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Células de memória: como o corpo humano se lembra de vírus e bactérias?

Já imaginou se o nosso sistema imunológico não tivesse células de memória? É como se todo o esforço em combater uma infecção pela primeira vez fosse apagado, e a cada nova infecção nosso corpo precisasse “aprender a lição” do zero, sem nenhuma vantagem do contato anterior com o mesmo agente infeccioso.

As células de memória são como “soldados veteranos” que patrulham nosso corpo, prontas para agir rapidamente caso o mesmo inimigo (vírus, bactéria, etc.) reapareça. Elas reconhecem o invasor imediatamente e desencadeiam uma resposta imune mais rápida e eficiente do que da primeira vez.

A memória imunológica é fundamental para a nossa saúde e bem-estar. Graças a ela, podemos adquirir imunidade a diversas doenças após tê-las contraído ou por meio da vacinação. As vacinas são uma das maiores conquistas da medicina, pois nos protegem de forma segura e eficaz contra doenças graves e potencialmente fatais.

O que são as células de memória no corpo humano?

Ativação da resposta imune: célula com antígeno ativa linfócitos T (células menores). Ampliação: receptor de célula T em complexo com uma molécula MHC classe II e um antígeno. Renderização 3D
Ativação da resposta imune: célula com antígeno ativa linfócitos T (células menores).
(Imagem: Juan Gaertner / Shutterstock)

As células de memória são um tipo de glóbulo branco do sistema imunológico, mais especificamente linfócitos, que têm a capacidade de “lembrar” de um contato anterior com um antígeno, como um vírus ou bactéria. Essa memória permite que o sistema imunológico responda de forma mais rápida e eficaz em um segundo encontro com o mesmo antígeno.

Quando o corpo é exposto a um antígeno pela primeira vez, o sistema imunológico entra em ação para combatê-lo. Durante esse processo, são produzidos linfócitos B e T que são específicos para aquele antígeno. Uma parte desses linfócitos se transforma em células de memória, que permanecem no corpo por longos períodos, às vezes por toda a vida.

Se o mesmo antígeno for encontrado novamente, as células de memória o reconhecem rapidamente e desencadeiam uma resposta imune secundária. Essa resposta é mais rápida e intensa do que a resposta primária, o que significa que o corpo pode combater a infecção de forma mais eficaz e, muitas vezes, sem que a pessoa apresente sintomas da doença.

Linfócito. Célula imune. Célula produtora de anticorpos
Linfócito, célula imune produtora de anticorpos (Imagem: S. Toey / Shutterstock)

As células de memória são essenciais para a imunidade a longo prazo. Graças a elas, podemos adquirir imunidade a diversas doenças após tê-las contraído ou por meio da vacinação. As vacinas funcionam justamente estimulando a produção de células de memória, o que garante proteção contra determinadas doenças por muitos anos.

Existem dois tipos principais de células de memória:

  • Linfócitos B de memória: responsáveis pela produção de anticorpos, que são proteínas que neutralizam os antígenos.
  • Linfócitos T de memória: responsáveis por atacar diretamente as células infectadas por antígenos.

As células de memória podem viver por décadas no corpo humano, o que garante imunidade duradoura contra diversas doenças.

A capacidade de “lembrar” de contatos anteriores com antígenos é uma característica fundamental do sistema imunológico adaptativo, que se desenvolveu ao longo da evolução para proteger os organismos de forma mais eficaz.

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O que é o sistema imunológico?

O sistema imunológico é uma rede complexa de células, tecidos e órgãos que trabalham juntos para defender o corpo contra invasores nocivos, como bactérias, vírus, fungos e parasitas. Ele é como um exército interno, sempre pronto para proteger o organismo de ameaças e manter a saúde em equilíbrio.

Homem mostrando punho fechado cercado por vírus
(Imagem: New Africa / Shutterstock)

O sistema imunológico possui duas linhas de defesa principais:

  • Imunidade inata – é a primeira linha de defesa, presente desde o nascimento. Ela age de forma rápida e geral contra qualquer invasor, sem distinção. É como um sistema de alarme que detecta a presença de um corpo estranho e aciona as células de defesa para combatê-lo.
  • Imunidade adaptativa – é a segunda linha de defesa, que se desenvolve ao longo da vida, à medida que o corpo entra em contato com diferentes invasores. Ela é mais lenta, mas age de forma específica contra cada tipo de invasor, “lembrando” de contatos anteriores para agir mais rápido e eficientemente em futuros encontros. É como um exército especializado, que aprende a lutar contra cada inimigo específico.

