iStock-943806874-1024x683

Saúde cognitiva: 10 alimentos ricos em vitamina B12 para sua dieta

A vitamina B12 desempenha um papel essencial no organismo, sendo fundamental para a formação dos glóbulos vermelhos, o funcionamento do sistema nervoso e o metabolismo energético. Sua deficiência pode levar a sintomas como fadiga, anemia e dificuldades cognitivas, além de, em casos graves, causar danos neurológicos irreversíveis.

Como nosso corpo não produz esta vitamina, seu consumo adequado é essencial. Para entender melhor quais são as principais fontes alimentares de vitamina B12 e a importância dessa substância para a saúde, o Olhar Digital conversou com a nutróloga do Hospital Albert Sabin de SP Daniela Gomes e o especialista em nutrologia e medicina anti aging Matheus Azevedo.

Ambos explicaram os benefícios da vitamina e reforçaram que a ingestão adequada pode ser garantida por meio de uma alimentação equilibrada ou, em alguns casos, com suplementação.

A vitamina B12 é essencial para nosso organismo (Imagem: Rost-9D / Shutterstock.com)

Qual a importância da vitamina B12 para nosso corpo?

O Dr. Matheus Azevedo destaca que a vitamina B12 “é essencial para o funcionamento do sistema nervoso, formação dos glóbulos vermelhos e metabolismo energético.”

Segundo a Dra. Daniela Gomes, a B12 participa do metabolismo do DNA e RNA ao fazer a conversão da homocisteína, um aminoácido não essencial, em um aminoácido essencial. Ela afirma que a vitamina é fundamental para a nossa saúde neurológica, por ser um cofator enzimático que mantém a bainha de mielina, que reveste os neurônios.

Além desse papel, há estudos que mostram a importância da vitamina B12 no funcionamento cognitivo, bem como sua participação no metabolismo energético, especificamente na produção de energia celular. A B12 também está envolvida na síntese de aminoácidos essenciais, contribuindo para a formação de substâncias vitais para o nosso corpo.

Daniela Gomes, nutróloga do Hospital Albert Sabin de SP

Os dois profissionais destacam que a vitamina B12 precisa ser obtida pela alimentação, a partir de alimentos de origem animal. Segundo os especialistas, existem bactérias em nosso corpo que produzem a vitamina B12, mas não conseguimos absorvê-la.

Essa produção acontece no intestino grosso, e a absorção ocorre no intestino delgado. Ou seja, o corpo até produz, mas não consegue absorver a tempo — por isso dependemos da ingestão.

Dr. Matheus Azevedo, especialista em nutrologia e medicina anti aging

O que fazer em caso de deficiência de vitamina B12 e quais as consequências dela?

O tratamento da deficiência de B12 depende do nível de comprometimento do paciente. O Dr. Matheus Azevedo explica que, “em casos leves, pode ser feita por via oral. Em quadros mais avançados, pode ser necessário tratamento injetável”. A Dra. Daniela Gomes complementa que a suplementação “pode ser por via sublingual (e aí a gente já tem uma absorção direta), ou ela pode ser feita por via intramuscular.”

seringa e comprimidos em fundo amarelo
Em casos de deficiência de vitamina B12 comprovada, além de ajustes na alimentação, pode ser necessária a suplementação do componente (Imagem: Tanya Dolmatova / iStock)

Os efeitos da falta de B12 vão além da anemia. O Dr. Matheus Azevedo alerta que a deficiência pode causar “formigamentos, dificuldades de concentração, depressão, desequilíbrios hormonais e até danos neurológicos permanentes se não tratada”.

A Dra. Daniela Gomes destaca que sintomas neurológicos podem incluir uma sensação de pisar no chão sem firmeza, além de instabilidade na marcha e déficits cognitivos, como confusão mental e prejuízo da memória. Em casos mais graves, a degeneração neurológica pode ser severa.

Alimentos ricos em vitamina B12

A seguir, confira a lista com dez alimentos ricos em vitamina B12:

Fígado bovino

O fígado bovino é a maior fonte de vitamina B12 disponível, contendo uma quantidade significativamente superior à de outros alimentos. Segundo especialistas, ele é uma opção altamente nutritiva para garantir bons níveis da vitamina.

mão segurando uma faca e cortando um fígado bovino cru, alimento rico em vitamina b12
O consumo de fígado pode ajudar pessoas com deficiência de vitamina B12 (Imagem: Tatiana Foxy / iStock)

Mariscos e ostras

Mexilhões e ostras estão entre os frutos-do-mar com maior concentração de B12. Além disso, são fontes de outros nutrientes essenciais, como zinco e ferro.

