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Usar o celular no banho pode matar? Entenda o risco real

Uma adolescente de 15 anos morreu após sofrer uma descarga elétrica ao retirar o celular do carregador logo após o banho, em Riacho de Santo Antônio (PB). Simone de Cássia Galdino ainda estava molhada, o que aumentou o risco do choque, como mostra uma matéria do UOL.

A água do dia a dia, com sais e impurezas, é condutora de eletricidade. Quando alguém molhado entra em contato com uma instalação elétrica defeituosa, o risco de choque é muito maior.

Segundo Edson Martinho, da Abracopel, o risco é ainda maior em casas sem o IDR (Interruptor Diferencial Residual) — dispositivo obrigatório desde 1997 que desliga o circuito em situações de perigo.

O chinelo ajuda a evitar choques?

Ele pode atenuar o choque em ambiente seco, mas não é solução segura, especialmente se estiver molhado.

Em 2024, houve 7 acidentes com choques causados por carregadores de celular, com 4 mortes. Em 2023, foram 23 casos e 15 mortes. Já em 2025, apenas em janeiro três acidentes foram registrados — nenhum deles com óbito, até o caso de Simone.

O manuseio de instalações elétricas com o corpo molhado aumenta o risco de choque – Imagem: fizkes/Shutterstock

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Dicas para evitar acidentes elétricos:

  • Revise a instalação elétrica a cada 5 anos com profissional qualificado.
  • Fique atento a tomadas danificadas, fios expostos e uso de extensões e “Ts”.
  • Evite usar carregadores piratas — prefira produtos homologados pela Anatel.
  • Evite manusear eletrônicos enquanto estão carregando, especialmente em ambientes úmidos.

Choques acima de 50 volts (em área seca) ou 25 volts (em área molhada) podem ser fatais. Portanto, contato com 110V ou 220V, especialmente molhado e descalço, representa sério risco de morte.

Uso de eletrônicos em ambientes molhados representam perigo e podem resultar em acidentes fatais (Imagem: Daria Voronchuk / Shutterstock.com)

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Medo de cair aumenta risco de quedas entre idosos

Um novo estudo internacional revelou que idosos com medo de cair apresentam risco significativamente maior de sofrer quedas futuras — mesmo quando se controlam fatores como idade, quedas anteriores e problemas de equilíbrio.

A pesquisa reforça que a preocupação em si é um fator de risco independente, e não apenas um reflexo da fragilidade física.

O estudo, liderado por pesquisadores da Austrália, Reino Unido, Alemanha e Canadá, analisou dados de mais de 75 mil idosos, por meio de uma revisão sistemática e meta-análise de 53 estudos. A pesquisa está publicada na revista Age and Ageing.

Descobertas do estudo

  • A equipe utilizou diferentes escalas para medir o nível de preocupação com quedas, como a FES-I (Escala Internacional de Eficácia de Quedas).
  • Os resultados mostraram que, quanto maior a preocupação com quedas, maior a chance de que uma queda realmente ocorra — chegando a um aumento de até 60% no risco, dependendo da medida usada.
  • Segundo a professora Kim Delbaere, da Neuroscience Research Australia (NeuRA), quase metade das pessoas com 86 anos relatam preocupação com quedas, o que impacta negativamente sua qualidade de vida, independência e resposta à reabilitação.
Medo de quedas está ligado ao aumento de quedas em idosos – Imagem: mrmohock / Shutterstock.com

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Diálogo prévio pode evitar quedas

Apesar das limitações metodológicas — como a variabilidade entre estudos e a exclusão de pessoas com problemas cognitivos — os pesquisadores afirmam que os dados preenchem uma lacuna importante e têm aplicação prática. Eles destacam que falar abertamente sobre esse medo pode ser o primeiro passo para prevenção.

“Ao identificar e abordar precocemente essas preocupações, podemos ajudar idosos a manterem-se ativos, confiantes e independentes”, afirmou Delbaere, ressaltando a importância do papel de profissionais de saúde, cuidadores e familiares em iniciar esse diálogo.

