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Brasil atualizou mesmo regra sobre retrovisores? Entenda

Você provavelmente deve ter visto nos últimos dias alguém falando sobre uma suposta “nova lei dos retrovisores” no Brasil. Tem informação desse tipo nas redes sociais, em textos na internet e até mesmo em sites de notícias.

Minha primeira reação ao ler isso foi a seguinte: “olha lá os caras arranjando mais uma coisa pra gente gastar dinheiro…”.

Eu, no entanto, fui atrás das leis e das resoluções do Contran, o Conselho Nacional de Trânsito, e descobri que a história não é bem essa.

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Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que as regras gerais sobre retrovisores não mudaram aqui no país.

Trata-se de um item obrigatório em todos os veículos, sejam motos, carros de passeio ou caminhões.

Quem anda sem retrovisor ou com ele fora do padrão comete infração grave, com multa de R$ 195,23 e menos cinco pontos na CNH.

Agora, essa confusão toda ocorreu por causa da Resolução de nº 966, de março de 2022. Sim, de três anos atrás e que tratava apenas de veículos escolares. Explico.

Atualização teve como objetivo aumentar a segurança das crianças – Imagem: Ladislau Almeida/Shutterstock

O que diz a resolução

  • O texto trata sobre a obrigatoriedade dos retrovisores ajustáveis ou equipamentos do tipo câmera-monitor em micro-ônibus, vans e ônibus escolares.
  • E não são quaisquer retrovisores: a área mínima dos espelhos deve ser de 69 cm².
  • O objetivo é reduzir a quantidade de pontos cegos do motorista, fazendo com que ele consiga enxergar, de maneira adequada, a altura das crianças.
  • Se as regras não forem respeitadas, a multa é grave, com as mesmas penalizações já citadas acima.
  • O Contran também definiu que os veículos deverão contar com controle de estabilidade, luzes diurnas, alerta de cinto de segurança desafivelado, luzes de frenagem de emergência e repetidores de seta.
  • Muita gente já aderiu a esses ajustes em 2022.
  • O texto, porém, fala sobre a obrigatoriedade a partir de 2024 para veículos 0 km.
  • A confusão nasceu aí – e desde o ano passado tem gente falando sobre uma “nova lei dos retrovisores”.
  • Que de nova não tem nada, já que ela é de 2022.
  • Ainda sobre datas, o Contran estipulou que, a partir de 2026, todos os veículos, sejam 0 km ou usados, devem se adequar às medidas.
  • Cabe, portanto, o alerta para quem trabalha com transporte escolar e ainda não atualizou sua van.
Trânsito em São Paulo
O Contran é o órgão máximo de regulamentação e coordenação do trânsito no país, responsável pela elaboração do Código de Trânsito Brasileiro – Imagem: Alf Ribeiro/Shutterstock

Como ajustar o retrovisor do seu carro

Apesar da resolução tratar apenas do transporte coletivo escolar, o bom uso do retrovisor é imperativo para todos os motoristas.

Os espelhos são itens indispensáveis para a condução de qualquer veículo, já que eles dão a visão sobre tudo que acontece ao redor do carro.

Os externos, por exemplo, servem para enxergarmos as faixas laterais e um pedaço da parte de fora do automóvel. Nesse caso, o ideal é ajustá-los a ponto de quase não ver mais a lateral do seu veículo, maximizando a área de reflexo.

Já o retrovisor interno serve para dar um panorama sobre a parte de trás do carro. No posicionamento correto, esse espelho consegue entregar uma visão clara e completa do vidro traseiro.

Lembrando sempre que todos os espelhos devem estar adequados à altura do motorista, isso principalmente naqueles veículos de uso compartilhado.

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Motociclistas: quais hábitos no trânsito custam pontos à carteira de habilitação?

A paixão pelas duas rodas e a praticidade que a motocicleta oferece no trânsito urbano são inegáveis. No entanto, a liberdade sobre duas rodas exige responsabilidade e respeito às leis de trânsito. Para os motociclistas, o descumprimento dessas normas pode resultar em multas e na perda de pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), colocando em risco a segurança e o direito de pilotar.

