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Pesquisa brasileira desenvolve app para ajudar vítimas de AVC

A recuperação de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode ser bem complicada: perda de funções motoras, diminuição de sensibilidade e instabilidade emocional são algumas das possíveis sequelas. Mas é possível superar estes obstáculos e um aplicativo desenvolvido por pesquisadores brasileiros pode ser novo auxiliar nesse momento tão complicado.

O app utiliza sensores do próprio celular para analisar a postura do usuário, observando a inclinação do aparelho. O telefone fica preso à roupa do paciente e usa o acelerômetro para fazer as medições. Assim que o aplicativo detecta alguma variação preocupante, ele emite um alerta ao usuário por imagem, alerta sonoro ou vibração.

App brasileiro pode ser mais uma arma no auxílio a pacientes com AVC (Imagem: sfam_photo/Shutterstock)

Sequelas do AVC e tratamento

Uma das sequelas mais comuns e desafiadoras de um AVC é a hemiparesia, que consiste em perda de força e massa muscular, além de paralisar parcial ou totalmente um lado do corpo. O app vai ajudar a combater exatamente esta consequência do derrame, auxiliando na recuperação e orientação corporal.

“A pessoa com hemiparesia perde a sensibilidade e a percepção de organização espacial. Com isso, ela tomba para um lado, por exemplo, e não percebe que isso aconteceu, chegando até a apresentar dores musculares em virtude do mau posicionamento. Acontece também que, sem a postura correta, ela não consegue executar tarefas cotidianas”, disse Amanda Polin Pereira, professora do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) a Agência FAPESP.

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A pesquisa

  • O aplicativo foi desenvolvido durante o doutorado de Olibário José Machado Neto, bolsista da FAPESP no ICMC-USP, com apoio da FMRP-USP;
  • Criado em codesign, o software uniu áreas da computação e da saúde, garantindo desenvolvimento ágil e inovador;
  • Segundo a professora Maria da Graça Campos Pimentel, não há nada similar na clínica para auxiliar na reabilitação de pacientes com hemiparesia;
  • Os testes ocorreram em centro de reabilitação, com apoio de fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e pacientes;
  • O app melhora a postura durante as sessões e permite que os profissionais foquem em outras áreas do tratamento;
  • Além disso, gera dados que podem ampliar o conhecimento sobre hemiparesia;
  • Agora, os pesquisadores estudam seu impacto no uso prolongado em casa.
Aplicativo que ajuda no tratamento do AVC
Aplicativo vai monitorar a postura do paciente e emitir alertas (Imagem: Reprodução/Amanda Pereira/FAPESP/ICM/USP)

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Por que beber álcool pode causar câncer?

O consumo de álcool é um hábito socialmente aceito em muitas culturas, mas seus efeitos nocivos à saúde são cada vez mais evidentes. Estudos científicos comprovam que o álcool está diretamente relacionado ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer, mesmo em quantidades moderadas. 

Mas como exatamente o álcool age no corpo e quais são os mecanismos que levam ao câncer? Vamos explicar.

Homem abrindo uma garrafa de bebida com o palavra cancêr saindo dela / Crédito: Anton Watman (shutterstock/reprodução)

Como o álcool age no corpo e causa alterações cancerígenas

Quando ingerimos bebidas alcoólicas, o álcool (etanol) é metabolizado pelo fígado e transformado em acetaldeído, uma substância tóxica e carcinogênica. Esse composto danifica o DNA das células e interfere em sua capacidade de se reparar, o que pode levar ao crescimento descontrolado de células e, consequentemente, à formação de tumores.

Além disso, o álcool provoca estresse oxidativo, que também danifica o DNA e outras estruturas celulares. Outro mecanismo é a alteração no metabolismo hormonal, especialmente em mulheres, aumentando os níveis de estrogênio, o que está associado ao câncer de mama.

O álcool também facilita a absorção de outras substâncias carcinogênicas, como as presentes no tabaco, potencializando seus efeitos nocivos.

Homem olhando uma geladeira de cervejas
Homem olhando uma geladeira de cervejas / Crédito: simona pilolla 2 (shutterstock/reprodução)

O risco de câncer é dose-dependente, ou seja, quanto maior o consumo de álcool e o tempo de exposição, maior a probabilidade de desenvolver a doença. Não importa o tipo de bebida (cerveja, vinho, whisky, vodka, cachaça, etc.), pois todas contêm etanol, a substância responsável pelos danos.