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Novas quedas podem ser prevenidas com diálogo e atenção – Imagem: CGN089/Shutterstock

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Nada de remédio: cientistas descobrem como reduzir o enjoo no carro

Cientistas da Universidade de Nagoya, no Japão, descobriram um jeito inovador de reduzir o enjoo causado por movimento: estimulação sonora. Os pesquisadores testaram um dispositivo que estimula o ouvido interno com um comprimento de onda sonoro específico.

Um único minuto de exposição ao som já foi suficiente para minimizar a sensação de cambaleância e o desconforto sentidos por pessoas que leem em um veículo em movimento, por exemplo.

Os resultados foram publicados na revista científica Environmental Health and Preventive Medicine. Os pesquisadores planejam desenvolver a tecnologia com o objetivo de aplicá-la na prática a uma variedade de situações de viagem, incluindo viagens aéreas e marítimas.

Simulador usado para teste de eficácia do dispositivo (Imagem: Nagoya University/Divulgação)

As premissas da pesquisa

Estudos anteriores indicam que estimular a parte do ouvido interno associada ao equilíbrio usando um som específico pode potencialmente melhorar o equilíbrio. Os pesquisadores identificaram um som específico a 100 Hz como a frequência ideal — e o batizaram de “sound spice”.

“Vibrações com o som único estimulam os órgãos otolíticos no ouvido interno, que detectam a aceleração linear e a gravidade”, explicou Masashi Kato, um dos autores do artigo. “Isso sugere que uma estimulação sonora única pode ativar amplamente o sistema vestibular, responsável por manter o equilíbrio e a orientação espacial.”

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Dispositivo ainda será aprimorado para uso na vida real (Imagem: Koldunov/iStock)

Como foram feitos os testes?

  • Participantes voluntários foram expostos ao som único por um minuto;
  • Após a estimulação, a cinetose foi induzida por um balanço, um simulador de direção ou ao andar de carro;
  • Controle postural, leituras de eletrocardiograma e resultados do Questionário de Avaliação da Cinetose foram usados para avaliar a eficácia da estimulação;
  • A exposição ao som único antes da exposição ao simulador de direção aumentou a ativação do nervo simpático; 
  • Os pesquisadores descobriram que sintomas como “tontura” e “náusea”, frequentemente observados em casos de enjoo de movimento, foram aliviados.

“O risco à saúde da exposição de curto prazo ao nosso som único é mínimo”, disse o autor Takumi Kagawa. “Considerando que o nível de estímulo está bem abaixo dos padrões de segurança contra ruído no local de trabalho, espera-se que essa estimulação seja segura quando usada corretamente.”

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Hospital brasileiro aposta na computação quântica para criar novos remédios

O Hospital Israelita Brasileiro Albert Einstein lançou um projeto para desenvolver novos medicamentos a partir de conceitos da computação quântica. O grupo de estudo também pretende melhorar diagnósticos e avançar na compreensão da genômica de patologias. As informações são da Agência Fapesp.

“Sabemos que ainda há um longo caminho a percorrer para usar e aplicar essa tecnologia, mas acreditamos que ela pode ter um grande impacto na sociedade”, disse Felipe Fanchini, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Bauru e participante do projeto, revelado durante a FAPESP Week Germany.

Com apoio de outros dois pesquisadores, Fanchini fundou a startup QuaTI para explorar tecnologias baseadas em informação e computação quântica para diversas aplicações. Uma delas ainda em desenvolvimento poderá ser usada para prever a formação de temporais no Brasil, por exemplo.

“A ideia é tentar usar a computação quântica para, de alguma forma, prever e enviar alertas à população, a fim de mitigar os problemas causados ​​por esses eventos extremos”, enfatizou Fanchini. Os trabalhos serão conduzidos no centro de pesquisa da unidade localizada em São Paulo.

