As fases da Lua no mês de março de 2025 começaram já no dia 6 com a chegada da Lua Crescente e o fim da Lua Nova de fevereiro. A mudança ocorreu às 13h33.
Já no dia 14 foi a vez da Lua Cheia, às 03h55. A Lua Minguante surge às 8h32 do dia 22 do mês. As fases da Lua do mês de março de 2025 contaram ainda com a Lua Nova, no dia 29 às 08h00.
Lunação: a cada 29,5 dias (em média), a Lua inicia um ciclo lunar, que começa na fase nova e se encerra na minguante. Imagem: Elena11 – Shutterstock
Uma lunação ou ciclo lunar, como é chamado o intervalo de tempo entre luas novas, é sutilmente variável, com média de duração de 29,5 dias. Durante esse período, ela passa pelas quatro fases principais (nova, crescente, cheia e minguante), e cada uma se prolonga por aproximadamente sete dias.
Também existem as “interfases”: quarto crescente e crescente gibosa (entre as fases nova e cheia) e minguante gibosa e quarto minguante (entre a cheia e a minguante).
Pesquisadores chineses tem planejado construir um conjunto de radiotelescópios no lado distante da Lua. O projeto enfrenta desafios para encontrar o local ótimo, mas já está em andamento e começara nas próximas missões Chang’e 7 e 8. Se der certo, poderá ser o primeiro observatório de rádio operacional em solo lunar.
A estrutura consistirá num conjunto de 7.200 antenas em formato de borboleta. O objetivo é usar o instrumento para captar sinais cósmicos com comprimentos de onda ultralongos. Isso trará informações novas sobre a infância do universo, um tempo anterior as primeiras estrelas.
O ambicioso plano da China na Lua
Na Terra, a atmosfera é um obstáculo para a chegada de sinais de rádio com ondas muito grandes, o que impede a coleta e pesquisa das informações que carregam. Porém, o lado distante da Lua é blindado dessa interferência terrestre, oferecendo uma oportunidade para a captação de dados inovadores sobre o cosmos.
Sabendo disso, pesquisadores da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial e do Observatório Astronômico de Xangai fizeram a proposta para construir um conjunto de radiotelescópios lunares. Em seu projeto, os equipamentos terão 30 km de largura e uma área de coleta de 0,1 km², segundo o site South China Morning Post (SCMP).
Esquema da como serão organizadas as 7.200 antenas. (Imagem: Handout)
Essas configurações permitirão o instrumento gerar imagens em alta resolução. Isso será essencial para o estudo da “Idade das Trevas Cósmica” e de exoplanetas.
O planejamento chinês é construir essa estrutura em uma década. A China utilizará suas missões lunares atuais e futuras para atingir esse objetivo.
A equipe de pesquisa ainda não encontrou o lugar perfeito para a construção. O desafio é localizar uma área plana e grande no terreno irregular da Lua.
Planos chineses estão em andamento
Para vencer os desafios e construir o telescópio, o plano tem três fases:
As missões Chang’e 7 e 8 deixarão 16 antenas usando o trabalho de robôs. Essa etapa durará de um a três anos e mapeará as ondas de rádio para estudos iniciais
Após isso, os astronautas no local irão iniciar a construção, junto com ajuda de tecnologias robóticas, da seção central com 100 antenas.
Por fim, com o suporte da base lunar chinesa e usando múltiplos módulos de pouso, a estrutura final será montada ao longo de cinco a dez anos, segundo estima a equipe
A China pretende estabelecer uma base permanente no polo sul da Lua. (Imagem: Administração Espacial Nacional da China)
“Ele [o telescópio] impulsionará a inovação em vários campos, oferecendo alto valor científico e tecnológico, ao mesmo tempo em que fortalecerá a posição da China na exploração do espaço profundo e na pesquisa astronômica”, disseram os pesquisadores no SCMP.
Toda a construção do telescópio levará anos até ficar pronta, mesmo com as etapas inicias já em andamento. Ela demandará tecnologias de ponta, robôs, foguetes inovadores e astronautas em campo, sendo um dos mais ambiciosos projetos espaciais da China.
As fases da Lua no mês de março de 2025 começaram já no dia 6 com a chegada da Lua Crescente e o fim da Lua Nova de fevereiro. A mudança ocorreu às 13h33.