Sardinha

A sardinha é um peixe acessível e rico em vitamina B12. Além disso, contém ômega-3, um nutriente benéfico para a saúde cardiovascular.

Salmão

O salmão é conhecido por seus altos níveis de ômega-3, mas também é uma excelente fonte de B12. O consumo regular pode ajudar a manter bons níveis da vitamina no organismo.

pedaços de salmão cru
O salmão também é uma boa pedida para elevar os níveis da vitamina (Imagem: Perfectfood / iStock)

Atum

O atum, especialmente a parte mais avermelhada do peixe, tem uma concentração significativa de vitamina B12. Ele também fornece proteínas de alto valor biológico e ácidos graxos essenciais.

Carne bovina

Além do fígado, cortes como acém e patinho são boas fontes de vitamina B12. Além disso, a carne vermelha contém ferro heme, que é mais facilmente absorvido pelo organismo.

Frango

Embora contenha menos vitamina B12 do que a carne bovina, o frango ainda é uma fonte relevante da vitamina, sendo uma alternativa para diversificar a dieta.

Leite e derivados

Leite, queijos e iogurtes integrais possuem quantidades consideráveis de vitamina B12. Esses alimentos são opções importantes para quem não consome carne com frequência.

leite e derivados
Leite e derivados possuem boas quantidades de B12. Juntos ao ovo, são fundamentais para garantir níveis bons da vitamina para vegetarianos (Imagem: baibaz / iStock)

Ovos

A gema do ovo concentra a maior parte da vitamina B12 presente nesse alimento. Para melhor aproveitamento, é recomendado o consumo do ovo inteiro.

Caviar e ovas de peixe

Fontes nobres de vitamina B12, o caviar e as outras ovas de peixe são altamente concentrados na vitamina. No entanto, seu consumo costuma ser mais restrito devido ao preço elevado.

Leia mais:

Vitamina B12 e o caso dos vegetarianos e veganos

Deu para perceber que só existem produtos de origem animal na lista, certo? Portanto, a deficiência de B12 é uma preocupação para quem não estes alimentos. O Dr. Matheus Azevedo reforça os vegetarianos que consomem ovos e laticínios ainda devem monitorar os níveis da vitamina.

Quanto aos veganos, a Dra. Daniela Gomes explica que estes “precisam obrigatoriamente recorrer à suplementação de B12”. Ela afirma que esta suplementação pode ser feita por meio de alimentos fortificados (existem alimentos específicos para veganos que são ricos em vitamina B12) ou suplementação medicamentosa regular, com acompanhamentos dos níveis no organismo.

O post Saúde cognitiva: 10 alimentos ricos em vitamina B12 para sua dieta apareceu primeiro em Olhar Digital.

cerebro-1024x640

Estudo: depois de correr longas distâncias, algo ‘bizarro’ acontece com o cérebro

Diversos estudos já confirmaram os benefícios da prática da corrida para a nossa saúde. No entanto, um novo trabalho alerta que percorrer longas distâncias pode acabar trazendo alguns efeitos negativos para o cérebro.

De acordo com uma equipe de cientistas da Universidade do País Basco, na Espanha, os efeitos foram identificados em quem corre uma maratona (mais precisamente 42,195 quilômetros). Estes problemas persistem por um mês após este esforço.

Efeitos foram identificados no cérebro

  • Os pesquisadores identificaram uma ligação entre a realização de uma maratona e a redução acentuada na mielina protetora que envolve as fibras nervosas, os axônios, no cérebro.
  • Essa camada isolante é fundamental para facilitar a transmissão de sinais elétricos no cérebro e na medula espinhal.
  • A perda de mielina ainda é um sinal de muitas condições neurológicas, incluindo acidente vascular cerebral e esclerose múltipla.
  • No entanto, os cientistas destacam que não há evidências de que correr uma maratona seja prejudicial à função cognitiva de curto ou longo prazo.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Nature Metabolism.
Estrutura do cérebro apresentou modificações em corredores de maratonas (Imagem: Edit 4 Me/Shutterstock)

Leia mais

Estoque de mielina foi consumido durante a maratona

O experimento foi realizado com 10 corredores, sendo oito homens e duas mulheres, com idades entre 45 e 73 anos. Durante o trabalho, os pesquisadores analisaram exames de ressonância magnética do cérebro dos participantes antes da corrida e novamente 48 horas após a maratona.

