jabuticaba

Estudo relaciona fruta brasileira ao controle de várias doenças

Não é novidade que o consumo de frutas faz bem para a nossa saúde. Diversos estudos já identificaram os benefícios produzidos pela ingestão destes alimentos. Entre eles está o tratamento de uma série de doenças.

Neste sentido, um fruta brasileira se destaca. É o que aponta uma série de novas pesquisas desenvolvidas por pesquisadores do Laboratório de Nutrição e Metabolismo da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp.

Fruta brasileira é uma aliada da nossa saúde

De acordo com os cientistas, o consumo da casca da jabuticaba pode ajudar no controle da hiperglicemia. Isso acontece em razão de substâncias como antocianinas, presentes também em outras frutas com a mesma coloração.

Pesquisas apontam que consumir a casa da jabuticaba faz bem à saúde (Imagem: RHJPhtotos/Shutterstock)

Mas os benefícios não para por aí. A equipe da Unicamp ainda investiga os efeitos da farinha da casca da jabuticaba entre pessoas que sofrem de síndrome metabólica. Esta condição é caracterizada pela presença de obesidade abdominal associada ao aumento da pressão arterial e triglicérides.

Outro trabalho analisa os efeitos do consumo da casca da fruta em indivíduos que apresentam declínio cognitivo leve, um quadro que pode anteceder o desenvolvimento demência. As informações são do Jornal da Unicamp.

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Fruta também pode retardar avanço da demência (Imagem: LightField Studios/Shutterstock)

Benefícios para todos

  • A jabuticaba também tem sido objeto de outros estudos.
  • Recentemente, ficou comprovado o efeito das substâncias presentes na casca da fruta sobre o controle do câncer colorretal.
  • Este trabalho foi realizado com animais, e os resultados apontam para uma grande possibilidade de sucesso também entre humanos.
  • Segundo os pesquisadores, a jabuticaba tem uma ação surpreendente até mesmo no controle dos índices glicêmicos entre indivíduos saudáveis.
  • Dessa forma, a recomendação é adicionar a fruta a suas dietas.

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Eearworms: por que algumas músicas grudam na cabeça?

Quem nunca passou por isso? Basta ouvir uma música, ou até um trechinho, e, de repente, ela começa a tocar repetidamente na sua mente. Você tenta focar em outras coisas, mas o refrão insiste em voltar. 

Esse fenômeno, conhecido como earworm (literalmente, “verme de ouvido”), é mais comum do que parece. Cerca de 90% das pessoas relatam que já vivenciaram essa experiência em algum momento da vida.

Mas por que certas músicas grudam tanto? A resposta envolve uma combinação de fatores neurológicos, psicológicos, culturais e até sociais.

O que são Earworms?

Earworms é um termo emprestado do alemão Ohrwurm, usado desde meados do século XX. Em inglês, sua primeira aparição conhecida foi no romance Flyaway, de Desmond Bagley (1978).

Homem ouvindo atentamente ao seu redor | Imagem: pathdoc/Shutterstock

Entretanto, o conceito foi popularizado pelo professor James Kellaris, da Universidade de Cincinnati, para descrever o fenômeno em que trechos de músicas se repetem involuntariamente na mente.

Na ciência, isso é chamado de Involuntary Musical Imagery (IMI): a repetição espontânea de fragmentos melódicos de músicas marcantes.

Apesar do nome curioso, earworms não são uma condição médica como a palinacusia, que envolve alucinações auditivas reais. Eles são apenas impressões mentais de músicas que parecem tocar na cabeça.

Por que isso acontece?

Pesquisadores identificaram múltiplos fatores que explicam por que certas músicas “grudam” mais do que outras.

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Mulher ouvindo sons do ambiente com atenção | Crédito: Janeberry (shutterstock)

Um deles é o funcionamento do nosso próprio cérebro. Estudos mostram que, quando ouvimos uma música familiar, o córtex auditivo continua a reproduzir mentalmente o som mesmo depois de ele ter parado. Esse “eco mental” é mais intenso quando a melodia é simples, repetitiva e contém variações inesperadas.

A neurocientista Jessica Grahn, da Universidade do Oeste de Ontario, explica que a música ativa regiões cerebrais associadas não só ao som, mas também ao movimento, à emoção e à recompensa. Isso cria um circuito muito potente, e até persistente, que favorece a repetição involuntária.

