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Vulcão entra em erupção pela 10ª vez em 3 anos na Islândia

Após ficar adormecido por 800 anos, um vulcão na Islândia tem tido um comportamento bastante ativo nos últimos meses. Nesta semana, ele voltou a entrar em erupção, o que exigiu a evacuação da cidade Grindavik e de um spa de luxo.

Segundo autoridades do país, o fluxo de magma começou por volta das 6h30 do horário local (3h30 no horário de Brasília) desta segunda-feira (1º).

Ele foi acompanhado de tremores, semelhante ao que aconteceu em erupções anteriores.

Erupção não deixou feridos

  • Em comunicado, o Met Office da Islândia afirmou que “a fissura tem agora cerca de 500 metros de comprimento”.
  • As autoridades ainda destacaram que ela continua crescendo, especialmente mais ao sul da região.
  • Os tremores não afetaram diretamente a capital, Reykjavik, mas continuam sendo monitorados.
  • Além disso, não houve dispersão significativa de cinzas na estratosfera, evitando interrupções no tráfego aéreo, por exemplo.
  • De qualquer forma, a Islândia continua em estado de alerta.
Fluxo de lava ameaça populações vizinhas (Imagem: divulgação/Proteção Civil da Islândia)

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Atividade vulcânica está aumentando

Esta é a décima erupção do vulcão em um período de apenas três anos. Por conta da intensa atividade vulcânica, Grindavik chegou a ser esvaziada ainda no final de 2023. Na oportunidade, os moradores puderam voltar para suas casas no dia 22 de dezembro, antes de serem removidos do local mais uma vez.

Após a primeira erupção, muros foram construídos ao redor do vulcão. O objetivo era que, em caso de novas atividades vulcânicas, a lava fosse direcionada para longe das casas.

Erupção começou nesta segunda-feira (1º) (Imagem: divulgação/Met Office)

Uma das explicações para as várias erupções registradas no local é que a ilha da Islândia fica entre duas placas tectônicas: a norte-americana e a euroasiática. Uma falha contorna a capital da Islândia, Reykjavik, e atravessa diretamente a península de Reykjanes, onde fica Grindavik.

No total, o país tem 33 vulcões, ou sistemas vulcânicos, catalogados como ativos. Em média, ocorre uma erupção a cada quatro ou cinco anos em território islandês.

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Cidades do futuro podem ser construídas com… lava vulcânica!

Uma arquiteta da Islândia propõe uma abordagem inédita para levantar casas de forma sustentável. Para Arnhildur Pálmadóttir, a lava vulcânica pode ter seu poder destrutivo transformado em um material de construção no futuro.

A especialista lançou um projeto de design hipotético para simular como seria a substituição de mineração ou geração de energia não renovável pela lava dos vulcões da Islândia. O trabalho “Lavaforming” é conduzido pelo escritório s.ap architects, localizado na capital Reykjavík.

A ilha nórdica marca o encontro das placas Eurasiana e Norte-Americana, tornando a região um centro de atividade vulcânica. É uma ameaça persistente, mas também uma oportunidade única de energia geotérmica, que responde por 66% das fontes do país, segundo o site IFL Science.

Obstáculo técnico seria a padronização das estruturas após o resfriamento da lava (Imagem: s.ap architects/Reprodução)

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Controlando o fluxo da lava vulcânica

Pálmadóttir explica que a lava derretida poderia ser guiada para canais e então deixada para solidificar em rocha durável, criando fundações sólidas para edifícios, talvez até cidades inteiras.

“A arquitetura está em uma mudança de paradigma, e muitos dos nossos métodos atuais foram considerados obsoletos ou prejudiciais a longo prazo. Em nossa situação atual, precisamos ser ousados, pensar de novas maneiras, olhar para os desafios e encontrar os recursos certos”, disse a arquiteta ao site.

Um dos maiores obstáculos técnicos é o controle de resfriamento da lava, que tem temperaturas variando de 700 a 1.200 °C. O fluxo pode se solidificar em formas irregulares e imprevisíveis, dependendo da rapidez com que esfria, comprometendo a uniformidade necessária para a fundação de um edifício, por exemplo.

Fluxo da lava seria controlado para construir fundações de cidades (Imagem: s.ap architects/Reprodução)

A ideia será apresentada em uma exposição visual no pavilhão nacional da Islândia na 19ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza, que ocorrerá de 10 de maio a 23 de novembro. 

“Em nossa história, situada em 2150, aproveitamos o fluxo de lava, assim como fizemos com a energia a vapor 200 anos antes na Islândia. Olhamos para a história em busca de eventos que influenciaram o desenvolvimento, mas o objetivo com nossa história é mostrar que a arquitetura pode ser a força que repensa e molda um novo futuro”, diz o site do projeto.

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