O sistema imunológico é composto por diversos componentes que trabalham em conjunto para proteger o organismo. Alguns dos principais são:

  • Células de defesa;
  • Glóbulos brancos (leucócitos) como linfócitos, macrófagos e neutrófilos, que combatem os invasores diretamente ou produzem anticorpos;
  • Órgãos linfoides;
  • Medula óssea, timo, baço e linfonodos, onde as células de defesa são produzidas, armazenadas e ativadas;
  • Anticorpos;
  • Proteínas que neutralizam os invasores, impedindo que causem danos ao organismo;
  • Citocinas;
  • Moléculas de sinalização que coordenam a ação das células de defesa.

O sistema imunológico é essencial para a nossa sobrevivência. Ele nos protege contra doenças infecciosas, como gripes, resfriados, pneumonia e outras infecções mais graves. Além disso, ele também desempenha um papel importante na prevenção do câncer e em outras doenças crônicas.

Para que serve o sistema imunológico humano?

O sistema imunológico é o que serve para nos protege de doenças. Ele identifica e destrói agentes infecciosos que entram no nosso corpo, como vírus e bactérias. É por isso que é tão importante manter o sistema imunológico forte e saudável.

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Por que alguns vírus causam pandemias e outros não?

Vírus e pandemia são termos que frequentemente andam juntos quando se trata de crises globais de saúde. Enquanto muitos vírus causam surtos limitados, apenas alguns têm o potencial de desencadear pandemias, espalhando-se rapidamente e impactando populações ao redor do mundo. Vamos entender por que alguns vírus causam pandemias e outros não?

Os vírus são partículas microscópicas compostas por material genético (DNA ou RNA) envolto por uma cápsula proteica. Apesar de sua simplicidade, eles têm a capacidade de causar profundas transformações no mundo.

Diferentemente de outros microrganismos, os vírus não possuem metabolismo próprio e dependem de células vivas para se reproduzir, sequestrando os recursos da célula hospedeira para multiplicar-se. Essa característica os torna especialistas em adaptação e disseminação.

A imagem ilustra a estrutura do coronavírus. Destaque para as proteínas spike da superfície, que permitem a entrada do vírus nas células hospedeiras. Imagem: PenWin / iStock

Ao longo da história, os vírus foram responsáveis por algumas das pandemias mais devastadoras. A gripe espanhola de 1918, causada pelo vírus influenza H1N1, infectou cerca de um terço da população mundial e matou mais de 50 milhões de pessoas.

Outras pandemias importantes incluem a pandemia de HIV/AIDS, que começou nos anos 1980 e ainda afeta milhões, e a pandemia de COVID-19, causada pelo SARS-CoV-2, que transformou o mundo a partir de 2020.

Epidemia e pandemia: qual a diferença?

Para entender o alcance de uma doença viral, é necessário diferenciar os conceitos de epidemia e pandemia. Uma epidemia ocorre quando há um aumento súbito de casos de uma doença em uma região específica, como uma cidade ou país. Já uma pandemia é caracterizada pela disseminação global de uma doença, afetando diversos continentes e populações.

Por exemplo, o surto de Zika que ocorreu na América Latina em 2015 foi uma epidemia, pois seus efeitos foram concentrados em determinadas áreas. Em contraste, a COVID-19 é considerada uma pandemia porque o vírus SARS-CoV-2 se espalhou por quase todos os países do mundo.

A progressão geométrica de uma doença

Uma das razões pelas quais certas doenças se tornam pandemias está na forma como se espalham. A transmissão viral frequentemente segue um padrão de progressão geométrica, ou seja, cada pessoa infectada pode transmitir o vírus a várias outras, que, por sua vez, o passam a um número ainda maior de pessoas. Esse ritmo exponencial de transmissão permite que algumas doenças se espalhem rapidamente em populações densas e interconectadas.

Terminais de ônibus são locais de maior contaminação por Covid-19
Imagem: Free-Photos (Pixabay)

O parâmetro usado para medir essa dispersão é o número básico de reprodução, conhecido como R₀ (R zero). Ele indica, em média, quantas pessoas um indivíduo infectado pode contagiar. Quando o R₀ é maior que 1, a doença tende a se espalhar; se for menor que 1, a propagação tende a diminuir. Vírus com altos valores de R₀, como o sarampo, têm potencial para causar surtos globais caso não sejam controlados.

Vírus letais versus vírus altamente transmissíveis

Nem todos os vírus têm o mesmo potencial pandêmico. Alguns, como o ebola e o Marburg, causam doenças extremamente graves, mas têm dificuldade de se espalhar amplamente porque matam seus hospedeiros rapidamente. Esses vírus, que apresentam altas taxas de letalidade, geralmente são transmitidos por contato direto com fluidos corporais infectados, o que limita a dispersão.

Imagem: Innovative Creation/Shutterstock

O vírus ebola, por exemplo, pode matar até 90% das pessoas infectadas em algumas epidemias, mas sua transmissão exige um contato muito próximo, como o cuidado de doentes ou manuseio de cadáveres. O mesmo ocorre com o vírus Marburg, que causa febre hemorrágica severa.