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Quais tipos de câncer o álcool pode causar?

O álcool é classificado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) como um carcinógeno do Grupo 1, o mesmo nível de risco de substâncias como o tabaco e o amianto. Isso significa que há evidências suficientes de que o álcool causa câncer em humanos. Abaixo, listamos os principais tipos de câncer associados ao consumo de bebidas alcoólicas:

Pessoa recebendo diagnóstico médico
Pessoa recebendo diagnóstico médico / Crédito: Chinnapong (shutterstock/reprodução)
  • Câncer de boca e garganta: o álcool danifica as células da mucosa da boca e da garganta, aumentando o risco de tumores nessas regiões.
  • Câncer de esôfago: o álcool irrita o revestimento do esôfago, facilitando o desenvolvimento de células cancerígenas.
  • Câncer de fígado: o consumo excessivo de álcool pode levar à cirrose hepática, que é um fator de risco para o câncer de fígado.
  • Câncer de mama: o álcool altera os níveis hormonais, especialmente o estrogênio, aumentando o risco de câncer de mama em mulheres.
  • Câncer colorretal: o álcool pode danificar o revestimento do intestino, levando ao desenvolvimento de tumores no cólon e no reto.
  • Câncer de estômago e pâncreas: embora menos comuns, esses tipos de câncer também estão associados ao consumo de álcool.

Como prevenir o câncer relacionado ao álcool

A principal medida para prevenir o câncer relacionado ao álcool é reduzir ou eliminar o consumo de bebidas alcoólicas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que não há nível seguro de consumo de álcool para a saúde. 

Além disso, adotar hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos e evitar o tabagismo, pode ajudar a reduzir o risco de câncer.

Para quem não deseja parar de beber completamente, o consumo moderado é uma estratégia de redução de danos. O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) define como moderado:

  • Mulheres: 1 dose ou menos por dia.
  • Homens: 2 doses ou menos por dia.

Para você se orientar melhor, uma dose equivale a:

  • 355 ml de cerveja (uma latinha);
  • 150 ml de vinho;
  • 45 ml de destilados (como vodka ou cachaça).

Sintomas e tratamentos

Os sintomas variam conforme o tipo de câncer, mas podem incluir dor, dificuldade para engolir, perda de peso inexplicável e alterações na voz. O tratamento depende do estágio da doença e pode envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou uma combinação desses métodos. A prevenção, no entanto, é a melhor estratégia, já que não há níveis seguros de consumo de álcool.

Copo de cerveja
Copo de cerveja / Crédito: L.O.N Dslr Camera (shutterstock/reprodução)

Em resumo, o álcool é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de vários tipos de câncer, e seu impacto na saúde pública é enorme. No Brasil, o consumo de álcool tem crescido, especialmente entre as mulheres, e os custos com o tratamento de cânceres relacionados ao álcool devem aumentar nos próximos anos. 

Políticas públicas mais rigorosas – como aumento de preços, restrição de publicidade e fiscalização da Lei Seca – podem ajudar a reduzir esse problema.

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Conheça dez habilidades digitais que os brasileiros ainda não dominam

Navegar na internet? Tranquilo. Postar no Instagram? Moleza. Mas quando o assunto é programação, análise de dados ou gestão de campanhas digitais, a conversa muda de tom. Uma nova pesquisa revelou as dez habilidades digitais que mais dão nó na cabeça dos brasileiros.

O estudo aponta que, apesar de vivermos conectados, muita gente ainda tem dificuldades em áreas essenciais do mundo digital. Será que você também está nessa lista?

O levantamento, conduzido pela Locaweb em parceria com a Conversio, revelou que mais da metade dos entrevistados tem dificuldades com análise de dados e métricas – habilidade essencial para negócios digitais.

As habilidades digitais são o passaporte para o futuro do trabalho (Imagem: khunkornStudio/Shutterstock)

Além disso, a produção e venda de infoprodutos, como cursos e e-books, também apareceu entre os maiores desafios, indicando que empreender na internet ainda não é tarefa simples para muitos.