O que torna uma música pegajosa?

Nem toda música vira earworm. Há características específicas que tornam certos trechos mais suscetíveis a esse efeito.

Canções com refrões repetitivos, batidas marcantes e letras simples costumam ter maior potencial de “grudar”. É o caso de hits como “Despacito” ou até jingles publicitários criados propositalmente para serem memoráveis.

Estudos indicam que mais de 75% dos earworms envolvem músicas com letra, e cerca de 90% desses casos se concentram nos refrões.

Isso acontece porque essas partes costumam reunir ritmo, melodia e palavras em uma combinação ideal para a memorização inconsciente.

Fatores pessoais e contextuais

Além das características musicais, fatores individuais também influenciam na frequência e intensidade dos earworms.

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Adolescente ouvindo música no celular | Crédito: KiyechkaSo (shutterstock)

Pessoas com maior sensibilidade auditiva ou com formação musical têm mais chances de experimentar o fenômeno com frequência.

O mesmo vale para quem apresenta quadros de Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), Ansiedade Generalizada (TAG) ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), condições que favorecem padrões repetitivos de pensamento.

O contexto também importa. Momentos de tédio, estresse ou divagação mental, como quando estamos no trânsito, tomando banho ou fazendo tarefas repetitivas, são especialmente propícios para que os earworms apareçam. Emoções intensas ou lembranças ligadas a determinada música também podem funcionar como gatilho.

A pesquisadora Vicky Williamson, da Universidade de Londres, identificou que até mesmo estímulos visuais ou verbais relacionados à canção, como uma palavra escrita ou uma situação específica, podem despertar um earworm. Isso ajuda a explicar por que músicas que remetem a fases importantes da vida (mesmo que inconscientemente) tendem a retornar com frequência.

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Quando se torna um incômodo

Embora dois terços das pessoas relatem que os earworms são neutros ou até agradáveis, um terço os considera irritantes ou perturbadores. Para essas pessoas, a experiência pode ser comparável a uma “coceira mental” difícil de aliviar.

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Homem incomodado com barulhos | Crédito: DimaBerlin (shutterstock)

O psiquiatra Srini Pillay, da Universidade de Harvard, aponta que o estresse pode aumentar a incidência de earworms. Quando você está sobrecarregado, o cérebro tende a se fixar em um estímulo repetitivo, como forma de auto-regulação, explica Pillay em um artigo publicado no blog da Universidade.

Como lidar com músicas que não saem da cabeça?

Se o fenômeno se torna incômodo, algumas estratégias podem ajudar. Uma delas é cantar a música inteira, do início ao fim. Muitas vezes, o que se repete mentalmente é apenas um fragmento mal resolvido da canção. Completar o ciclo ajuda o cérebro a “encerrar” o processo.

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Mulher incomodada com barulhos externos | Crédito: Krakenimages.com (shutterstock)

Outra técnica eficaz é substituir a música por outra: o famoso “virar o disco”. Trocar um earworm por outro pode parecer estranho, mas oferece variedade mental e, em muitos casos, alivia o desconforto.

Por outro lado, tentar suprimir o pensamento pode ter o efeito contrário. Esse comportamento ativa o chamado “processo irônico”, pelo qual quanto mais se tenta não pensar em algo, mais ele ocupa nossa mente. Em vez disso, o ideal é buscar distrações envolventes ou mudar o foco para tarefas que exijam concentração ativa.

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Ozempic: Anvisa agora vai exigir que a receita fique retida nas farmácias

A Anvisa decidiu tornar obrigatória a retenção da receita médica para a compra de medicamentos como Ozempic, Saxenda e Wegovy, conhecidos como canetas emagrecedoras, conforme comunicado divulgado nesta quinta-feira (16).

A nova regra vale imediatamente e foi aprovada por unanimidade pela diretoria colegiada da agência. Antes, a apresentação da receita era suficiente para comprar os remédios. Agora, a farmácia deve reter o documento no momento da venda.

A medida busca conter o uso indiscriminado desses medicamentos, originalmente desenvolvidos para tratar diabetes tipo 2, mas que se tornaram populares para controle de peso.

