MDULO-DE-POUSO-ATHENA-LUA-1024x682

Athena: sonda está ativa, mas posição na Lua ainda é incerta

O módulo lunar Athena, da empresa norte-americana Intuitive Machines, pousou perto do polo sul da Lua nesta quinta-feira (6), às 14h31 (horário de Brasília). Embora a missão tenha seguido o cronograma previsto, os engenheiros ainda não sabem se a sonda está na posição correta, o que pode interferir na capacidade de comunicação e geração de energia.

A confirmação do pouso veio durante uma transmissão ao vivo do evento. Horas mais tarde, a empresa realizou uma coletiva de imprensa para atualizar a situação. “Devo dizer que ainda não acreditamos que estamos na atitude correta na superfície da Lua”, declarou Steve Altemus, CEO da Intuitive Machines. Ele explicou que a equipe ainda está analisando os dados recebidos e espera obter imagens do orbitador Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da NASA, nos próximos dias para entender melhor a situação.

A sonda Athena, da Intuitive Machines, capturou esta visão da Lua durante seu pouso em 6 de março de 2025. Crédito: NASA TV

Apesar da incerteza sobre a posição da espaçonave Athena, a comunicação com ela foi estabelecida. “Podemos comandar cargas úteis para ligar e desligar”, disse Altemus. No entanto, ele admitiu que a geração de energia e a comunicação não estão totalmente dentro do esperado. Como medida preventiva, a equipe adotou estratégias para conservar energia e avaliar quais objetivos da missão ainda podem ser cumpridos.

Localização exata do módulo Athena ainda é um mistério

Outro desafio enfrentado pela equipe da Intuitive Machines é determinar a localização exata da sonda Athena na Lua. A espaçonave deveria pousar em uma região específica dentro do planalto Mons Mouton, a cerca de 160 km do polo sul lunar. Porém, devido às dificuldades encontradas no pouso, a posição final do módulo pode estar um pouco diferente do previsto.

“Não sei exatamente onde estaríamos em relação à elipse de pouso que especificamos antes da missão, com precisão de 50 metros”, explicou Altemus. Ele afirmou que a equipe está aguardando imagens da câmera do orbitador LRO para confirmar a localização.

Tim Crain, diretor de crescimento da Intuitive Machines, acredita que o software de reconhecimento de crateras da Athena funcionou corretamente e direcionou a sonda para um ponto próximo do alvo planejado. O sistema utiliza um banco de dados com imagens de crateras da região, comparando-as com as captadas durante a descida para se orientar.

“A resposta, repetidamente, foi sim”, disse Crain, ao ser questionado se o software havia identificado corretamente as crateras durante a aterrissagem. Mesmo assim, ele demonstrou uma leve frustração. “Estou um pouco desapontado porque o módulo de pouso provavelmente está fora do perímetro do local de pouso”.

Mons Mouton, uma montanha lunar semelhante a uma mesa perto do polo sul da Lua, batizada em homenagem ao matemático da NASA Melba Mouton, onde a sonda Athena deve pousar. Crédito: NASA / Science Visualization Studio

Apesar disso, Crain garantiu que a Athena pousou dentro do planalto Mons Mouton, uma região de interesse para futuras explorações lunares devido à possibilidade de conter gelo de água sob a superfície.

“Pousar na Lua é extremamente difícil”

Durante a coletiva de imprensa, Nicky Fox, administradora associada da Diretoria de Missões Científicas da NASA, destacou os desafios de um pouso lunar bem-sucedido. “Acho que todos podemos concordar, particularmente hoje, que pousar na Lua é extremamente difícil, e a IM-2 pretendia pousar em um lugar que a humanidade nunca esteve antes”.

Nicky Fox, administradora associada da Diretoria de Missões Científicas da NASA, durante a coletiva de imprensa sobre o pouso da sonda Athena, da Intuitive Machines. Crédito: NASA TV

Ela reforçou que, apesar das dificuldades, a sonda segue ativa e retornando dados valiosos para a missão. “Esperamos poder trabalhar com a Intuitive Machines em um plano para recuperar o máximo de dados científicos e tecnológicos durante sua permanência na Lua”.

Altemus também classificou o pouso como um sucesso, independentemente das dificuldades enfrentadas. “Sempre que você envia uma espaçonave para a Flórida para voar e, uma semana depois, ela está operando na Lua, declaro que é um sucesso”.

Sonda anterior “quebrou a perna” ao pousar na Lua

Esse cenário lembra o pouso da missão IM-1, também da Intuitive Machines, ocorrido em fevereiro de 2024. Na ocasião, o módulo Odysseus tocou o solo lunar com velocidade acima do esperado. Isso acabou quebrando uma perna da espaçonave e fazendo com que ela tombasse parcialmente, dificultando a comunicação.

A transmissão do pouso da missão IM-2 foi encerrada 30 minutos após o evento, com a informação de que mais detalhes serão divulgados em uma coletiva de imprensa marcada para às 18h.

A missão IM-2 faz parte do programa CLPS, da NASA, que contrata empresas privadas para levar experimentos científicos e novas tecnologias à Lua.

Leia mais:

Como estava programado o pouso da sonda Athena na Lua

Pouco depois de ter sido lançado por um foguete Falcon 9, da SpaceX, no dia 26 de fevereiro de 2025, o Athena enviou algumas imagens da Terra para a equipe de controle.