Apesar de serem devastadores, esses agentes não possuem a mesma capacidade de propagação aérea ou por gotículas que vírus como a gripe ou o SARS-CoV-2, o que impede que se tornem pandemias globais.

Por outro lado, vírus menos letais, mas mais facilmente transmissíveis, são os que geralmente desencadeiam pandemias. A gripe, por exemplo, pode ser transmitida pelo ar e por superfícies contaminadas, permitindo que uma única pessoa infectada contagie dezenas de outras. Isso cria o cenário ideal para surtos de grandes proporções.

Com informações de UCF News.

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Estudo brasileiro: como a musculação protege idosos contra demências

Um estudo conduzido pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) revelou que a musculação pode ser uma aliada importante na proteção do cérebro de idosos contra demências, como a doença de Alzheimer.

Publicado na revista GeroScience, o estudo envolveu 44 pessoas com comprometimento cognitivo leve, uma condição intermediária entre o envelhecimento normal e a doença de Alzheimer, que apresenta perda cognitiva maior do que a esperada para a idade.

Após seis meses de treinamento de força duas vezes por semana, os participantes demonstraram melhorias significativas na memória e na anatomia cerebral, além de proteção contra a atrofia do hipocampo e do pré-cúneo, áreas relacionadas à doença de Alzheimer.

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Além dos benefícios para a saúde já conhecidos há muito tempo, a musculação pode ajudar também contra o Alzheimer (Imagem: nortonrsx/iStock)

Descobertas do estudo

  • A pesquisa destacou que a musculação pode atuar como uma alternativa acessível e eficaz em relação a tratamentos mais caros e complexos, como os medicamentos antiamiloides, com custos elevados.
  • O estudo também evidenciou que, além da melhoria no desempenho da memória, a prática de musculação favoreceu a integridade dos neurônios, enquanto o grupo-controle, que não fez o treinamento, apresentou piora nos parâmetros cerebrais.
  • Os pesquisadores afirmam que a musculação pode estimular a produção de proteínas que favorecem o crescimento neuronal e reduzir a inflamação no corpo, o que ajuda a diminuir o risco de demência.
  • Além disso, sugerem que um período de treinamento mais prolongado pode até reverter o diagnóstico de comprometimento cognitivo leve, oferecendo uma possibilidade de prevenção e retardamento da progressão da demência.

A pesquisa abre portas para novas estratégias não farmacológicas que podem ser implementadas para ajudar na proteção do cérebro e na promoção de um envelhecimento mais saudável, especialmente para pessoas com risco elevado de desenvolver doenças neurodegenerativas.

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Estudo pode levar a incentivos maiores para adoção de hábitos saudáveis, visando proteger a saúde do cérebro (Imagem: Ground Picture/Shutterstock)

 

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Covid-19: o que são mutações, linhagens, cepas e variantes?

Os vírus, como o SARS-CoV-2, causador da Covid-19, são organismos únicos e intrigantes. Durante a pandemia, palavras como cepas, linhas e variantes passaram a fazer parte do vocabulário cotidiano, mostrando a velocidade e complexidade com que o vírus evolui e se adapta.

Os vírus ocupam um espaço único na biologia, não sendo considerados vivos nem completamente inertes. A ciência ainda debate como classificá-los, mas o que se sabe com certeza é que eles dependem de células hospedeiras para se reproduzir, razão pela qual são chamados de parasitas intracelulares obrigatórios.

Embora sejam minúsculos, sua capacidade de adaptação e evolução os torna poderosos agentes de transformação no mundo natural.

Covid-19: o que são mutações, linhagens, cepas e variantes?

Desde o início da pandemia de SARS-CoV-2, decretado pela OMS em 11 de março de 2020, termos como mutações, linhagens, cepas, variantes, sub linhagens e recombinantes têm sido amplamente usados para descrever o comportamento do vírus.

Essas palavras, no entanto, muitas vezes geram confusão. Entender o que elas significam é essencial para compreender a evolução do vírus e o impacto que ele continua causando na saúde pública global.

Uma mutação ocorre quando há uma alteração no material genético do vírus. Ao infectar uma célula, o vírus vai usar os ribossomos dela para criar proteínas e criar cópias de si mesmo até essa célula explodir de tantos vírus.

Nesse processo de milhares de cópias de cada vez alguns erros ocorrem, e a esses erros nós damos o nome de mutação. Muitas dessas mutações não causam efeitos perceptíveis, mas algumas podem alterar características importantes do vírus, como sua capacidade de transmissão ou a gravidade da infecção que provoca.

Imagem: Imagem: shutterstock/Lightspring

Se você viu bastante X-Men, vai saber que quando um grupo de mutações se acumula e dá origem a um novo perfil genético, surgem as linhagens. Elas permitem que os cientistas identifiquem e rastreiem como o vírus evolui e se espalha em diferentes regiões do mundo.

