização eficaz da IA agora é uma expectativa para todos na Shopify, e questões sobre o seu uso serão incorporadas ao processo de avaliação de desempenho e revisões de pares.
Empresas de tecnologia investiram dinheiro no desenvolvimento de IA ao mesmo tempo em que continuam a cortar empregos (Imagem: Stock-Asso/Shutterstock)
Ele concluiu: “O que precisamos para ter sucesso é nossa habilidade e ambição coletivas na aplicação de nosso trabalho, potencializadas pela IA, para beneficiar nossos comerciantes.”
Enquanto a declaração do CEO pode ser vista como um gestor buscando integrar a IA em seus processos internos em busca de mais produtividade, sua fala também levanta preocupações, já que a IA é vista constantemente como uma ameaça aos empregos ocupados por humanos.
CEO afirma que há “expectativa fundamental” de que os funcionários estejam usando IA em seu trabalho diário (Imagem: Kitinut Jinapuck/Shutterstock)
O WordPressliberou um novo recurso para criar sites usando inteligência artificial. A ferramenta recebe as informações e cria instantaneamente um projeto pronto para conteúdo, com espaço para texto, layouts e imagens.
É um jeito mais fácil de empreendedores e proprietários de pequenas empresas criarem um canal profissional sem ter que construir tudo do zero. Freelancers e criadores que querem um portfólio também podem aproveitar o recurso.
“Embora ainda não esteja pronto para criar sites de comércio eletrônico ou sites que exigem integrações complexas (mas fique ligado!), o construtor criará sites bonitos e funcionais em minutos”, diz o comunicado.
Seja o mais específico possível no seu primeiro prompt (Imagem: WordPress/Reprodução)
Seja o mais específico possível no seu primeiro prompt: forneça o nome e uma breve descrição do site (é um site de portfólio, blog ou site comercial? Que tipo de conteúdo você publicará?);
Tire pausas: com um plano de hospedagem, é possível pode voltar a usar o criador de sites com IA acessando “Aparência” → “Editor” no painel do site WordPress.com;
A tradição não muda: o usuário ainda pode editar e adicionar páginas manualmente, alterar o design do site e usar ferramentas de desenvolvimento no plano Business e superiores.
A União Europeia está focada em construir infraestrutura de dados e computação para inteligência artificial (IA), buscando acompanhar os EUA e a China na corrida tecnológica. As informações são do Wall Street Journal.
A Comissão Europeia anunciou planos para criar gigafábricas de IA, com instalações equipadas com 100 mil chips avançados, quatro vezes mais que as fábricas atuais.
O objetivo é ajudar empresas a treinar modelos complexos de IA, como parte de seu Plano de Ação para se tornar líder global no setor.
Europa quer alcançar EUA e China
O bloco europeu tem ficado atrás dos EUA e China desde o boom de investimentos em IA após o lançamento do ChatGPT pela OpenAI em 2022.
Enquanto os EUA anunciaram a joint venture Stargate, com investimentos de até US$ 500 bilhões, a China também avança com modelos de IA que competem com os americanos, embora usem chips de menor qualidade.
Henna Virkkunen, vice-presidente executiva da UE, destacou que a corrida pela IA está longe de terminar, e a Europa precisa intensificar seus esforços para ser líder na área.
Enquanto os avanços de IA na China e nos EUA foram significativos nos últimos anos, a Europa ficou para trás – Imagem: VGV MEDIA/Shutterstock
A União Europeia prometeu investir 200 bilhões de euros em IA, com um fundo de 20 bilhões de euros destinado à construção das gigafábricas. As parcerias público-privadas serão essenciais para implementar a infraestrutura necessária.
Além disso, a UE planeja criar um sistema de laboratórios de dados para reunir grandes volumes de informações, respeitando suas rigorosas leis de privacidade e proteção de dados.
A legislação de IA da União Europeia, aprovada no ano passado, é a mais abrangente do mundo, e a comissão planeja estabelecer um serviço para orientar as empresas sobre o cumprimento das novas regras.