Fachada de uma das unidades do Albert Einstein em São Paulo (Imagem: Felipe Cruz/iStock)

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Novos caminhos

O Hospital Israelita Brasileiro Albert Einstein já vem trabalhando com iniciativas de aplicação de conceitos de física, matemática, ciência da computação e engenharia para aprimorar procedimentos médicos atuais. 

“Os países latino-americanos, especialmente o Brasil, têm sido particularmente ativos no campo das tecnologias quânticas e oferecem muitas oportunidades para colaboração futura”, afirmou Jeins Eisert, pesquisador do Centro Dahlem para Sistemas Quânticos Complexos da Universidade Livre de Berlim, no evento.

No ano passado, a Alemanha lançou seu primeiro computador quântico híbrido e criou o Vale Quântico de Munique para acelerar as pesquisas nesse campo. 

“Esses projetos regionais ilustram os esforços para promover a expertise acadêmica independente e a autossuficiência tecnológica, essenciais para reduzir a dependência de players globais dominantes”, disse Christian Schneider, professor da Faculdade de Computação, Informação e Tecnologia da Universidade Técnica de Munique.

Munique é referência para estudos de computação quântica (Imagem: jotily/iStock)

É o futuro

Recentemente, o Olhar Digital relatou um feito histórico do banco JPMorgan Chase & Co, que gerou e certificou números verdadeiramente aleatórios utilizando um computador quântico. A inovação pode ter implicações significativas para segurança, negociação e criptografia.

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A descoberta desta célula pode revolucionar o tratamento contra alergias

Um novo estudo liderado por pesquisadores da NYU Langone Health identificou um tipo especial de célula no intestino, chamada célula dendrítica tolerogênica, que ajuda o sistema imunológico a tolerar alimentos e impedir reações alérgicas.

Essas células evitam que o corpo reaja de forma inflamatória a proteínas alimentares inofensivas — a menos que estejam funcionando mal, o que pode resultar em alergias ou asma. O estudo foi publicado na revista Nature.

Descobertas do estudo

  • Os pesquisadores descobriram que essas células precisam de duas proteínas-chave para funcionar corretamente: RORγt e Prdm16.
  • Sem elas, como demonstrado em testes com camundongos, o organismo tem menos células T reguladoras (que controlam inflamações) e mais células T inflamatórias, levando ao aumento de reações alérgicas.
  • Estudos anteriores da mesma equipe já haviam mostrado que essas células também ajudam o corpo a manter a tolerância às bactérias benéficas do intestino.
  • Agora, ficou claro que elas também têm papel essencial na prevenção de alergias alimentares.

As células dendríticas geralmente ativam o sistema imune ao apresentar fragmentos de antígenos (proteínas estranhas) às células T.

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No entanto, as células dendríticas tolerogênicas fazem o oposto: ao apresentar antígenos alimentares ou de microrganismos amigáveis, elas “ensinam” as células T a não reagirem, promovendo uma resposta reguladora e anti-inflamatória.

Estudo identifica células imunológicas que ensinam o organismo a tolerar alimentos e microrganismos benéficos – Imagem: New Africa/Shutterstock

Caminho aberto para novos tratamentos

O estudo também identificou equivalentes humanos dessas células por meio da análise de tecidos intestinais e dados genéticos públicos.

Embora ainda não se saiba quão abundantes elas são no corpo humano, ou se atuam fora do intestino, a descoberta abre caminho para novas estratégias terapêuticas, como tratamentos para alergias alimentares.

Segundo o autor sênior do estudo, Dr. Dan Littman, é possível que, no futuro, essas células possam ser usadas para ajudar o corpo a tolerar substâncias específicas — como amendoim, por exemplo — reduzindo ou eliminando reações alérgicas.

Os próximos passos da equipe incluem estudar como essas células se formam e quais sinais precisam receber para desempenharem sua função.