Após uma jornada de quase cinco dias completos, o lander chegou à órbita lunar na segunda-feira (3). No dia seguinte, novos registros obtidos pela espaçonave (que completa uma órbita a cada duas horas) foram divulgados pela Intuitive Machines no X (antigo Twitter), desta vez mostrando a Lua – confira aqui.

Segundo a descrição da missão no site da Intuitive Machines, o pouso seria um processo complexo e autônomo. Primeiro, a sonda precisaria reduzir sua órbita para entrar em trajetória de aproximação. Nesse estágio, sem comunicação direta com a Terra, ela dependeu apenas de seus sensores para navegar.

Ao retomar o contato com os controladores, a espaçonave deveria acionar os motores para diminuir a velocidade e alinhar-se com a superfície. A poucos metros do solo, era esperado que ela desativasse as câmeras e fizesse o ajuste final por orientação interna, tocando o chão suavemente. Por enquanto, não se sabe se esses procedimentos foram cumpridos corretamente.

A escolha da região de Mons Mouton não foi aleatória. Localizada perto do polo sul lunar, a área é um dos focos de interesse da NASA devido à possibilidade de conter gelo de água abaixo da superfície. A presença desse recurso pode ser essencial para futuras missões tripuladas, pois permitiria a obtenção de água potável e até combustível para foguetes.

A sonda Athena, da Intuitive Machines, capturou esta imagem enquanto pousava perto do polo sul da Lua, em 6 de março de 2025. Crédito: NASA TV

Missão deve durar 10 dias

Se tudo der certo, a missão deve durar cerca de 10 dias – o período de iluminação solar na região. Durante esse tempo, seus instrumentos irão perfurar e analisar o solo lunar em busca de gelo. O experimento PRIME-1, da NASA, utilizará uma broca chamada TRIDENT para coletar amostras, enquanto o espectrômetro MSolo verificará sua composição.

O módulo Athena também transporta um pequeno rover japonês chamado Yaoki e a espaçonave autônoma Grace, que explorará uma cratera próxima. Há também um experimento de comunicação 4G/LTE da Nokia, que poderá facilitar a conectividade em futuras missões.

A Intuitive Machines já planeja novas missões à Lua. Com contratos adicionais da NASA, a empresa segue ampliando sua participação na exploração do satélite, ajudando a pavimentar o caminho para o retorno de astronautas à superfície lunar.

O post Athena: sonda está ativa, mas posição na Lua ainda é incerta apareceu primeiro em Olhar Digital.

athena-pouso-na-lua-1024x683

Sonda Athena pousa na Lua – mas, algo pode ter dado errado

O módulo lunar Athena, da norte-americana Intuitive Machines, pousou perto do polo sul da Lua nesta quinta-feira (6), às 14h31 (horário de Brasília). Embora a missão tenha ocorrido dentro do cronograma planejado, há sinais de que a descida ao solo lunar pode não ter sido perfeita.

Durante a transmissão ao vivo do evento, a empresa informou que a sonda Athena continua enviando dados e gerando energia na superfície. No entanto, a equipe ainda não confirmou se a espaçonave pousou na posição correta – o que seria essencial para garantir uma boa comunicação com a Terra.

“Podemos confirmar que Athena está na Lua”, disse Josh Marshall, da Intuitive Machines. Segundo ele, os engenheiros estão analisando a orientação do módulo, o que afeta a qualidade do sinal.

Esse cenário lembra o pouso da missão IM-1, também da Intuitive Machines, ocorrido em fevereiro de 2024. Na ocasião, o módulo Odysseus tocou o solo lunar com velocidade acima do esperado. Isso acabou quebrando uma perna da espaçonave e fazendo com que ela tombasse parcialmente, dificultando a comunicação.

A sonda Athena, da Intuitive Machines, capturou esta imagem enquanto pousava perto do polo sul da Lua, em 6 de março de 2025. Crédito: NASA TV

A transmissão do pouso da missão IM-2 foi encerrada 30 minutos após o evento, com a informação de que mais detalhes serão divulgados em uma coletiva de imprensa marcada para às 18h.

A missão IM-2 faz parte do programa CLPS, da NASA, que contrata empresas privadas para levar experimentos científicos e novas tecnologias à Lua.

Como estava programado o pouso da sonda Athena na Lua

Pouco depois de ter sido lançado por um foguete Falcon 9, da SpaceX, no dia 26 de fevereiro de 2025, o Athena enviou algumas imagens da Terra para a equipe de controle.

Após uma jornada de quase cinco dias completos, o lander chegou à órbita lunar na segunda-feira (3). No dia seguinte, novos registros obtidos pela espaçonave (que completa uma órbita a cada duas horas) foram divulgados pela Intuitive Machines no X (antigo Twitter), desta vez mostrando a Lua – confira aqui.

Segundo a descrição da missão no site da Intuitive Machines, o pouso seria um processo complexo e autônomo. Primeiro, a sonda precisaria reduzir sua órbita para entrar em trajetória de aproximação. Nesse estágio, sem comunicação direta com a Terra, ela dependeu apenas de seus sensores para navegar. 