Há motociclistas que adotam comportamentos de risco que colocam em perigo tanto a si mesmos quanto aos demais usuários da via. Entre as práticas mais comuns estão as ultrapassagens perigosas em locais proibidos, como curvas e faixas contínuas, aumentando significativamente o risco de colisões.

Além disso, desrespeitam a sinalização, avançando sinais vermelhos ou ignorando placas de “Pare”, o que pode levar a acidentes graves.

Imagem: dangphoto2517 / iStock

Outro problema recorrente é a manutenção inadequada das motos, como pilotar com pneus carecas ou freios desgastados, comprometendo a segurança e a estabilidade do veículo. Alguns motociclistas também adotam uma postura agressiva no trânsito, disputando espaço de forma imprudente ou utilizando a buzina excessivamente, criando situações de conflito.

O transporte inadequado de carga ou passageiros também é um fator preocupante, seja por exceder a capacidade da moto ou por levar crianças de forma irregular, sem os equipamentos de segurança necessários.

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Quais hábitos no trânsito custam pontos à CNH de moto?

Todos esses comportamentos podem resultar em multas, pontos na carteira e, principalmente, acidentes graves. Por isso, é essencial que os motociclistas adotem uma condução responsável, respeitando as leis de trânsito para garantir a segurança de todos. Veja a seguir os tipos de infrações e suas respectivas penalidades.

Acidente de trânsito, colisão entre moto e carro
O número de acidentes envolvendo motociclistas tem aumentado (Imagem: RomarioIen / Shutterstock)

Infrações gravíssimas: o topo da lista

As infrações gravíssimas são as mais severas e custam 7 pontos na CNH. Para os motociclistas, algumas delas são especialmente relevantes:

  • Dirigir sob a influência de álcool ou outras substâncias psicoativas: essa infração, além de gravíssima, é crime e pode levar à suspensão da CNH e até à prisão.
  • Disputar corrida (“racha”): essa prática coloca em risco a vida do motociclista e de outros usuários da via, sendo punida com multa, suspensão da CNH e apreensão da motocicleta.
  • Realizar manobras perigosas: empinar a moto, derrapar ou fazer zigue-zague entre os carros são manobras que podem resultar em acidentes graves e, por isso, são punidas com rigor.
  • Transitar em velocidade superior à máxima permitida em mais de 50%: o excesso de velocidade é uma das principais causas de acidentes de trânsito e, quando praticado por motociclistas, aumenta ainda mais o risco de lesões graves.
  • Usar o celular ao pilotar: a distração causada pelo uso do celular é um dos principais fatores de risco no trânsito, e para os motociclistas, essa prática pode ser fatal.

Infrações graves: 5 pontos na CNH

Motocicilista colocando capacete de moto
O capacete é equipamento de segurança de uso obrigatório (Imagem: Krakenimages.com / Shutterstock)

As infrações graves significam 5 pontos na carteira de habilitação, embora menos severas que as gravíssimas, também exigem atenção dos motociclistas:

  • Transitar em velocidade superior à máxima permitida em até 50%: o excesso de velocidade, mesmo que em menor grau, ainda é perigoso e pode resultar em acidentes.
  • Ultrapassar pelo acostamento: essa manobra é proibida e coloca em risco a segurança de outros usuários da via.
  • Não usar o capacete ou utilizar um capacete inadequado: o capacete é um equipamento de segurança essencial para os motociclistas, e seu uso correto é obrigatório.
  • Transportar criança menor de 10 anos na garupa ou sem os equipamentos de segurança adequados: a segurança das crianças deve ser prioridade, e o transporte inadequado pode resultar em lesões graves.
  • Não sinalizar a mudança de direção: a falta de sinalização pode causar confusão e acidentes, sendo fundamental indicar as manobras com antecedência.

Infrações médias: 4 pontos na CNH

As infrações médias, embora menos graves, também podem acumular pontos na carteira de habilitação e gerar multas:

  • Transitar em velocidade superior à máxima permitida em até 20%: mesmo em baixa velocidade, o excesso pode ser perigoso e gerar multas.
  • Estacionar em local proibido: o estacionamento irregular pode atrapalhar o fluxo de veículos e pedestres, sendo punido com multa e pontos na CNH.
  • Usar fones de ouvido ao pilotar: a utilização de fones de ouvido impede a percepção dos sons do trânsito, aumentando o risco de acidentes.