Célula que impede alergias a alimentos pode ser a chave para ajudar o corpo a tolerar substâncias específicas – Imagem: Food Fantasy/Shutterstock

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Uso excessivo de tomografia pode estar por trás de milhares de casos de câncer

Um novo estudo da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF) estima que até 5% de todos os casos de câncer diagnosticados anualmente possam estar relacionados à exposição à radiação de tomografias computadorizadas (TC), alertando para o uso excessivo e, muitas vezes, desnecessário desse tipo de exame.

Publicado no JAMA Internal Medicine, o estudo analisou dados de 93 milhões de exames de TC realizados em 2023 nos Estados Unidos, envolvendo cerca de 61,5 milhões de pacientes.

A pesquisa prevê que aproximadamente 103 mil casos de câncer poderão ser atribuídos a essa exposição, número de três a quatro vezes maior do que estimativas anteriores.

Embora as tomografias sejam ferramentas essenciais na medicina moderna — usadas para detectar tumores, diagnosticar doenças e orientar tratamentos —, os pesquisadores destacam que a radiação ionizante presente nesses exames é um agente cancerígeno conhecido, e os riscos têm sido subestimados.

Bebês correm o maior risco

  • O estudo mostrou que o risco é maior entre bebês, que têm até 10 vezes mais chances de desenvolver câncer após uma TC em comparação com outras faixas etárias.
  • Crianças e adolescentes também apresentam risco elevado.
  • No entanto, os adultos são os mais expostos, por realizarem a maior parte dos exames. O pico de exames foi registrado entre pessoas de 60 a 69 anos.
Risco oculto: tomografias podem causar 1 em cada 20 casos de câncer – Imagem: Accuray/Unsplash

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Entre os tipos de câncer mais associados à exposição estão pulmão, cólon, mama, bexiga e leucemia em adultos; e tireoide, pulmão e mama em crianças.

Exames de abdômen e pelve são os que mais contribuem para os casos de câncer em adultos, enquanto as tomografias de crânio lideram os riscos entre crianças.

Uso desnecessário da tomografia

A principal autora, Dra. Rebecca Smith-Bindman, alerta que muitos exames são realizados sem real necessidade clínica — por exemplo, para dores de cabeça sem sinais preocupantes ou infecções leves — e que há grande variação nas doses de radiação utilizadas, o que eleva ainda mais o risco de efeitos adversos.

Ela compara o risco da TC a outros fatores já bem estabelecidos, como o consumo de álcool ou o excesso de peso corporal.

Os pesquisadores recomendam que médicos e pacientes discutam com mais clareza os riscos e benefícios da tomografia, optando por exames com doses menores de radiação ou métodos alternativos, sempre que possível.

A coautora Malini Mahendra ressalta a importância de informar melhor as famílias sobre os riscos em exames pediátricos, promovendo decisões mais conscientes.

Novo estudo liga radiação de exames a 103 mil diagnósticos só em 2023; risco é maior em bebês e crianças, mas afeta também adultos – Imagem: kckate16/Shutterstock

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Descoberta abre caminho para contraceptivo não hormonal

Pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, deram um passo importante rumo à criação de um contraceptivo não hormonal, ao identificarem uma forma de impedir a fertilização agindo diretamente na superfície do óvulo. O estudo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, descreve como um fragmento de anticorpo modificado consegue bloquear a fecundação ao atingir uma proteína específica no óvulo.

A descoberta representa uma nova abordagem na área de contracepção, ao propor uma alternativa aos métodos hormonais, que muitas vezes estão associados a efeitos colaterais como alterações de humor, dores de cabeça e risco aumentado de trombose. A estratégia apresentada no estudo contorna esses riscos ao atuar de forma localizada e sem afetar o equilíbrio hormonal do corpo.