Ao retomar o contato com os controladores, a espaçonave deveria acionar os motores para diminuir a velocidade e alinhar-se com a superfície. A poucos metros do solo, era esperado que ela desativasse as câmeras e fizesse o ajuste final por orientação interna, tocando o chão suavemente. Por enquanto, não se sabe se esses procedimentos foram cumpridos corretamente.

Mons Mouton, uma montanha lunar semelhante a uma mesa perto do polo sul da Lua, batizada em homenagem ao matemático da NASA Melba Mouton, onde a sonda Athena deve pousar. Crédito: NASA / Science Visualization Studio

A escolha da região de Mons Mouton não foi aleatória. Localizada perto do polo sul lunar, a área é um dos focos de interesse da NASA devido à possibilidade de conter gelo de água abaixo da superfície. A presença desse recurso pode ser essencial para futuras missões tripuladas, pois permitiria a obtenção de água potável e até combustível para foguetes.

Leia mais:

Missão deve durar 10 dias

Se tudo der certo, a missão deve durar cerca de 10 dias – o período de iluminação solar na região. Durante esse tempo, seus instrumentos irão perfurar e analisar o solo lunar em busca de gelo. O experimento PRIME-1, da NASA, utilizará uma broca chamada TRIDENT para coletar amostras, enquanto o espectrômetro MSolo verificará sua composição.

A Nokia incluiu um sistema de comunicação 4G no Athena da Intuitive Machines para conectar pequenos rovers com o módulo lunar – imagem conceitual artística. Crédito: Nokia/Intuitive Machines

O módulo Athena também transporta um pequeno rover japonês chamado Yaoki e a espaçonave autônoma Grace, que explorará uma cratera próxima. Há também um experimento de comunicação 4G/LTE da Nokia, que poderá facilitar a conectividade em futuras missões.

A Intuitive Machines já planeja novas missões à Lua. Com contratos adicionais da NASA, a empresa segue ampliando sua participação na exploração do satélite, ajudando a pavimentar o caminho para o retorno de astronautas à superfície lunar.

O post Sonda Athena pousa na Lua – mas, algo pode ter dado errado apareceu primeiro em Olhar Digital.

lunar-trailblazer-lua-1024x576

Com pouca energia e em silêncio, sonda da NASA gira lentamente no espaço

A situação do satélite Lunar Trailblazer, da NASA, está cada vez pior. Lançada no final de fevereiro, a bordo do foguete Falcon 9 da SpaceX, a sonda deveria mapear a distribuição de água na Lua. Mas os controladores da missão perderam contato com o satélite. Agora, a sonda está com pouca energia. E gira no espaço.

“Com base na telemetria antes da perda de sinal na semana passada e nos dados de radar coletados em 2 de março, a equipe acredita que a espaçonave está girando lentamente num estado de baixa energia“, escreveu Naomi Hartono, da NASA, num comunicado publicado em 4 de março.

Ao longo da última semana, os controladores tentaram restabelecer a comunicação com o pequeno satélite. Mas não conseguiram.

Equipe da NASA continua de olho no satélite na esperança de recuperar rumo da missão

A equipe continuará monitorando “caso a orientação da espaçonave mude para onde os painéis solares recebam mais luz, aumentando sua produção para apoiar operações e comunicações de maior potência”, acrescentou Naomi.

Conceito artístico da sonda Lunar Trailblazer na órbita da Lua (Imagem: Lockheed Martin/NASA/Romolo Tavani – Shutterstock)

Os controladores de voo do Lunar Trailblazer usam a Rede Espacial Profunda da NASA, juntamente a observatórios terrestres, para entender melhor a orientação da sonda no espaço.

No entanto, os problemas do pequeno satélite impediram a execução de manobras vitais de correção de trajetória pós-lançamento – TCMs, para facilitar. Essas são pequenas operações de propulsores para ajustar o caminho de voo da espaçonave em direção à Lua.

Futuras TCMs colocariam o Lunar Trailblazer na órbita planejada ao redor da Lua. Isso se a NASA/Caltech conseguir retomar o controle da sonda. Essas “estratégias alternativas de TCM” podem “permitir que o satélite complete alguns de seus objetivos científicos”, segundo Naomi.

Complicações na sonda da NASA

O satélite da NASA foi para o espaço junto a outros dois projetos científicos – o módulo lunar Athena, da Intuitive Machines; e o Odin, equipamento de mineração de asteroides da Astroforge. O lançamento ocorreu às 21h26 (horário de Brasília), no Centro Espacial Kennedy, na Flórida (EUA), em 26 de fevereiro.

Após ser liberado no espaço, o Lunar Trailblazer conseguiu estabelecer contato com a equipe de controle do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech).

No entanto, de acordo com um comunicado da NASA, os primeiros dados indicaram falhas intermitentes no sistema de energia. Durante a manhã de quinta-feira (27), a comunicação foi completamente perdida.

Leia mais:

O pequeno satélite da NASA

Sonda Lunar Trailblazer
Sonda Lunar Trailblazer antes de ser encapsulada para ser lançada à Lua (Imagem: Lockheed Martin)

O orbitador Lunar Trailblazer faz parte do programa SIMPLEX (sigla em inglês para “Pequenas Missões Inovadoras de Exploração Planetária”). É uma iniciativa da NASA para lançar pequenas espaçonaves científicas de baixo custo como carga secundária de voos compartilhados. Neste caso, a missão principal era o módulo lunar Athena (IM-2).