Eles identificaram que em uma dúzia de áreas do cérebro, em regiões associadas à coordenação motora, sentidos e emoções, a mielina havia sido esgotada após o esforço. Os cientistas explicam que, quando as fontes de energia do corpo, como o glicogênio, que é armazenado nos músculos e no fígado, são usadas, inicia-se a queima de gordura.

Níveis de mielina voltaram ao normal após dois meses da corrida (Imagem: Maria Markevich/Shutterstock)

E a mielina é composta de 70 a 80% de lipídios. Em outras palavras, os maratonistas queimam a gordura armazenada até mesmo nos cérebros. Apesar das descobertas, exames adicionais mostraram que a mielina voltou ao nível normal dois meses após a corrida.

O post Estudo: depois de correr longas distâncias, algo ‘bizarro’ acontece com o cérebro apareceu primeiro em Olhar Digital.

mulher_espelho-1024x683

Por que falamos sozinhos? A ciência pode nos ajudar a entender

Muitas pessoas já se flagraram falando sozinhas e questionaram o motivo desse comportamento. Embora seja comum associar esse hábito a transtornos mentais, essa não é necessariamente a realidade. As razões pelas quais falamos sozinhos e os efeitos que isso tem sobre nós podem ser surpreendentes.

Falar sozinho é um comportamento comum e pode ser explicado por várias razões, tanto psicológicas quanto neurológicas. A ciência oferece algumas perspectivas interessantes sobre esse hábito. Veja a seguir se você tem feito bom uso dessas conversas a sós ou se precisa se preocupar.

Além de ser uma prática comum e, na maioria das vezes, é benéfica. É uma ferramenta que nosso cérebro utiliza para organizar pensamentos, melhorar a concentração, regular emoções e fortalecer a memória. Portanto, da próxima vez que você se flagrar falando sozinho, não se preocupe. É apenas o seu cérebro trabalhando para te ajudar.

Por que falamos sozinhos?

Falar sozinho pode ajudar a organizar ideias e planejar ações. Quando verbalizamos nossos pensamentos, estamos externalizando informações, o que pode facilitar a resolução de problemas ou a tomada de decisões.

Conversar em frente ao espelho é uma prática que pode ter diversos benefícios psicológicos e emocionais (Imagem: Diego Rosa / Unsplash)

Também pode ser uma forma de lidar com emoções, como ansiedade ou estresse. Expressar em voz alta medos ou preocupações pode ajudar a processar sentimentos e reduzir a tensão.  Verbalizar tarefas ou informações pode melhorar a retenção de memória e a concentração. Por exemplo, repetir uma lista de compras em voz alta pode ajudar a lembrar dos itens.

As crianças frequentemente falam sozinhas enquanto brincam, o que é parte do processo de desenvolvimento da linguagem e do pensamento. Esse comportamento, chamado de “discurso privado”, é considerado fundamental para o aprendizado.

Para algumas pessoas, falar sozinho pode ser um hábito inconsciente ou uma forma de preencher o silêncio, especialmente quando estão sozinhas.

Leia mais:

Animais também podem apresentar comportamentos semelhantes?

Embora os animais não falem sozinhos como os humanos, alguns comportamentos podem ser comparados:

  • Vocalizações solitárias: alguns animais emitem sons quando estão sozinhos, como pássaros que cantam sem a presença de outros indivíduos. Isso pode estar relacionado à prática de habilidades, marcação de território ou expressão de emoções.
  • Comportamentos repetitivos: animais em cativeiro, como primatas ou pássaros, podem repetir sons ou gestos, o que pode ser uma forma de lidar com o tédio ou o estresse.
  • Golfinhos usam assobios para se comunicar e cada golfinho tem um assobio único, como um nome. Eles podem usar esses assobios quando estão sozinhos.
  • Às vezes os cães podem latir, rosnar ou gemer enquanto estão sozinhos, o que pode indicar diferentes estados emocionais.
Golfinho feliz
Golfinhos costumam andar em grupos, quando está sozinho pode vocalizar para espantar o tédio (Imagem: Christel Sagniez / Pixabay)
Falar sozinho faz bem?

