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Xiaomi ultrapassa Apple e lidera mercado chinês de smartphones

O mercado de smartphones na China presenciou uma reviravolta no primeiro trimestre de 2025, com a gigante americana Apple perdendo terreno para rivais domésticas. Dados preliminares da International Data Corporation (IDC) revelam que a participação da Apple no lucrativo mercado chinês de telefonia móvel recuou para 13,7%, uma queda considerável em relação aos 15,6% registrados no mesmo período do ano anterior.

Essa retração empurrou a Maçã para a quinta colocação no ranking, após ter figurado no topo no último trimestre de 2024.

Queda nas vendas de iPhone na China

Apesar de ter conquistado a liderança no final do ano passado, a Apple tem enfrentado uma crescente pressão de marcas locais como Vivo e Huawei, que já haviam superado a empresa em vendas anuais.

No primeiro trimestre de 2025, as remessas de iPhones na China totalizaram 9,8 milhões de unidades, representando uma queda de 9% em comparação com o ano anterior, conforme aponta o relatório da IDC divulgado nesta quinta-feira (17).

Ainda assim, a empresa foi a única marca não chinesa a se manter entre as cinco maiores do mercado.

Apesar de ter conquistado a liderança no fim de 2024, a Apple tem enfrentado pressão de marcas locais. (Imagem: Urbanscape/Shutterstock)

Xiaomi lidera mercado local

Quem capitalizou essa mudança no panorama foi a gigante chinesa Xiaomi, cujos produtos abrangem desde smartphones e eletrodomésticos até veículos elétricos. A empresa superou a Apple e assumiu a liderança no primeiro trimestre, impulsionada por um aumento de quase 40% nas remessas em relação ao ano anterior.

A Huawei, outra potência chinesa que também atua nos mercados de smartphones e veículos elétricos, garantiu a segunda colocação no ranking da IDC, seguida pela OPPO, empresa de eletrônicos de consumo que ficou em terceiro lugar. As remessas dessas duas empresas chinesas atingiram 12,9 milhões e 11,2 milhões de unidades, respectivamente, durante o primeiro trimestre.

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Xiaomi superou a Apple e assumiu a liderança no primeiro trimestre. (Imagem: Only_NewPhoto / Shutterstock)

Segundo Will Wong, gerente sênior de pesquisa de dispositivos de clientes da IDC Ásia/Pacífico, o retorno da Xiaomi ao primeiro lugar após quase uma década pode ser atribuído aos subsídios governamentais. A contínua expansão de subsídios na China, visando estimular o consumo, tem se mostrado um fator determinante para o bom desempenho de marcas com preços mais acessíveis.

Em janeiro, as políticas governamentais ampliaram os subsídios ao consumidor para incluir smartphones, tablets e smartwatches, com um limite de preço de 6.000 yuans (aproximadamente US$ 821,92). Analistas do Citi acreditam que esses subsídios podem incentivar uma parcela dos consumidores chineses a substituir seus aparelhos por modelos com preços inferiores a 3.000 yuans, um segmento que representa 75% da base de usuários de smartphones do país.

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Olhando para o futuro, Arthur Guo, analista sênior de pesquisa da IDC China, alerta para possíveis desafios, uma vez que “as tensões comerciais entre os EUA e a China podem levar a aumentos de custos e orçamentos mais apertados para os consumidores”, o que poderia impactar negativamente a demanda nos próximos trimestres.

Com informações do Wall Street Journal.

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Apple bate recorde de exportação de iPhones da Índia para os EUA

A Apple ampliou as exportações de iPhones da Índia para os Estados Unidos, atingindo um valor recorde de US$ 2 bilhões em março. A estratégia foi impulsionada por preocupações com possíveis tarifas impostas pelo governo Trump.

Dados alfandegários revelam que a gigante da tecnologia fretou voos de carga para transportar 600 toneladas de iPhones, buscando garantir um estoque robusto em um de seus principais mercados.

iPhones da Índia para evitar tarifas nos EUA

A medida da Apple foi uma resposta direta à iminente ameaça de tarifas elevadas. Os EUA impuseram tarifas de 26% sobre as importações da Índia, enquanto a China enfrentava taxas superiores a 100%.