Outras habilidades pouco dominadas incluem programação, SEO, gestão de campanhas de marketing digital e até administração de e-commerce. O resultado escancara lacuna preocupante: enquanto o consumo digital cresce, a qualificação da população não acompanha o ritmo.

Gap de habilidades digitais no Brasil: qual o impacto?

A pesquisa ouviu 500 brasileiros conectados à internet, de todas as regiões do país, para entender onde estão as maiores dificuldades no mundo digital. O estudo tem 95% de confiabilidade e margem de erro de 3,3 pontos percentuais.

Os participantes responderam a cinco perguntas sobre suas maiores fraquezas tecnológicas, como isso afeta suas carreiras e o que estão fazendo para mudar o jogo. O resultado? Muitos reconhecem a importância dessas habilidades, mas poucos investem em capacitação.

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O problema é que, sem dominar competências digitais, as oportunidades no mercado de trabalho ficam mais distantes. Profissões ligadas à tecnologia pagam bem e estão em alta, mas exigem qualificação – obstáculo que grande parte dos brasileiros ainda precisa superar.

Caminho para virar o jogo

Apesar das dificuldades, a maioria dos entrevistados afirmou querer melhorar suas habilidades digitais. No entanto, poucos buscam cursos ou treinamentos para se especializar, citando custo e falta de tempo como os principais obstáculos.

Quando questionados sobre quais competências podem destacar um profissional no mercado, a inteligência artificial (IA) foi a mais mencionada: mais de 80%. Outras habilidades valorizadas incluem a gestão de anúncios pagos e a criação de planilhas do zero, mostrando a demanda por conhecimentos práticos e estratégicos.

O estudo destaca um alerta: o mercado digital não espera. Profissionais com qualificação têm mais chances de crescer, enquanto quem não se adapta pode ficar para trás. O desafio agora é transformar interesse em ação – e garantir que o Brasil entre de vez na era digital.

Aprendizado Digital.
O mercado exige profissionais cada vez mais preparados. Você está pronto para essa revolução digital? (Imagem: Roman Samborskyi/Shutterstock)

Confira, a seguir, mais dados da pesquisa:

Dez habilidades digitais menos dominadas pelos brasileiros em 2025

  1. Analisar dados e métricas (51,2%);
  2. Produzir e vender infoprodutos, como cursos e e-books (46,8%);
  3. Criar um site ou blog (44,8%);
  4. Gerenciar lives e webinars (44%);
  5. Gerir anúncios pagos (42%);
  6. Dominar inteligência artificial (41,8%);
  7. Criar formulários e pesquisas (31%);
  8. Gerenciar e-mails/campanhas de marketing digital (26,4%);
  9. Criar um e-mail profissional com domínio próprio (26,4%);
  10. Taguear e filtrar e-mails na caixa de entrada (18%).

Dez habilidades digitais mais promissoras para os brasileiros em 2025

  1. Dominar inteligência artificial (81%);
  2. Gerenciar anúncios pagos (57,2%);
  3. Analisar dados e métricas (45%);
  4. Montar planilhas do zero (43,6%);
  5. Editar vídeos e imagens (43%);
  6. Gerenciar e-mails/campanhas de marketing digital (42,8%);
  7. Produzir conteúdo para as redes sociais (41,8%);
  8. Criar apresentações visuais, como Canva e PowerPoint (39%);
  9. Criar e vender infoprodutos (35,6%);
  10. Gerenciar transmissões ao vivo e webinars (32,4%).

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Tomar água da torneira é mesmo saudável? Entenda

A água é o principal componente químico do nosso corpo, e dependemos dela para sobreviver. Ela desempenha um papel fundamental em muitas das funções do nosso corpo, incluindo levar nutrientes às células, proteger as articulações e os órgãos, e manter a temperatura corporal.

O fato é que a água deve ser sua bebida de escolha na maioria das situações. Então surge a pergunta, será que é saudável tomar água da torneira? Bom, assim como para a maioria das coisas, a resposta é: depende. 

É mesmo seguro tomar água da torneira?

Existem muitos países pelo mundo nos quais beber água direto da torneira é uma prática comum. A água da torneira nos Estados Unidos e no Reino Unido, por exemplo, precisa atender a padrões governamentais rigorosos para garantir que seja segura para beber.