Sim, falar sozinho pode fazer bem! Ajuda a organizar pensamentos, melhorar a concentração, processar emoções e resolver problemas. É um comportamento natural e saudável, desde que não interfira negativamente na sua vida ou cause desconforto.Imagem de uma cabeça desenhada com giz em uma lousa, indicando fala

Sinais de que falar sozinho é saudável

  • Se você fala sozinho para planejar tarefas, resolver problemas ou se concentrar, isso pode ser uma ferramenta útil para melhorar a eficiência.
  • Se ajuda a processar emoções, como acalmar-se em momentos de estresse ou refletir sobre situações difíceis, isso pode ser uma forma positiva de autorregulação emocional.
  • Se o hábito não atrapalha suas interações com outras pessoas ou suas responsabilidades, é provavelmente inofensivo.
  • Se você percebe que está falando sozinho e consegue parar quando necessário, isso indica que o comportamento está sob seu controle.
  • Se você não se sente angustiado ou envergonhado por falar sozinho, é um sinal de que o hábito não está afetando negativamente seu bem-estar.

Quando deve se preocupar

Falar sozinho pode ser um comportamento preocupante se apresentar certas características. Falar sozinho por longos períodos, de forma desorganizada ou desconexa, ou responder a vozes que não estão presentes pode indicar sérios problemas psicológicos, como ansiedade, estresse excessivo, esquizofrenia ou transtornos psicóticos. 

Sentir-se incapaz de parar de falar sozinho ou preferir falar sozinho a interagir com outras pessoas também podem ser sinais de problemas psicológicos subjacentes, como ansiedade, depressão ou dificuldades sociais.

Se você está preocupado com o seu hábito de falar sozinho, é importante consultar um profissional de saúde mental que pode te ajudar a identificar a causa raiz do seu comportamento e desenvolver um plano de tratamento adequado.

Dicas para gerenciar o hábito

Se você precisa de ferramentas para te ajudar a gerenciar o hábito de falar sozinho, temos algumas dicas:

  1. Observe quando e por que você fala sozinho. Isso pode ajudar a identificar padrões e gatilhos.
  2. Tente pensar em vez de falar em voz alta, especialmente em situações sociais ou públicas.
  3. Se você fala sozinho por se sentir solitário, buscar conexões com outras pessoas pode ser benéfico.
  4. Se o hábito estiver relacionado ao estresse, técnicas como meditação, respiração profunda ou ioga podem ajudar.

Lembre-se, caso você perceba que falar sozinho está te causando problemas, procure ajuda de um psicólogo ou um psiquiatra. Assim, você poderá ter um acompanhamento personalizado.

O post Por que falamos sozinhos? A ciência pode nos ajudar a entender apareceu primeiro em Olhar Digital.

covid-19-1024x576

EUA cancelam financiamento para estudos sobre Covid-19

A pandemia de Covid-19 oficialmente já terminou. No entanto, milhares de pessoas continuam sendo infectadas pelo vírus todos os meses e equipes de pesquisadores do mundo todo ainda trabalham para entender melhor esta doença.

No entanto, todo este trabalho pode ser prejudicado por uma recente decisão do governo dos Estados Unidos. A Casa Branca está cancelando bilhões de dólares em financiamento de pesquisas relacionadas ao coronavírus.

EUA são o maior financiador mundial de pesquisas

  • A medida foi anunciada após a posse do presidente Donald Trump e faz parte dos esforços de redução de gastos do governo dos EUA.
  • De acordo com um documento interno dos Institutos Nacionais de Saúde, os recursos foram liberados para combater a pandemia, uma situação que já foi superada.
  • Por conta disso, não seriam necessários mais recursos para trabalhos do tipo.
  • Lembrando que os EUA são o maior financiador mundial de pesquisas e concedeu subsídios a quase 600 projetos em andamento que têm alguma relação com o vírus.
Casa Branca cancelou bilhões de dólares em financiamento de pesquisas relacionadas ao coronavírus (Imagem: ImageFlow/Shutterstock)

Leia mais

Decisão pode prejudicar o enfrentamento de novas pandemias

O SARS-CoV-2, vírus que causa a Covid-19, matou mais de 7 milhões de pessoas em todo o mundo. Embora a situação esteja controlada, pesquisadores alertam que estudar a doença é crucial para prevenir a próxima pandemia.