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Com venda sob retenção de receita, agência quer evitar uso inadequado e proteger pacientes – Imagem: rafastockbr/Shutterstock

Medida protege a saúde pública

  • Segundo a Anvisa, a decisão visa proteger a saúde pública e garantir o uso racional dos fármacos.
  • Entidades médicas, como as sociedades brasileiras de Endocrinologia e Metabologia e de Diabetes, já defendiam essa exigência.
  • Elas alertam que o uso sem orientação pode causar efeitos colaterais como náusea, constipação, diarreia e impactar negativamente a saúde mental, especialmente em pessoas com transtornos alimentares.

A obesidade é considerada um desafio global. No Brasil, mais da metade da população adulta vive com sobrepeso ou obesidade, e o acesso equilibrado a tratamentos eficazes é uma preocupação crescente entre especialistas.

Ozempic pode causar efeitos colaterais

Entre os estudos que avaliam os riscos que o uso de canetas emagrecedoras como o Ozempic pode representar, uma pesquisa recente fez uma descoberta alarmante.

Pesquisadores da Universidade de Utah identificaram que pacientes com problemas de visão, como danos ao nervo óptico, compartilhavam o uso desses medicamentos. Leia mais aqui.

Receitas de Ozempic, Wegovy e similares precisarão ser retidas pelas farmácias – Imagem: Natalia Varlei/Shutterstock

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Aplicativo pode tratar depressão? Cientistas testam

Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que a depressão é a principal causa de incapacidade em todo o mundo. Cerca de 300 milhões de pessoas sofrem hoje com esse transtorno, segundo estimativas do órgão.

Trata-se, portanto, de uma doença comum, perigosa e silenciosa. Algo que interfere na vida diária, tirando dos pacientes a capacidade de trabalhar, de dormir, de estudar, de comer e, em alguns casos, de aproveitar a vida ou até mesmo viver.

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Os casos aumentaram bastante desde a pandemia. E os especialistas acreditam que ainda haja uma grande subnotificação. São pessoas que ou não sabem, ou não procuram ajuda médica. E que, portanto, não recebem o tratamento adequado.

Falando em tratamento, um estudo da Universidade Médica da Carolina do Sul, nos EUA, acaba de mostrar que um aplicativo de celular pode ser um aliado importante no combate a esse transtorno.

Sim, existem casos em que remédios e outros tipos mais tradicionais de terapia são essenciais. Em outros, porém, esse app desenvolvido pela professora Jennifer Dahne alcançou resultados excepcionais.

Independentemente do app, a orientação sempre será: busque a ajuda de um especialista – Imagem: mrmohock / Shutterstock.com

Um app ou um médico?

  • Antes de mais nada, é importante destacar que nada pode substituir a ação médica ou de um psicólogo.
  • O aplicativo entraria como algo complementar ou emergencial.
  • Batizada de Moodivate, a ferramenta utiliza um conceito já existente na terapia: o da ativação comportamental.
  • A ideia é levar o paciente a fazer atividades e aumentar as experiências positivas na sua rotina.
  • O nome Moodivate é uma mistura das palavras “Mood”, que é humor em Inglês, e “Motivate”, que vem do verbo motivar.
  • A doutora realizou a pesquisa em 649 pacientes de atenção primária, ou seja, pessoas que procuraram o sistema de saúde sem risco de morte.
  • Aqueles que usaram o aplicativo Moodivate tiveram 3 vezes mais probabilidade de apresentar uma melhora clinicamente significativa na depressão.
  • Segundo a pesquisadora, o resultado é ainda mais impressionante se levarmos em conta que muitos desses pacientes estavam tomando remédios há mais de 4 anos.
  • Ou seja, essa abordagem do app se mostrou até mais efetiva (basta saber agora se sozinha ou em parceria com os medicamentos).
Um aspecto interessante é que o próprio paciente pode gerenciar o app, sem a necessidade de um terapeuta – Imagem: Reprodução/App Store

Como funciona o app

O aplicativo funciona da seguinte maneira: ele orienta os pacientes na definição de metas e no planejamento de atividades do dia a dia. O Moodivate pode ainda enviar lembretes para a conclusão de atividades e conceder medalhas digitais conforme os usuários atinjam marcos para aumentar a motivação.

Um aspecto importante é que o app é gratuito e está disponível para Android e iOS nos Estados Unidos. E ele funciona sem a necessidade de acompanhamento de um terapeuta ou psicólogo.