Durante a pandemia de Covid-19, nomes como Alpha, Beta, Gamma, Delta e Omicron ganharam a boca do povo, essas eram as variantes, mutações do vírus que foram batizadas com nomes diferentes por apresentarem características distintas.

O termo cepa, por sua vez, é mais amplo. Ele é usado para se referir a versões do vírus que apresentam grandes e bruscas mudanças no comportamento ou na estrutura, diferenciando-se da versão original de maneira definitiva. Apesar de amplamente utilizado, “cepa” nem sempre é o termo mais adequado para descrever as variações do SARS-CoV-2.

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As variantes são classificações mais específicas dentro das linhagens. Elas se destacam por suas mutações, que podem impactar sua transmissibilidade, a gravidade da doença ou até mesmo a eficácia das vacinas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) utiliza termos como “variantes de preocupação” e “variantes de interesse” para identificar aquelas que requerem maior atenção. Exemplos notáveis incluem a variante Omicron e suas várias sublinhagens.

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Imagem: shuttrstock/angellodeco

Sublinhagens são subdivisões dentro de uma linhagem principal, resultantes de novas mutações que ocorrem em variantes existentes. No caso da Ômicron, por exemplo, sub linhagens como BA.1, BA.2 e BA.5 foram monitoradas devido ao seu impacto na transmissão e no escape imunológico.

Já os recombinantes surgem quando duas variantes diferentes infectam a mesma célula e trocam fragmentos de material genético, criando uma nova variante híbrida. Esse processo é especialmente preocupante quando há circulação simultânea de diversas linhagens em uma população, aumentando a complexidade do controle epidemiológico.

O sequenciamento genético é a ferramenta que permite identificar mutações, linhagens, cepas, variantes, sub linhagens e recombinantes. Esse processo é essencial para acompanhar a evolução do SARS-CoV-2, ajudando a ajustar vacinas, prever surtos e orientar medidas de saúde pública.

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Estudo desmente mais uma fake news sobre Covid-19 e vacinação

Além de todos os riscos à saúde causados pela pandemia de Covid-19, a crise sanitária foi marcada por uma onda de desinformação. E uma das mentiras espalhadas durante este período acaba de ser desmentida por um novo estudo.

Os pesquisadores concluíram que não houve aumento de casos de parada cardíaca ou morte súbita entre atletas jovens nos Estados Unidos provocados pela doença ou pela vacina. As conclusões foram publicadas na revista JAMA Network Open.

Estudo acompanhou saúde de atletas

  • O trabalho analisou laudos médicos e um conjunto de dados de atletas entre 10 e 34 anos identificados por meio de um programa do National Center for Catastrophic Sport Injury Research, mantido desde 2014 com o objetivo de acompanhar lesões e doenças relacionadas à participação em esportes.
  • Os resultados mostraram dados semelhantes: foram 184 registros de paradas cardíacas ou mortes súbitas durante a pandemia (2020-2022) e 203 no período anterior (2017-2019).
  • Os pesquisadores incluíram na análise atletas dos níveis juvenil, ensino médio, faculdade ou profissional de vários esportes, como basquete, futebol americano e futebol.
  • Todos eles sofreram miocardite, parada cardíaca súbita ou morte, seja durante exercícios ou em situações consideradas de repouso.
Não houve aumento de casos de parada cardíaca ou morte súbita entre atletas nos Estados Unidos provocados pela doença ou pela vacina (Imagem: Kateryna Kon/Shutterstock)

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Não há nenhuma relação entre as doenças e a Covid-19

Nos Estados Unidos foram feitas muitas associações infundadas entre casos de atletas que tiveram paradas cardíacas enquanto jogavam com a Covid-19 ou com a vacina desenvolvida contra a doença. Nas redes sociais, hashtags e vídeos produzidos por ativistas antivacinas sobre o assunto rapidamente se proliferaram.

A onda de desinformação voltou a ganhar força em 2023, quando o jogador de futebol americano Damar Hamlin, do Buffalo Bills, sofreu uma parada cardíaca após forte impacto no peito em uma partida. Meses depois, durante um treino na universidade, Bronny James, filho do astro do basquete LeBron James, teve uma parada cardíaca decorrente de uma doença congênita, porém, seu caso também foi usado pelo movimento antivacina.

Fake news
Estudo confirmou que suposta relação era, na verdade, mais uma fake news (Imagem: Firn/iStock)

Agora, o estudo confirma que não havia nenhuma verdade nestas postagens. Em resumo, não houve aumento de casos de parada cardíaca ou morte súbita em jovens atletas durante a pandemia. E muito menos em pessoas vacinadas.