O Trailblazer ficará em órbita coletando dados globais sobre a presença de água na Lua. O objetivo é entender onde e em que forma essa água está armazenada – conhecimento essencial para futuras missões tripuladas.

O post Com pouca energia e em silêncio, sonda da NASA gira lentamente no espaço apareceu primeiro em Olhar Digital.

athena-pouso-lua-1024x655

Espaçonave Athena pousa na Lua esta tarde – assista ao vivo

Na tarde desta quinta-feira (6), o lander Athena, da empresa Intuitive Machines, dos EUA, tentará pousar na Lua. Se der tudo certo, será a segunda vez que a companhia conquista o feito. Em fevereiro de 2024, o módulo Odysseus se tornou a primeira espaçonave privada a atingir o solo lunar com sucesso – embora tenha tombado após o contato com o solo.

Denominada IM-2, a missão faz parte do programa Serviços Comerciais de Carga Útil Lunar (CLPS), da NASA, que contrata empresas privadas para levar experimentos científicos e tecnológicos à Lua. 

Com transmissão ao vivo no serviço de streaming NASA+ e no canal Intuitive Machines no YouTube a partir das 13h30 (pelo horário de Brasília), o pouso deve acontecer cerca de uma hora depois na região de Mons Mouton, perto do polo sul lunar.

Imagem capturada pela espaçonave Athena na órbita da Lua. Crédito: Intuitive Machines

Pouco depois de ter sido lançado por um foguete Falcon 9, da SpaceX, no dia 26 de fevereiro de 2025, o Athena enviou algumas imagens da Terra para a equipe de controle.

Após uma jornada de quase cinco dias completos, o lander chegou à órbita lunar na segunda-feira (3). No dia seguinte, novos registros obtidos pela espaçonave (que completa uma órbita a cada duas horas) foram divulgados pela Intuitive Machines no X (antigo Twitter), desta vez mostrando a Lua – confira aqui.

Leia mais:

Como será o pouso da sonda Athena na Lua

Segundo a descrição da missão no site da Intuitive Machines, o pouso será um processo complexo e autônomo. Primeiro, a sonda reduzirá sua órbita e entrará em trajetória de aproximação. Sem comunicação direta com a Terra nesse estágio, ela dependerá apenas de seus sensores para navegar. 

Quando retomar o contato com os controladores, acionará os motores para diminuir a velocidade e alinhar-se com a superfície. A poucos metros do solo, deve desativar as câmeras e fazer o ajuste final por orientação interna, tocando o chão suavemente.

Mons Mouton, uma montanha lunar semelhante a uma mesa perto do polo sul da Lua, batizada em homenagem ao matemático da NASA Melba Mouton, onde a sonda Athena deve pousar. Crédito: NASA / Science Visualization Studio

A escolha da região de Mons Mouton não foi aleatória. Localizada perto do polo sul lunar, a área é um dos focos de interesse da NASA devido à possibilidade de conter gelo de água abaixo da superfície. A presença desse recurso pode ser essencial para futuras missões tripuladas, pois permitiria a obtenção de água potável e até combustível para foguetes.

Após o pouso, a missão deve durar cerca de 10 dias – o período de iluminação solar na região. Durante esse tempo, seus instrumentos irão perfurar e analisar o solo lunar em busca de gelo. O experimento PRIME-1, da NASA, utilizará uma broca chamada TRIDENT para coletar amostras, enquanto o espectrômetro MSolo verificará sua composição.

O módulo Athena também transporta um pequeno rover japonês chamado Yaoki e a espaçonave autônoma Grace, que explorará uma cratera próxima. Há também um experimento de comunicação 4G/LTE da Nokia, que poderá facilitar a conectividade em futuras missões.

A Intuitive Machines já planeja novas missões à Lua. Com contratos adicionais da NASA, a empresa segue ampliando sua participação na exploração do satélite, ajudando a pavimentar o caminho para o retorno de astronautas à superfície lunar.

O post Espaçonave Athena pousa na Lua esta tarde – assista ao vivo apareceu primeiro em Olhar Digital.

terra_athena_2-1024x768-1

Módulo Athena transmite vídeo incrível do local de pouso na Lua

Na tarde desta quinta-feira (6), o lander Athena, da empresa Intuitive Machines, dos EUA, tentará pousar na Lua. Se der tudo certo, será a segunda vez que a companhia conquista o feito. Em fevereiro de 2024, o módulo Odysseus se tornou a primeira espaçonave privada a atingir o solo lunar com sucesso – embora tenha tombado após o contato com o solo.

A missão, chamada IM-2, faz parte do programa Serviços Comerciais de Carga Útil Lunar (CLPS), da NASA, que contrata empresas privadas para levar experimentos científicos e tecnológicos à Lua. 

Athena tirou “selfies” com a Terra enquanto ruma à Lua. Crédito: Reprodução/X/Intuitive Machines

Pouco depois de ter sido lançado por um foguete Falcon 9, da SpaceX, no dia 26 de fevereiro de 2025, o Athena enviou algumas imagens da Terra para a equipe de controle. Agora, novos registros obtidos pela espaçonave (que completa uma órbita a cada duas horas) foram divulgados pela Intuitive Machines no X (antigo Twitter), desta vez mostrando a Lua.