Em publicação na revista Nature, um grupo de cientistas condenou a decisão da Casa Branca. Eles afirmaram que cancelar o repasse de recursos para pesquisas é algo “perigoso para a preparação para futuras pandemias”.

Cientistas alertam que corte de recursos prejudicará enfrentamento de novas crises sanitárias (Imagem: Manoej Paateel/Shutterstock)

Além de estudos sobre o vírus, são impactados pela decisão novos trabalhos envolvendo o desenvolvimento de vacinas mais eficazes. O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA não se pronunciou oficialmente sobre a situação.

O post EUA cancelam financiamento para estudos sobre Covid-19 apareceu primeiro em Olhar Digital.

celulas-tronco-1024x682

Esperança para vítimas de paralisia: novo tratamento traz resultados promissores

Um estudo inovador realizado por pesquisadores da Universidade Keio, em Tóquio, reacende a esperança para pessoas que sofrem com paralisia decorrente de lesões medulares.

A pesquisa, iniciada em 2019, investiga o potencial de células-tronco reprogramadas no tratamento de danos permanentes à coluna vertebral.

O estudo revolucionário

O experimento consiste na inserção de milhões de células precursoras neurais diretamente na área lesionada dos pacientes. Essas células, derivadas de doadores, podem se transformar em neurônios e células gliais, componentes cruciais para o funcionamento do sistema nervoso.

Pesquisa da Universidade Keio representa um avanço promissor na busca por soluções para a paralisia, uma condição que afeta milhares de pessoas em todo o mundo. (Imagem: Elena Pavlovich / Shutterstock)

Resultados promissores

Quatro pacientes do sexo masculino, com idades variadas, foram submetidos ao procedimento cirúrgico entre dezembro de 2021 e 2023. Os resultados obtidos até o momento são animadores: dois deles apresentaram melhoras significativas em seu quadro clínico.

Um dos pacientes conseguiu se levantar sem auxílio e está em processo de reaprendizagem dos primeiros passos. O outro recuperou a capacidade de mover os membros superiores e inferiores.

É importante destacar que, durante o período de acompanhamento de um ano, nenhum dos pacientes apresentou efeitos colaterais adversos decorrentes do tratamento. Essa constatação reforça a segurança da terapia, mesmo que nem todos os participantes tenham experimentado os resultados esperados.

Novo tratamente traz esperança e a possibilidade de uma vida com mais autonomia e qualidade para aqueles que enfrentam essa difícil realidade. (Imagem: Julia Zavalishina/Shutterstock)

Leia mais:

Hideyuki Okano, líder da pesquisa, expressou otimismo com os resultados preliminares, ressaltando a importância do estudo como o primeiro passo no desenvolvimento de tratamentos eficazes para lesões na medula espinhal.

O post Esperança para vítimas de paralisia: novo tratamento traz resultados promissores apareceu primeiro em Olhar Digital.

depresso-1-1024x683

Ingrediente que você come todo dia pode estar ligado com a depressão

Pesquisadores da Universidade Médica de Nanjing, na China, descobriram que um dos alimentos mais consumidos no mundo pode estar ligado aos casos de depressão. A conclusão pode ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos contra a doença.

Segundo um novo estudo, uma dieta rica em sal induziu sintomas depressivos em camundongos, impulsionando a produção de uma proteína chamada IL-17A. Ela também já foi identificada em estudos clínicos realizados em humanos.

Experimentos realizados em roedores

Durante o trabalho, os animais receberam uma dieta normal ou outra rica em sal. Após um período de cinco semanas, os camundongos do segundo grupo mostraram menos interesse em explorar e mais inatividade em vários cenários, sugerindo sintomas semelhantes aos da depressão.

Descobertas podem ajudar a criar novos tratamentos contra a doença (Imagem: Aonprom Photo/Shuttersotkc)

Os pesquisadores identificaram um tipo de célula imune chamada células T gama-delta como uma importante fonte de IL-17A em camundongos que receberam altas doses de sal. Já a ausência delas aliviou significativamente os sintomas depressivos induzidos pela alimentação, sugerindo um outro método de tratamento possível.

