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Intuitive Machines escolhe SpaceX para lançar novo módulo lunar

A Intuitive Machines (IM) escolheu a SpaceX para lançar seu novo módulo lunar IM-4, segundo um comunicado inédito da empresa. Após a falha de pouso de seu último lançamento, Athena, a companhia está preparando seu quarto projeto, que deverá ser lançado em um foguete Falcon 9 em 2027.

O novo módulo tem o nome de IM-4 e será a quarta produção da empresa voltada para exploração lunar. Além dele, o foguete levará dois satélites de retransmissão para a rede de comunicações lunares da NASA, que ficarão na órbita da Lua.

“Os satélites de entrega de dados e retransmissão de dados na superfície lunar são essenciais para nossa estratégia de comercialização da Lua”, disse o CEO da Intuitive Machines, Steve Altemus, em um comunicado.

IM tem um passado de desastres com módulos lunares

O anúncio do novo projeto aconteceu apenas algumas semanas após o pouso mal-sucedido de seu módulo Athena. Com ele, o histórico da Intuitive Machines é de falhas nas últimas duas missões:

  • Em 2024, o IM-1, chamado de Odysseus, tombou após quebrar uma perna de sustentação ao tentar pousar.
  • Em 2025, IM-2 Athena caiu de lado durante uma tentativa de pouso no polo sul lunar.

Há também o IM-3, o terceiro módulo lunar da companhia, que ainda está em produção e deve ser lançado em 2026.

Athena fez uma selfie tombada na Lua (Imagem: Intuitive Machines)

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NASA fecha contrato milionário com IM

Os satélites enviados com o IM-4 darão suporte aos Serviços de Rede de Espaço Próximo da NASA (NSNS). O módulo levará consigo seis cargas úteis da Agência Espacial Americana sob um contrato de $117 milhões (cerca de R$ 691 milhões) pelo programa de Serviços de Carga Útil Lunar Comercial.

Uma nova broca para experimentos construída pela Agência Espacial Europeia (ESA) também irá para a Lua com o IM-4. O instrumento servirá para buscar água no polo sul lunar.

A NASA concedeu a Intuitive Machines diversas ordens de serviço sob o contrato NSNS. Dentre essas ordenações, o contrato prevê que a IM forneça serviços de comunicação direta com a Terra (DTE) e uma constelação de satélites de retransmissão de dados lunares para apoiar a missão Artemis, que levará astronautas novamente para a Lua.

“Planejamos implantar o primeiro de cinco satélites de retransmissão de dados lunares em nossa terceira missão. Os dois satélites adicionais em nossa quarta missão visam ampliar esse serviço, seguidos por duas implantações adicionais para completar a constelação e dar suporte total às operações lunares comerciais e da NASA”, conclui o CEO da IM.

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FOTOS: Sonda da NASA fotografa nave Athena, declarada morta após tombar na Lua

A nave espacial Athena, da empresa Intuitive Machines, tombou na superfície da Lua após tentativa de pouso e foi declarada morta. O Olhar Digital reportou o caso aqui.

A sonda Lunar Reconnaissance Orbiter, da NASA, registrou imagens do local de descanso final da Athena, dentro da cratera onde ela tombou.

A sonda Athena, da Intuitive Machines, capturou esta visão da Lua durante seu pouso em 6 de março de 2025, antes de ‘morrer’ (Crédito: NASA TV)

Nave Athena foi declarada morta após tombar na Lua

A Athena chegou à Lua no dia 6 de março. A missão, que forneceria dados cruciais para o retorno dos humanos ao satélite natural, pousou a cerca de 400 quilômetros de onde deveria ter pousado, próximo ao polo sul lunar.

Inicialmente, a nave conseguiu gerar energia e transmitir dados para a Terra, o que já indicou que havia algo de errado por lá. No dia seguinte, 7 de março, a Intuitive Machines, responsável pela máquina, confirmou que a Athena tombou de lado dentro de uma cratera, o que impediu que seus painéis solares captassem energia para recarregar as baterias. A missão foi declarada morta.

Além do envio de dados, a missão IM-2 (por ser a segunda da empresa com esse objetivo) carregava diversos experimentos científicos da NASA, incluindo a broca de regolito Trident, projetada para buscar água e outros componentes essenciais para a sustentação da vida na Lua. Ou seja, a falha também impacta o programa lunar da agência espacial americana.