A Foxconn e a Tata Electronics, principais fornecedoras da Apple na Índia, foram os pilares dessa operação logística sem precedentes. A Foxconn, sozinha, exportou US$ 1,31 bilhão em iPhones em março, um valor que superou a soma das remessas de janeiro e fevereiro.

A Tata Electronics contribuiu com US$ 612 milhões, demonstrando o aumento significativo na produção indiana e a importância do país na cadeia de suprimentos da Apple.

A empresa optou por transportar os iPhones por via aérea para evitar atrasos e garantir que seus produtos chegassem ao mercado americano antes que as tarifas entrassem em vigor. (Imagem: Wongsakorn 2468/Shutterstock)

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A operação logística foi complexa e exigiu coordenação entre a Apple, seus fornecedores e as autoridades indianas. Voos de carga foram fretados para transportar os iPhones do terminal de carga aérea de Chennai para diversos destinos nos EUA, incluindo Los Angeles, Nova York e Chicago. A Apple também pressionou as autoridades aeroportuárias indianas para agilizar o processo de desembaraço aduaneiro, reduzindo o tempo de espera de 30 para 6 horas.

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Uma aguardada atualização pode estar chegando ao iPhone

Ainda estamos em abril, mas muitos fãs de tecnologia, principalmente os mais ligados à Apple, já decretaram a Siri reformulada como a principal decepção de 2025.

O assunto já virou até mesmo questão de Justiça. Ações judiciais no Canadá e nos Estados Unidos acusam a Apple de enganar os consumidores! A empresa anunciou essa assistente de voz mais inteligente em junho do ano passado. De lá para cá, no entanto, vieram os adiamentos e as notícias de uma espécie de crise dentro da maçã.

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Segundo informa uma reportagem do jornal The New York Times, esses adiamentos ocorreram por motivos técnicos. Testes internos teriam mostrado que a ferramenta era extremamente imprecisa. Segundo fontes familiarizadas com o assunto, a nova Siri daria respostas incorretas em cerca de um terço das interações.

O mesmo Times, porém, traz agora uma atualização importante: a Apple estaria preparando para o outono no Hemisfério Norte (primavera por aqui) o lançamento algumas novidades no assunto. Não será a Siri 100% reformulada, mas devem aparecer algumas inovações, como a capacidade de editar e enviar uma foto a um amigo mediante solicitação.

A demora no lançamento da nova Siri gerou alguns processos judiciais contra a Apple – Imagem: PixieMe/Shutterstock

Confusão de datas

  • A informação do jornal americano contradiz várias outras trazidas recentemente por outros veículos gringos.
  • O colunista Mark Gurman, da Bloomberg, por exemplo, afirmou que o departamento de IA da Apple não acreditava em uma “versão verdadeiramente modernizada da Siri” antes de 2027.
  • Já a porta-voz da Apple, Jacqueline Roy, disse ao Daring Fireball, em março, que novos recursos para a Siri somente apareceriam no ano que vem.
  • A novidade do Times talvez seja uma resposta aos inúmeros processos que a Apple vem recebendo.
  • Além disso, podem representar uma evolução dentro da empresa.
  • A maçã viveu uma espécie de dança das cadeiras interna.
  • A responsabilidade pelo desenvolvimento da nova Siri, por exemplo, saiu das mãos de John Giannandrea, chefe de IA, e foi para Mike Rockwell, chefe do headset Vision Pro.
  • Talvez a mudança tenha rendido alguma coisa.
  • Vale destacar que a Apple não confirma nada.
  • Até porque esse papo de crise cai extremamente mal pro mercado, levando a uma queda das ações.
  • Fato é, porém, que alguma coisa parece mesmo fora do lugar dentro da big tech.
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A empresa da maçã apostou alto na Inteligência Artificial, mas até agora não teve resultados expressivos – Imagem: 360b / Shutterstock

A Apple está tão atrasada assim?