No que diz respeito ao Brasil, a segurança da água da torneira depende da qualidade do sistema de tratamento e distribuição de água do local. Ainda assim, de modo geral, quase sempre é seguro tomar água direto da torneira em lugares que contam com uma boa rede de água tratada – mas é sempre melhor que ela passe por um filtro. 

Mulher bebendo água – Imagem: fizkes/Shutterstock

Inclusive, em comparação com muitas águas minerais, a água da torneira no Brasil possui uma vantagem: o flúor. A partir da década de 1970, o uso de flúor no tratamento da água passou a ser obrigatório nas cidades brasileiras, visando reduzir a ocorrência de problemas dentários e bucais na população. Além disso, mesmo que a água seja filtrada, o flúor não se perde. 

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Entretanto, é importante ressaltar também que apenas aproximadamente 84% da população brasileira tem acesso à água tratada, de acordo com informações da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico).

Nas áreas onde a água não é tratada, é comum que a ingestão de água contaminada resulte em problemas de saúde, frequentemente causados pelas bactérias Salmonella e Escherichia coli. Essas bactérias podem levar a infecções no estômago e no intestino, causando sintomas como diarreia, náuseas, dores abdominais, entre outros.

Imagem: New Africa/Shutterstock

Filtrar a água da torneira é a prática ideal

Apesar de ser segura para beber, visto que as centrais de abastecimento públicas no Brasil realizam o tratamento da água para torná-la potável antes de sua distribuição, os processos de purificação e filtragem seguem importantes para a qualidade da água consumida. 

Isso porque resíduos químicos, micro-organismos, bactérias e impurezas presentes em encanamentos e em caixas d’água mal conservadas podem contaminar a água no caminho para sua casa. 

De qualquer maneira, vale ressaltar que a água da torneira naturalmente contém baixos níveis de microrganismos, como bactérias e amebas. Ainda assim, ela é segura para beber porque esses patógenos normalmente são mortos pelo ácido estomacal.

Em comparação, tanto a água mineral e a água de nascente, costumam vir de águas subterrâneas que foram filtradas naturalmente – processo que remove a maioria das bactérias e micro-organismos.

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Apenas sete países atendem aos padrões de qualidade do ar da OMS

Diversos alertas já foram emitidos pela ciência sobre os problemas causados pela baixa qualidade do ar. Mas um novo relatório divulgado pela IQAir aponta que a situação da poluição pode ser ainda mais grave do que se imaginava.

De acordo com o trabalho, apenas sete países atenderam aos padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano passado. As conclusões têm como base a análise de milhares de estações de monitoramento ao redor do planeta.

Mudanças climáticas aumentam o problema

O Relatório Mundial de Qualidade do Ar IQAir 2024 destaca que apenas Austrália, Nova Zelândia, Bahamas, Barbados, Granada, Estônia e Islândia apresentaram resultados considerados satisfatórios pelas normas vigentes.

Já Chade e Bangladesh foram os piores países em 2024. Nestes locais, os níveis médios de poluição foram mais de 15 vezes maiores do que o recomendado pelas diretrizes da OMS, o que significa que a população destas nações está exposta à grandes riscos de saúde.

Problema da poluição pode ser maior do que pensava (Imagem: Chris LeBoutillier/Unsplash)

Apesar dos resultados preocupantes, os responsáveis pelo trabalho afirmam que o problema pode ser ainda pior, uma vez que muitas partes do mundo carecem de sistemas de monitoramento precisos. Na África, por exemplo, há apenas uma estação para cada 3,7 milhões de pessoas.

Ainda de acordo com os pesquisadores, as mudanças climáticas estão desempenhando um papel cada vez maior no aumento da poluição. As temperaturas mais altas fazem com que os incêndios florestais se tornem cada vez mais violentos e prolongados, prejudicando a qualidade do ar.

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Poluição do ar pode gerar graves problemas de saúde (Imagem: Arrush Chopra/Shutterstock)

Baixa qualidade do ar é um problema que pode levar à morte

  • A Organização Mundial da Saúde estima que a poluição do ar mata cerca de 7 milhões de pessoas a cada ano.
  • Respirar ar sujo por um longo período de tempo pode causar doenças respiratórias, Alzheimer e até câncer.
  • Recentemente, a OMS relatou que 99% da população mundial vive em locais que não atendem aos níveis recomendados de qualidade do ar.
  • E fez um apelo para a adoção de medidas para combater este problema, especialmente a redução das emissões de gases de efeito estufa.