Investimentos bilionários em IA devem ocorrer na Europa nos próximos meses (Imagem: Ivan Marc/Shutterstock)
A Microsoft começou a testar uma nova atualização do Copilot no Windows. Chamada de Copilot Vision, ela permite ao assistente de inteligência artificial visualizar a tela ou aplicativos abertos no PC do usuário. A funcionalidade, que anteriormente era limitada ao navegador Edge, agora está sendo expandida para qualquer software instalado no sistema.
Durante um evento recente que celebrou os 50 anos da empresa, foi apresentada uma prévia da novidade. Na demonstração, o Copilot Vision foi capaz de orientar o uso de funções do Adobe Photoshop, oferecer sugestões em tempo real no editor de vídeo Clipchamp e até ajudar em tarefas dentro do jogo Minecraft.
Copilot Vision no Windows (Imagem: Microsoft / Divulgação)
A ideia é que o assistente possa destacar partes da tela para auxiliar na navegação por aplicativos, embora esse recurso específico ainda não esteja ativado na versão inicial de testes.
Integração com diversos aplicativos do sistema
A nova função funciona de maneira semelhante ao compartilhamento de tela em chamadas do Microsoft Teams.
Em vez de capturar automaticamente imagens da tela, como faz o recurso Recall, o Copilot Vision exige uma autorização ativa do usuário, simulando um compartilhamento consciente do que está sendo exibido.
Além disso, a Microsoft também está testando um novo recurso de busca por arquivos com o Copilot no Windows.
A funcionalidade permite perguntar ao assistente sobre o conteúdo de arquivos armazenados no computador.
Os tipos compatíveis incluem .docx, .xlsx, .pptx, .txt, .pdf e .json, o que facilita a localização de documentos utilizados recentemente.
Busca de arquivos no Windows com o Copilot Vision (Imagem: Microsoft / Divulgação)
Sem necessidade de um Copilot Plus PC
Ambas as novidades — tanto o Copilot Vision quanto a busca por arquivos — estão sendo testadas com usuários do programa Windows Insider, nos Estados Unidos. A Microsoft afirma que essas funcionalidades exigem apenas o aplicativo Copilot instalado no Windows, sem a necessidade de um PC com a certificação Copilot Plus.
Usuários de iOS e Android também poderão experimentar o Copilot Vision, ampliando o alcance da ferramenta para além do ecossistema Windows. A previsão é de que o recurso seja liberado gradualmente para todos os usuários do Windows 11 nas próximas semanas ou meses.
Aplicativo nativo da nuvem do Google Drive, o Google Docs foi feito para que os usuários criem documentos de texto utilizando o computador, celular ou tablet. Quando o arquivo é criado, é possível inserir diferentes tipos de mídia, como fotos, vídeos, links, figuras e mais. Além disso, a ferramenta oferece diversos recursos que facilitam a vida dos usuários, como a criação de tabelas, listas e outros.
A inteligência generativa do Google, o Gemini, está integrada ao Google Docs, ajudando a aprimorar a produção de conteúdos, textos e documentos através da plataforma, oferecendo algumas ferramentas que ajudam a tornar o dia a dia mais prático.
Com ele, tarefas repetitivas podem ser automatizadas, a qualidade dos textos pode ser melhorada e até mesmo a criatividade pode ser estimulada, além de ajudar na eficiência e redução de custos para as empresas, por exemplo.
Veja abaixo alguns exemplos de como é possível utilizar a IA no Google Docs para auxiliar na criação de textos e documentos.
Google Docs: como usar IA parar auxiliar na criação de documentos
Digitação por Voz
Muitas vezes pode ser difícil digitar um texto, seja por algum empecilho físico, como um teclado com problema ou alguma limitação por parte do usuário, ou até mesmo alguns momentos onde o autor do conteúdo acha mais conveniente falar do que escrever.