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Cinco anos de pandemia: as transformações que a Covid-19 deixou

Há cinco anos, a humanidade se deparava com uma nova realidade: a Covid-19. Um vírus até então desconhecido espalhava-se rapidamente pelo globo, causando uma pandemia que mudaria a vida de bilhões de pessoas.

O mundo se viu obrigado a se adaptar a uma nova forma de viver, com lockdowns, distanciamento social e o uso de máscaras se tornando parte do cotidiano, enquanto governos e sistemas de saúde lutavam para conter a disseminação do vírus e encontrar tratamentos eficazes.

Cinco anos depois, é hora de refletir sobre as transformações que a Covid-19 trouxe para o mundo.

Como a pandemia começou e os impactos

A pandemia deixou marcas em diversos setores da sociedade. O epicentro da crise sanitária se deu em Wuhan, China, em dezembro de 2019, quando um surto de pneumonia de origem desconhecida começou a se alastrar. A rápida progressão da doença levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar a pandemia em 11 de março de 2020.

O impacto na saúde foi imediato e devastador, com sistemas sobrecarregados e milhões de vidas perdidas. Hospitais públicos e privados enfrentaram o constante adoecimento e a sobrecarga dos médicos.

As medidas de isolamento social e restrições necessárias para conter a disseminação do vírus, por sua vez, tiveram consequências profundas na economia global.

A pandemia também gerou mudanças nos hábitos de consumo, com o aumento do comércio eletrônico e a diminuição da frequência em locais públicos como shoppings, restaurantes e cinemas. (Imagem: coeyfilms/Shutterstock)

A educação também sofreu grandes impactos, com escolas e universidades fechadas e a rápida adoção do ensino a distância. A pandemia acelerou a transformação digital na educação, com o uso de plataformas de aprendizagem online, videoaulas e ferramentas de comunicação digital, e em diversos setores, com o trabalho remoto se tornando uma realidade para muitas empresas.

Mais de 7 milhões de mortes

A crise sanitária deixou um rastro de mais de 7 milhões de mortes em todo o mundo, de acordo com dados oficiais da OMS, com o Brasil figurando entre as nações mais afetadas. No país, a pandemia expôs fragilidades no sistema de saúde e na gestão pública, além de exacerbar a polarização política.

A pandemia também evidenciou a importância da pesquisa científica e da colaboração internacional, impulsionando o desenvolvimento de novas vacinas e tratamentos.

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Segundo dados da OMS, até este mês, foram registrados mais de 700 milhões de casos confirmados de Covid-19. (Imagem: vectorfusionart/Shutterstock)

Embora esses números sejam impressionantes, é crucial reconhecer que o número real de casos e mortes pode ser ainda maior, devido à subnotificação e à dificuldade de acesso a testes em muitos países.

A pandemia de Covid-19 no Brasil

  • O Brasil superou a marca de 650 mil óbitos pela doença. Foram contabilizados mais de 28 milhões de casos positivos.
  • O Sistema Único de Saúde (SUS) desempenhou um papel crucial no atendimento à população, especialmente nos casos mais graves.
  • Houve desafios na distribuição de serviços de emergência, principalmente em áreas rurais.
  • A pandemia sobrecarregou o sistema de saúde e afetou drasticamente a economia brasileira, com impactos significativos em diversos setores.
  • As micro e pequenas empresas foram especialmente atingidas, com muitas encerrando suas atividades.
  • Houve um aumento das desigualdades sociais devido a perdas de emprego e falta de acesso a tecnologia.
  • O mercado de trabalho também foi atingido de forma dura, especialmente em setores de serviços.
  • O Brasil realizou uma campanha de vacinação em massa, com altas taxas de cobertura inicial.
  • Houve progressivamente queda na cobertura vacinal, principalmente nas doses de reforço.
  • O país atingiu recentemente o menor número de casos e mortes por COVID-19 desde 2020.
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Os efeitos da pandemia de COVID-19 ainda são sentidos no Brasil, e o acompanhamento da situação é fundamental para a tomada de decisões e a implementação de políticas públicas eficazes. (Imagem: Darryl Fonseka / Shutterstock)

Impacto na saúde mental e desigualdade

A pandemia também teve um impacto significativo na saúde mental da população global. O isolamento social, o medo do contágio, a incerteza em relação ao futuro e as perdas de entes queridos contribuíram para o aumento de casos de ansiedade, depressão, estresse pós-traumático e outros transtornos mentais.

Estudos indicam que a pandemia afetou especialmente a saúde mental de jovens e profissionais de saúde, que enfrentaram maior pressão e exposição ao vírus.

Jovem mulher com máscara facial, usando telefone celular e fazendo compras no supermercado durante a pandemia do vírus.
A crise econômica gerada pela pandemia aumentou o desemprego e a pobreza, exacerbando as desigualdades já existentes. (Imagem: Drazen Zigic / Shutterstock)

A pandemia também expôs as desigualdades sociais e econômicas no mundo. As populações mais vulneráveis, como pessoas em situação de pobreza, minorias étnicas e comunidades marginalizadas, foram as mais afetadas, tanto em termos de saúde quanto de condições socioeconômicas.  