Já no dia 14 foi a vez da Lua Cheia, às 03h55. A Lua Minguante surge às 8h32 do dia 22 do mês. As fases da Lua do mês de março de 2025 contaram ainda com a Lua Nova, no dia 29 às 08h00.
Lunação: a cada 29,5 dias (em média), a Lua inicia um ciclo lunar, que começa na fase nova e se encerra na minguante. Imagem: Elena11 – Shutterstock
Uma lunação ou ciclo lunar, como é chamado o intervalo de tempo entre luas novas, é sutilmente variável, com média de duração de 29,5 dias. Durante esse período, ela passa pelas quatro fases principais (nova, crescente, cheia e minguante), e cada uma se prolonga por aproximadamente sete dias.
Também existem as “interfases”: quarto crescente e crescente gibosa (entre as fases nova e cheia) e minguante gibosa e quarto minguante (entre a cheia e a minguante).
No próximo sábado (29) o mundo vai poder contemplar um eclipse solar parcial, mas o que exatamente significa esse termo?
Infelizmente, poucas partes do mundo poderão presenciar o evento, que será visível principalmente o leste do Canadá, no norte da Rússia e em partes da África.
O eclipse até está na linha do Brasil, e vai poder ser visto em uma pequena parte do Amapá, mas com uma intensidade praticamente imperceptível. Mas não se preocupe, o evento será transmitido ao vivo pelo Olhar Digital.
O que é um eclipse solar parcial?
Um eclipse solar é quando a Lua entra na frente do Sol. Para quem olha da Terra, o satélite natural fica preto, com uma aura alaranjada. E projeta uma sombra na superfície terrestre, onde o dia vira noite (por um tempinho).
Geralmente, cada eclipse é de um jeito. Isso porque eles combinam, à sua maneira, dois fatores: o grau de inclinação da órbita lunar e as distâncias entre Terra, Lua e Sol.
Durante um eclipse solar, a Lua projeta duas áreas na superfície terrestre: a umbra e a penumbra. A área umbral é onde rola o eclipse total – isto é, área em que o dia literalmente vira noite. Já na área penumbral, a sombra é mais “fraca”. Lá, o eclipse é parcial.
Quando o bloqueio da luz solar pela Lua é mais eficiente e transforma o dia em “noite” é chamado de eclipse solar total.
Já quando a Lua bloqueia a maior parte do brilho solar, mas a distância considerável da Terra, exibindo a silhueta do Sol envolvida por um círculo alaranjado, como um “anel de fogo”, o ocorre um eclipse solar anular.
Em um eclipse solar anular, é formado um “Anel de Fogo” no céu. Crédito: IgorZh – Shutterstock
Agora, quando a Lua “engole” parte do Sol, o que o faz exibir uma forma similar a uma meia-lua, é um eclipse solar parcial, como o que ocorrerá no próximo sábado (29).
As fases da Lua no mês de março de 2025 começaram já no dia 6 com a chegada da Lua Crescente e o fim da Lua Nova de fevereiro. A mudança ocorreu às 13h33.
Já no dia 14 foi a vez da Lua Cheia, às 03h55. A Lua Minguante surge às 8h32 do dia 22 do mês. As fases da Lua do mês de março de 2025 contaram ainda com a Lua Nova, no dia 29 às 08h00.
Lunação: a cada 29,5 dias (em média), a Lua inicia um ciclo lunar, que começa na fase nova e se encerra na minguante. Imagem: Elena11 – Shutterstock
Uma lunação ou ciclo lunar, como é chamado o intervalo de tempo entre luas novas, é sutilmente variável, com média de duração de 29,5 dias. Durante esse período, ela passa pelas quatro fases principais (nova, crescente, cheia e minguante), e cada uma se prolonga por aproximadamente sete dias.
Também existem as “interfases”: quarto crescente e crescente gibosa (entre as fases nova e cheia) e minguante gibosa e quarto minguante (entre a cheia e a minguante).
As fases da Lua no mês de março de 2025 começaram já no dia 6 com a chegada da Lua Crescente e o fim da Lua Nova de fevereiro. A mudança ocorreu às 13h33.
Já no dia 14 foi a vez da Lua Cheia, às 03h55. A Lua Minguante surge às 8h32 do dia 22 do mês. As fases da Lua do mês de março de 2025 contaram ainda com a Lua Nova, no dia 29 às 08h00.
