shutterstock_2490079409

Probióticos podem turbinar seu humor — e a ciência explica como!

Você já ouviu dizer que o intestino é o “segundo cérebro”? Pois é, agora a ciência foi além: um simples copo de iogurte pode ser o empurrãozinho que faltava para afastar o mau humor, o estresse e até a ansiedade. Um novo estudo revela que os probióticos não são só aliados da digestão — eles também mexem com suas emoções.

É o que destaca a revista MedicalXpress: pesquisadores da Universidade de Oxford e da Universidade de Leiden testaram probióticos em jovens saudáveis por um mês e perceberam algo surpreendente. Os voluntários começaram a se sentir menos ansiosos e estressados depois de duas semanas. Nada de testes complicados — o que funcionou mesmo foi acompanhar o humor diário com perguntas simples.

Além de melhorar o astral, os probióticos também ajudaram na leitura das emoções alheias. Quem fez o experimento ficou mais afiado para reconhecer expressões faciais. E tem mais: quem é mais cauteloso, com perfil de evitar riscos, parece se beneficiar ainda mais dessas bactérias do bem.

Probióticos mostram efeito rápido no humor e abrem caminho para novas abordagens

Os efeitos positivos começaram a surgir após duas semanas de uso diário — um tempo semelhante ao dos antidepressivos, mas com uma diferença importante: os probióticos reduziram apenas os sentimentos negativos, sem interferir nos positivos.

Além da saúde mental: probióticos ajudam a fortalecer o sistema imunológico e equilibrar a microbiota intestinal (Imagem: Tatjana Baibakova/Shutterstock)

Relatos simples do dia a dia foram mais eficientes do que os tradicionais testes psicológicos para captar as mudanças de humor. Isso mostra como ferramentas diretas podem revelar transformações sutis que passariam despercebidas em métodos mais complexos.

Leia mais:

Apesar do potencial promissor, os pesquisadores reforçam: probióticos não devem ser usados como substitutos de antidepressivos. Eles podem, no máximo, funcionar como aliados — e sempre com orientação profissional.

Uma ajuda que também vem do prato — mas com cautela

Probióticos não estão apenas em copos de iogurte natural. Eles também podem ser encontrados em alimentos como kefir e missô. Incorporar esses itens à rotina pode ser um primeiro passo para quem busca benefícios leves no humor e na saúde digestiva.

COmida probiótica.
Kefir, chucrute e outros fermentados ganham destaque por seus efeitos positivos na saúde intestinal e mental (Imagem: Tatjana Baibakova/Shutterstock)

Ainda assim, nem todo produto com o selo “probiótico” traz os mesmos efeitos. A composição das bactérias, a quantidade ingerida e a duração do uso são fatores decisivos. Nem sempre o que está na prateleira do mercado tem a concentração ideal para influenciar o cérebro.

Por isso, os cientistas são claros: apesar de animadores, os resultados ainda não justificam o uso indiscriminado. A promessa é real, mas os probióticos devem ser vistos como um complemento — e não como substituto para tratamentos médicos tradicionais.

O post Probióticos podem turbinar seu humor — e a ciência explica como! apareceu primeiro em Olhar Digital.

intestino-1024x576

IA pode detectar doenças intestinais que resultam em morte prematura

Pesquisadores da Universidade de Toronto e outras instituições canadenses desenvolveram um modelo de IA que pode prever com 95% de precisão a probabilidade de morte prematura em pacientes com doença inflamatória intestinal (DII), uma condição que afeta o trato gastrointestinal.

O estudo sugere que, ao identificar e tratar precocemente as multimorbidades (outras condições de saúde relacionadas), a taxa de mortalidade precoce pode ser significativamente reduzida. A pesquisa está publicada no Canadian Medical Association Journal.

Embora não esteja claro se a DII causa diretamente outras condições, estudos indicam que ela pode estar associada a problemas como artrite, doenças cardiovasculares, renais e problemas de saúde mental, como depressão.

Essas condições, se tratadas mais cedo, poderiam ajudar a melhorar a saúde geral dos pacientes e prevenir complicações graves.

Leia mais:

IA pode prever morte prematura em pacientes com doença inflamatória intestinal – Imagem: ShannonChocolate/Shutterstock

Detalhes do estudo

  • A pesquisa analisou dados de 9.278 indivíduos com DII, dos quais 47,2% morreram prematuramente.
  • Os resultados indicam que, ao identificar doenças crônicas mais cedo, especialmente durante a juventude ou meia-idade, as chances de evitar a morte precoce aumentam.
  • O estudo também destacou que as doenças mais comuns entre os pacientes que morreram precocemente foram artrite, hipertensão, transtornos de humor, insuficiência renal e câncer.

Embora o modelo de IA não seja causal, ele pode identificar padrões de alto risco e ajudar na coordenação de cuidados entre diferentes especialidades médicas.

A pesquisa abre caminho para um tratamento mais integrado, com foco na saúde do paciente além da DII, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e aumentar a longevidade.

intestino
Estudo revela que tratar precocemente as multimorbidades pode reduzir a taxa de mortalidade precoce em casos de DII – Imagem: shutterstock/DudnikPhoto

O post IA pode detectar doenças intestinais que resultam em morte prematura apareceu primeiro em Olhar Digital.