Os pesquisadores afirmam que isso é importante na atenção primária, pois várias pessoas saíam das consultas básicas sem buscar um atendimento mais especializado, de um psicólogo ou psiquiatra. Ou por falta de dinheiro, ou por falta de tempo, ou interesse.

Com o resultado positivo do estudo, a doutora Dahne busca agora parcerias com instituições de saúde, seguradoras e programas de bem-estar corporativo que permitam que o aplicativo seja disponibilizado a mais pessoas.

O Moodivate não está disponível no Brasil. Você pode ler a pesquisa na íntegra no JAMA Internal Medicine.

As informações são do Medical Xpress.

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Por que remédios não funcionam para todos com TDAH? Ciência pode ter a resposta

Nem todas as pessoas com TDAH respondem bem a estimulantes como a Ritalina, e um novo estudo revela o motivo: a eficácia desses medicamentos está mais relacionada à proporção e ao tipo de receptores de dopamina no cérebro do que à quantidade de dopamina liberada.

A pesquisa, liderada pela Universidade de Maryland em parceria com os Institutos Nacionais de Saúde (NIH), avaliou 37 adultos sem TDAH usando exames de ressonância magnética e PET. O estudo foi publicado no jornal PNAS.

Os resultados mostraram que a proporção entre receptores D1 e D2 de dopamina é um fator determinante para o desempenho em tarefas cognitivas e para a resposta à Ritalina.

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Estudo fornece nova explicação para quem não responde aos medicamentos de TDAH (Imagem: Phalexaviles/Shutterstock)

O que são os receptores D1 e D2 e o que eles nos mostram

  • Receptores D1: associados a funções como atenção, memória e tomada de decisão.
  • Receptores D2: ajudam a regular impulsividade e hiperatividade.
  • Indivíduos com mais receptores D1 mostraram melhor desempenho cognitivo basal, mas não tiveram melhora significativa com a Ritalina.
  • Já aqueles com proporção maior de D2 para D1 tiveram desempenho inicial inferior, mas responderam melhor ao medicamento.

Tratamento do TDAH pode evoluir

Essa descoberta ajuda a explicar por que até 30% dos pacientes com TDAH não apresentam melhora com estimulantes. Também levanta alertas sobre o uso indiscriminado desses medicamentos por pessoas sem diagnóstico, que podem não obter benefícios — e ainda correr riscos — ao usá-los sem prescrição.

O estudo abre caminho para abordagens mais personalizadas no tratamento do TDAH, considerando o perfil neuroquímico de cada paciente, e reforça a necessidade de buscar terapias alternativas para quem não responde aos tratamentos tradicionais.

30% dos pacientes com TDAH não melhoram com Ritalina – Imagem: Photo Nature Travel/Shutterstock

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Maratona

Correr uma maratona transforma o corpo humano; entenda

A cada passo dado no asfalto, o corpo de quem corre uma maratona é colocado à prova: ossos sofrem microfraturas e fibras musculares são danificadas.

No entanto, é durante o descanso — seja dormindo, comendo ou simplesmente parado — que o organismo se regenera, tornando-se mais forte e preparado para o próximo desafio.

Ao correr grandes distâncias, o corpo responde ao esforço extremo e a recuperação é tão importante quanto o treino (Imagem: Pavel1964/Shutterstock)

Para o médico esportivo Shane Davis, professor assistente na Escola de Medicina da Universidade Tufts, essa é a essência da adaptação do corpo de um maratonista, aponta o MedicalXpress.

Segundo ele, o corpo de quem corre longas distâncias passa por transformações profundas. Com o treinamento adequado, o sistema cardiovascular se torna mais eficiente, a capacidade pulmonar aumenta, o sistema imunológico se fortalece e até a sensibilidade à insulina melhora.

A saúde renal também é beneficiada. Em suma, o corpo se molda às exigências do esportedesde que as lesões não interrompam o progresso.

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Equilíbrio entre treino e recuperação

O maior desafio para o corredor é chegar ao dia da maratona sem dores ou lesões. Isso exige equilíbrio entre intensidade, recuperação e preparo físico. O excesso de esforço sem o tempo adequado de regeneração pode levar a lesões por uso excessivo — como tendinopatias nos joelhos, tornozelos e pés — ou até fraturas por estresse.

Segundo Davis, o problema raramente é a forma de correr, mas, sim, o aumento rápido demais na intensidade ou volume dos treinos.