Em uma postagem de 4 de março, a empresa afirmou que o módulo “segue em excelente estado” e aguarda o nascer do Sol na região de Mons Mouton, perto do polo sul lunar, onde pretende pousar. 

Também foi divulgado um vídeo em lapso de tempo mostrando 10 minutos de uma das 39 órbitas que o Athena fará antes da tentativa de descida.

Leia mais:

Missão vai procurar gelo no subsolo lunar

Mons Mouton é um local estratégico para a NASA, pois pode conter gelo de água no subsolo, recurso essencial para futuras missões tripuladas, já que pode ser usado para produzir oxigênio e combustível. 

Para ajudar nessa investigação, o módulo Athena transporta o experimento PRIME-1, que perfurará o solo lunar em busca de gelo. O equipamento é composto por uma broca capaz de cavar até um metro de profundidade e um espectrômetro de massa para analisar as amostras coletadas.

Outro equipamento a bordo é a espaçonave secundária Grace, que fará pequenos “saltos” ao redor do local de pouso para explorar áreas permanentemente sombreadas. Junto a ela, o pequeno rover MAPP (sigla em inglês para “Plataforma Móvel Autônoma de Prospecção”), desenvolvido pela empresa Lunar Outpost, ajudará nas pesquisas enquanto carrega a primeira rede de telefonia celular da Lua.

Movimentação está intensa na Lua

O pouso do Athena acontece em um momento de intensa atividade lunar. No último domingo (2), o módulo Blue Ghost, da Firefly Aerospace, chegou à superfície para uma missão de duas semanas na região de Mare Crisium. Outra espaçonave, o módulo japonês Resilience, lançado junto ao Blue Ghost em janeiro, segue em uma trajetória mais lenta e deve pousar em junho.

A expectativa da Intuitive Machines é que o Athena consiga uma descida mais precisa do que a de seu antecessor. “Esperamos pousar de forma mais controlada desta vez”, disse Trent Martin, vice-presidente sênior da empresa, ao site Space.com. Se tudo correr bem, a missão vai representar mais um avanço na exploração sustentável da Lua.

O post Módulo Athena transmite vídeo incrível do local de pouso na Lua apareceu primeiro em Olhar Digital.

fases-da-Lua-1024x186-2

Lua hoje: confira a fase da Lua nesta quinta-feira 06/03/2025 

Hoje, 6 de março de 2025, a Lua está na fase Crescente, está 33% visível e crescendo. Faltam 8 dias para a Lua Cheia. Confira o calendário completo de fases da Lua em março.

As informações sobre as fases da Lua do mês de março são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Lua hoje: confira as próximas fases

As fases da Lua no mês de março de 2025 começaram já no dia 6 com a chegada da Lua Crescente e o fim da Lua Nova de fevereiro. A mudança ocorreu às 13h33.

Já no dia 14 é a vez da Lua Cheia, às 03h55. A Lua Minguante surge às 8h32 do dia 22 do mês. As fases da Lua do mês de março de 2025 contaram ainda com a Lua Nova, no dia 29 às 08h00.

Lunação: a cada 29,5 dias (em média), a Lua inicia um ciclo lunar, que começa na fase nova e se encerra na minguante. Imagem: Elena11 – Shutterstock

Leia mais:

Calendário fases da lua março de 2025

  • Lua Crescente: dia 6 às 13h33
  • Lua Cheia: dia 14 às 03h55
  • Lua Minguante: dia 22 às 8h32
  • Lua Nova: dia 29 às 08h00

O que é o ciclo lunar?

Uma lunação ou ciclo lunar, como é chamado o intervalo de tempo entre luas novas, é sutilmente variável, com média de duração de 29,5 dias. Durante esse período, ela passa pelas quatro fases principais (nova, crescente, cheia e minguante), e cada uma se prolonga por aproximadamente sete dias.

Também existem as “interfases”: quarto crescente e crescente gibosa (entre as fases nova e cheia) e minguante gibosa e quarto minguante (entre a cheia e a minguante).

Qual a fase da Lua hoje?

Hoje a Lua está na fase Crescente.

O post Lua hoje: confira a fase da Lua nesta quinta-feira 06/03/2025  apareceu primeiro em Olhar Digital.

firefly-3-768x1024

Blue Ghost: veja o vídeo do histórico pouso na Lua

A Firefly Aerospace postou, na terça-feira (04), um vídeo que mostra como foi o pouso do módulo Blue Ghost na Lua no domingo (02). As imagens divulgadas pela empresa trazem diversos ângulos em torno do lander, além de alguns momentos na central de controle, na Terra.

O vídeo mostra o processo de pouso no satélite natural. Quando a Blue Ghost encosta no solo lunar, dá para ver poeira sendo espalhada e, depois, a sombra alongada do módulo. Uma trilha sonora à la Oppenheimer embala os takes do vídeo.

Assista abaixo ao vídeo publicado pela empresa na sua página no X:

Blue Ghost envia selfies na Lua de tirar o fôlego

Logo após pousar na Lua, às 5h34 (horário de Brasília), a Blue Ghost enviou imagens da superfície do satélite natural (veja nesta matéria do Olhar Digital).