Lunação: a cada 29,5 dias (em média), a Lua inicia um ciclo lunar, que começa na fase nova e se encerra na minguante. Imagem: Elena11 – Shutterstock
Uma lunação ou ciclo lunar, como é chamado o intervalo de tempo entre luas novas, é sutilmente variável, com média de duração de 29,5 dias. Durante esse período, ela passa pelas quatro fases principais (nova, crescente, cheia e minguante), e cada uma se prolonga por aproximadamente sete dias.
Também existem as “interfases”: quarto crescente e crescente gibosa (entre as fases nova e cheia) e minguante gibosa e quarto minguante (entre a cheia e a minguante).
Cientistas pensavam ter resolvido um dos maiores mistérios da astronomia: a origem da Lua. A teoria mais aceita sugere que um objeto do tamanho de Marte colidiu com a Terra primitiva, lançando material derretido ao espaço. Esse material teria se agrupado e dado origem ao nosso satélite natural.
Essa explicação ganhou força na década de 1980 e parecia fazer sentido. A Lua tem pouca água e um núcleo pequeno de ferro, características que indicam que se formou a partir da camada externa da Terra. Além disso, sua superfície branca e cheia de minerais sugere um passado de intenso calor, solidificando-se ao longo do tempo.
Acreditava-se que a Lua, recém-formada, estivesse muito próxima da Terra. Com o tempo, a interação gravitacional entre os dois corpos foi afastando o satélite, um processo que continua até hoje, a uma taxa de cerca de cinco centímetros por ano. No entanto, há algo que os astrônomos podem ter interpretado errado: a verdadeira idade da Lua.
Representação artística do grande impacto que deu origem à formação da Lua e teria sido influenciado pela atração gravitacional de Júpiter. Crédito: Dana Berry/SwRI.
As primeiras pistas sobre esse possível engano surgiram com as amostras de rochas lunares trazidas pelas missões Apollo. As análises indicavam que as rochas mais antigas tinham 4,35 bilhões de anos, ou seja, a Lua teria se formado cerca de 200 milhões de anos após o nascimento do Sistema Solar.
No entanto, alguns pesquisadores começaram a questionar essa idade. Modelos de formação planetária sugerem que, nesse período, a maior parte dos materiais que flutuavam pelo espaço já teria sido incorporada a planetas ou expulsa do Sistema Solar. Ou seja, um impacto tão tardio formando a Lua parecia improvável.
Se a Lua não se formou há 4,35 bilhões de anos, quando, então, ela realmente nasceu?
Segredo pode estar no calor do satélite
A resposta pode estar escondida em um fenômeno chamado aquecimento por marés. Assim como Io, a lua vulcânica de Júpiter, a nossa Lua também pode ter sido aquecida pela força gravitacional da Terra. Esse processo acontece quando um corpo celeste é comprimido e esticado repetidamente, gerando calor interno.
Representação artística de como era a Lua durante o evento de aquecimento das marés, quando teria havido vulcanismo intenso em todo o Sistema Solar. Crédito: MPS/Alexey Chizhik
Essa ideia foi reforçada por um estudo de 2016, que sugeriu que a Lua passou por episódios extremos de aquecimento enquanto se afastava da Terra. Esse calor intenso pode ter “zerado” os relógios internos das rochas lunares.
As rochas contêm elementos radioativos que decaem com o tempo, permitindo que os cientistas determinem suas idades. Mas se a Lua foi aquecida o suficiente, esses relógios podem ter sido reiniciados, registrando apenas a data em que o satélite esfriou novamente, e não quando ele realmente se formou.
Como esta senhora “disfarça” a idade
Se essa hipótese estiver correta, as rochas lunares não registram a formação da Lua, mas sim o momento em que ela passou por um intenso reaquecimento. Isso significaria que o satélite natural pode ser muito mais antigo do que indicam as estimativas tradicionais.
Durante sua formação, os cristais de zircão presentes nas rochas lunares absorvem urânio, mas rejeitam chumbo. Com o passar do tempo, o urânio radioativo se transforma em chumbo em uma taxa previsível, permitindo a datação dessas amostras.
Um estudo publicado na revista Nature indica que esses cristais podem ter idades superiores a 4,35 bilhões de anos. Se isso estiver correto, a Lua pode ter se formado entre 4,43 e 4,51 bilhões de anos atrás, logo após o surgimento da Terra, há cerca de 4,54 bilhões de anos.
