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Navio petroleiro e sonares: como será nova busca pelo avião da Malaysia Airlines

A empresa responsável pelas buscas do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido desde 2014, terá novas ferramentas à disposição em mais uma tentativa de localizar os destroços do avião.

O governo da Malásia fechou acordo com a Ocean Infinity neste mês, como relatado pelo Olhar Digital. O Boeing 777 transportava 227 passageiros e 12 tripulantes quando desapareceu na rota de Kuala Lumpur, capital malaia, para Pequim (China).

Na nova missão, a companhia de exploração do fundo do mar vai retornar ao sul do Oceano Índico, a 1,5 mil quilômetros a oeste de Perth (Austrália). A área de busca se aproxima do tamanho da área metropolitana de Sydney.

Destroços encontrados na costa da África foram atribuídos à aeronave (Imagem: Reprodução/Richard Godfrey)

O raio de buscas foi definido a partir de análises de dados meteorológicos e de satélite, além da localização de destroços atribuídos à aeronave que foram levados pela costa da África e ilhas no Oceano Índico.

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Alta tecnologia para achar o avião

A Ocean Infinity usará novo navio de apoio offshore de 78 metros, o Armada 7806, construído pela empresa norueguesa Vard, em 2023. A embarcação terá frota de veículos subaquáticos autônomos fabricados pela também norueguesa Kongsberg, como informado pelo professor de robótica marinha Stefan B. Williams em artigo no The Conversation.

Cada um desses veículos de 6,2 m de comprimento serão capazes de operar de forma independente em profundidades de até seis mil metros por até 100 horas por vez. Todos são equipados com tecnologia avançada de sonar, usados para detectar objetos no fundo do mar a partir de pulsos acústicos e que terão as seguintes funções:

  • Sonar de varredura lateral: capta imagens de alta resolução do fundo do mar enviando pulsos de som e detectando objetos que refletem os pulsos sonoros de volta;
  • Sonar de abertura sintética: técnica usada para tornar o scanner maior e mais potente, permitindo enxergar mais longe e produzir imagens mais detalhadas;
  • Sonar multifeixe: usado para mapear a topografia do fundo do mar emitindo múltiplos feixes de sonar em padrão.

A empresa tem histórico de buscas bem sucedidas, incluindo a retirada de um submarino desaparecido da Marinha Argentina a quase mil metros de profundidade no Oceano Atlântico em 2018.

Para a nova missão, que pode durar 18 meses, as condições climáticas deverão ser mais favoráveis ​​entre janeiro e abril. A recompensa paga pelo governo será de US$ 70 milhões (R$ 401,77, na conversão direta) — para as famílias, poderá ser o momento tão aguardado de um desfecho da tragédia.

Imagem de sinais de radares coletados no dia do acidente (Imagem: Reprodução/Richard Godfrey)

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Buscas por voo da Malaysia Airlines serão retomadas após 11 anos

O governo da Malásia confirmou a retomada das buscas pelo voo desaparecido MH370 da Malaysia Airlines após fechar acordo com a empresa de exploração Ocean Infinity. A informação foi anunciada nesta quarta-feira (19) pelo ministro dos transportes do país, Loke Siew Fook, segundo a Reuters.

O Boeing 777 transportava 227 passageiros e 12 tripulantes quando desapareceu na rota de Kuala Lumpur, capital malaia, para Pequim (China), em março de 2014. O caso representa um dos maiores mistérios da aviação do mundo — e as investigações seguem sem desfecho.

Em dezembro, a empresa manifestou o interesse em realizar novas missões após falhar em duas outras tentativas, em 2018. Naquele ano, as buscas foram feitas em área de 120 mil km² no sul do Oceano Índico, com equipes de Malásia, Austrália e China.

Empresa receberá R$ 396 milhões se os destroços forem localizados (Imagem: Boarding1Now/iStock)

O novo acordo deve cobrir período de 18 meses e prevê o pagamento de US$ 70 milhões (R$ 396 milhões, na conversão direta) à empresa se os destroços forem localizados com sucesso, segundo o ministro. Um navio que será usado no novo plano já foi enviado para a zona de busca no Índico.

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Por que a Malásia quer retomar os trabalhos?

Na última tentativa, os governos dos países envolvidos informaram que as buscas seriam retomadas apenas em caso de surgimento de “novas evidências plausíveis” sobre a localização dos destroços, segundo reportagem da BBC. Por enquanto, não há informação sobre eventuais novas pistas que possam levar ao local do acidente.

À época dos fatos, foi divulgada a informação de que a aeronave perdeu contato com a torre de controle de tráfego aéreo menos de uma hora após a decolagem. Os radares mostraram que o avião se desviou da rota planejada — abrindo espaço para teorias da conspiração.

Uma das crenças é a de que o piloto teria derrubado a aeronave de forma deliberada; outra sugere que o avião foi abatido por uma força militar estrangeira. Nenhuma das ideias tem respaldo de provas obtidas até o momento.

Familiares de vítimas se reuniram em frente à embaixada da Malásia em Pequim para lembrar os 11 anos do acidente. Em conversa com a AFP, o pai de um dos passageiros, de 29 anos, relatou frustração pela falta de comunicação com as autoridades.

“Foi prometido que seríamos informados imediatamente, [mas] só conseguimos descobrir esse tipo de notícia pela internet“, disse Li Eryou, 68 anos. “Muitas famílias nem sabem como acessar essas informações, então, estão completamente desinformadas.”

Aeronave desaparecida perdeu contato com a torre de controle menos de uma hora após a decolagem (Imagem: faizzaki/iStock)

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