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Sonda da NASA registrou fotos da nave tombada

A sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da NASA, aproveitou para fazer registros da Athena em seu local de descanso, na região de Mons Mouton, a cerca de 160 quilômetros do polo sul.

A primeira imagem é do dia 7 de março. Veja:

Lunar Reconnaissance Orbiter fotografou Athena tombada na Lua
Registro de 7 de março (Imagem: NASA/GSFC/Universidade Estadual do Arizona)

Três dias depois, no dia 10, a LRO fotografou a Athena no chão de uma cratera de 20 metros de largura:

Lunar Reconnaissance Orbiter fotografou Athena tombada na Lua
LRO registrou Athena tombada dentro de uma cratera na Lua, no dia 10 de março (Imagem: NASA/GSFC/Universidade Estadual do Arizona)

Athena pode ajudar na exploração lunar

A IM-1, primeira missão da Intuitive Machines na Lua, enviou o módulo Odysseus ao satélite em fevereiro do ano passado. Ele também tombou, mas operou por mais tempo antes da missão ser encerrada.

A empresa destacou que, mesmo com a morte da Athena, há resultados positivos:

  • Em atualização da missão no dia 7 de março, a Intuitive Machines escreveu que a região do polo sul “é iluminada por ângulos solares severos e comunicação direta limitada com a Terra”;
  • O módulo não sobreviveu ao terreno acidentados, mas “os insights e as conquistas do IM-2 abrirão esta região para mais exploração espacial”.

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Athena fracassa: nave tomba na Lua e é declarada ‘morta’

A nave espacial Athena, da empresa Intuitive Machines (IM), foi declarada como “morta” após tombar na superfície da Lua durante sua tentativa de pouso.

O incidente, que ocorreu na quinta-feira (6), marca um revés significativo para o programa de serviços de carga lunar comercial (CLPS) da NASA, que visa fomentar a exploração lunar por empresas privadas.

Missão lunar Athena: do pouso histórico a declaração de falha

Lançada para fornecer dados cruciais para o futuro retorno de humanos à Lua, a Athena pousou a cerca de 400 km de seu local de pouso pretendido, próximo ao polo sul lunar. Inicialmente, a nave espacial conseguiu gerar energia e transmitir dados para a Terra, indicando uma “atitude incorreta”.

No entanto, a IM confirmou na sexta-feira (7) que a Athena tombou de lado e, devido à orientação de seus painéis solares e às temperaturas extremas na cratera, seria incapaz de recarregar suas baterias, encerrando a missão.

A sonda Athena, da Intuitive Machines, capturou esta visão da Lua durante seu pouso em 6 de março de 2025. Crédito: NASA TV

A falha da Athena levanta preocupações sobre o design da nave, que compartilha semelhanças com a Odysseus, a primeira espaçonave privada a pousar na Lua. Odysseus também tombou durante o pouso em fevereiro de 2024, após quebrar uma perna. Essa repetição de falhas levanta questionamentos sobre a confiabilidade do design e a necessidade de aprimoramentos para futuras missões.

A missão IM-2, como era conhecida a missão da Athena, carregava diversos experimentos científicos da NASA, incluindo a broca de regolito Trident, projetada para buscar água e outros componentes essenciais para a sustentação da vida na Lua. Além disso, a nave transportava três sondas robóticas móveis, como a plataforma de prospecção autônoma móvel (Mapp), o primeiro veículo comercial a chegar à Lua. A perda desses equipamentos representa um grande impacto para o programa lunar da NASA.

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Apesar da falha, a IM destacou o sucesso do pouso no polo sul lunar, descrevendo-o como “o pouso lunar e as operações de superfície mais ao sul já realizados”. A empresa ressaltou que a região é conhecida por seu terreno acidentado e condições desafiadoras de iluminação solar e comunicação. A IM acredita que os dados coletados durante a missão Athena contribuirão para o desenvolvimento de futuras explorações espaciais na região.

A missão Athena fazia parte do programa CLPS da NASA, que investiu US$ 2,6 bilhões em contratos com empresas privadas para o desenvolvimento de missões lunares. O objetivo do programa é incentivar a exploração lunar comercial e preparar o terreno para a missão tripulada Artemis 3, prevista para meados de 2027.

Enquanto a Athena enfrenta seu destino na Lua, a missão Blue Ghost 1, da Firefly Aerospace, obteve sucesso em seu pouso recente, demonstrando o progresso contínuo da exploração lunar por empresas privadas.