Imagem divulgada pela Firefly Aerospace mostra o módulo lunar Blue Ghost na superfície da Lua com a Terra ao fundo (Imagem: Firefly Aerospace)

O Blue Ghost fará operações na superfície lunar e dará suporte a demonstrações científicas e tecnológicas da NASA ao longo de 14 dias, contando a partir do dia do pouso (equivalente a um dia lunar).

Confira abaixo o que está previsto nos trabalhos desempenhados por meio da sonda:

  • Perfuração subterrânea;
  • Coleta de amostras e imagens de raios X;
  • Testes do sistema global de navegação por satélite e da computação tolerante à radiação;
  • Captura de imagens de alta definição de um eclipse total – quando a Terra bloqueará o Sol acima do horizonte da Lua – em 14 de março;
  • Registro do pôr do sol, em 16 de março, fornecendo dados sobre como a poeira lunar levita devido às influências solares e cria um brilho no horizonte documentado pela primeira vez por Eugene Cernan, na Apollo 17.

A poeira lunar pode ser um desafio para futuras bases em nosso satélite natural. Por isso, observações e testes são importantes.

“A ciência e a tecnologia que enviamos para a Lua agora ajudam a preparar o caminho para a futura exploração da NASA e a presença humana de longo prazo para inspirar o mundo para as gerações vindouras”, disse Nicky Fox, administradora associada da Diretoria de Missão Científica da NASA.

Leia mais:

Viagem e pouso da sonda Blue Ghost na Lua

O módulo de pouso Blue Ghost capturou seu primeiro nascer do Sol na Lua, marcando o início do dia lunar e o início das operações de superfície em seu novo lar
O módulo de pouso Blue Ghost capturou seu primeiro nascer do Sol na Lua, marcando o início do dia lunar e o início das operações de superfície em seu novo lar (Imagem: Firefly Aerospace)

Desde o lançamento do Kennedy Space Center da NASA, na Flórida (EUA), em 15 de janeiro, o Blue Ghost viajou mais de 4,5 milhões de quilômetros

O módulo lunar pousou numa formação vulcânica chamada Mons Latreille, dentro do Mare Crisium. Esta é uma bacia com mais de 480 quilômetros de largura, localizada no quadrante nordeste do lado próximo da Lua.

O post Blue Ghost: veja o vídeo do histórico pouso na Lua apareceu primeiro em Olhar Digital.

fases-da-Lua-1024x186

Fase da Lua hoje: 04/03/2025

Hoje, 4 de março de 2025, a Lua está na fase Nova, está 22% visível e crescendo. Faltam 2 dias para a Lua Crescente. Confira o calendário completo de fases da Lua em março.

As informações sobre as fases da Lua do mês de março são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Lua hoje: confira as próximas fases

As fases da Lua no mês de março de 2025 começam já no dia 6 com a chegada da Lua Crescente e o fim da Lua Nova de fevereiro. A mudança ocorre às 13h33.

Já no dia 14 é a vez da Lua Cheia, às 03h55. A Lua Minguante surge às 8h32 do dia 22 do mês. As fases da Lua do mês de março de 2025 contaram ainda com a Lua Nova, no dia 29 às 08h00.

Lunação: a cada 29,5 dias (em média), a Lua inicia um ciclo lunar, que começa na fase nova e se encerra na minguante. Imagem: Elena11 – Shutterstock

Leia mais:

Calendário fases da lua março de 2025

  • Lua Crescente: dia 6 às 13h33
  • Lua Cheia: dia 14 às 03h55
  • Lua Minguante: dia 22 às 8h32
  • Lua Nova: dia 29 às 08h00

O que é o ciclo lunar?

Uma lunação ou ciclo lunar, como é chamado o intervalo de tempo entre luas novas, é sutilmente variável, com média de duração de 29,5 dias. Durante esse período, ela passa pelas quatro fases principais (nova, crescente, cheia e minguante), e cada uma se prolonga por aproximadamente sete dias.

Também existem as “interfases”: quarto crescente e crescente gibosa (entre as fases nova e cheia) e minguante gibosa e quarto minguante (entre a cheia e a minguante).

Qual a fase da Lua hoje?

Hoje a Lua está na fase Nova.

O post Fase da Lua hoje: 04/03/2025 apareceu primeiro em Olhar Digital.

terra_athena_2-1024x768

Rumo à Lua! Módulo Athena tira primeiras fotos da Terra; veja

Indo rumo à Lua, o módulo Athena tirou suas primeiras fotos (selfies?) com a Terra. A espaçonave foi lançada na quarta-feira (26) pelo foguete Falcon 9, da SpaceX.

Nas fotos, divulgadas pela Intuitive Machines, dona do módulo espacial, vemos a Terra ao fundo, além de parte do Falcon 9. Pelas imagens, tiradas pouco após o lançamento da missão IM-2, tudo está correndo como esperado, com o módulo estando em excelente estado.

Athena tirou “selfies” com nosso planeta enquanto ruma à Lua (Imagem: Reprodução/X/Intuitive Machines)

“O Athena estabeleceu atitude estável, carregamento solar e contato via comunicação de rádio com o Centro de Operações de Missão da empresa em Houston após o lançamento”, explicou a Intuitive Machines, em publicação no X.