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Lições da pandemia

Apesar do fim da emergência global decretado pela OMS em maio de 2023, os efeitos da pandemia ainda continuam.

  • A COVID-19 acelerou a adoção do trabalho remoto e do ensino a distância, transformando a forma como as pessoas se relacionam com o trabalho e com a educação.
  • A crise sanitária também agravou problemas como a solidão e os transtornos mentais, demandando a implementação de políticas públicas voltadas para a saúde mental.
  • A nível global, a pandemia impulsionou um maior investimento em prevenção e resposta a surtos epidemiológicos, visando evitar futuras crises sanitárias.
  • A crise evidenciou ainda a importância da cooperação internacional, da comunicação transparente e do investimento em ciência e tecnologia para o enfrentamento de crises globais.

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Quais as diferenças entre as cepas do novo coronavírus?

Desde o início da pandemia de Covid-19, o termo “cepas” passou a ser utilizado para descrever as variações do novo coronavírus.

Apesar de muitas vezes confundidas com outros conceitos como variantes ou mutações, as cepas representam versões geneticamente distintas do vírus que podem apresentar diferentes graus de transmissibilidade, gravidade da infecção e resposta às vacinas e tratamentos disponíveis.

Mas o que é de fato uma cepa, qual seu impacto na propagação da doença e como sabemos que um novo vírus não é apenas uma nova cepa de um já existente?

Cepas: o que são, como se desenvolvem e por que elas existem?

A palavra cepa vem do latim cippus, que significa poste, tronco ou estaca. Originalmente, o termo estava relacionado a um pedaço de madeira ou ao tronco de uma planta. Com o tempo, esse conceito foi adaptado para a biologia.

Como as evoluções e variações biológicas dos seres vivos se divide em formato de árvore, o termo passou então a designar uma linhagem ou variação de um organismo, como vírus, bactérias ou fungos.

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As cepas surgem quando um organismo, como o SARS-CoV-2, sofre mutações significativas em seu material genético, criando uma versão que pode ter características biológicas diferentes da original. No caso dos vírus, essas mudanças ocorrem principalmente durante o processo de replicação, que é suscetível a erros. Quanto mais o vírus se espalha, maior a chance de surgirem cepas distintas.

Além dos vírus, bactérias e fungos também apresentam cepas. No caso das bactérias, por exemplo, cepas resistentes a antibióticos, como as de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA), são um problema de saúde global.

Nos fungos, cepas de espécies como Candida auris podem variar em virulência ou resistência a medicamentos antifúngicos. Essa capacidade de adaptação é uma estratégia de sobrevivência comum em organismos microscópicos.

Covid-19: entenda as diferenças entre as cepas do novo coronavírus

(Imagem: Gerd Altmann/Pixabay)

As principais cepas do novo coronavírus que se destacaram ao longo da pandemia incluem Alpha, Beta, Gamma, Delta e Omicron, além de suas sublinhagens. Cada uma delas apresenta características distintas, que influenciam sua capacidade de transmissão, a gravidade dos sintomas e a eficácia das vacinas e tratamentos.

Quais as cepas do coronavírus:

  • Alpha (B.1.1.7): identificada pela primeira vez no Reino Unido, essa cepa se destacou por sua alta transmissibilidade, sendo até 50% mais contagiosa que o vírus original. Apesar disso, não houve evidências claras de maior gravidade nos casos.
  • Beta (B.1.351): detectada na África do Sul, essa cepa apresentou uma capacidade significativa de escapar parcialmente das defesas imunológicas, o que levantou preocupações sobre a eficácia das vacinas disponíveis na época.
  • Gamma (P.1): surgiu no Brasil e foi associada a uma transmissibilidade aumentada e maior resistência à neutralização por anticorpos em indivíduos previamente infectados com outras variantes.
  • Delta (B.1.617.2): originada na Índia, a Delta foi uma das cepas mais preocupantes devido à sua transmissibilidade extremamente alta, além de causar sintomas mais graves em comparação às cepas anteriores. Também se mostrou mais resistente a tratamentos com anticorpos monoclonais.
  • Omicron (B.1.1.529) e sublinhagens: a cepa Omicron trouxe uma transmissibilidade ainda maior, mas geralmente foi associada a sintomas mais leves, especialmente em indivíduos vacinados. Suas sublinhagens, como BA.4, BA.5 e XBB.1.5, continuam a ser monitoradas devido a mutações que podem influenciar o escape imunológico.