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Problemas com módulo lunar derrubam ações da Intuitive Machines

As ações da Intuitive Machines (LUNR) experimentaram uma queda acentuada nesta quinta-feira (6), refletindo a incerteza em torno do destino do módulo lunar Athena.

A tentativa de pouso na superfície lunar, que visava coletar dados cruciais para futuras missões, gerou apreensão entre investidores e especialistas, resultando em uma desvalorização significativa dos papéis da empresa.

Confusão e queda nas negociações

Durante o pregão regular, as ações da Intuitive Machines já haviam sofrido uma queda de mais de 20%. A transmissão ao vivo do pouso lunar, realizada pela NASA, foi interrompida em meio à confusão sobre o status do módulo Athena.

O CEO da Intuitive Machines, Stephen Altemus, informou que o veículo havia pousado e estava transmitindo dados, mas a localização exata e a posição do módulo permaneciam incertas. Apesar da geração de energia, o CEO expressou preocupação com a capacidade limitada do módulo para executar todas as suas funções.

A sonda Athena, da Intuitive Machines, capturou esta visão da Lua durante seu pouso em 6 de março de 2025. Crédito: NASA TV

A situação se agravou nas negociações pós-expediente, quando Altemus revelou que a equipe não acreditava que o módulo estivesse em posição vertical. Essa declaração desencadeou uma nova onda de vendas, levando as ações a uma queda adicional de 27%.

Segundo pouso lunar

  • A missão Athena representa a segunda tentativa da Intuitive Machines de realizar um pouso lunar.
  • Em fevereiro de 2024, o módulo Odysseus se tornou a primeira espaçonave comercial a pousar na Lua, mas o pouso não transcorreu conforme o esperado, com a nave tombando logo após o contato com a superfície.
  • As missões da Intuitive Machines são financiadas pelo programa Artemis da NASA, que busca explorar a Lua e estabelecer uma presença humana sustentável no satélite natural.
  • A missão Athena transporta tecnologia da NASA com o objetivo de coletar amostras de solo para análise de água e outros recursos que podem ser utilizados na produção de combustíveis e oxigênio.

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Impacto financeiro e perspectivas para o futuro

A queda nas ações da Intuitive Machines representa um revés significativo para a empresa, que já acumula perdas de cerca de 38% no valor de seus papéis neste ano. A incerteza em torno do destino do módulo Athena levanta questões sobre o futuro das missões lunares da empresa e seu papel no programa Artemis.

O incidente também destaca os desafios e riscos inerentes à exploração espacial, especialmente em missões comerciais. A capacidade de superar esses desafios e garantir o sucesso de futuras missões será crucial para a Intuitive Machines e para o avanço da exploração lunar.

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Athena: sonda está ativa, mas posição na Lua ainda é incerta

O módulo lunar Athena, da empresa norte-americana Intuitive Machines, pousou perto do polo sul da Lua nesta quinta-feira (6), às 14h31 (horário de Brasília). Embora a missão tenha seguido o cronograma previsto, os engenheiros ainda não sabem se a sonda está na posição correta, o que pode interferir na capacidade de comunicação e geração de energia.

A confirmação do pouso veio durante uma transmissão ao vivo do evento. Horas mais tarde, a empresa realizou uma coletiva de imprensa para atualizar a situação. “Devo dizer que ainda não acreditamos que estamos na atitude correta na superfície da Lua”, declarou Steve Altemus, CEO da Intuitive Machines. Ele explicou que a equipe ainda está analisando os dados recebidos e espera obter imagens do orbitador Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da NASA, nos próximos dias para entender melhor a situação.

A sonda Athena, da Intuitive Machines, capturou esta visão da Lua durante seu pouso em 6 de março de 2025. Crédito: NASA TV

Apesar da incerteza sobre a posição da espaçonave Athena, a comunicação com ela foi estabelecida. “Podemos comandar cargas úteis para ligar e desligar”, disse Altemus. No entanto, ele admitiu que a geração de energia e a comunicação não estão totalmente dentro do esperado. Como medida preventiva, a equipe adotou estratégias para conservar energia e avaliar quais objetivos da missão ainda podem ser cumpridos.