Como a corrida é altamente repetitiva, ele recomenda diversificar os exercícios com atividades, como musculação ou natação. Isso reduz a sobrecarga nas mesmas regiões do corpo e ajuda a prevenir lesões.

Além disso, alongamentos frequentes são essenciais para manter a flexibilidade, especialmente dos músculos isquiotibiais, que tendem a ficar tensos em corredores.

Riscos na hora de correr a maratona

  • Embora correr traga benefícios duradouros para a saúde, a maratona em si é um teste extremo para o corpo;
  • Os riscos incluem exaustão, desidratação, problemas cardíacos e alterações renais, especialmente em corredores com doenças pré-existentes ou preparo inadequado;
  • Davis, que já atuou em diversas competições, como a Maratona de Boston e o Ironman, destaca que os problemas mais comuns nas tendas médicas no fim das provas variam conforme o clima: desidratação e superaquecimento em dias quentes, hipotermia em dias frios e chuvosos;
  • Também são comuns náuseas, vômitos, cãibras e confusão mental por desequilíbrios eletrolíticos.

Para o médico, a preparação adequada não é só uma questão de desempenho, mas de segurança. “Treinar bem significa correr com mais confiança e menos riscos“, afirma.

Ele também destaca o papel da equipe médica e dos voluntários na linha de chegada. “É incrível ver como a maratona mobiliza profissionais de saúde de diferentes áreas. A corrida une as pessoas de uma maneira única.”

Com o devido controle para evitar lesões, a corrida em longas distâncias traz uma série de benefícios ao corpo (Imagem: JaySi/Shutterstock)

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HPV

Como vírus HPV pode dar câncer nos ânus?

O papilomavírus humano (HPV) é um dos vírus mais comuns do mundo, conhecido principalmente por causar verrugas genitais e estar associado ao câncer do colo do útero.

No entanto, o HPV também pode levar a outros tipos de câncer, como o câncer anal, que tem ganhado atenção devido ao aumento dos casos nos últimos anos. Esse tipo de câncer, embora menos falado, pode ter consequências graves se não for diagnosticado e tratado precocemente.

O câncer anal ocorre quando células anormais no tecido do ânus sofrem mutações e se multiplicam descontroladamente, formando tumores malignos.

O principal fator de risco para o desenvolvimento dessa doença é a infecção pelo HPV, especialmente pelos tipos oncogênicos, que têm maior potencial de causar alterações celulares. Compreender como o HPV é transmitido e como pode evoluir para o câncer anal é essencial para prevenção e diagnóstico precoce.

HPV: conceito, cepas e transmissão

O HPV (Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta a pele e as mucosas, sendo altamente transmissível. Tanto mulheres quanto homens estão suscetíveis a serem infectados.

O vírus HPV infecta não apenas mulheres, mas homens também (Imagem: Evan Lorne/iStock)

Existem mais de 200 tipos de HPV, dos quais cerca de 40 podem infectar a região anogenital. Alguns tipos de HPV são considerados de baixo risco e causam apenas verrugas, enquanto outros são de alto risco, podendo levar ao desenvolvimento de câncer.

As cepas de alto risco, como o HPV 16 e o HPV 18, são as principais associadas ao câncer anal. Elas têm a capacidade de alterar o DNA das células hospedeiras, favorecendo o crescimento desordenado e a formação de tumores.

A transmissão do vírus ocorre principalmente pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada, sendo o contato sexual a principal via de transmissão. Isso inclui relações vaginais, anais e orais, mesmo na ausência de penetração.

Outras formas de transmissão incluem o contato com objetos contaminados e a transmissão vertical, quando a mãe infectada passa o vírus para o bebê durante o parto. O uso de preservativos reduz o risco de transmissão, mas não o elimina completamente, pois o vírus pode estar presente em áreas não cobertas pelo preservativo.

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Como vírus HPV pode dar câncer anal?

O câncer ocorre quando células sofrem mutações genéticas que fazem com que elas cresçam e se dividam sem controle.

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Vírus dentro do organismo humano (Imagem: Kateryna Kon / Shutterstock.com)

No caso do câncer anal, essas mutações afetam as células que revestem o canal anal e a região perianal. A infecção persistente pelo HPV é o principal fator de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer.