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Nova eletroestimulação restaura movimentos em paralisia; veja

A empresa suíça de neurotecnologia NeuroRestore acaba de revelar dispositivo que promete melhorar o tratamento de pacientes com paralisia. O sistema integra neuroprótese de medula espinhal com robótica de reabilitação de forma inédita.

A nova abordagem busca resolver problema de métodos convencionais que não envolvem o músculo de forma ativa, limitando o retreinamento do sistema nervoso.

Movimentos voluntários foram melhorados mesmo após fim da estimulação (Imagem: Reprodução/EPFL)

Com a nova tecnologia, os cientistas fornecem pulsos elétricos sincronizados para estimular os músculos em harmonia com os movimentos robóticos, tornando a terapia mais eficaz. Diferentemente da estimulação tradicional, a técnica ativa os neurônios motores de forma mais eficiente ao imitar os sinais nervosos naturais.

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Paralisia: experimento na vida real

  • O dispositivo integra a estimulação epidural elétrica com esteiras, exoesqueletos e bicicletas ergométricas e usa sensores sem fio para detectar o movimento dos membros. Assim, é possível ajustar automaticamente a estimulação em tempo real;
  • Em uma prova–conceito envolvendo cinco pessoas com lesões na medula espinhal, o resultado foi de “ativação muscular imediata e sustentada”;
  • Os participantes não apenas recuperaram a capacidade de ativar os músculos, como melhoraram seus movimentos voluntários mesmo após o desligamento da estimulação;
  • Os pesquisadores acreditam que a tecnologia tem potencial de aplicação para além de ambientes clínicos, com a instalação do sistema em andadores e bicicletas;
  • Eles ponderam que novos ensaios clínicos são necessários para avaliar os efeitos de longo prazo.

“Ver em primeira mão o quão perfeitamente nossa abordagem se integra com os protocolos de reabilitação existentes reforça seu potencial para transformar o atendimento a pessoas com lesão medular, fornecendo estrutura tecnológica que é fácil de adotar e implementar em vários ambientes de reabilitação”, disse o pesquisador da NeuroRestore, Nicolas Hankov.

Dispositivo integra a estimulação epidural elétrica com esteiras, exoesqueletos e bicicletas (Imagem: Reprodução/EPFL)

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Existe um problema oculto nos vapes vendidos no Brasil

O líquido de seus vapes pode estar contaminado com metais tóxicos. São elementos que se desprendem do circuito elétrico das versões descartáveis dos cigarros eletrônicos. E a contaminação ocorre antes mesmo de o dispositivo ser usado pela primeira vez.

É o que sugere um estudo do Laboratório de Química Atmosférica (LQA) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), obtido pela BBC.

Os pesquisadores analisaram 15 vapes descartáveis e identificaram diferentes concentrações de cobre, estanho, níquel e zinco em níveis “muito acima do esperado para qualquer tipo de material que vai ser inalado”, segundo a reportagem.

Venda de cigarros eletrônicos é proibida pela Anvisa desde 2009 (Imagem: SeventyFour/iStock)

A equipe também analisou 14 líquidos de vapes recarregáveis, mas não identificou elementos em níveis quantificáveis. Isso ocorre possivelmente pelo fato de o líquido ser vendido separadamente, sem entrar em contato com o circuito elétrico previamente.

Os cientistas alertam que tanto o “juice” quanto o “e-líquido” usados na recarga apresentaram “toxicidade significativa” que podem desencadear processos associados a doenças crônicas, incluindo doenças cardiovasculares e respiratórias.

A venda de cigarros eletrônicos é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil desde 2009. Mas isso não tem impedido a distribuição de lotes contrabandeados, com formatos que mudaram ao longo dos anos, desde caneta, pen-drive a uma espécie de pequeno tanque.