Localização exata do módulo Athena ainda é um mistério

Outro desafio enfrentado pela equipe da Intuitive Machines é determinar a localização exata da sonda Athena na Lua. A espaçonave deveria pousar em uma região específica dentro do planalto Mons Mouton, a cerca de 160 km do polo sul lunar. Porém, devido às dificuldades encontradas no pouso, a posição final do módulo pode estar um pouco diferente do previsto.

“Não sei exatamente onde estaríamos em relação à elipse de pouso que especificamos antes da missão, com precisão de 50 metros”, explicou Altemus. Ele afirmou que a equipe está aguardando imagens da câmera do orbitador LRO para confirmar a localização.

Tim Crain, diretor de crescimento da Intuitive Machines, acredita que o software de reconhecimento de crateras da Athena funcionou corretamente e direcionou a sonda para um ponto próximo do alvo planejado. O sistema utiliza um banco de dados com imagens de crateras da região, comparando-as com as captadas durante a descida para se orientar.

“A resposta, repetidamente, foi sim”, disse Crain, ao ser questionado se o software havia identificado corretamente as crateras durante a aterrissagem. Mesmo assim, ele demonstrou uma leve frustração. “Estou um pouco desapontado porque o módulo de pouso provavelmente está fora do perímetro do local de pouso”.

Mons Mouton, uma montanha lunar semelhante a uma mesa perto do polo sul da Lua, batizada em homenagem ao matemático da NASA Melba Mouton, onde a sonda Athena deve pousar. Crédito: NASA / Science Visualization Studio

Apesar disso, Crain garantiu que a Athena pousou dentro do planalto Mons Mouton, uma região de interesse para futuras explorações lunares devido à possibilidade de conter gelo de água sob a superfície.

“Pousar na Lua é extremamente difícil”

Durante a coletiva de imprensa, Nicky Fox, administradora associada da Diretoria de Missões Científicas da NASA, destacou os desafios de um pouso lunar bem-sucedido. “Acho que todos podemos concordar, particularmente hoje, que pousar na Lua é extremamente difícil, e a IM-2 pretendia pousar em um lugar que a humanidade nunca esteve antes”.

Nicky Fox, administradora associada da Diretoria de Missões Científicas da NASA, durante a coletiva de imprensa sobre o pouso da sonda Athena, da Intuitive Machines. Crédito: NASA TV

Ela reforçou que, apesar das dificuldades, a sonda segue ativa e retornando dados valiosos para a missão. “Esperamos poder trabalhar com a Intuitive Machines em um plano para recuperar o máximo de dados científicos e tecnológicos durante sua permanência na Lua”.

Altemus também classificou o pouso como um sucesso, independentemente das dificuldades enfrentadas. “Sempre que você envia uma espaçonave para a Flórida para voar e, uma semana depois, ela está operando na Lua, declaro que é um sucesso”.

Sonda anterior “quebrou a perna” ao pousar na Lua

Esse cenário lembra o pouso da missão IM-1, também da Intuitive Machines, ocorrido em fevereiro de 2024. Na ocasião, o módulo Odysseus tocou o solo lunar com velocidade acima do esperado. Isso acabou quebrando uma perna da espaçonave e fazendo com que ela tombasse parcialmente, dificultando a comunicação.

A transmissão do pouso da missão IM-2 foi encerrada 30 minutos após o evento, com a informação de que mais detalhes serão divulgados em uma coletiva de imprensa marcada para às 18h.

A missão IM-2 faz parte do programa CLPS, da NASA, que contrata empresas privadas para levar experimentos científicos e novas tecnologias à Lua.

Leia mais:

Como estava programado o pouso da sonda Athena na Lua

Pouco depois de ter sido lançado por um foguete Falcon 9, da SpaceX, no dia 26 de fevereiro de 2025, o Athena enviou algumas imagens da Terra para a equipe de controle.

Após uma jornada de quase cinco dias completos, o lander chegou à órbita lunar na segunda-feira (3). No dia seguinte, novos registros obtidos pela espaçonave (que completa uma órbita a cada duas horas) foram divulgados pela Intuitive Machines no X (antigo Twitter), desta vez mostrando a Lua – confira aqui.

Segundo a descrição da missão no site da Intuitive Machines, o pouso seria um processo complexo e autônomo. Primeiro, a sonda precisaria reduzir sua órbita para entrar em trajetória de aproximação. Nesse estágio, sem comunicação direta com a Terra, ela dependeu apenas de seus sensores para navegar.

