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Por que algumas pessoas espirram quando olham para o sol?

Você já sentiu uma vontade irresistível de espirrar ao sair de um ambiente escuro e encarar a luz do sol? Se sim, saiba que você não está sozinho. Essa resposta involuntária tem nome: reflexo fótico do espirro — ou, em termos científicos, a síndrome ACHOO (sigla em inglês para Autosomal-Dominant Compelling Helio-Ophthalmic Outburst).

Neste artigo, vamos explicar como isso acontece e por que esse fenômeno curioso afeta algumas pessoas. Continue lendo e descubra!

O que é o reflexo fótico do espirro?

O reflexo fótico do espirro acontece quando a exposição à luz intensa, principalmente a luz solar, desencadeia espirros involuntários.

Crédito: Mix and Match Studio (Shutterstock/reprodução)

A maioria das pessoas afetadas relata que o fenômeno ocorre especialmente ao sair de locais escuros para ambientes bem iluminados. Em geral, os espirros vêm em sequência, podendo variar de um único espirro até rajadas de 10 ou mais.

Esse fenômeno também pode ser provocado por outras fontes de luz intensa, como flashes de câmeras ou refletores, embora o sol seja o principal gatilho.

Estima-se que entre 18% e 35% da população mundial tenha esse reflexo. Embora seja uma curiosidade inofensiva, ele revela aspectos interessantes da interação entre o sistema visual e o sistema respiratório humano.

Por que isso acontece?

A explicação mais aceita entre os cientistas envolve uma “conversa cruzada” entre dois nervos cranianos: o nervo óptico, que leva informações da visão ao cérebro, e o nervo trigêmeo, responsável por sensações faciais, incluindo o controle do espirro.

Homem espirrando no Braço
Crédito: dreii (Shutterstock/reprodução)

Em pessoas com esse reflexo, acredita-se que a estimulação intensa do nervo óptico (pela luz) acabe ativando, acidentalmente, o nervo trigêmeo. O cérebro interpreta esse sinal misto como uma irritação no nariz, e responde com um espirro.

Outra teoria, chamada de somação óptico-trigeminal, sugere que esse “curto-circuito” entre os nervos aumenta a sensibilidade em regiões próximas ao nariz, favorecendo ainda mais o espirro.

Além disso, estudos recentes apontam uma possível hiperexcitabilidade do córtex visual, a região do cérebro responsável por processar imagens, como fator adicional. A luz intensa pode ativar também áreas cerebrais ligadas ao reflexo do espirro, criando essa reação incomum.

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O reflexo tem base genética?

Sim. O reflexo fótico do espirro é herdado geneticamente, seguindo um padrão de herança autossômica dominante.

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Crédito: shopping king louie (shutterstock/reprodução)

Isso significa que basta um dos pais ter a condição para que o filho também possa apresentá-la. Não por acaso, é comum encontrar esse comportamento repetido em diferentes membros de uma mesma família.

Estudos genéticos já identificaram uma possível relação com uma mutação no cromossomo 2. Ainda que o gene exato não seja totalmente compreendido, essa descoberta reforça a hipótese de que se trata de uma característica hereditária.

Um fenômeno observado há séculos

O interesse pelo espirro induzido pelo sol não é novo. Já no século IV a.C., o filósofo Aristóteles questionava por que isso ocorria.

Mais tarde, no século XVII, Francis Bacon tentou explicar o fenômeno observando que, com os olhos fechados, o espirro não acontecia, sugerindo a participação direta da luz nos olhos, e não apenas do calor.

Hoje sabemos que, apesar das hipóteses históricas imprecisas, os olhos realmente são o ponto de partida do reflexo.

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O que é o sol da meia-noite e em que lugares do planeta ele acontece?

Já pensou estar em um local no qual o Sol brilha incessantemente durante 24 horas? Há regiões na Terra onde esse fenômeno, que tem o nome de sol da meia-noite, acontece, conforme explica o artigo da Encyclopedia Britannica, um portal de conhecimento e educação do Reino Unido. 

A seguir, o Olhar Digital traz todas as curiosidades sobre o tema para você saber o que é, o motivo de ter esse nome, por que acontece e muito mais. Continue a leitura e confira!

O que é o sol da meia-noite?

O sol da meia-noite é um fenômeno no qual o Sol brilha durante 24 horas, sem parar. O evento acontece tanto no Hemisfério Sul quanto no Norte. Segundo o portal do Reino Unido, ele se dá em lugares bem determinados: Ártico e Antártida.

De acordo com o artigo, o fenômeno ocorre por conta da inclinação do eixo da Terra em relação ao plano de sua órbita. Na teoria, o evento possui uma duração de seis meses e pode ser visualizado nas latitudes mais baixas, o que gera longas horas de luz do dia no verão e nada no inverno. Quando o sol da meia-noite acontece em um dos locais, o outro fica escuro durante todo o tempo, pois o sol não sobe acima do horizonte, causando o fenômeno denominado “noite polar”.

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Como não há pessoas morando de forma fixa abaixo do Círculo Polar Antártico, o sol da meia-noite afeta mais a população do norte. Os moradores das regiões onde ocorre o fenômeno se habituaram aos dias intermináveis. Além disso, o evento atrai diversos turistas à procura de dias intermináveis. Por isso, são realizados vários festivais com bebidas, danças e músicas para celebrar o período.