Em junho do ano passado, a promessa foi de uma Siri aprimorada capaz de combinar informações de um telefone, como uma mensagem sobre o itinerário de viagem de alguém, com informações da web, como o horário de chegada de um voo. Funcionaria quase como uma agente de IA.

Ok, a própria empresa admite que a Siri e a Apple Intelligence não saíram tão bem como o planejado – e que outras companhias largaram na frente nessa corrida. Mas, de verdade, que outra gigante da tecnologia entrega hoje algo muito superior?

A Nova Alexa, da Amazon, não saiu direito – e nem deve entregar uma experiência conversacional impecável. O Gemini, do Google, por sua vez, não é tão popular assim. E até mesmo a OpenAI e o seu ChatGPT não entregaram ainda um agente de IA para as massas.

Sim, a Apple saiu atrás, mas essa corrida está longe de estar perdida. Isso, no entanto, não significa que a empresa não precisa melhorar. A nova Siri seria uma ótima oportunidade para mostrar uma evolução.

As informações são do The Verge.

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Fabricante do iPhone aposta em carros elétricos – e não estamos falando da Apple

Há pouco tempo, se falava bastante sobre a Apple, dona do iPhone, lançar um carro – com direito a rumores de lançamento em 2025, em 2026, em 2028… até desistir de vez. Porém, quem realmente está mais perto de ter um veículo para chamar de seu é a Foxconn, fabricante do iPhone.

A gigante taiwanesa, que é a maior fabricante de eletrônicos do mundo, está se preparando para entrar no mercado automotivo. Em especial, apostando em veículos elétricos definidos por software e com produção local nos Estados Unidos.

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A ideia é ambiciosa: lançar uma linha completa de carros elétricos, incluindo SUVs médios e compactos, vans e sedãs. Os primeiros modelos previstos para o mercado americano são utilitários esportivos, exatamente o tipo de veículo que mais atrai consumidores hoje em dia.

Estratégia global e parcerias

Em relação a fabricar carros nos Estados Unidos, a Foxconn se baseia no atual contexto geopolítico. Embora tenha uma enorme presença industrial na China continental, as crescentes barreiras comerciais impostas por Washington dificultam a entrada de produtos chineses no mercado americano.

Segundo o executivo Jun Seki, a estratégia será semelhante à que a Foxconn já adota na indústria eletrônica: atuar como fabricante terceirizada, mas desta vez com projetos próprios prontos para serem oferecidos a montadoras parceiras. E a busca por parcerias já começou.

A Nissan está no topo da lista, mas a Foxconn também está de olho na Honda e na Mitsubishi. Segundo Jun Seki (que já foi executivo sênior da Nissan), há colaborações em andamento com a Mitsubishi, embora detalhes ainda não tenham sido revelados.

Carros elétricos com tradição e software avançado

A aposta da fabricante do iPhone (estima-se que cerca de 70% dos smartphones da Apple sejam fabricados pela Foxconn) é em carros elétricos definidos por software, uma tendência que já marcou nomes como Tesla, Rivian e várias startups chinesas. O objetivo é atrair montadoras japonesas que ainda têm pouca presença no mercado de carros elétricos, mas que contam com forte tradição e infraestrutura no setor automotivo.

E vale lembrar: se você tem um iPhone no bolso, um Kindle na estante ou um Nintendo Switch na sala, é bem possível você já esteja usando um produto fabricado pela Foxconn. Aliás, a empresa de Taiwan também produz (ou já produziu) dispositivos para outras marcas como Xiaomi, Google – e até playstations, placas-mãe, placas gráficas e outros componentes para computadores e dispositivos eletrônicos. Ao que tudo indica, a Foxconn tem bagagem de sobra para colocar os pés (ou as rodas) nesta nova estrada.