Infrações leves: 3 pontos na CNH

Motociclista acelera pela estrada da cidade ao pôr do sol, inclinando-se na curva com arranha-céus ao fundo
Com manutenção da moto em dia, o motociclista pode pilotar e manter a segurança
(Imagem: Master1305 / Shutterstock)

As infrações leves são as menos severas, mas ainda assim podem acumular pontos na CNH:

  • Buzinar em locais proibidos: o uso excessivo da buzina pode gerar poluição sonora e atrapalhar a concentração de outros motoristas.
  • Deixar de manter a distância de segurança: a falta de distância segura pode resultar em colisões traseiras, especialmente em situações de frenagem brusca.
Pode pagar multa de trânsito pelo celular?

Sim, é possível pagar multas de trânsito pelo celular, através de aplicativos bancários, aplicativos de carteira digital de trânsito ou aplicativos específicos de órgãos de trânsito.

Quanto tempo até o pagamento de uma multa de trânsito ser processado?

O pagamento de uma multa de trânsito costuma ser processado em 1 a 3 dias úteis, mas pode variar dependendo do banco ou meio de pagamento utilizado. Confirme no órgão de trânsito responsável (como o Detran) para garantir a quitação.

A importância da conscientização e da direção defensiva

Além de evitar multas e a perda de pontos na CNH, a conscientização e a prática da direção defensiva são fundamentais para a segurança dos motociclistas. Respeitar as leis de trânsito, utilizar os equipamentos de segurança adequados, manter a atenção e a distância segura dos outros veículos são medidas essenciais para evitar acidentes e garantir uma pilotagem segura e responsável.

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Multa por capacete fora da validade: mito ou verdade?

A crença de que capacetes possuem um prazo de validade que, se ultrapassado, gera multa é alvo de muitas dúvidas e, na verdade, é um mito persistente no mundo do motociclismo. No entanto, a realidade é um pouco mais complexa e envolve diversos fatores que merecem atenção. Será que os agentes de trânsito realmente fiscalizam isso? Descubra o que diz a lei e como evitar problemas.

O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) não estabelece um prazo de validade específico para capacetes. A Resolução nº 940/2022 do CONTRAN, que regulamenta o uso de capacetes, não menciona datas de validade, mas sim a obrigatoriedade do uso de equipamentos certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) e em boas condições de uso.

Apesar de não haver um artigo específico que mencione “capacete vencido”, os agentes podem aplicar multa por “usar capacete sem certificação ou em más condições” (Art. 244 do CTB). É considerada uma infração média (4 pontos na CNH + R$ 130,16) e possível retenção do veículo até a regularização.

Ou seja, se o policial ou agente de trânsito constatar que o capacete está furado, com a espuma comprometida ou fora do prazo de validade, ele pode multar o motociclista por “equipamento inadequado”.

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Multa por capacete fora da validade: mito ou verdade?

Mitos e verdades sobre capacete e multas de trânsito geram muitas dúvidas (Imagem: Luis Molinero / Shutterstock)

Embora não haja multa por capacete fora da validade, a segurança do motociclista pode ser comprometida se o equipamento estiver danificado ou desgastado. O tempo de uso, quedas, exposição ao sol e outros fatores podem deteriorar os materiais do capacete, reduzindo sua capacidade de absorção de impacto em caso de acidente.

Os fabricantes de capacetes geralmente recomendam a substituição do equipamento a cada 3 a 5 anos, mesmo que não haja danos visíveis. Essa recomendação se baseia na degradação natural dos materiais ao longo do tempo.

Como saber se o capacete precisa ser trocado?