Cada cepa do SARS-CoV-2 é resultado de processos evolutivos que ocorrem à medida que o vírus se espalha. O sequenciamento genético contínuo tem sido crucial para identificar e monitorar essas diferenças, ajudando na formulação de estratégias de vacinação e controle da pandemia.

Embora o impacto das cepas varie, a vacinação em massa e as medidas preventivas continuam sendo ferramentas fundamentais para reduzir a circulação do vírus e prevenir o surgimento de novas cepas com potencial de causar mais danos.

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Coronavírus continua evoluindo e criando novas cepas?

Mesmo em 2025, o vírus da Covid-19 continua a surpreender. Apesar dos avanços na ciência e na medicina, ele continua evoluindo e novas cepas infectam pessoas ao redor do mundo, encontrando novas formas de se espalhar e contornar nossas defesas. A pandemia pode ter mudado de rosto, mas a pergunta permanece: até onde o vírus é capaz de evoluir?

Desde o início da pandemia, o vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, tem mostrado uma face muito interessante dos vírus. A grande capacidade de evolução, que gera novas cepas ao longo do tempo.

Essa evolução é um processo natural em todos os vírus, especialmente aqueles que possuem material genético em RNA, como o coronavírus. Mas como, apesar das vacinas, o vírus segue evoluindo e infectando tanta gente?

Imagem: Cryptographer/Shutterstock

Como e por que o vírus do Covid-19 evoluiu?

A evolução do SARS-CoV-2 é resultado do seu processo de replicação. Toda vez que o vírus infecta uma célula e se multiplica, há chances de ocorrerem pequenos erros na cópia de seu material genético, gerando mutações.

A maioria dessas mutações não tem efeito significativo, mas algumas podem proporcionar vantagens evolutivas, como maior facilidade de transmissão entre pessoas, capacidade de escapar do sistema imunológico ou até mesmo resistência parcial às vacinas.

O ambiente em que o vírus circula influencia diretamente o ritmo e a direção dessa evolução. Em populações com alta taxa de infecção, como em surtos descontrolados, o vírus tem mais oportunidades de se replicar, aumentando as chances de mutações.

Pessoas com máscaras na rua
Imagem: william87/iStock

Além disso, fatores como a vacinação e o uso de tratamentos específicos também exercem pressão seletiva sobre o vírus, estimulando o surgimento de variantes que podem “escapar” dessas intervenções.

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O fato de o vírus da Covid-19 continuar evoluindo com novas cepas está ligado à taxa de transmissão. Quanto mais pessoas infectadas, maior o número de ciclos de replicação, e, consequentemente, maior o risco de surgirem cepas com características distintas. Algumas mutações podem tornar o vírus mais transmissível, permitindo que ele se espalhe mais rapidamente, como foi o caso das variantes Delta e Omicron.

Outro aspecto importante é a interação do vírus com as vacinas. As vacinas atuais foram desenvolvidas com base nas primeiras variantes do vírus, mas continuam eficazes na prevenção de casos graves e mortes.

No entanto, variantes com mutações em regiões-chave do vírus, como a proteína spike, podem reduzir parcialmente a eficácia das vacinas, exigindo atualizações nas formulações. As doses de reforço e vacinas adaptadas têm sido estratégias fundamentais para lidar com essas alterações.

O vírus da Covid-19 continua evoluindo e criando novas cepas?

Imagem: Imagem: shutterstock/Lightspring

Sim, o SARS-CoV-2 continua evoluindo e novas cepas devem surgir ao longo do tempo. Esse é um comportamento esperado em vírus RNA, que possuem uma alta taxa de mutação devido à falta de mecanismos precisos de correção de erros em seu material genético.

A vigilância genômica global desempenha um papel crucial nesse contexto, permitindo que cientistas identifiquem e monitorem novas variantes assim que elas aparecem.

Desde o início da pandemia, as principais variantes, como Alpha, Beta, Gamma, Delta e Omicron, mostraram como pequenas mudanças no genoma do vírus podem ter grandes implicações para a saúde pública. Essas variantes apresentaram características como maior transmissibilidade, escape imunológico e até mesmo alterações na gravidade da doença. A variante Omicron, por exemplo, continua evoluindo em sublinhagens, mostrando a complexidade da dinâmica viral.

Apesar da inevitabilidade da evolução do vírus, existem estratégias para mitigar seu impacto. A vacinação em larga escala tem sido uma das ferramentas mais eficazes para reduzir a gravidade da doença e evitar mortes.

Além disso, medidas de proteção individual, como o uso de máscaras em situações de risco e o distanciamento social em momentos de alta transmissão, continuam sendo importantes para conter a disseminação do vírus.

A ciência também tem avançado na atualização de vacinas e no desenvolvimento de novos tratamentos que acompanhem a evolução do SARS-CoV-2. Estudos contínuos sobre a resposta imunológica e as mudanças no comportamento do vírus são essenciais para garantir que as ferramentas de combate à pandemia permaneçam eficazes.