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iPhones e eletrônicos escapam das novas tarifas de Trump (por enquanto)

Em uma reviravolta que traz alívio para consumidores e gigantes da tecnologia, Donald Trump anunciou uma medida que exclui smartphones, computadores e componentes eletrônicos essenciais das controversas tarifas “recíprocas”.

A decisão evita um aumento substancial nos preços de dispositivos como iPhones e surge em meio a um cenário de apreensão, onde consumidores chegaram a correr para lojas, temendo um impacto imediato em seus bolsos.

Recuo temporário?

A medida, divulgada pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, abrange uma gama de produtos, incluindo smartphones, laptops, discos rígidos, processadores e chips de memória – itens amplamente fabricados fora dos EUA, cuja produção doméstica exigiria anos para ser estabelecida.

As isenções concedidas derivam de uma regra que impede a sobreposição de tarifas adicionais sobre taxas já existentes, sugerindo que esses produtos podem, em breve, voltar a ser alvo de novas taxações, embora possivelmente em um patamar inferior para a China.

(Imagem: Wongsakorn 2468 / Shutterstock)

Um ponto de atenção especial recai sobre os semicondutores, um setor que Trump sinalizou como alvo de tarifas específicas. A isenção temporária desses componentes indica que a Casa Branca ainda considera a imposição de taxas setoriais, com uma alíquota ainda a ser definida.

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A reação do mercado foi imediata, com empresas como Apple e Samsung Electronics vislumbrando um alívio nas pressões de custos. Contudo, a incerteza paira sobre o futuro, com a possibilidade de novas tarifas no horizonte, mantendo o setor em estado de alerta.

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iPhone fabricado nos EUA não deve virar realidade; entenda os motivos

O presidente dos EUA, Donald Trump, gostaria de ver iPhones sendo fabricados nos Estados Unidos como um símbolo do sucesso de sua política tarifária e de seu compromisso com o retorno da produção industrial ao país.

A Casa Branca chegou a afirmar que o investimento de US$ 500 bilhões prometido pela Apple nos próximos quatro anos seria um indicativo de que isso é possível. Porém, especialistas afirmam que essa meta é altamente improvável no curto prazo, conforme relata um artigo da Bloomberg.

EUA carecem da infraestrutura e mão de obra que se encontra na Ásia

  • A produção do iPhone exige um ecossistema complexo de fornecedores, instalações gigantescas e mão de obra altamente treinada — fatores que hoje só existem, em escala, na Ásia.
  • A China, em especial, lidera esse processo com mega fábricas que funcionam como pequenas cidades, abrigando centenas de milhares de trabalhadores.
  • Nos EUA, faltam tanto infraestrutura quanto profissionais qualificados para esse tipo de operação.
  • Além disso, a Apple já está apostando na Índia como sua principal alternativa à China, com uma nova megafábrica que deve produzir dezenas de milhões de iPhones por ano.
  • Embora o Brasil também tenha uma pequena linha de montagem, ela atende apenas modelos mais antigos.
Plano de Trump enfrenta a complexidade da produção da Apple, que continua apostando na Ásia (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

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China ainda oferece as melhores condições

A Apple argumenta que a razão para manter a produção na China não é salarial, mas sim a concentração de conhecimento técnico. O CEO Tim Cook já afirmou que é possível reunir milhares de engenheiros especializados em um único local na China — algo inviável nos EUA atualmente.

Automatizar toda a produção, como alguns sugerem, também é inviável. O design do iPhone muda constantemente, o que exige uma reconfiguração rápida das linhas de montagem — algo que ainda depende do trabalho humano.

Mesmo países como a Tailândia, Vietnã e Malásia, onde a Apple produz outros dispositivos, ainda não oferecem escala ou infraestrutura para competir com a China na produção de iPhones.

No momento, as fábricas indianas devem ajudar a Apple a contornar tarifas e manter o fornecimento para o mercado norte-americano, mas a dependência da Ásia continua forte — e a produção nos EUA permanece uma meta distante.