(Imagem: Reprodução/Google)
Por isso, a IA do Google oferece um recurso que reconhece a fala do usuário, convertendo-a automaticamente em texto no documento.
Essa facilidade permite a escrita de documentos sem que seja preciso digitar, ideal para pessoas com dificuldades motoras ou para quem quer produzir conteúdos de forma rápida, apenas falando.
Assim, a produtividade é aumentada, e ainda é possível evitar a fadiga ao digitar textos longos. Também é útil para transcrever gravações, um processo bastante cansativo quando feito manualmente.
Para isso, basta abrir o documento no Google Docs, clicar em “Ferramentas” no menu superior, e em seguida em “Digitação por voz”. Isso faz aparecer um ícone de microfone na tela, e é só clicar nele e falar claramente, para que o texto seja digitado automaticamente. Para parar, clique novamente no ícone do microfone.
Notas de Reunião
As notas de reunião do Google Docs fazem registros dos pontos principais de uma reunião, podendo ser usadas para garantir que todos os participantes do encontro estejam alinhados a respeito do que foi falado, além do que vai ser feito a seguir, por exemplo.
(Imagem: Reprodução/Google)
O recurso permite que o conteúdo seja compartilhado com os participantes, até mesmo os de fora da empresa.
Geralmente, as notas seguem a pauta da reunião, e podem incluir detalhes como a data, itens da pauta e pontos de ação.
Podem ser criadas usando não só o Google Docs, mas também o Google Meet, economizando um tempo precioso da reunião, e também garantindo que nenhuma informação importante fique de fora.
Para usar a função, abra um documento novo ou existente e digite “@”, selecionando “Notas de reunião” no menu pop-up. Em seguida, pesquise e selecione o evento desejado. Caso você seja o organizador da reunião, pode clicar em “Partilhar e anexar” e se não for, clique em “Partilhar”.
Nesse caso, a inteligência artificial aprende seu estilo de escrita e, baseado nela, o Google Docs faz a sugestão de palavras e frases para agilizar a produção do texto, sendo bastante útil para todos os tipos de documento, dos profissionais até a escrita criativa.
(Imagem: Reprodução/Google)
A IA auxilia a reduzir o tempo dessa função ao sugerir palavras e frases com base no contexto do texto. Com isso, ela evita a digitação repetitiva, pode ajudar a melhorar a coesão do conteúdo e até mesmo a escolher as palavras mais adequadas, como uma forma de enriquecer o vocabulário do documento.
Para usar, basta começar a digitar, e as sugestões vão aparecer em cinza claro. Se quiser aceitar uma sugestão, pressione a tecla tab ou a seta para a direita.
Se quiser ativar ou desativar o Smart Compose no Google Docs, você pode clicar em “Ferramentas”, “Preferências” e clicar na caixinha de “Mostrar sugestões da Composição Inteligente”. Então, é só clicar em “OK”.
Gerar Rascunho de E-mail
A IA do Google analisa o contexto fornecido pelo usuário, gerando automaticamente um rascunho de e-mail bastante estruturado. Ele inclui destinatário, assunto e corpo do e-mail, garantindo clareza e um tom adequado para a comunicação.
(Imagem: Reprodução/Google)
O recurso auxilia na criação de e-mails rapidamente sem precisar redigir do zero, ajudando a melhorar a comunicação pessoal e profissional em diferentes contextos, sejam ele formal, casual, etc.
É uma boa ideia para quem precisa economizar tempo, reduzir a necessidade de pensar em estrutura e tom e garantir a clareza com mensagens bem organizadas. O envio também é facilitado, uma vez que permite a transferência do rascunho direto para o Gmail.
Para usar, clique em “Inserir”, “Elementos Básicos” e “Rascunho de e-mail”. Também é possível digitar @email no documento e pressionar enter. Depois do rascunho criado, você pode adicionar destinatários nos campos, adicionar linhas de assunto, escrever o corpo do e-mail, formatar e enviar par ao Gmail.