Quando o HPV infecta a região anal, ele pode permanecer no organismo sem causar sintomas por anos. Em alguns casos, o sistema imunológico consegue eliminar o vírus antes que ele cause danos.

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Ilustração de um bumbum (Reprodução: @saintape/Unsplash)

No entanto, em situações onde a infecção persiste, o vírus pode levar à formação de lesões pré-cancerosas, conhecidas como neoplasia intraepitelial anal (AIN). Se não tratadas, essas lesões podem evoluir para câncer anal.

Os sintomas do câncer anal incluem:

  • Sangramento anal;
  • Dor ou pressão na região anal;
  • Coceira ou secreção incomum;
  • Massa ou caroço no ânus;
  • Alteranção nos hábitos intestinais.

Fatores que aumentam o risco de desenvolver câncer anal incluem:

  • Infecção pelo HPV de alto risco;
  • Relações sexuais anais desprotegidas;
  • Sistema imunológico enfraquecido;
  • Tabagismo;
  • Idade avançada.

A prevenção é essencial para reduzir o risco da doença. A vacina contra o HPV é altamente eficaz na prevenção de infecções pelas cepas mais perigosas do vírus. O exame preventivo, como a anuscopia de alta resolução, pode detectar lesões precoces e evitar a progressão para o câncer.

Diante disso, é fundamental aumentar a conscientização sobre a relação entre HPV e câncer anal para que mais pessoas busquem prevenção e tratamento adequado.

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Chikungunya: vacina do Butantan avança para ser incorporada ao SUS

O Ministério da Saúde anunciou que solicitará oficialmente a incorporação da vacina contra a chikungunya ao Sistema Único de Saúde (SUS), conforme informado pela Agência Brasil.

Como já informamos por aqui, o imunizante, desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Valneva, recebeu nesta semana o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que permite sua futura disponibilização na rede pública.

Em nota, a pasta informou que encaminhará o pedido à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), responsável por avaliar e recomendar a introdução de novas tecnologias no sistema público de saúde.

O objetivo é dar início imediato às medidas necessárias para que o imunizante possa ser oferecido à população, caso seja aprovado e haja capacidade de produção.

A expectativa do ministério é que a vacina seja incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI), o que representaria um avanço importante no enfrentamento das arboviroses no Brasil, sobretudo diante da crescente incidência da chikungunya.

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O Aedes aegypti carrega o vírus que transmite a chikungunya aos humanos – Imagem: frank60 / Shutterstock.com

A doença e os casos no Brasil:

  • A doença é causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e do Zika vírus.
  • Seus sintomas mais comuns incluem febre alta, dores intensas nas articulações — que podem se tornar crônicas — e mal-estar generalizado. Introduzido no Brasil em 2014, o vírus da chikungunya já se espalhou por todos os estados do país.
  • Até 14 de abril deste ano, o Brasil havia registrado mais de 68 mil casos prováveis e 56 óbitos confirmados.

Vacina: aplicação e contraindicações

A vacina, que já foi aprovada por autoridades sanitárias como a FDA (Food and Drug Administration), nos Estados Unidos, e a Agência Europeia de Medicamentos, é do tipo recombinante atenuada, administrada em dose única e indicada para adultos a partir de 18 anos em situação de maior risco de exposição ao vírus.

No entanto, o imunizante é contraindicado para gestantes e pessoas imunocomprometidas.

Inicialmente, a produção será feita na Alemanha pela empresa IDT Biologika GmbH, mas a tecnologia será gradualmente transferida para o Brasil, onde o Instituto Butantan assumirá a fabricação.

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Imunizante foi desenvolvido com tecnologia do Instituto Butantan – Imagem: shutterstock/Numstocker

Segundo o Ministério da Saúde, essa transferência é estratégica para garantir autonomia na produção e distribuição do imunizante no país.

Com o avanço do processo regulatório e a possível aprovação da Conitec, o governo pretende disponibilizar a vacina como parte de uma estratégia nacional de combate às arboviroses, que vêm apresentando índices crescentes ano após ano.

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Nem carne, nem frango ou peixe: essa proteína está associada à longevidade

Os países onde mais se consome proteínas vegetais, como grão de bico, tofu e ervilha, têm maior expectativa de vida. Esta é a conclusão de um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália.