As conclusões, descritas em estudo publicado no The Journal of Immunology, apontam que o consumo de sal tem relação com a doença. O próximo passo é validar estas descobertas em pesquisas realizadas com humanos.

Leia mais

saleiro
Consumo excessivo de sal pode causar depressão (Imagem 8photo/Freepik)

Estudo confirma que o sal pode ser um vilão para a nossa saúde

  • De acordo com a equipe responsável pelo trabalho, intervenções relacionadas com a dieta podem servir como prevenção para doenças mentais.
  • Os cientistas ainda esperam que as descobertas incentivem discussões sobre as diretrizes de consumo de sal.
  • O alimento e amplamente utilizado em fast foods, geralmente contendo 100 vezes mais sal do que uma refeição caseira.
  • Este consumo excessivo ainda pode causar doenças cardiovasculares, autoimunes e neurodivergentes.

O post Ingrediente que você come todo dia pode estar ligado com a depressão apareceu primeiro em Olhar Digital.

shutterstock_2484053471-1024x683

Vem aí a próxima geração de remédios para perda de peso

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a obesidade como uma epidemia global: um problema que atinge uma a cada 8 pessoas no mundo, segundo dados do ano passado. De acordo com a entidade, esse quadro é preocupante, pois afeta a saúde e a produtividade – e tem um custo econômico equivalente ao do tabagismo, por exemplo.

É compreensível, portanto, o fenômeno dos remédios “milagrosos” para perda de peso. As famosas canetas para emagrecer. Ozempic, Saxenda, Mounjaro, Wegovy, Zepbound… Você já deve ter se deparado com algum desses nomes nos últimos anos.

Leia mais

São medicamentos agonistas do receptor GLP-1. Controlam a glicemia, promovem a perda de peso e melhoram as complicações do diabetes. Originalmente, aliás, essas substâncias serviam para tratar o diabetes. Hoje, no entanto, são usadas na maioria das vezes para fins estéticos.

Um dado interessante é que duas farmacêuticas lideram o mercado desses remédios: a dinamarquesa Novo Nordisk (responsável pelo Ozempic e pelo Wegovy) e a americana Eli Lilly (do ZepBound e Mounjaro).

Atualmente, a segunda possui o medicamento considerado mais eficaz. As duas, no entanto, disputam uma corrida bem parelha – e já preparam o lançamento da próxima geração de remédios para emagrecer.

A empresa dinamarquesa Novo Nordisk já prepara a nova geração de remédios para emagrecimento – Imagem: Kittyfly/Shutterstock

Mais e mais canetas

  • A Novo Nordisk anunciou nesta semana que buscará a aprovação regulatória do seu novo remédio, o CagriSema, junto ao FDA.
  • O Food and Drug Administration funciona como a Anvisa dos Estados Unidos.
  • A previsão é que essa autorização saia no primeiro trimestre de 2026.
  • O CagriSema combina a semaglutida, ingrediente principal do Ozempic, com um medicamento chamado cagrilintida.
  • E a promessa é de oferecer melhor controle glicêmico e maiores resultados de perda de peso.
  • Nos testes da Fase 2, os pacientes perderam cerca de 23% do peso corporal.
  • Já na Fase 3, esse percentual caiu para 16%, em média.
  • São números superiores aos do Ozempic e do Wegovy, mas muito similares ao do Mounjaro, da concorrente Eli Lilly.
  • Isso desanimou um pouco o mercado – e levou a uma queda das ações da empresa dinamarquesa.
  • A notícia, porém, não parece ter desanimado os executivos da Novo Nordisk.
  • As vendas continuam em alta e, aqui no Brasil pelo menos, o Ozempic é o mais famoso desses medicamentos.
Canetas e caixa de injeção semaglutida Ozempic. Ambas tem cor azul e logo com partes vermelha e azul.
O Ozempic lidera hoje esse mercado no Brasil, mas deve enfrentar forte concorrência do Mounjaro, que detém resultados melhores – Imagem: Marc Bruxelle/Shutterstock

O futuro do futuro

Em paralelo ao CagriSema, a Novo já prepara o próximo passo nesse mercado de remédios para perda de peso. A empresa acaba de garantir os direitos globais para desenvolver, fabricar e vender um candidato a medicamento da chinesa United Laboratories International.