Embora haja uma beleza e apreciação pelo acontecimento, ele traz algumas desvantagens, como a dificuldade para dormir, pois o escuro é essencial para o corpo entrar em um sono profundo, causando dificuldade de concentração, cansaço e alterações de humor. Por isso, moradores e responsáveis por hotéis costumam ter cortinas do tipo blecaute para simular a noite nesses locais.

Já em relação à vida selvagem, o portal Oceanwide Expeditions explica que esse é um período ativo para a vida selvagem. Nos lugares em que as latitudes estão mais baixas, onde existem plantas, há um elevado crescimento. Por outro lado, os animais enfrentam grandes desafios para engordarem, e os períodos de reprodução se intensificam durante a longa exposição à luz solar. 

Imagem: Bonsales/Shutterstock

Em que lugares ocorre o sol da meia-noite?

Como não existem pessoas morando no sul do Círculo Polar Antártico, os lugares onde as pessoas veem o sol da meia-noite são os que estão atravessados pelos círculos polares. Conforme a publicação da Encyclopedia Britannica, são os territórios de Yukon, Nunavut e Groenlândia

Há também países como a Finlândia, em que um quarto de seu território fica localizado ao norte do Círculo Polar Ártico, onde o ponto mais ao norte do país permanece com o Sol visível durante 72 dias no verão. 

Já na Noruega, a parte habitada ao norte da Europa experimenta luz solar contínua de 19 de abril a 23 de agosto. As regiões extremas são os polos nos quais o Sol pode estar sempre visível por metade do ano. 

Tem também a Suécia, Islândia, partes do noroeste do Canadá e o estado do Alasca, nos Estados Unidos, onde acontece o sol da meia-noite. 

A maior cidade do mundo ao norte do Círculo Polar Ártico, Murmansk, na Rússia, é outra que faz parte da lista de locais onde o fenômeno ocorre. Nela, o sol da meia-noite acontece de 22 de maio a 22 de julho, com duração de 62 dias, conforme informações do site governamental. 

Vale destacar que o evento não ocorre em todos os lugares, pois depende diretamente da inclinação da Terra em relação ao Sol.

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Calor do Sol pode influenciar formação de terremotos na Terra, diz estudo

Um artigo publicado nesta terça-feira (4) na revista Chaos sugere que o calor do Sol pode influenciar a formação de terremotos na Terra. A pesquisa, conduzida por cientistas da Universidade de Tsukuba e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada do Japão, aponta que mudanças na temperatura da superfície terrestre afetam a estabilidade das rochas e a movimentação da água subterrânea, impactando a atividade sísmica.

Os terremotos são causados pelo deslocamento das placas tectônicas, liberando energia acumulada ao longo do tempo. No entanto, prever exatamente quando e onde um tremor ocorrerá ainda é um desafio. Liderado pelo brasileiro Matheus Henrique Junqueira Saldanha, do programa de pós-graduação em Engenharia de Sistemas da Universidade de Tsukuba, o estudo analisou a relação entre a atividade solar e os terremotos, indicando que variações na temperatura podem fragilizar a crosta terrestre e influenciar a movimentação das falhas geológicas.

Representação artística do calor do Sol atuando sobre a atividade sísmica da Terra. Créditos: Sergey Peterman/Bro Studio – Shutterstock. Edição: Olhar Digital

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A pesquisa se baseia em um estudo anterior da equipe, publicado na mesma revista em 2022, que associou o número de manchas solares – indicativo da atividade do Sol – à ocorrência de tremores na Terra. Agora, os cientistas ampliaram a análise para incluir as temperaturas da superfície terrestre, tornando as previsões sísmicas mais precisas, especialmente para terremotos mais superficiais.

“O calor do Sol afeta a atmosfera e pode influenciar propriedades das rochas e o fluxo de água subterrânea”, explicou Saldanha em um comunicado. “Essas mudanças podem tornar as rochas mais frágeis e alterar a pressão nas falhas tectônicas, contribuindo para o desencadeamento de terremotos”.

Simulação mostra que aquecimento tem papel na atividade dos terremotos

Os pesquisadores usaram modelos matemáticos e simulações computacionais para cruzar dados sísmicos, registros de atividade solar e variações de temperatura na Terra. Quando incluíram a temperatura da superfície no modelo, perceberam que a previsão dos tremores melhorou, reforçando a hipótese de que o aquecimento terrestre tem um papel, ainda que sutil, na atividade sísmica.

Como o calor e a umidade afetam principalmente as camadas superiores da crosta terrestre, o impacto das variações solares é mais evidente em terremotos rasos. A descoberta sugere que incorporar dados climáticos e solares nos modelos de previsão pode ajudar a antecipar eventos sísmicos com maior precisão.

“Essa abordagem pode melhorar nossa compreensão sobre o que desencadeia os terremotos”, destacou Saldanha. Os pesquisadores esperam que futuras investigações aprofundem essa relação, contribuindo para estratégias mais eficazes de monitoramento e prevenção de desastres naturais.

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