  • Danos visíveis: rachaduras, amassados, descolamento de partes internas ou externas.
  • Desgaste da cinta jugular: desgaste, desfiamento ou fivelas danificadas.
  • Folga excessiva: o capacete deve se ajustar firmemente à cabeça, sem folgas.
  • Impacto forte: mesmo que não haja danos visíveis, um impacto forte pode comprometer a estrutura do capacete.
Motociclista acelera pela estrada da cidade ao pôr do sol, inclinando-se na curva com arranha-céus ao fundo
Usar sempre um capacete em bom estado de conservação permite ao motociclista acelerar e manter sua segurança (Imagem: Master1305 / Shutterstock)

A segurança do motociclista deve ser a principal prioridade. Utilizar um capacete em boas condições, independentemente da data de fabricação, é fundamental para garantir a proteção em caso de acidente.

Portanto, a multa por capacete fora da validade é um mito. Mas a atenção à conservação e às condições do equipamento é crucial para a segurança do motociclista. A substituição do capacete dentro do prazo recomendado pelos fabricantes e a verificação regular de danos e desgastes são medidas essenciais para garantir a proteção adequada.

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Personalização de carros: pode ou não modificar veículo?

A personalização de carros é uma prática comum entre motoristas que desejam imprimir sua identidade nos veículos, seja por meio de alterações estéticas ou melhorias de desempenho. Rodas maiores, suspensão rebaixada, envelopamento, som potente e escapamentos esportivos são apenas algumas das modificações populares no Brasil e no mundo.

No entanto, o que muitas pessoas não sabem é que há limites legais para personalizar um veículo, mesmo que ele seja particular. A legislação de trânsito brasileira estabelece regras claras sobre quais alterações são permitidas e quais precisam de autorização, justamente para garantir que a segurança e a integridade estrutural do carro não sejam comprometidas.

As restrições não existem apenas para dificultar a vida dos entusiastas, mas sim para preservar a segurança de todos no trânsito. Cada modificação realizada pode impactar diretamente a dirigibilidade, a estabilidade e até a eficiência do sistema de freios do veículo.

Além disso, algumas mudanças, mesmo que aparentemente inofensivas, podem influenciar a emissão de poluentes ou ferir normas de trânsito. Dessa forma, antes de investir em personalização automotiva, é essencial entender o que pode e o que não pode ser alterado, e como regularizar essas modificações junto aos órgãos de trânsito.

É permitido modificar o carro?

Toyota Supra 1994, de ‘Velozes e Furiosos’, vai a leilão nos EUA. Imagem: Barrett-Jackson/Divulgação

Sim, modificar o carro é permitido no Brasil, mas com restrições e seguindo regras estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). O artigo 98 do CTB determina que qualquer alteração nas características de fábrica de um veículo só pode ser feita com autorização prévia do Detran.

Ou seja, antes de trocar as rodas originais por um modelo esportivo maior, rebaixar a suspensão ou envelopar o carro com outra cor, o proprietário precisa solicitar autorização ao órgão de trânsito do seu estado.

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Após realizar as alterações, o veículo deve passar por uma inspeção em empresa credenciada para verificar se a personalização respeita as normas de segurança e emissões ambientais. Se tudo estiver em conformidade, as modificações são incluídas no Certificado de Registro do Veículo (CRV), formalizando a regularização.

Sem essa atualização, o motorista pode ser multado e ter o veículo retido em uma blitz por circular com características diferentes das registradas no documento.

Quais modificações podem ser feitas em um carro?

(Imagem: Freepik)

Existem diversas modificações permitidas por lei, desde que atendam a requisitos técnicos e não comprometam a segurança do veículo. Entre elas, podemos citar:

  • Alteração de cor: envelopamento ou pintura são permitidos, mas mudanças que afetam mais de 50% da cor original do veículo exigem atualização do documento.
  • Troca de rodas e pneus: é possível usar rodas e pneus diferentes dos originais, desde que respeitem as medidas recomendadas pelo fabricante e não comprometam a estabilidade e segurança.
  • Suspensão: o rebaixamento é permitido, mas a altura mínima livre do solo deve ser de, no mínimo, 10 centímetros. Qualquer modificação deve constar no documento do veículo.
  • Instalação de acessórios: faróis de neblina, engates, aerofólios, lanternas diferenciadas e sistemas de som podem ser adicionados, desde que não afetem a visibilidade, sinalização ou segurança de outros veículos e pedestres.
  • Alteração de motor: é possível aumentar a potência ou substituir o motor, mas essas modificações exigem autorização prévia e nova inspeção veicular.