O trabalho analisou dados demográficos e de abastecimento de alimentos de 101 nações entre 1961 e 2018. O objetivo era entender se o tipo de proteína que a população consumia tinha algum impacto na longevidade.

Resultados diferentes em crianças e adultos

  • De acordo com a pesquisa, as dietas ricas em proteínas e gorduras de origem animal, como carne, ovos e laticínios, reduziram as taxas de mortalidade infantil.
  • No entanto, o resultado foi diferente quando analisada as populações adultas.
  • Nestes cenários, foram as proteínas vegetais que aumentaram a expectativa de vida geral.
  • Alguns exemplos deste hábito foram apontados pelos cientistas: Okinawa, no Japão, Ikaria, na Grécia e Loma Linda, na Califórnia, estão entre os maiores consumidores destes produtos e apresentam os melhores índices de longevidade.
  • Além da importância para a saúde, as conclusões também reforçam a importância da preservação do planeta, uma vez que as proteínas vegetais causam menos impactos ambientais.
  • O estudo foi publicado na revista Nature Communications.
Proteínas vegetais aumentam longevidade (Imagem: 5PH/Shutterstock)

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Dietas tiveram resultados diferentes na saúde das populações

Para entender o impacto das dietas proteicas à base de plantas e animais na longevidade humana, os pesquisadores analisaram dados disponíveis publicamente sobre o suprimento de 101 países em um período de 60 anos.

Os dados incluíram a quantidade de alimentos produzidos por nação, juntamente com os níveis de calorias, proteínas e gorduras disponíveis para consumo.

Os países estudados representaram uma variedade de sistemas alimentares, incluindo locais onde o consumo de proteína de origem animal é maior, como Austrália, Estados Unidos, Suécia e Argentina. Outras áreas, por sua vez, têm o consumo de alimentos à base de plantas mais prevalente, como Paquistão e Indonésia.

Dietas baseadas em proteína vegetal reduzem riscos de problemas cardíacos (Imagem: Ahmet Misirligul/Shutterstock)

Para comparar o impacto do abastecimento de alimentos na expectativa de vida, os pesquisadores corrigiram os dados para levar em consideração as diferenças de riqueza e tamanho da população entre os países. Dessa forma, descobriram que os locais onde a disponibilidade geral de proteínas vegetais era maior tinham expectativas de vida relativamente mais altas.

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Usar o celular no banho pode matar? Entenda o risco real

Uma adolescente de 15 anos morreu após sofrer uma descarga elétrica ao retirar o celular do carregador logo após o banho, em Riacho de Santo Antônio (PB). Simone de Cássia Galdino ainda estava molhada, o que aumentou o risco do choque, como mostra uma matéria do UOL.

A água do dia a dia, com sais e impurezas, é condutora de eletricidade. Quando alguém molhado entra em contato com uma instalação elétrica defeituosa, o risco de choque é muito maior.

Segundo Edson Martinho, da Abracopel, o risco é ainda maior em casas sem o IDR (Interruptor Diferencial Residual) — dispositivo obrigatório desde 1997 que desliga o circuito em situações de perigo.

O chinelo ajuda a evitar choques?

Ele pode atenuar o choque em ambiente seco, mas não é solução segura, especialmente se estiver molhado.

Em 2024, houve 7 acidentes com choques causados por carregadores de celular, com 4 mortes. Em 2023, foram 23 casos e 15 mortes. Já em 2025, apenas em janeiro três acidentes foram registrados — nenhum deles com óbito, até o caso de Simone.

O manuseio de instalações elétricas com o corpo molhado aumenta o risco de choque – Imagem: fizkes/Shutterstock

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Dicas para evitar acidentes elétricos:

  • Revise a instalação elétrica a cada 5 anos com profissional qualificado.
  • Fique atento a tomadas danificadas, fios expostos e uso de extensões e “Ts”.
  • Evite usar carregadores piratas — prefira produtos homologados pela Anatel.
  • Evite manusear eletrônicos enquanto estão carregando, especialmente em ambientes úmidos.

Choques acima de 50 volts (em área seca) ou 25 volts (em área molhada) podem ser fatais. Portanto, contato com 110V ou 220V, especialmente molhado e descalço, representa sério risco de morte.

Uso de eletrônicos em ambientes molhados representam perigo e podem resultar em acidentes fatais (Imagem: Daria Voronchuk / Shutterstock.com)

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