Alvo é proteína essencial para ligação do espermatozoide

  • O foco da pesquisa é a proteína ZP2, presente na camada externa do óvulo e fundamental tanto para a ligação com o espermatozoide quanto para impedir a entrada de múltiplos espermatozoides.
  • O professor Luca Jovine, do Departamento de Medicina de Huddinge, explicou que o fragmento de anticorpo utilizado consegue bloquear essa interação com alta eficiência.
  • “Nosso estudo mostra como um pequeno fragmento de anticorpo pode bloquear a fertilização ao atingir a ZP2, uma proteína-chave na superfície do óvulo”, afirma Jovine.
O fragmento de anticorpo (em verde) utilizado pelos pesquisadores se liga à camada externa dos oócitos (óvulos em desenvolvimento) (Imagem: Luca Jovine / Instituto Karolinska)

Fragmento menor é eficaz e reduz riscos

A equipe usou cristalografia de raios-X para mapear em detalhes a interação entre a proteína ZP2 e o anticorpo IE-3, já conhecido por inibir a fertilização em camundongos. A versão modificada — um fragmento chamado scFV — manteve a mesma eficácia, bloqueando a fecundação em 100% dos testes in vitro com óvulos de camundongos.

Por não conter a região Fc, que normalmente aciona respostas do sistema imunológico, o scFV reduz a chance de reações adversas. “Apesar de seu tamanho reduzido, o fragmento permaneceu eficaz, diminuindo os potenciais efeitos colaterais”, destacou Jovine.

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Próximos testes mirarão óvulos humanos

A etapa seguinte da pesquisa será testar um anticorpo similar que atue sobre a versão humana da proteína ZP2. O objetivo é verificar se o fragmento scFV também consegue bloquear a fertilização em testes de fertilização in vitro com óvulos humanos. Caso os resultados se confirmem, os pesquisadores avançarão para testes de segurança, estabilidade e formas de administração.

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A próxima etapa é realizar testes em óvulos humanos (Imagem: Anusorn Nakdee / Shutterstock.com)

Se bem-sucedido, o estudo poderá abrir caminho para um método contraceptivo reversível e livre de hormônios, atendendo à demanda por opções mais seguras e personalizadas de planejamento reprodutivo.

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Anvisa aprova primeira vacina contra a Chikungunya

Uma vacina recombinante atenuada contra a Chikungunya, desenvolvida pela farmacêutica austríaca Valneva, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Este é o primeiro imunizante autorizado para uso contra a doença no Brasil.

Aplicada em dose única, a vacina poderá ser utilizada em pessoas com 18 anos ou mais, que estejam em risco aumentado de exposição ao vírus. 

Por outro lado, ela é contraindicada para mulheres grávidas, pessoas imunodeficientes ou imunossuprimidas.  

Butantan será responsável pela produção da vacina

A vacina IXCHIQ induziu uma produção robusta de anticorpos neutralizantes contra o vírus Chikungunya em estudos clínicos que avaliaram adultos e adolescentes dos EUA e do Brasil. O público-alvo recebeu uma dose do imunizante durante os experimentos.

Anvisa considerou imunizante eficaz e seguro (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

De acordo com a Anvisa, a vacina contra o vírus demonstrou ser segura. A fabricação do imunizante será feita na Alemanha, pela empresa IDT Biologika GmbH. Já aqui no Brasil, o Instituto Butantan será o responsável pela produção no futuro.

Lembrando que a IXCHIQ já havia sido aprovada por outras autoridades internacionais, como a Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para a prevenção da Chikungunya. 

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Chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue (Imagem: khlungcenter/Shutterstock)

Vírus já está presente em todas as regiões brasileiras

  • A Chikungunya é uma arbovirose transmitida pela picada de fêmeas infectadas do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue.
  • O vírus chegou ao continente americano em 2013 e provocou uma epidemia em países da América Central e ilhas do Caribe.
  • Com o tempo, avançou também para o território brasileiro.
  • No segundo semestre de 2014, por exemplo, o Brasil confirmou, por métodos laboratoriais, a presença da doença nos estados do Amapá e Bahia.
  • Atualmente, todos os estados registram transmissão do vírus.
  • De acordo com o balanço mais recente do Ministério da Saúde, foram identificados cerca de 66 mil casos de Chikungunya no país neste ano.
  • Ainda foram confirmadas 56 mortes pela doença e outras 53 estão sob investigação das autoridades.