No ano passado, um estudo preliminar em dez amostras apreendidas também encontrou octodrina, substância com estrutura similar à anfetamina. A análise foi feita pelo Laboratório de Pesquisas Toxicológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Leia mais:

Vape usa aromatizante de vela e compostos de óleos essenciais (Imagem: Daisy-Daisy/iStock)

Vape: doce nada inocente

  • De acordo com a reportagem, mais de 20 substâncias foram detectadas nas amostras do estudo da PUC-Rio, das quais dez foram identificadas;
  • A maioria tem a função de conferir sabor e aroma ao cigarro eletrônico;
  • Os líquidos usam compostos extraídos de óleos essenciais que, em determinadas temperaturas, podem formar acroleína, presente nos escapamentos de carros e em frituras;
  • Se inalado de forma contínua, pode trazer prejuízos à saúde;
  • Diversas substâncias usadas pela indústria de alimentos também estavam presentes, como o mentol, que pode irritar as vias aéreas, além de um composto tradicionalmente usado pela indústria como aromatizante de vela.

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Exposição à natureza pode diminuir sensação de dor, diz estudo

Um estudo recente conduzido por uma equipe internacional de neurocientistas, liderada pela Universidade de Viena, mostrou que a exposição à natureza pode reduzir significativamente a dor física aguda.

O achado surpreendente foi que apenas assistir a vídeos da natureza foi suficiente para aliviar a dor nos participantes. O estudo foi publicado recentemente no renomado periódico Nature Communications.

Utilizando ressonância magnética funcional, os pesquisadores descobriram que, ao assistir a cenas naturais, a dor foi classificada como menos intensa e desagradável, acompanhada por uma redução na atividade cerebral associada ao processamento da dor.

Esse efeito sugere que terapias baseadas na natureza podem ser uma abordagem complementar promissora no controle da dor.

Estudo pode abrir caminho para criação de terapias baseadas na natureza que podem aliviar dores -Imagem: Dragana Gordic/Shutterstock

Detalhes do estudo

  • O estudo foi conduzido com participantes que experimentavam dor e os pesquisadores os expuseram a três tipos de vídeos: uma cena natural, uma cena interna e uma cena urbana.
  • Durante a exibição, os participantes classificaram a dor enquanto sua atividade cerebral era monitorada por ressonância magnética.
  • Os resultados foram claros: ao assistir à cena da natureza, os participantes relataram menor intensidade de dor e demonstraram uma diminuição na atividade cerebral em áreas responsáveis pelo processamento da dor.

Os pesquisadores explicaram que a exposição à natureza afetou o processamento sensorial da dor no cérebro, especialmente nos sinais iniciais que o cérebro recebe ao lidar com a dor.

Diferentemente dos placebos, que alteram a resposta emocional à dor, a natureza impactou diretamente a forma como o cérebro processa os sinais sensoriais brutos da dor.

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uma mulher feliz e relaxada, deitada na grama verde, usando um vestido longo laranja, com os olhos fechados e um sorriso agradável no rosto, aproveitando a harmonia com a natureza e se recuperando
Pesquisa atual sugere que o cérebro reage menos à fonte física e à intensidade da dor quando exposto à natureza – Imagem Shutterstock/Foto VichZH

Segundo Max Steininger, líder do estudo, isso sugere que o efeito da natureza na dor é menos influenciado pelas expectativas dos participantes e mais pela modulação dos sinais físicos da dor.

O estudo oferece uma nova perspectiva sobre o uso da natureza como ferramenta terapêutica no alívio da dor.

A descoberta de que vídeos da natureza podem ter o mesmo efeito que a exposição direta ao ambiente natural abre novas possibilidades de tratamentos, especialmente em ambientes médicos e privados, utilizando tecnologias como vídeos ou realidade virtual.

Isso torna o alívio da dor mais acessível e prático para aqueles que não têm acesso fácil a espaços naturais ao ar livre.

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Paciente sobrevive mais de 100 dias com coração de titânio

Pela primeira vez na história, uma pessoa viveu mais de 100 dias com um coração de titânio. O paciente é um homem australiano que sofria de problemas cardíacos graves e estava internado à espera de um coração doado.

De acordo com os médicos responsáveis pelo procedimento, o indivíduo, que não teve a identidade revelada, já retirou o dispositivo e recebeu um novo coração. O sucesso do experimento reforça as esperanças de quem aguarda por um transplante de órgão.