Essa revisão da idade lunar é vista com bons olhos por cientistas que estudam a evolução planetária, pois se encaixa melhor nos modelos de formação do Sistema Solar. Ainda assim, persistem incertezas.
As fases da Lua no mês de março de 2025 começaram já no dia 6 com a chegada da Lua Crescente e o fim da Lua Nova de fevereiro. A mudança ocorreu às 13h33.
Já no dia 14 foi a vez da Lua Cheia, às 03h55. A Lua Minguante surge às 8h32 do dia 22 do mês. As fases da Lua do mês de março de 2025 contaram ainda com a Lua Nova, no dia 29 às 08h00.
Lunação: a cada 29,5 dias (em média), a Lua inicia um ciclo lunar, que começa na fase nova e se encerra na minguante. Imagem: Elena11 – Shutterstock
Uma lunação ou ciclo lunar, como é chamado o intervalo de tempo entre luas novas, é sutilmente variável, com média de duração de 29,5 dias. Durante esse período, ela passa pelas quatro fases principais (nova, crescente, cheia e minguante), e cada uma se prolonga por aproximadamente sete dias.
Também existem as “interfases”: quarto crescente e crescente gibosa (entre as fases nova e cheia) e minguante gibosa e quarto minguante (entre a cheia e a minguante).
Pesquisadores analisaram amostras coletadas pela missão chinesa Chang’e 6 e revelaram informações importantes sobre a história da Lua. O satélite natural da Terra pode ter sido coberto por um oceano de magma durante sua formação.
A missão, lançada em maio de 2024, pousou no Polo Sul lunar, na região conhecida como lado oculto da Lua. Ela retornou com cerca de 2 quilos de amostras inéditas para estudos.
Cientistas da Academia de Ciências Geológicas da China receberam parte desse material e publicaram um artigo sobre a formação lunar e seu período de oceano magmático. Essa parcela da história durou por dezenas a centenas de milhões de anos até que o astro esfriasse.
O grupo estudou fragmentos de basalto de 2,8 bilhões de anos que indicam a presença de lava. Com isso, descobriram que essas rochas são similares em composição aos basaltos de baixo teor de titânio coletados anteriormente pelas missões Apollo, da NASA, no lado próximo da Lua.
Imagem tirada com a câmera panorâmica do módulo de pouso da sonda Chang’e-6 divulgada pela Administração Espacial Nacional da China (CNSA).(Imagem: CNSA)
Um modelo incompleto sobre a formação da Lua
Anteriormente, havia um modelo de oceano de magma com base em amostras do lado próximo lunar. Essa representação propõe que a Lua recém-nascida passou por um evento de derretimento global.
Após o esfriamento, essa lava se cristalizou e minerais mais densos flutuaram para a superfície, formando a crosta lunar. Enquanto isso, minerais mais densos afundaram e estruturam o manto.
O derretimento restante, enriquecido com elementos incompatíveis, formou uma camada chamada de KREEP. O nome deriva das iniciais de seus principais elementos, o potássio (K), terras raras (REE) e fósforo (P).
“Nossa análise mostrou que a camada KREEP também existe no lado distante da lua. A similaridade na composição de basalto entre os lados distante e próximo indica que um oceano global de magma pode ter abrangido a lua inteira”, disse Che Xiaochao, pesquisador associado do instituto, em um comunicado.
Ilustração do Polo Sul-Aitken da Lua feita com dados da sonda JAXA’s Kaguya.
(Imagem: Ittiz / Wikimedia Commons)
No entanto, durante décadas, o modelo esteve incompleto. “Sem amostras do outro lado, era como resolver um quebra-cabeça com metade das peças faltando”, disse Liu Dunyi, pesquisador sênior do instituto.
Os materiais recolhidos pelas missões Apollo e os da Chang’e 6 se diferenciam em relação à quantidade de isótopos de urânio e chumbo. Para explicar isso, os cientistas propõem que o impacto gigantesco que formou a bacia do Polo Sul-Aitken na Lua, com aproximadamente 2,5 mil quilômetros de largura, há cerca de 4,2 bilhões de anos, modificou as propriedades químicas e físicas do manto nessa região.
“Em outras palavras, a Lua já foi coberta por um oceano global de magma, mas bombardeios posteriores de asteroides causaram diferentes processos de evolução nos lados próximo e distante”, explicou o pesquisador Long Tao.