Vale lembrar que algumas modificações são expressamente proibidas, como a instalação de luzes externas em cores não regulamentadas (azul ou vermelha, por exemplo), e escapamentos que produzem ruídos acima do permitido.

A legislação também prevê que acessórios instalados por fabricantes e homologados no Brasil, como bagageiros de teto, suportes para bicicletas e engates para reboques leves, são permitidos sem necessidade de alteração no documento. No entanto, esses acessórios devem seguir especificações técnicas para garantir que não coloquem em risco a segurança.

O importante é lembrar que nem todas as modificações que fabricantes de acessórios oferecem são automaticamente permitidas. Por isso, antes de investir em qualquer personalização, o ideal é consultar o Detran do seu estado e verificar quais documentos e processos são necessários para legalizar a mudança.

Personalizar o carro é uma forma legítima de expressar personalidade e preferências, mas essa prática deve ser feita com responsabilidade e dentro das regras. O descuido com a regularização pode resultar em multas, retenção do veículo e até em complicações na renovação do licenciamento anual.

Com informações de Detran-SP e Resolução Contran nº 916/2022.

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Semáforo e faixa de pedestre: quem os inventou e onde foram instalados primeiro?

Com o crescimento acelerado das cidades e a chegada de mais e mais veículos às ruas, surgiram desafios inéditos: o trânsito ficou mais complexo, e a convivência entre carros e pedestres se tornou cada vez mais difícil.

Para tentar organizar essa nova realidade e garantir mais segurança a todos, surgiram duas invenções fundamentais: o semáforo e a faixa de pedestre.

No entanto, essas soluções, que hoje estão presentes em praticamente todo o mundo, não surgiram do dia para a noite.

No fim do século XIX e início do século XX, grandes cidades começaram a enfrentar graves problemas de trânsito devido ao rápido aumento da população urbana. Muitas pessoas deixavam o campo para viver nos centros urbanos, provocando congestionamentos frequentes e elevando significativamente o número de acidentes.

Em 1897, o poeta Olavo Bilac protagonizou o que se acredita ser o primeiro acidente automobilístico do Brasil em um triciclo Serpollet semelhante ao que vemos na imagem. (Imagem: Reprodução)

Conforme aumentava a circulação de veículos motorizados – especialmente carros, ônibus e bondes –, as ruas ficaram caóticas, e acidentes tornaram-se comuns. Era necessário criar formas de gerenciar o fluxo crescente de veículos e garantir a segurança de pedestres e motoristas.

Nesse contexto, nasceram os primeiros semáforos, inicialmente operados manualmente por policiais e, mais tarde, automatizados. As faixas de pedestre também foram criadas, demarcando claramente áreas seguras para travessia das ruas.

Além das inovações tecnológicas, campanhas educativas e novas leis de trânsito tiveram papel essencial, garantindo que motoristas e pedestres compreendessem as regras e adotassem práticas mais seguras. Entenda a seguir os detalhes dessas invenções!

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Quem inventou o semáforo?

Luzes acesas de um semáforo (vermelha, amarela e verde)
(Imagem: Tsvetoslav Hristov / Unsplash)

O primeiro semáforo foi inventado pelo engenheiro ferroviário John Peake Knight no Reino Unido. Ele adaptou um sistema de sinalização ferroviária para o tráfego urbano. Foi instalado em Londres, em 1868, próximo ao Parlamento Britânico. Era um sistema de luzes a gás, com lanternas vermelhas e verdes para indicar “pare” e “siga”. 

A invenção de Knight foi motivada pela necessidade de controlar o crescente tráfego de carruagens e pedestres na cidade, que se tornava cada vez mais caótico. O engenheiro se inspirou nos sinais ferroviários existentes na época, adaptando-os para o uso nas ruas.

O semáforo era um dispositivo mecânico com duas lâmpadas a gás: uma vermelha e outra verde, operado manualmente por um policial, que girava uma alavanca para mudar as luzes.