Geração de Texto com IA (Ajuda para Escrever)
Esse recurso usa a inteligência artificial para gerar trechos de texto baseado nos comandos que o usuário fornece para a ferramenta, auxiliando na escrita criativa e profissional.
(Imagem: Reprodução/Google)
A IA sugere trechos prontos, que podem ser úteis na criação de relatórios, e-mails, resumos e diversos outros documentos.
A ferramenta é bastante útil para acelerar a produção de conteúdo, fornecendo sugestões criativas e estruturadas, auxiliando, inclusive, a superar bloqueios de escrita, por exemplo. O usuário pode utilizar ou não o trecho sugerido, ou vê-lo como uma inspiração para criar seu próprio texto.
Para usá-lo, abra o documento no Google Docs, clique onde você quer escrever e clique em “Quero ajuda para escrever” à esquerda. Então, digite um comando como “Escreva um parágrafo sobre sustentabilidade” e clique em “Criar”. Veja a sugestão gerada e, caso queira usá-la, clique em “Inserir”.
O avanço da inteligência artificial (IA) tem gerado novas oportunidades, mas também suscitado preocupações sobre o impacto no mercado de trabalho.
Uma pesquisa do Pew Research Center revela que muitos americanos temem a substituição de empregos pela IA, com 73% acreditando que a tecnologia reduzirá a necessidade de caixas, 59% para jornalistas e 67% para operários de fábrica.
Especialistas em IA compartilham preocupações semelhantes, especialmente em relação aos motoristas de caminhão.
Alguns empregos poderão ser mais ameaçados pela IA do que outros – Imagem: Stokkete/Shutterstock
Cenário de incerteza vai crescendo
Molly Kinder, pesquisadora da Brookings Institution, alerta no Washington Post que a preocupação pública mistura a automação tradicional com a IA generativa, que afeta mais os empregos de “colarinho branco”, como assistentes administrativos, auxiliares jurídicos e programadores.
A IA generativa pode lidar com tarefas complexas como resumir documentos e processar grandes volumes de dados, o que expõe mais esses empregos à tecnologia.
Embora alguns empregos já estejam sendo impactados, a incerteza permanece sobre como a IA ajudará ou substituirá os trabalhadores.
Enquanto a IA continua a evoluir rapidamente, sua adoção ainda é lenta em setores regulamentados, como medicina e direito.
No entanto, a ansiedade pública sobre a perda de empregos está aumentando, com 51% dos entrevistados expressando preocupações, um aumento em relação aos anos anteriores.
Embora o impacto da IA continue a ser uma questão aberta, especialistas como Kinder garantem que sempre haverá uma função para os humanos, apesar da rápida inovação tecnológica.
Enquanto a IA avança e pode abrir caminho para novos mercados, ela também gera preocupação pelo potencial de substituir humanos em certas profissões – Imagem: shutterstock/jittawit21
A Amazon lançou o Nova Sonic nesta terça-feira (08). É um modelo de inteligência artificial (IA) capaz de processar voz de forma nativa e gerar fala com som natural, segundo a empresa. Em outras palavras, é uma IA que conversa igual gente.
Ainda de acordo com a Amazon, o desempenho do Nova Sonic rivaliza com os modelos de voz mais avançados da OpenAI e do Google. Testes apontaram vantagens em velocidade, reconhecimento de fala e qualidade da conversação, segundo comunicado da empresa.
O Nova Sonic é a resposta da Amazon a modelos de voz mais recentes, como o do ChatGPT. Esses modelos oferecem fala mais natural do que assistentes mais antigos, como a Alexa e a Siri, consideradas engessadas hoje em dia.
Nova Sonic é o ‘modelo de voz por IA mais econômico’, diz Amazon
A Amazon descreveu o Nova Sonic como “o modelo de voz por IA mais econômico” do mercado. Ele é cerca de 80% mais barato do que o GPT-4o, da OpenAI.