Missões Chang’e expandem pesquisa lunar
A Chang’e 6 foi a segunda missão chinesa a trazer material lunar para a Terra. Sua antecessora, Chang’e 5 recolheu fragmentos do lado próximo da Lua em 2020.
Atualmente, o programa espacial já está na Chang’e 7 e a agência chinesa pretende lançar a sonda Chang’e 8 por volta de 2028. Seu objetivo é realizar experimentos sobre a utilização dos recursos lunares.
Até 2035, espera-se que Chang’e 7 e Chang’e 8 constituam juntas o modelo básico da Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS). Ela será um centro para engenheiros, um laboratório para cientistas e um espaço de desenvolvimento para talentos internacionais que pesquisam o espaço profundo, segundo define a agência espacial.
Pesquisas futuras podem trazer melhor compreensão para a origem e formação lunar e muito além disso. “Estudar o histórico de impacto da Lua nos ajuda a entender o passado da Terra, que foi obscurecido por atividades tectônicas”, conclui Long.
Engenheiros nucleares chineses afirmam ter encontrado problemas no projeto Fission Surface Power (FSP), o futuro reator lunar da NASA. Segundo eles, pequenos ajustes poderiam aumentar a eficiência do sistema em 75%, melhorando a produção de energia e a durabilidade.
O reator FSP faz parte dos planos da agência espacial dos EUA para bases sustentáveis na Lua e foi concebido sem o uso de moderadores de nêutrons. Ele foi projetado para funcionar de forma autônoma, garantindo energia mesmo durante as longas noites lunares, que duram cerca de duas semanas. A expectativa era que o sistema fornecesse 40 quilowatts de energia – suficiente para abastecer 30 casas por uma década.
Para operar nesse ambiente hostil, o reator utilizaria barras cilíndricas de urânio altamente enriquecido e uma proteção espessa de berílio contra a radiação intensa. No entanto, os engenheiros chineses apontam que o combustível nuclear se expande com o tempo, limitando a vida útil do reator a oito anos.
Impressão artística do Fission Surface Power, sistema de energia de superfície de fissão planejado pela NASA. Crédito: NASA
Outro ponto crítico está no sistema de controle de reatividade. O FSP da NASA usa tambores de controle de um único caminho, o que, segundo a equipe chinesa, reduz as opções de segurança. O reator também não conta com mecanismos redundantes de desligamento, o que pode aumentar os riscos operacionais.
Os pesquisadores da Corporação Nuclear Nacional da China (CNNC) propõem um novo modelo de reator lunar, publicado na revista científica Atomic Energy Science and Technology. O projeto se inspira no TOPAZ-II, um reator soviético dos anos 1980, e introduz melhorias que prometem aumentar a eficiência e a segurança.
Uma das principais diferenças é o uso de barras de combustível em formato anular e moderadores de hidreto de ítrio. Essa configuração permite uma melhor dissipação de calor e um controle mais eficiente da reação nuclear. Além disso, o hidreto de ítrio é mais estável em temperaturas extremas, reduzindo riscos de falha.
Outra vantagem do reator chinês seria o menor consumo de combustível. Enquanto o modelo da NASA precisa de 70 kg de urânio-235, o design chinês requer apenas 18,5 kg, convertendo nêutrons rápidos em nêutrons térmicos com mais eficiência. Isso significa um reator mais leve e econômico para futuras missões lunares.
Representação artística de um sistema de energia na Lua. Energia segura, eficiente e confiável será fundamental para a futura exploração robótica e humana do satélite. Crédito: NASA
Pequenos avanços podem colocar China à frente
O sistema chinês também usa um resfriamento duplo com metal líquido (NaK-78), que mantém a temperatura abaixo de 600°C e melhora a estabilidade do reator. Para segurança, o projeto inclui três hastes de carboneto de boro e oito tambores de controle rotativos, garantindo um desligamento seguro em caso de emergência.
Com essas inovações, o reator chinês pode operar por mais de 10 anos com alta eficiência e menos riscos. Além disso, suas hastes de combustível podem ser fabricadas rapidamente por grandes empresas, incluindo a americana Westinghouse.
Conforme destaca o South China Morning Post, enquanto a China avança, a NASA enfrenta cortes orçamentários e atrasos no programa Artemis, sua principal iniciativa para o retorno à Lua. Se os chineses conseguirem implementar suas melhorias antes dos norte-americanos, podem garantir uma vantagem estratégica na corrida por bases lunares permanentes.