Ao retomar o contato com os controladores, a espaçonave deveria acionar os motores para diminuir a velocidade e alinhar-se com a superfície. A poucos metros do solo, era esperado que ela desativasse as câmeras e fizesse o ajuste final por orientação interna, tocando o chão suavemente. Por enquanto, não se sabe se esses procedimentos foram cumpridos corretamente.

A escolha da região de Mons Mouton não foi aleatória. Localizada perto do polo sul lunar, a área é um dos focos de interesse da NASA devido à possibilidade de conter gelo de água abaixo da superfície. A presença desse recurso pode ser essencial para futuras missões tripuladas, pois permitiria a obtenção de água potável e até combustível para foguetes.

A sonda Athena, da Intuitive Machines, capturou esta imagem enquanto pousava perto do polo sul da Lua, em 6 de março de 2025. Crédito: NASA TV

Missão deve durar 10 dias

Se tudo der certo, a missão deve durar cerca de 10 dias – o período de iluminação solar na região. Durante esse tempo, seus instrumentos irão perfurar e analisar o solo lunar em busca de gelo. O experimento PRIME-1, da NASA, utilizará uma broca chamada TRIDENT para coletar amostras, enquanto o espectrômetro MSolo verificará sua composição.

O módulo Athena também transporta um pequeno rover japonês chamado Yaoki e a espaçonave autônoma Grace, que explorará uma cratera próxima. Há também um experimento de comunicação 4G/LTE da Nokia, que poderá facilitar a conectividade em futuras missões.

A Intuitive Machines já planeja novas missões à Lua. Com contratos adicionais da NASA, a empresa segue ampliando sua participação na exploração do satélite, ajudando a pavimentar o caminho para o retorno de astronautas à superfície lunar.

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Sonda Athena pousa na Lua – mas, algo pode ter dado errado

O módulo lunar Athena, da norte-americana Intuitive Machines, pousou perto do polo sul da Lua nesta quinta-feira (6), às 14h31 (horário de Brasília). Embora a missão tenha ocorrido dentro do cronograma planejado, há sinais de que a descida ao solo lunar pode não ter sido perfeita.

Durante a transmissão ao vivo do evento, a empresa informou que a sonda Athena continua enviando dados e gerando energia na superfície. No entanto, a equipe ainda não confirmou se a espaçonave pousou na posição correta – o que seria essencial para garantir uma boa comunicação com a Terra.

“Podemos confirmar que Athena está na Lua”, disse Josh Marshall, da Intuitive Machines. Segundo ele, os engenheiros estão analisando a orientação do módulo, o que afeta a qualidade do sinal.

Esse cenário lembra o pouso da missão IM-1, também da Intuitive Machines, ocorrido em fevereiro de 2024. Na ocasião, o módulo Odysseus tocou o solo lunar com velocidade acima do esperado. Isso acabou quebrando uma perna da espaçonave e fazendo com que ela tombasse parcialmente, dificultando a comunicação.

A sonda Athena, da Intuitive Machines, capturou esta imagem enquanto pousava perto do polo sul da Lua, em 6 de março de 2025. Crédito: NASA TV

A transmissão do pouso da missão IM-2 foi encerrada 30 minutos após o evento, com a informação de que mais detalhes serão divulgados em uma coletiva de imprensa marcada para às 18h.

A missão IM-2 faz parte do programa CLPS, da NASA, que contrata empresas privadas para levar experimentos científicos e novas tecnologias à Lua.

Como estava programado o pouso da sonda Athena na Lua

Pouco depois de ter sido lançado por um foguete Falcon 9, da SpaceX, no dia 26 de fevereiro de 2025, o Athena enviou algumas imagens da Terra para a equipe de controle.

Após uma jornada de quase cinco dias completos, o lander chegou à órbita lunar na segunda-feira (3). No dia seguinte, novos registros obtidos pela espaçonave (que completa uma órbita a cada duas horas) foram divulgados pela Intuitive Machines no X (antigo Twitter), desta vez mostrando a Lua – confira aqui.

Segundo a descrição da missão no site da Intuitive Machines, o pouso seria um processo complexo e autônomo. Primeiro, a sonda precisaria reduzir sua órbita para entrar em trajetória de aproximação. Nesse estágio, sem comunicação direta com a Terra, ela dependeu apenas de seus sensores para navegar. 