Nova Sonic, da Amazon, é cerca de 80% mais barato do que o GPT-4o, da OpenAI (Imagem: Amazon)
O Nova Sonic está disponível por meio da plataforma Bedrock, usada para o desenvolvimento de aplicações de IA corporativas.
Componentes do Nova Sonic já estão sendo utilizados na Alexa+, versão melhorada da assistente de voz da Amazon. A informação foi confirmada por Rohit Prasad, vice-presidente sênior e cientista-chefe de IA Geral da empresa.
Em entrevista ao TechCrunch, Prasad explicou que o Nova Sonic é fruto da experiência da Amazon com “grandes sistemas de orquestração”, a infraestrutura por trás da Alexa. Segundo ele, o modelo se destaca em direcionar comandos para diferentes APIs.
Isso permite que o sistema use a ferramenta certa para buscar informações em tempo real, acessar dados ou interagir com aplicativos externos.
Nova IA da Amazon entende intenções do usuário mesmo com erros e ruídos, diz executivo da empresa (Imagem: NicoElNino/Shutterstock)
Durante as conversas, o Nova Sonic espera o momento certo para falar, levando em conta pausas e interrupções do usuário. Ele também gera transcrições em texto, que podem ser usadas por desenvolvedores.
Prasad afirma que o modelo comete menos erros de reconhecimento de fala do que seus concorrentes. Além disso, é eficaz em entender a intenção do usuário, mesmo com murmúrios, erros ou ruídos no ambiente.
Testes e próximos passos
No teste Multilingual LibriSpeech, que avalia o reconhecimento em vários idiomas, o Nova Sonic teve uma taxa de erro de palavras de 4,2% em inglês, francês, italiano, alemão e espanhol.
Amazon planeja desenvolver Inteligência Artificial Geral – AGI, na sigla em inglês (Imagem: Marc_Stock/Shutterstock)
Em outro teste, o Augmented Multi Party Interaction, que mede a precisão em ambientes com vários participantes e ruídos, o modelo foi 46,7% mais preciso que o GPT-4o-transcribe da OpenAI.
A Amazon também destaca a velocidade do modelo. O Nova Sonic tem uma latência média de 1,09 segundo, mais rápido que os 1,18 segundo do GPT-4o da OpenAI, segundo a Artificial Analysis.
Prasad diz que o Nova Sonic faz parte da estratégia da Amazon para desenvolver uma Inteligência Artificial Geral (AGI), capaz de realizar tudo que um humano faz num computador. Aguardemos.
Esses acordos proíbem uma pessoa de entrar em uma empresa rival por esse período. O site relata que a situação ocorre no DeepMind, uma companhia britânica que realiza pesquisas e desenvolve ferramentas de Inteligência Artificial.
O Google em si não confirma a informação. O vice-presidente de IA da Microsoft, uma concorrente do Google, no entanto, corroborou a história do site. Em uma postagem no X, no mês passado, Nando de Freitas disse que tem funcionários do DeepMind procurando por ele, desesperados, para fugir dessas amarras:
Dear @GoogDeepMind ers, First, congrats on the new impressive models.
Every week one of you reaches out to me in despair to ask me how to escape your notice periods and noncompetes. Also asking me for a job because your manager has explained this is the way to get promoted, but…
O Business Insider ouviu alguns desses funcionários e eles disseram que ficar “de fora” do mercado de IA pode ser extremamente ruim.
Primeiro porque esse é um ramo da tecnologia que vem crescendo bastante – e de forma ininterrupta.
Ou seja, se parar, você pode ficar para trás.
Esses funcionários do Google terminaram projetos bem-sucedidos e, após a conclusão, é natural que eles sejam sondados por outras empresas.
Para não sair, eles pegam uma espécie de geladeira por até 12 meses – ou esperam para entrar em um novo projeto no Google.
Alguns até saem e não têm mais vínculo com a big tech, mas, mesmo assim, precisam respeitar esse contrato de um ano sem trabalhar para um rival.