Homem já recebeu um novo órgão

  • A implantação do coração de titânio aconteceu em novembro de 2024.
  • Com o quadro de saúde do paciente se agravando, os médicos conseguiram uma autorização para que ele recebesse o dispositivo.
  • A ideia era utilizar o equipamento até que o homem pudesse receber o novo órgão.
  • Na última semana, após mais de 100 dias, isso finalmente aconteceu.
  • Segundo os pesquisadores, o uso do dispositivo pode aumentar o tempo de vida de pacientes que aguardam uma doação.
  • O australiano foi a sexta pessoa no mundo a receber o coração de titânio, conhecido como BiVACOR, e o primeiro a conviver com ele por mais de um mês.
  • As informações são do G1.
Paciente sobreviveu até receber um transplante de coração (Imagem: Inside Creative House/Shutterstock)

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Como funciona o coração de titânio

Os médicos explicam que o dispositivo é uma substituição total do coração e funciona como uma bomba contínua, na qual um rotor suspenso magneticamente impulsiona o sangue em pulsos regulares por todo o corpo. Todo o material é feito de titânio e, no total, o equipamento pesa cerca de 650 gramas.

Ele é pequeno o suficiente para caber dentro de uma criança de 12 anos e é alimentado por uma bateria externa recarregável que se conecta ao coração por meio de um fio no peito do paciente. A bateria dura quatro horas. Após o período, um alerta é emitido para que uma nova bateria seja instalada.

Coração de titânio pode representar esperança para quem aguarda por transplantes de órgão (Imagem: reprodução/BiVACOR)

A esperança é que, no futuro, o paciente não precise trocar baterias para recarregar o coração de titânio. Isso poderia ocorrer a partir de um carregador sem fio sobre o peito, semelhante a como um telefone celular. Além disso, estão sendo realizados estudos para que o equipamento possa ser utilizado sem a necessidade de um transplante.

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Estudo resolve mistério de décadas sobre o Parkinson

Pesquisadores do Walter and Eliza Hall Institute of Medical Research (WEHl), na Austrália, resolveram um mistério de décadas sobre o Parkinson. A descoberta pode abrir caminho para o desenvolvimento de novos medicamentos para tratar a doença.

Identificado pela primeira vez há mais de 20 anos, o PINK1 é uma proteína diretamente ligada à condição neurodegenerativa que mais cresce no mundo. O problema é que, até agora, ninguém sabia ao certo como ela atuava no organismo.

Pesquisadores revelaram como PINK1 atua

  • Os pesquisadores explicam que as mitocôndrias produzem energia em nível celular em todos os seres vivos.
  • Em uma pessoa saudável, quando as mitocôndrias são danificadas, o PINK1 se acumula nas membranas mitocondriais e sinaliza através de uma pequena proteína chamada ubiquitina, que as mitocôndrias quebradas precisam ser removidas.
  • Já quando o PINK1 sofre mutação, esta atuação é prejudicada e as mitocôndrias quebradas se acumulam nas células.
  • Embora tenha sido associado ao Parkinson e, em particular, nos casos envolvendo pacientes mais jovens, o grande mistério era saber como a substância atuava.
  • No novo estudo, os cientistas descobriram como o PINK1 se liga nas mitocôndrias.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Science.
Equipe descobriu como PINK1 se liga nas mitocôndrias (Imagem: 846236786/istockphoto)

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Falhas geram acúmulo de toxinas nas células

Segundo o trabalho, o PINK1 funciona em quatro etapas distintas. Primeiro, ele detecta danos mitocondriais, para, em seguida, se ligar às mitocôndrias danificadas. Após, marca a ubiquitina, que então se une a uma proteína chamada Parkin para que as mitocôndrias danificadas possam ser recicladas.

Quando as mitocôndrias são danificadas, elas param de produzir energia e liberam toxinas na célula. Em uma pessoa com Parkinson e uma mutação PINK1, estas toxinas se acumulam na célula, eventualmente matando-a.

Pessoa segurando seu pulso direito com a mão esquerda; na mão direita, há um copo quase cheio de água
Descoberta pode ajudar no tratamento do Parkinson (Imagem: Creative Cat Studio/Shutterstock)

A equipe agora espera usar este conhecimento para desenvolver medicamentos que possam retardar ou até mesmo parar o desenvolvimento do Parkinson em pessoas com a mutação.

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