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Apple mantém produção de iPhones concentrada na Ásia por causa de escala, especialização e infraestrutura (Imagem: Wongsakorn 2468/Shutterstock)

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Tarifas podem fazer iPhone ser item de luxo nos EUA

A nova política tarifária anunciada pelo presidente Donald Trump pode impactar diretamente o bolso dos consumidores americanos. Com a decisão de manter uma alíquota de 125% sobre produtos importados da China, dispositivos como iPhones, notebooks, acessórios e outros eletrônicos podem sofrer aumento de preços ainda em 2025.

Essa elevação tarifária faz parte de uma nova rodada de medidas contra produtos chineses, enquanto outros países terão uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas. A mudança afeta diretamente empresas como a Apple, que tem boa parte de sua cadeia de produção concentrada na China. Analistas indicam que o impacto no preço dos iPhones pode ser sentido em poucas semanas, dependendo da disponibilidade dos estoques atuais nos Estados Unidos.

Apple tem boa parte de sua cadeia de produção concentrada na China (Imagem: Koshiro K / Shutterstock.com)

Estoques podem adiar aumento, mas não por muito tempo

  • A Apple deve conseguir manter os valores atuais por um curto período, aproveitando os dispositivos já armazenados em território americano.
  • Estimativas do mercado indicam que a empresa teria de três a seis semanas de estoque, dependendo da fonte.
  • No entanto, quando esse volume for esgotado, o novo valor dos aparelhos já poderá refletir os custos adicionais da importação.
  • O efeito direto das tarifas dependerá também da postura da Apple e de suas parceiras.
  • Uma das possibilidades é a absorção parcial do custo extra para reduzir o impacto para os consumidores, mas especialistas apontam que o aumento pode ser inevitável.
  • Um dos exemplos mais extremos vem de uma estimativa do banco UBS, que calcula que o iPhone 16 Pro Max, montado na China, poderia ficar US$ 800 (cerca R$ 4,6 mil) mais caro.
  • Já unidades fabricadas na Índia teriam acréscimos bem menores, na casa dos US$ 45 (~R$ 260).

Apple pode adiar lançamentos ou mudar estratégia

Caso o cenário de tarifas se prolongue, a Apple poderá reavaliar suas estratégias de lançamento. Há precedentes: em 2020, durante a pandemia, a empresa adiou seu anúncio anual de setembro para outubro. Segundo analistas, mudanças temporárias no cronograma são uma alternativa para lidar com as novas pressões econômicas.

Internamente, a empresa já vinha transferindo parte de sua produção para países como Índia e Vietnã, em um esforço para reduzir a dependência da China. No entanto, componentes essenciais ainda são majoritariamente fornecidos por fabricantes chineses, o que mantém a vulnerabilidade diante de políticas tarifárias mais rígidas.

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Componentes do iPhone são produzidos na China, apesar de parte da produção ter saído do país (Imagem: forden / Shutterstock.com)

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Produzir iPhones nos EUA ainda é improvável

Apesar do discurso da Casa Branca sobre a possibilidade de fabricação nos Estados Unidos, o custo de produção em solo americano seria significativamente mais alto. Estimativas indicam que um iPhone feito nos EUA poderia custar até US$ 3.500 (mais de R$ 20 mil), principalmente devido à mão de obra mais cara e à dificuldade de montar uma força de trabalho em larga escala no setor de montagem de dispositivos eletrônicos.

A Apple anunciou investimentos de US$ 500 bilhões no país, mas esses recursos estão sendo direcionados a outras frentes, como centros de dados e programas de capacitação. Até o momento, não há previsão de criação de fábricas de iPhones em território americano.

O cenário atual pressiona a Apple a tomar decisões estratégicas diante da nova política comercial dos EUA, o que pode afetar diretamente tanto a empresa quanto milhões de consumidores em seu maior mercado.

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Você sabia? Apple também faz iPhone no Brasil

Nem todo iPhone vendido no Brasil é importado. A serviço da Apple, a Foxconn monta modelos em Jundiaí (SP). Lá, a empresa taiwanesa monta iPhones das linhas 14, 15 e 16. Quais são os modelos importados? Os Pro.