Esse é mais um capítulo na batalha por talentos no mercado de tecnologia – principalmente talentos de IA.
Esse tipo de contrato evita com que um ex-funcionário leve o conhecimento do seu produto para uma concorrente.
A busca por talentos de IA é quase selvagem (e o DeepMind tem suas estratégias para segurar esses funcionários) – Imagem: Photo For Everything/Shutterstock
E o Google pode fazer isso?
Segundo informa o Business Insider, as leis de não concorrência nos Estados Unidos variam de acordo com o estado. E na Califórnia, onde fica a sede do Google, elas não se aplicam. Ou seja, as big techs não podem “amarrar” seus funcionários com esse tipo de contrato.
Esse tipo de acordo também é proibido no âmbito federal. No ano passado, a Federal Trade Commission emitiu um comunicando banindo essa modalidade. De acordo com o texto, “as cláusulas de não concorrência mantêm os salários baixos, suprimem novas ideias e roubam o dinamismo da economia americana”.
No Reino Unido, porém, onde fica a sede do DeepMind, as regras são mais flexíveis. Lá, as cláusulas de não concorrência são aplicáveis se forem consideradas razoáveis para proteger os interesses comerciais legítimos do empregador.
O Google, portanto, está jogando dentro das regras. Mas isso pode ter reflexos no futuro. O site gringo relatou que alguns funcionários começaram a pedir transferência para os EUA, justamente para escapar dessa cláusula.
A proximidade com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rendeu a Elon Musk o cargo de chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). O empresário tem como missão reduzir os gastos da Casa Branca e virou alvo de uma série de protestos por conta da sua atuação.
Agora, uma nova informação pode aumentar as críticas contra o dono da Tesla, da SpaceX, do Twitter (X) e de tantas outras empresas.
Funcionários federais acusam o bilionário de usar inteligência artificial para espionagem dentro do governo.
Acusações contra Elon Musk são pesadas
De acordo com reportagem da Reuters, Musk teria usado a IA para vigiar as comunicações de uma agência federal suspeita de não apoiar totalmente o presidente Trump.
A equipe do DOGE também estaria usando o aplicativo Signal para se comunicar.
Isso viola as regras federais de manutenção de registros, uma vez que as mensagens podem ser configuradas para desaparecer após um período de tempo.
Outro ponto de discussão é que o departamento teria implantado o chatbot Grok, a IA desenvolvida pelo próprio Elon Musk, em detrimento do rival ChatGPT.
A Casa Branca, o DOGE e Musk não se pronunciaram oficialmente sobre o assunto até o momento.
Trump tem na figura de Musk um de seus principais aliados (Imagem: bella1105/Shutterstock)
O uso da IA e do Signal reforça as preocupações sobre a falta de transparência do governo Trump. Um dos temores é que a Casa Branca esteja usando as informações coletadas a partir da inteligência artificial para promover seus próprios interesses ou perseguir alvos políticos.
Lembrando que funcionários do governo dos EUA se envolveram em um escândalo nos últimos dias ao usar o aplicativo de mensagens não oficial para planejar operações militares no Iêmen. Além disso, eles incluíram um jornalista na conversa por engano. O caso ainda está sendo investigado.
Funcionários do governo dos EUA alegam ser alvos de espionagem (Imagem: Ana Luiza Figueiredo via DALL-E/Olhar Digital)
Para Kathleen Clark, especialista em ética governamental da Universidade de Washington em St. Louis, o uso do Signal significa que eles não estão fazendo o backup de todas as mensagens em arquivos federais. E isso representa uma grave violação da lei.
Já na Agência de Proteção Ambiental, alguns funcionários denunciam que a equipe de Musk está usando a IA para monitorar os trabalhos, incluindo a busca de comunicações consideradas hostis a Trump ou ao próprio Musk. A entidade, que trabalha para proteger o meio ambiente, está na mira da Casa Branca e já teve quase 65% de seu orçamento cortado.