Em 1869, apenas um ano após sua instalação, uma explosão de gás causou ferimentos graves ao policial que o operava. O acidente levou à descontinuação do semáforo, e a ideia só foi retomada décadas depois, com o desenvolvimento da eletricidade.

Embora sua invenção tenha sido efêmera, John Peake Knight é reconhecido como o pioneiro do semáforo, um dispositivo que se tornaria essencial para a segurança e organização do trânsito em todo o mundo. A sua ideia inicial foi fundamental para os modelos atuais que utilizamos.

O semáforo moderno, elétrico, foi desenvolvido nos Estados Unidos. O primeiro semáforo elétrico foi patenteado por Garrett Morgan em 1923 e instalado em Cleveland, Ohio, em 1914, por James Hoge.

Quem inventou a faixa de pedestre?

Pessoas atravessando a rua na faixa de pedestres
(Imagem: Conrad Alexander / Unsplash)

A faixa de pedestre, também conhecida como “passagem de zebra” devido às suas listras brancas, foi introduzida no Reino Unido na década de 1940. As primeiras faixas de pedestre foram testadas em Slough, Inglaterra, em 1949, como parte de um estudo sobre segurança no trânsito. O conceito rapidamente se espalhou para outros países.

A adoção generalizada das faixas de pedestres ocorreu após a Segunda Guerra Mundial, com o aumento do tráfego de veículos e a necessidade de proteger os pedestres. Segundo o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), os pedestres têm prioridade de travessia nas faixas, obrigando os motoristas a parar seus veículos.

Para que serve a faixa de pedestre?

A faixa de pedestre serve para indicar um local seguro para os pedestres atravessarem a rua, protegendo-os do tráfego de veículos e organizando o fluxo de trânsito. Delimitam um espaço seguro para a travessia, reduzindo o risco de acidentes. Elas organizam o trânsito, definindo pontos de travessia e contribuindo para um fluxo mais ordenado. Além disso, garantem prioridade de travessia aos pedestres, obrigando os motoristas a pararem seus veículos.
garota e menino com mochilas atravessam cuidadosamente a rua na faixa de pedestres a caminho da escola. Regras de trânsito. Caminho para pedestres ao longo da faixa zebrada na cidade. conceito de pedestres atravessando a faixa de pedestres.

A faixa de pedestres, em sua forma mais primitiva, remonta a civilizações antigas, como a romana. Nas ruínas de Pompeia, cidade do Império Romano destruída pela erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.C., foram encontradas pedras elevadas dispostas transversalmente nas ruas. 

Essas pedras serviam como uma espécie de “faixa de pedestres” para que as pessoas pudessem atravessar as vias sem pisar diretamente na água ou na lama que acumulava nas ruas, especialmente durante as chuvas. Além disso, os espaços entre as pedras permitiam a passagem de rodas de carruagens.

Essas estruturas eram uma solução prática para o problema de drenagem e circulação em uma cidade movimentada, mas também podem ser consideradas um precursor das faixas de pedestres modernas.

Do asfalto ao céu: quando o trânsito decolar

Como semáforos e faixas de pedestres podem evoluir na era dos carros voadores? Se, em um exercício de imaginação considerando os avanços tecnológicos, vislumbrarmos um futuro com carros voadores, as tecnologias de trânsito atuais, como semáforos e faixas de pedestres, precisariam ser reinventadas para gerenciar um espaço tridimensional, garantindo a segurança e a organização do tráfego aéreo e terrestre.

Ilustração de cidade do futuro, com pessoas caminhando, carros elétricos, carros voadores e ciclomotores.
(Imagem: Ilustração / Rumka vodki / Shutterstock)

No futuro, semáforos podem se tornar sinalização aérea, comunicação entre veículos ou até mesmo controle de tráfego por IA. Faixas de pedestres podem ser elevadas, holográficas ou protegidas por sensores e barreiras virtuais.