A produção local de iPhone começou em 2011 no Brasil. E é totalmente voltada ao mercado brasileiro, informou a Apple ao G1. Ou seja, os iPhones feitos no Brasil são produzidos para serem vendidos aqui.

Conforme a guerra tarifária entre EUA e a China esquenta, circulam especulações sobre se a Apple vai investir na fabricação dos seus aparelhos em outros países (afinal, a empresa já faz isso). Isso porque o país asiático concentra 80% da fabricação de iPhones.

Com o tarifaço de Trump, a Apple vai exportar iPhones feitos no Brasil? Empresa responde

O G1 assuntou com a Apple sobre a possibilidade da empresa passar a exportar aparelhos montados no Brasil. Em resposta, a empresa disse não comentar sobre especulações.

Os únicos modelos de iPhone vendidos no Brasil que são importados são os Pro (Imagem: DenPhotos/Shutterstock)

Frente ao tarifaço de Trump, a Apple pretende produzir mais iPhones no Brasil? O G1 também perguntou isso. E a empresa respondeu: não existem planos para isso no momento.

Afinal, quantos modelos de iPhone a Foxconn produz em Jundiaí a serviço da Apple? Essa foi outra pergunta do G1. A resposta: a Apple não divulga números locais. E a empresa taiwanesa não respondeu os pedidos de comentário.

  • Vale mencionar: a Foxconn não trabalha exclusivamente a serviço da Apple. Em outras palavras, a empresa atende outras marcas de tecnologia.

Países afetados pelas tarifas de Trump são pilares da cadeia de produção do iPhone

Desde 2018, quando Trump impôs tarifas à China pela primeira vez, a Apple acelerou a realocação de parte de sua produção. A empresa transferiu linhas de montagem de iPads e AirPods para o Vietnã. E iniciou a fabricação de iPhones na Índia.

Silhuetas de Xi Jinping e Donald Trump na frente de bandeiras da China e dos Estados Unidos, respectivamente
Guerra tarifária entre China e Estados Unidos aumenta especulações sobre cadeira de produção da Apple (Imagem: amagnawa1092/Shutterstock)
  • Nos últimos anos, esses países se tornaram pilares da cadeira de produção de aparelhos da Apple;
  • Índia produz de 10% a 15% dos iPhones, segundo a consultoria Evercore ISI (via CNBC);
  • Vietnã é responsável por cerca de 20% da produção de iPads e 90% dos vestíveis (Apple Watch e AirPod), de acordo com a consultoria.

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Na primeira etapa do tarifaço de Trump, Vietnã e Índia foram alvos de tarifas de importação altas – 46% e 26%, respectivamente. Agora, na segunda etapa, essas tarifas caíram (temporariamente) para 10%. A ver os próximos capítulos.

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Apple leva toneladas de iPhones aos EUA para fugir do tarifaço

Apontada como uma das empresas mais vulneráveis à guerra comercial desencadeada pelo presidente Donald Trump, a Apple agiu rápido. A big tech fretou diversos voos de carga para transportar iPhones para os Estados Unidos.

No total, são 1,5 milhão de equipamentos, ou 600 toneladas de produtos, que estavam na Índia. O objetivo é evitar que os dispositivos sejam impactados pelas tarifas impostas pela Casa Branca contra todos os países do mundo.

Plano contou com apoio das autoridades indianas

O processo para conseguir transportar tamanha carga exigiu um esforço intenso. Segundo a Reuters, a Apple pressionou as autoridades aeroportuárias indianas a reduzir as burocracias necessárias para a liberação dos iPhones.

Normalmente, o tempo necessário para passar pela alfândega no aeroporto de Chennai, no estado de Tamil Nadu, no sul do território indiano, é de 30 horas.

Correndo contra o tempo, a empresa conseguiu embarcar o material em apenas seis horas.