O Athena vai, em breve, acionar seus motores para auxiliar na trajetória antes de entrar na órbita da Lua. Espera-se que isso ocorra nesta segunda-feira (3). Quanto ao pouso em nosso satélite natural, a Intuitive Machines acredita que isso pode ocorrer na quinta-feira (6).

Lançamento do Athena e o que o módulo quer fazer

  • Na quarta-feira (26), além da missão IM-2, estavam, a bordo do Falcon 9, o módulo Lunar Trailblazer, da NASA, e o Odin, o primeiro minerador de asteroides;
  • A IM-2, por meio do Athena, tem dois objetivos: implantar internet 4G na Lua e buscar água por lá;
  • O módulo da Intuitive Machines conta com equipamentos da NASA que serão utilizados na busca por água, além de um dispositivo que vai disponibilizar a internet na Lua por meio de parceria da agência espacial estadunidense e a Nokia;
  • A implantação de internet 4G na Lua é pensado para o futuro, para auxiliar os astronautas que participarão da missão Artemis e para controlar equipamentos lunares.

Por trás desse avanço da iniciativa privada na exploração espacial, estão muitos investimentos públicos. No total, segundo a CBS News, a agência espacial estadunidense gastou US$ 207 milhões (R$ 1,21 bilhão, na conversão direta) nessa missão. A maior parte foi destinada às empresas parceiras.

A ideia é financiar serviços comerciais para permitir o crescimento da indústria e apoiar a exploração lunar de longo prazo, fortalecendo a posição dos Estados Unidos na nova corrida espacial.

Módulo Athena no solo; ao fundo, bandeira dos Estados Unidos
Módulo de pouso Athena, da Intuitive Machines (Imagem: Intuitive Machines)

E os demais “colegas” de Falcon 9? O que farão?

Lunar Trailblazer

Além do Athena, a nave espacial Lunar Trailblazer também está indo rumo à órbita lunar. A Intuitive Machines ainda desenvolveu um pequeno robô, batizado de Grace. Ele permitirá captar imagens de alta resolução e fará levantamento científico da superfície da Lua.

O Grace foi projetado para contornar obstáculos, como inclinações íngremes, pedras e crateras, enquanto se move rapidamente, o que é uma capacidade valiosa para dar suporte a futuras missões na Lua e em Marte.

Nada mais é do que um drone propulsivo feito para saltar pela superfície lunar. O Grace tomará grandes impulsos pela Lua, atingindo alturas progressivamente maiores até alcançar 100 metros no terceiro salto.

Contudo, na semana passada, a Lunar Trailblazer enfrentou problemas técnicos, com falhas intermitentes no sistema de energia da espaçonave, com a comunicação da Trailblazer sendo perdida por completo na quinta-feira (27).

Horas depois, o sinal da espaçonave foi restabelecido, mas, na sexta-feira (28), ainda havia dificuldades para receber e enviar informações.

Essa espaçonave faz parte do programa Pequenas Missões Inovadoras de Exploração Planetária (SIMPLEX, na sigla em inglês), iniciativa da NASA para lançar pequenas espaçonaves científicas de baixo custo como carga secundária de voos compartilhados. Neste caso, a missão principal era o Athena.

O Athena pousará na Lua para analisar um local específico, enquanto o Trailblazer ficará em órbita coletando dados globais sobre a presença de água. O objetivo é entender onde e em que forma essa água está armazenada, conhecimento essencial para futuras missões tripuladas.

O Lunar Trailblazer levará cerca de quatro meses para alcançar a órbita lunar e dar início à sua missão de pelo menos dois anos.

Em poucas palavras:

  • A existência de água na Lua foi confirmada em 2009, mas sua forma exata ainda não é totalmente compreendida;
  • A espaçonave leva consigo um sensor mais avançado, desenvolvido pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), da NASA. Ele será capaz de diferenciar gelo, água adsorvida e hidroxila, permitindo estudo mais detalhado da composição da superfície lunar;
  • Ao longo de dois anos, a missão também analisará crateras sombreadas e medirá a temperatura da superfície para entender o comportamento da água.
Sonda Lunar Trailblazer
Sonda Lunar Trailblazer antes de ser encapsulada para ser lançada à Lua (Imagem: Lockheed Martin)

Odin, o primeiro minerador de asteroides do mundo

O último “caroneiro” é o Odin, primeiro minerador de asteroides da história. Ele pertence à empresa privada AstroForge. Com 120 kg, o dispositivo foi projetado para captar imagens do asteroide 2022 OB5.

O plano é usar esses dados para futura missão chamada Vestri, que pretende, futuramente, pousar no asteroide e explorar seu potencial para mineração. Mas, assim como a Trailblazer, o Odin também perdeu contato com a Terra horas após decolar.

A AstroForge está se preparando para a missão desde 2010. Desde a “era da promessa” da mineração espacial, muitas empresas fecharam sem nem chegarem perto de um asteroide (mineração é um ramo caro e missões espaciais mais ainda). Mas a AstroForge parece ter superado os primeiros desafios.

Esse foi o segundo lançamento da empresa. O primeiro, em abril de 2023, chamado Brokkr-1alcançou, com sucesso, a órbita da Terra, mas não foi possível ativar com sucesso o protótipo da tecnologia de refinaria a bordo para demonstrar que ela funciona em microgravidade.