Ao retomar o contato com os controladores, a espaçonave deveria acionar os motores para diminuir a velocidade e alinhar-se com a superfície. A poucos metros do solo, era esperado que ela desativasse as câmeras e fizesse o ajuste final por orientação interna, tocando o chão suavemente. Por enquanto, não se sabe se esses procedimentos foram cumpridos corretamente.

Mons Mouton, uma montanha lunar semelhante a uma mesa perto do polo sul da Lua, batizada em homenagem ao matemático da NASA Melba Mouton, onde a sonda Athena deve pousar. Crédito: NASA / Science Visualization Studio

A escolha da região de Mons Mouton não foi aleatória. Localizada perto do polo sul lunar, a área é um dos focos de interesse da NASA devido à possibilidade de conter gelo de água abaixo da superfície. A presença desse recurso pode ser essencial para futuras missões tripuladas, pois permitiria a obtenção de água potável e até combustível para foguetes.

Leia mais:

Missão deve durar 10 dias

Se tudo der certo, a missão deve durar cerca de 10 dias – o período de iluminação solar na região. Durante esse tempo, seus instrumentos irão perfurar e analisar o solo lunar em busca de gelo. O experimento PRIME-1, da NASA, utilizará uma broca chamada TRIDENT para coletar amostras, enquanto o espectrômetro MSolo verificará sua composição.

A Nokia incluiu um sistema de comunicação 4G no Athena da Intuitive Machines para conectar pequenos rovers com o módulo lunar – imagem conceitual artística. Crédito: Nokia/Intuitive Machines

O módulo Athena também transporta um pequeno rover japonês chamado Yaoki e a espaçonave autônoma Grace, que explorará uma cratera próxima. Há também um experimento de comunicação 4G/LTE da Nokia, que poderá facilitar a conectividade em futuras missões.

A Intuitive Machines já planeja novas missões à Lua. Com contratos adicionais da NASA, a empresa segue ampliando sua participação na exploração do satélite, ajudando a pavimentar o caminho para o retorno de astronautas à superfície lunar.

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Espaçonave Athena pousa na Lua esta tarde – assista ao vivo

Na tarde desta quinta-feira (6), o lander Athena, da empresa Intuitive Machines, dos EUA, tentará pousar na Lua. Se der tudo certo, será a segunda vez que a companhia conquista o feito. Em fevereiro de 2024, o módulo Odysseus se tornou a primeira espaçonave privada a atingir o solo lunar com sucesso – embora tenha tombado após o contato com o solo.

Denominada IM-2, a missão faz parte do programa Serviços Comerciais de Carga Útil Lunar (CLPS), da NASA, que contrata empresas privadas para levar experimentos científicos e tecnológicos à Lua. 

Com transmissão ao vivo no serviço de streaming NASA+ e no canal Intuitive Machines no YouTube a partir das 13h30 (pelo horário de Brasília), o pouso deve acontecer cerca de uma hora depois na região de Mons Mouton, perto do polo sul lunar.

Imagem capturada pela espaçonave Athena na órbita da Lua. Crédito: Intuitive Machines

Pouco depois de ter sido lançado por um foguete Falcon 9, da SpaceX, no dia 26 de fevereiro de 2025, o Athena enviou algumas imagens da Terra para a equipe de controle.

Após uma jornada de quase cinco dias completos, o lander chegou à órbita lunar na segunda-feira (3). No dia seguinte, novos registros obtidos pela espaçonave (que completa uma órbita a cada duas horas) foram divulgados pela Intuitive Machines no X (antigo Twitter), desta vez mostrando a Lua – confira aqui.

Leia mais:

Como será o pouso da sonda Athena na Lua

Segundo a descrição da missão no site da Intuitive Machines, o pouso será um processo complexo e autônomo. Primeiro, a sonda reduzirá sua órbita e entrará em trajetória de aproximação. Sem comunicação direta com a Terra nesse estágio, ela dependerá apenas de seus sensores para navegar. 

Quando retomar o contato com os controladores, acionará os motores para diminuir a velocidade e alinhar-se com a superfície. A poucos metros do solo, deve desativar as câmeras e fazer o ajuste final por orientação interna, tocando o chão suavemente.

Mons Mouton, uma montanha lunar semelhante a uma mesa perto do polo sul da Lua, batizada em homenagem ao matemático da NASA Melba Mouton, onde a sonda Athena deve pousar. Crédito: NASA / Science Visualization Studio

A escolha da região de Mons Mouton não foi aleatória. Localizada perto do polo sul lunar, a área é um dos focos de interesse da NASA devido à possibilidade de conter gelo de água abaixo da superfície. A presença desse recurso pode ser essencial para futuras missões tripuladas, pois permitiria a obtenção de água potável e até combustível para foguetes.