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Fungo Negro: conheça a doença rara que afeta o sistema imunológico e pode até ser fatal

Você já ouviu falar da mucormicose? Também conhecida como fungo preto ou fungo negro, trata-se de uma rara infecção fúngica que afeta pessoas com sistemas imunológicos comprometidos. Comumente associada a casos graves da COVID-19 ou pacientes em recuperação da doença, o quadro pode, em alguns casos, até ser fatal.

Entenda:

  • A mucormicose (também chamada de fungo negro ou fungo preto) é uma doença rara que pode causar a morte;
  • A contaminação pode ocorrer pela inalação de esporos de fungos da ordem Mucorales ou pelas vias cutânea e oral;
  • O fungo negro se espalha rapidamente, causando sintomas como inchaço no rosto, dores no peito e na cabeça, tosse, infecção nos olhos e necrose;
  • O tratamento envolve medicamentos antifúngicos e cirurgias para a remoção de tecido morto.
Também chamada de fungo negro ou fungo preto, a mucormicose pode ser fatal. (Imagem: Yale Rosen/Wikimedia Commons)

A mucormicose é causada pelos esporos de fungos da ordem Mucorales, encontrados em resíduos orgânicos em decomposição – como folhas e esterco. A infecção pode acontecer de duas formas: pela inalação ou pela entrada dos esporos no corpo através de cortes, queimaduras ou ingestão oral.

Leia mais:

Sintomas e tratamento do Fungo Negro

Ao entrarem no corpo, os fungos causadores da mucormicose atingem os vasos sanguíneos e causam coágulos, resultando na privação de nutrientes e de oxigenação tecidual e, em alguns casos, levando o paciente a óbito. É importante destacar que a doença não é contagiosa, ou seja, não pode ser transmitida de uma pessoa para outra.

Estudo quer determinar padrão normal de pressão intracraniana
Sintomas de fungo negro incluem dor de cabeça, inchaço no rosto, tosse, infecções e necrose. (Imagem: dragana991/iStock)

Os sintomas de fungo negro podem variar: quando inalados, os esporos podem causar inchaço no rosto, febre, dores no peito e cabeça e tosse. Do sistema respiratório, a doença pode alcançar também baço, cérebro e coração. De acordo com o Ministério da Saúde, infecção nos olhos, deslocamento do globo ocular, secreção nasal com pus e lesões necróticas também são comuns.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o fungo negro evolui rapidamente e pode ser fatal em mais de 50% dos casos – mesmo com o tratamento médico, que inclui medicamentos antifúngicos e até cirurgias para remover tecidos necrosados.

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Medicamento contra malária pode tratar câncer, aponta estudo

Um medicamento contra a malária pode combater o câncer, aponta um estudo publicado na revista PLOS One. Os autores sugerem que, quando combinada à imunoterapia, um fármaco chamado de pironaridina pode acelerar o processo de eliminação das células cancerígenas.

Entenda:

  • A pironaridina, medicamento usado para tratar a malária há mais de 30 anos, pode combater o câncer;
  • Uma pesquisa mostrou que a pironaridina é capaz de retardar o crescimento da doença e provocar a morte programada das células cancerígenas;
  • Como apontam os pesquisadores, o tratamento tem impacto mínimo sobre as células saudáveis;
  • Combinada à imunoterapia, a pironaridina possui grande potencial na luta contra o câncer.
Remédio contra a malária pode combater o câncer. (Imagem: Shutterstock/Kateryna Kon)

Após participar de um seminário sobre a pironaridina em 2017, Renato Aguilera, professor de ciências biológicas na Universidade do Texas em El Paso (UTEP), observou a estrutura química do medicamento e percebeu seu potencial na luta contra o câncer. Então, Aguilera se uniu a outros pesquisadores para testar a hipótese.

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Medicamento contra malária retarda crescimento do câncer 

Quando testada em laboratório pela equipe, a pironaridina – que vem sendo usada para combater a malária há mais de 30 anos – não só retardou o crescimento do câncer, mas iniciou a apoptose (morte programada) das células cancerígenas com impacto mínimo sobre as células saudáveis.

Roberto Aguilera descobriu potencial de medicamento no combate ao câncer. (Imagem: UTEP)

“No futuro, esse medicamento pode ser potencialmente usado em combinação com imunoterapia para acelerar o processo de matar células cancerígenas”, disse Aguilera em comunicado.

Em 2023, durante uma entrevista para a rádio da UTEP, Renato Aguilera falou sobre o foco no câncer em suas pesquisas: “A pergunta que as pessoas me fazem é: ‘Por que você quer fazer isso?’ E eu digo: ‘Porque acho que é provavelmente disso que vou morrer, e gostaria de pelo menos contribuir para encontrar medicamentos que possam me curar ou curar meus amigos’.”

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