Apesar desse contratempo, a AstroForge afirmou que o teste foi positivo e rendeu “a experiência de uma campanha de voo, desde o projeto conceitual até as operações em órbita e todas as etapas intermediárias para construir, qualificar e certificar um veículo para o Espaço”.

O post Rumo à Lua! Módulo Athena tira primeiras fotos da Terra; veja apareceu primeiro em Olhar Digital.

firefly-1-1024x768

Após fazer história, missão lunar envia selfies de tirar o fôlego

O módulo de pouso Blue Ghost, da Firefly Aerospace, chegou na Lua há pouco tempo, mas já está trabalhando! A sonda enviou imagens com vistas espetaculares a partir da superfície lunar.

Veja!

Essa é a vista da Blue Ghost depois do pouso! Crédito: Firefly Aerospace
O módulo de pouso Blue Ghost capturou seu primeiro nascer do Sol na Lua, marcando o início do dia lunar e o início das operações de superfície em seu novo lar. Crédito: Firefly Aerospace
imagem divulgada pela Firefly Aerospace mostra o módulo lunar Blue Ghost na superfície da Lua com a Terra ao fundo. Crédito: Firefly Aerospace

Uma missão histórica

A empresa espacial Firefly Aerospace confirmou na manhã deste domingo (02) que o módulo lunar Blue Ghost (Fantasma Azul, na tradução) pousou na superfície do nosso satélite natural às 5h34 (horário de Brasília).

“A Firefly está literal e figurativamente sobre a Lua”, disse Jason Kim, CEO da Firefly Aerospace. “Nosso módulo lunar Blue Ghost agora tem um lar permanente na superfície lunar com 10 cargas úteis da NASA e uma placa com o nome de cada funcionário da Firefly. Esta equipe ousada e imparável provou que estamos bem equipados para fornecer acesso confiável e acessível à Lua, e não vamos parar por aí. Com missões lunares anuais, a Firefly está abrindo caminho para uma presença lunar duradoura que ajudará a desbloquear o acesso ao resto do sistema solar para nossa nação, nossos parceiros e o mundo”.

O Blue Ghost fará operações na superfície lunar e dará suporte a demonstrações científicas e tecnológicas da NASA nos próximos 14 dias – o equivalente a um dia lunar completo.

Vamos conferir o que está previsto:

  • Perfuração subterrânea;
  • Coleta de amostras e imagens de raios X;
  • Testes do sistema global de navegação por satélite e da computação tolerante à radiação;
  • Em 14 de março, a Firefly espera capturar imagens de alta definição de um eclipse total – quando a Terra bloqueará o Sol acima do horizonte da Lua;
  • Em 16 de março, a Blue Ghost vai registrar o pôr do sol, fornecendo dados sobre como a poeira lunar levita devido às influências solares e cria um brilho no horizonte documentado pela primeira vez por Eugene Cernan, na Apollo 17.
  • A poeira lunar pode ser um desafio para futuras bases em nosso satélite natural. Por isso, observações e testes são importantes.

“A ciência e a tecnologia que enviamos para a Lua agora ajudam a preparar o caminho para a futura exploração da NASA e a presença humana de longo prazo para inspirar o mundo para as gerações vindouras”, disse Nicky Fox, administradora associada da Diretoria de Missão Científica da Nasa.

A viagem e o pouso da Blue Ghost

Desde o lançamento do Kennedy Space Center da NASA, na Flórida, em 15 de janeiro, a Blue Ghost viajou mais de 4,5 milhões de quilômetros. 

O módulo lunar pousou em uma formação vulcânica chamada Mons Latreille, dentro do Mare Crisium, uma bacia de mais de 480 quilômetros de largura localizada no quadrante nordeste do lado próximo da Lua.

Missões privadas à Lua

A Intuitive Machines foi a primeira empresa privada a chegar em nosso satélite natural, em fevereiro do ano passado. Contudo, o módulo Odysseus pousou de forma indevida e tombou no solo lunar. Isso atrapalhou a comunicação com a Terra e dificultou o uso de certas ferramentas que a Nasa queria testar. 

A Intuitive Machines, aliás, recolocou os Estados Unidos na Lua depois de 50 anos – a última vez tinha sido ainda com o programa Apollo, em 1972.

De qualquer forma, mesmo com o tombo de Odysseus, a missão foi considerada um sucesso. Agora, a Firefly Aerospace repetiu o feito – porém, sem qualquer imprevisto aparente. Por isso, o comunicado para imprensa diz que é a “primeira empresa comercial a pousar com sucesso na Lua”.

Nasa investe na iniciativa privada

A NASA está trabalhando com várias empresas americanas para levar ciência e tecnologia à superfície lunar por meio da iniciativa Commercial Lunar Payload Services (CLPS) – na tradução, “Serviços Comerciais de Carga Lunar”.

Essas companhias fazem lances para entregar cargas úteis para a NASA. Isso inclui tudo, desde integração e operações de carga útil até lançamentos da Terra e pousos na superfície da Lua.

Os contratos devem somar US$ 2,6 bilhões até 2028.

O post Após fazer história, missão lunar envia selfies de tirar o fôlego apareceu primeiro em Olhar Digital.