Após o pouso, a missão deve durar cerca de 10 dias – o período de iluminação solar na região. Durante esse tempo, seus instrumentos irão perfurar e analisar o solo lunar em busca de gelo. O experimento PRIME-1, da NASA, utilizará uma broca chamada TRIDENT para coletar amostras, enquanto o espectrômetro MSolo verificará sua composição.

O módulo Athena também transporta um pequeno rover japonês chamado Yaoki e a espaçonave autônoma Grace, que explorará uma cratera próxima. Há também um experimento de comunicação 4G/LTE da Nokia, que poderá facilitar a conectividade em futuras missões.

A Intuitive Machines já planeja novas missões à Lua. Com contratos adicionais da NASA, a empresa segue ampliando sua participação na exploração do satélite, ajudando a pavimentar o caminho para o retorno de astronautas à superfície lunar.

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Módulo Athena transmite vídeo incrível do local de pouso na Lua

Na tarde desta quinta-feira (6), o lander Athena, da empresa Intuitive Machines, dos EUA, tentará pousar na Lua. Se der tudo certo, será a segunda vez que a companhia conquista o feito. Em fevereiro de 2024, o módulo Odysseus se tornou a primeira espaçonave privada a atingir o solo lunar com sucesso – embora tenha tombado após o contato com o solo.

A missão, chamada IM-2, faz parte do programa Serviços Comerciais de Carga Útil Lunar (CLPS), da NASA, que contrata empresas privadas para levar experimentos científicos e tecnológicos à Lua. 

Athena tirou “selfies” com a Terra enquanto ruma à Lua. Crédito: Reprodução/X/Intuitive Machines

Pouco depois de ter sido lançado por um foguete Falcon 9, da SpaceX, no dia 26 de fevereiro de 2025, o Athena enviou algumas imagens da Terra para a equipe de controle. Agora, novos registros obtidos pela espaçonave (que completa uma órbita a cada duas horas) foram divulgados pela Intuitive Machines no X (antigo Twitter), desta vez mostrando a Lua.

Em uma postagem de 4 de março, a empresa afirmou que o módulo “segue em excelente estado” e aguarda o nascer do Sol na região de Mons Mouton, perto do polo sul lunar, onde pretende pousar. 

Também foi divulgado um vídeo em lapso de tempo mostrando 10 minutos de uma das 39 órbitas que o Athena fará antes da tentativa de descida.

Leia mais:

Missão vai procurar gelo no subsolo lunar

Mons Mouton é um local estratégico para a NASA, pois pode conter gelo de água no subsolo, recurso essencial para futuras missões tripuladas, já que pode ser usado para produzir oxigênio e combustível. 

Para ajudar nessa investigação, o módulo Athena transporta o experimento PRIME-1, que perfurará o solo lunar em busca de gelo. O equipamento é composto por uma broca capaz de cavar até um metro de profundidade e um espectrômetro de massa para analisar as amostras coletadas.

Outro equipamento a bordo é a espaçonave secundária Grace, que fará pequenos “saltos” ao redor do local de pouso para explorar áreas permanentemente sombreadas. Junto a ela, o pequeno rover MAPP (sigla em inglês para “Plataforma Móvel Autônoma de Prospecção”), desenvolvido pela empresa Lunar Outpost, ajudará nas pesquisas enquanto carrega a primeira rede de telefonia celular da Lua.

Movimentação está intensa na Lua

O pouso do Athena acontece em um momento de intensa atividade lunar. No último domingo (2), o módulo Blue Ghost, da Firefly Aerospace, chegou à superfície para uma missão de duas semanas na região de Mare Crisium. Outra espaçonave, o módulo japonês Resilience, lançado junto ao Blue Ghost em janeiro, segue em uma trajetória mais lenta e deve pousar em junho.

A expectativa da Intuitive Machines é que o Athena consiga uma descida mais precisa do que a de seu antecessor. “Esperamos pousar de forma mais controlada desta vez”, disse Trent Martin, vice-presidente sênior da empresa, ao site Space.com. Se tudo correr bem, a missão vai representar mais um avanço na exploração sustentável da Lua.

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