O gerenciamento de tráfego aéreo pode incluir corredores e altitudes específicas, navegação automatizada e tecnologia para evitar colisões. Zonas de exclusão aérea e estacionamentos verticais também podem surgir. No entanto, a infraestrutura, regulamentação e impacto ambiental são desafios que precisam ser considerados.

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Insulfilm: película muito escura nos vidros do carro dá multa? Entenda as regras

A aplicação de películas nos vidros do carro envolve muito mais do que estética. Além de garantir conforto térmico e privacidade, é essencial escolher um modelo que esteja dentro dos limites legais estabelecidos pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) para evitar multas e garantir a segurança.

Ao selecionar a película ideal, fatores como transparência permitida, proteção contra raios UV e impacto na temperatura interna do veículo devem ser considerados.

Por exemplo, os modelos que ajudam a bloquear a radiação solar, reduzem o calor no interior do carro, evitam o desbotamento de estofados e painel) e também minimizam o uso do ar-condicionado, o que pode resultar em economia de combustível.

Além disso, algumas películas oferecem proteção extra em caso de acidentes, evitando que os vidros se estilhaçem e, portanto, reduzindo o risco de ferimentos. No próximo tópico, explicamos o que é permitido por lei, os níveis de transparência exigidos e os cuidados para evitar infrações.

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Película muito escura nos vidros do carro dá multa?

O uso de películas muito escuras nos vidros do carro pode resultar em multa, pois a legislação de trânsito impõe regras específicas para garantir a segurança e a visibilidade do condutor. A fiscalização do cumprimento dessas normas pode ser realizada por órgãos como o Detran, Polícia Rodoviária Federal (PRF), DNIT e DER.

A aplicação de películas fora dos padrões estabelecidos é considerada uma infração grave, sujeita à multa de R$ 195,23, adição de 5 pontos na CNH e retenção do veículo para regularização.

As regras definidas pelo Contran na Resolução 960/2022 determinam os seguintes limites de transparência para películas automotivas:

  • Para-brisa e vidros laterais dianteiros: mínimo de 70% de transparência.
  • Vidros laterais traseiros e vidro traseiro (vigia): mínimo de 28% de transparência.

A Resolução 960/2022 entrou em vigor em maio de 2022 e padroniza a aplicação das películas automotivas no Brasil. Além das regras gerais, é importante verificar regulamentações estaduais e municipais, já que alguns locais podem ter fiscalizações mais rigorosas. Para evitar problemas, recomenda-se sempre o uso de películas dentro dos limites legais.

Pode colocar película no vidro dianteiro do carro?

Sim, a aplicação de película no para-brisa é permitida, mas com restrições. Ela deve garantir pelo menos 70% de transparência, conforme determinado pela Resolução 960/2022 do Contran. O uso de películas que reduzam excessivamente a visibilidade do motorista é proibido por lei.

Além de ficar atento no grau de transparência, escolha uma película de marcas reconhecidas e com garantia de qualidade. Aliás, muitas pessoas chamam película pelo nome da marca mais famosa do mercado: Insulfim.

Películas de baixa qualidade podem:

  • Desbotar com o tempo.
  • Soltar bolhas ou descascar.
  • Perder suas propriedades (como proteção UV e controle de calor).

A aplicação da película deve ser feita por profissionais qualificados. Uma instalação mal feita pode resultar em bolhas ou imperfeições, descolamento da película e redução da visibilidade.

Vidro traseiro de carro apresenta insulfilm com bolhas, o que é proibido por lei, assim como película muito escura
Bolhas no insulfilm é infração grave e prejudica a visiblidade do motorista (Imagem: K-FK / Shutterstock)

Inclusive, película com bolhas nos vidros também pode causar multa. A presença de bolhas ou imperfeições na película é considerada irregular, pois prejudica a visibilidade do motorista. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), isso pode ser enquadrado como infração grave.

A película espelhada para carros também é proibida por lei porque compromete a visão do condutor e dos passageiros e pode ser um risco à segurança.

O que diz a lei:

  • A resolução 254/07 do CONTRAN proíbe a aplicação de películas refletivas nos vidros do veículo;
  • A resolução 960/2022 do CONTRAN traz orientações sobre o índice de transparência dos vidros.

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