A companhia fez um depósito inicial de US$ 200 milhões e pode pagar até US$ 1,8 bilhão a mais dependendo de metas alcançadas. A nova droga se chama UBT251 – e já passa por testes na própria China.

Diferentemente das atuais, ela tem como alvo um total de três hormônios. Hoje, os remédios trabalham com o GLP-1, que imita um hormônio intestinal que ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue e a retardar a digestão, fazendo com que as pessoas se sintam saciadas por mais tempo.

Ao lidar com 3 hormônios ao mesmo tempo, a ideia é que o efeito seja superior.

Pessoa medindo circunferência da barriga
Esses remédios são importantes aliados na luta contra a obesidade, mas têm um problema grave: são caríssimos – Imagem: Fuss Sergey/Shutterstock

Vale destacar que, no ano passado, a rival Eli Lilly também se uniu a uma empresa de biotecnologia com sede na China para desenvolver um novo medicamento para obesidade. Só que, além de ajudar os pacientes a perderem peso, esse novo remédio também preserva os músculos.

As informações são do New Atlas.

O post Vem aí a próxima geração de remédios para perda de peso apareceu primeiro em Olhar Digital.

fungos

Fungo resistente que causa micose extensa é identificado pela 1ª vez no Brasil

Trichophyton indotineae é um fungo resistente ao tratamento convencional. Ele é capaz de se espalhar por várias partes do corpo, provocando lesões extensas, ardidas e inflamadas. E mesmo após meses de tratamento com diferentes medicamentos, a infecção continua voltando.

Este microrganismo levou a grandes surtos de infecções graves em todo o mundo nos últimos dez anos. Mas só recentemente foi identificado pela primeira vez no Brasil, em um brasileiro que havia viajado para Londres, na Inglaterra.

Uso indiscriminado de antifúngicos cria organismos resistentes

O caso foi divulgado em um estudo publicado na revista Anais Brasileiros de Dermatologia. A situação do paciente chamou atenção de profissionais médicos da Santa Casa de São Paulo. Eles contataram o Laboratório de Micologia Médica do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP) e enviaram uma amostra, para auxiliar no diagnóstico.

Fungo Trichophyton indotineae foi identificado em paciente brasileiro pela primeira vez (Imagem: Anais Brasileiros de Dermatologia)

Segundo os pesquisadores, foi realizado tratamento com diferentes medicamentos e a infecção sempre acabava retornando. Ao final, após o diagnóstico mais preciso, o paciente recebeu outro medicamento e conseguiu resolver a situação.

Cientistas explicam que existem algumas hipóteses para o surgimento dos fungos resistentes, sendo uma delas as alterações climáticas. No entanto, o uso indiscriminado de antifúngicos, sejam medicamentos ou pesticidas, podem tornar estes organismos mais resistentes aos tratamentos convencionais. Além disso, destacam que é provável que os poucos casos relatados até o momento na América do Sul deste fungo específico se devam principalmente à identificação incorreta e subnotificação.

Leia mais

Lesões provocadas pelo fungo (Imagem: Anais Brasileiros de Dermatologia)

Dicas para se prevenir de infecções por fungos

  • Secar bem locais do corpo com dobras, como dedos dos pés e virilha, axilas.
  • Não compartilhar roupas, toalhas e chapéus.
  • Caso uma pessoa da casa esteja infectada, lavar roupas pessoais e de cama separadamente.
  • Principalmente em dias quentes, evitar sapatos fechados por longos períodos, assim como roupas de tecido sintético que não absorvem o suor.
  • Em piscinas, vestiário e saunas sempre usar chinelo.
  • Caso suspeite de micose, procurar o médico e realizar o tratamento de acordo com orientação, sem interrompê-lo antes da conclusão.

O post Fungo resistente que causa micose extensa é identificado pela 1ª vez no Brasil apareceu primeiro em Olhar Digital.

intestino-1024x576

IA pode detectar doenças intestinais que resultam em morte prematura

Pesquisadores da Universidade de Toronto e outras instituições canadenses desenvolveram um modelo de IA que pode prever com 95% de precisão a probabilidade de morte prematura em pacientes com doença inflamatória intestinal (DII), uma condição que afeta o trato gastrointestinal.