Apple resolveu enviar produtos para os EUA para fugir das taxas de importação (Imagem: emasali stock/Shutterstock)

Os dispositivos foram enviados em seis voos diferentes, cada um com 100 toneladas. As operações começaram em março, após o anúncio das tarifas econômicas de Trump. A mais recente das viagens aconteceu nesta semana.

A Apple vende mais de 220 milhões de iPhones por ano em todo o mundo, sendo um quinto do total de importações para os Estados Unidos vindo da Índia. Por conta disso, as maiores taxas podem pesar bastante no balanço financeiro da empresa.

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Um dos efeitos do tarifaço pode ser o aumento do preço dos iPhones (Imagem: Hadrian/Shutterstock)

Tarifas podem encarecer iPhone

  • De acordo com analistas, a Apple é uma das empresas mais vulneráveis à guerra comercial desencadeada pelas tarifas.
  • Isso ocorre em razão da sua produção estar muito focada nos países asiáticos.
  • A Índia, por exemplo, foi tarifada em 26%.
  • Nesta semana, Trump resolveu adiar a aplicação das tarifas, exceto na China (que foi taxada em mais de 100%), o que pode dar um fôlego maior para a companhia.
  • Segundo estimativas do UBS (Banco da União da Suíça), o preço do iPhone poderia subir em até US$ 350 em razão da medida da Casa Branca, representando um aumento de cerca de 30% em relação ao preço atual.
  • Isso traria graves prejuízos num momento em que a Apple já tenta encontrar formas de evitar a queda nas vendas do produto.

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iPhone teria preço inacreditável se fosse fabricado nos EUA

As tarifas econômicas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra todos os países do mundo tem um objetivo claro: incentivar as grandes empresas a investir na produção dentro do país.

No entanto, isso pode não ser exatamente benéfico para os norte-americanos. Usemos como exemplo a Apple, que segundo analistas é uma das mais afetadas pelo tarifaço global. Caso a produção do iPhone fosse feita 100% dentro dos EUA, o preço iria disparar.

Apple é dependente da China

  • A empresa é considerada uma das mais vulneráveis à guerra comercial devido à sua alta dependência da China, que agora enfrenta tarifas de 104% sobre seus produtos.
  • Embora a companhia possua unidades de produção em outros países, como Índia, Vietnã e Tailândia, esses locais também foram afetados pelas novas tarifas.
  • Dessa forma, o único jeito de fugir desta cobrança adicional seria levar a produção 100% para os Estados Unidos.
  • Por um lado, isso incentivaria a economia do país, além de abrir milhares de novos empregos para os norte-americanos.
  • Por outro, no entanto, o preço do iPhone, carro chefe da empresa, poderia disparar.
  • As informações são da CNN.
Trump quer usar as tarifas para reaquecer indústrias dos EUA (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

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Empresa teria que aceitar reduzir margem de lucro

De acordo com Dan Ives, chefe global de pesquisa de tecnologia da empresa de serviços financeiros Wedbush Securities, os iPhones fabricados nos EUA poderiam custar mais de três vezes o preço atual. Isso significa que eles poderiam ser vendidos por US$ 3.500 (mais de R$ 21 mil).

Este seria um reflexo do custo maior de produção dentro do país em comparação com a Ásia.

Além disso, a Apple teria que gastar uma verdadeira fortuna (cerca de US$ 30 bilhões) apenas para mover 10% de sua atual cadeia de produção para o território norte-americano.

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Passar a produção para os EUA teria um alto custo para a Apple (Imagem: 1000 Words/Shutterstock)

É claro que todo este processo não seria imediato. Dessa forma, a companhia enfrentaria uma alta expressiva nos gastos e só começaria a ter o retorno esperado anos depois (desde que os norte-americanos aceitassem pagar mais pelo iPhone).

Para Dan Ives, a Apple ainda teria que estar disposta a reduzir suas margens de lucro, o que provavelmente retiraria ela da disputa pelo posto de empresa mais lucrativa do mundo.

A fabricante do iPhone não se manifestou publicamente sobre as previsões do especialista.

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