O estudo sugere que, ao identificar e tratar precocemente as multimorbidades (outras condições de saúde relacionadas), a taxa de mortalidade precoce pode ser significativamente reduzida. A pesquisa está publicada no Canadian Medical Association Journal.

Embora não esteja claro se a DII causa diretamente outras condições, estudos indicam que ela pode estar associada a problemas como artrite, doenças cardiovasculares, renais e problemas de saúde mental, como depressão.

Essas condições, se tratadas mais cedo, poderiam ajudar a melhorar a saúde geral dos pacientes e prevenir complicações graves.

Leia mais:

IA pode prever morte prematura em pacientes com doença inflamatória intestinal – Imagem: ShannonChocolate/Shutterstock

Detalhes do estudo

  • A pesquisa analisou dados de 9.278 indivíduos com DII, dos quais 47,2% morreram prematuramente.
  • Os resultados indicam que, ao identificar doenças crônicas mais cedo, especialmente durante a juventude ou meia-idade, as chances de evitar a morte precoce aumentam.
  • O estudo também destacou que as doenças mais comuns entre os pacientes que morreram precocemente foram artrite, hipertensão, transtornos de humor, insuficiência renal e câncer.

Embora o modelo de IA não seja causal, ele pode identificar padrões de alto risco e ajudar na coordenação de cuidados entre diferentes especialidades médicas.

A pesquisa abre caminho para um tratamento mais integrado, com foco na saúde do paciente além da DII, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e aumentar a longevidade.

intestino
Estudo revela que tratar precocemente as multimorbidades pode reduzir a taxa de mortalidade precoce em casos de DII – Imagem: shutterstock/DudnikPhoto

O post IA pode detectar doenças intestinais que resultam em morte prematura apareceu primeiro em Olhar Digital.

doenca-de-alzheimer-1024x683

Estudo: medicamento pode retardar início do Alzheimer, mas há um problema

Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, anunciaram uma descoberta que pode ajudar no combate ao Alzheimer. Um medicamento foi capaz de reduzir pela metade os casos precoces em pacientes com predisposição genética para a doença.

Trata-se do gantenerumab, desenvolvido pela farmacêutica Roche, mas que acabou sendo descontinuado antes de ser aprovado para o uso no público em geral. Esta droga tem como alvo o acúmulo de placas amiloides, proteínas insolúveis que se depositam em órgãos e tecidos, causando danos, e apontadas como as causadores da condição degenerativa.

Sintomas precoces da doença foram reduzidos pela metade

  • Participaram do experimento 73 pessoas com as variantes genéticas hereditárias reveladoras e que já haviam sido inscritas em pesquisas de tratamento experimental.
  • Estas mutações herdadas causam o acúmulo de placas no cérebro, dando início aos primeiros sintomas da doença por volta dos 40 ou 50 anos de idade.
  • Durante o trabalho, 22 destes pacientes receberam ganternerumabe por um período de oito anos.
  • O grupo apresentou uma redução de 50% do risco de Alzheimer de forma precoce.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista The Lancet Neurology.
Droga tem como alvo o acúmulo de placas amiloides, apontadas como as causadores da condição neurodegenerativa (Imagem: luchschenF/Shutterstock)

Leia mais

Medicamento precisou ser substituído

Apesar dos resultados promissores, o medicamento apresentou um efeito colateral importante. Os pesquisadores identificaram um aumento de 30% nas anormalidades de imagem relacionadas ao amiloide (ARIA), que são alterações na ressonância magnética do cérebro.

Embora não tenha havido nenhum caso de risco de morte durante o experimento, dois participantes tiveram que interromper o tratamento por medida de segurança. Estes episódios inviabilizaram a manutenção do uso do medicamento também em outros pacientes.

Trabalho ainda é esperança para encontrar um novo tratamento contra o Alzheimer (Imagem: LightField Studios/Shutterstock)

Por conta disso, os cientistas passaram a usar o lecanemab, uma droga semelhante que foi aprovada pelas autoridades dos EUA. A esperança é que ela também possa retardar o avanço precoce da doença neurodegenerativa. De qualquer forma, ainda são necessários mais estudos para confirmar a viabilidade do tratamento.

O post Estudo: medicamento pode retardar início do Alzheimer, mas há um problema apareceu primeiro em Olhar Digital.