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Você tem pressão alta? Este alimento pode ser seu aliado

Se você acredita que a melhor forma de reduzir a pressão arterial é consumir menos sódio, pense outra vez: de acordo com um estudo publicado na American Journal of Physiology-Renal Physiology, quem sofre com pressão alta pode encontrar um grande aliado em nada mais, nada menos que… bananas!

Entenda:

  • O consumo de alimentos ricos em potássio pode ajudar a reduzir a pressão arterial;
  • Um novo estudo aponta que, além de comer menos sal, pessoas com pressão alta também devem investir em alimentos com bastante potássio – como as bananas;
  • Os pesquisadores desenvolveram um modelo matemático que calcula os efeitos da proporção entre o potássio e o sódio no corpo humano;
  • Esses efeitos podem variar em homens e mulheres;
  • Para quem sofre com pressão alta, vale consumir alimentos como batata, abacate, espinafre e sementes de girassol.  
Alimentos ricos em potássio (como as bananas) são aliados de quem sofre com pressão alta. (Imagem: Hanna_photo/Shutterstock)

Sabemos que a recomendação geral para quem sofre de pressão alta é consumir menos sal. Mas, como apontam os autores do estudo, outra medida pode ajudar a diminuir e controlar ainda mais a pressão arterial: adotar uma dieta rica em potássio. Ou seja, vale investir em alimentos como banana, brócolis, espinafre e beterraba.

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Potássio ajuda a reduzir pressão alta, aponta estudo

Estudos anteriores já haviam indicado o poder do potássio no controle da pressão arterial. A nova pesquisa, entretanto, traz um modelo matemático que calcula como a proporção entre o potássio e o sódio na dieta afeta nosso organismo – e como essa relação varia em homens e mulheres.

A equipe aponta, por exemplo, que os homens são mais propensos a desenvolver pressão alta do que as mulheres no período de perimenopausa (ou pré-menopausa). Por outro lado, eles possuem mais chances de responder positivamente a uma dieta rica em potássio.

Frutas, folhas e sementes são exemplos de alimentos ricos em potássio. (Imagem: Tatjana Baibakova/Shutterstock)

“Os primeiros humanos comiam muitas frutas e vegetais e, como resultado, os sistemas regulatórios do nosso corpo podem ter evoluído para funcionar melhor com uma dieta rica em potássio e pobre em sódio”, explica Melissa Stadt, autora principal do estudo, em comunicado.

10 alimentos ricos em potássio para combater a pressão alta

Além dos alimentos já citados – como a banana –, outros exemplos ricos em potássio para regular a pressão arterial são:

  • Batata doce;
  • Aveia;
  • Abacate;
  • Abóbora;
  • Feijão branco;
  • Uva passa;
  • Manga;
  • Rabanete;
  • Sementes de girassol;
  • Molho de tomate.

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Vape causa “pulmão de pipoca” em jovem de 17 anos; entenda

Uma adolescente foi diagnosticada com um quadro conhecido como “pulmão de pipoca” após usar cigarro eletrônico em segredo por três anos. O termo técnico para a condição é bronquiolite obliterante devastadora — e pode ser fatal.

Ao The Daily Mail, a mãe de Brianne Cullen, Christie Martin, contou que a jovem de 17 anos começou a usar os vapes descartáveis aos 14 anos para “aliviar a ansiedade” causada pelo retorno às aulas depois da pandemia de Covid-19.

Quatro meses atrás, a líder de torcida de Nevada, nos Estados Unidos, ligou para casa em pânico, relatando dificuldade para respirar. No mesmo dia, os exames confirmaram a doença já instalada no pulmão da jovem.

Jovem começou a usar vapes aos 14 anos. (Imagem: Fotogrin/Shutterstock)

O que é a condição?

A bronquiolite obliterante devastadora é desencadeada pela inflamação nos bronquíolos, as menores vias aéreas dos pulmões. A condição pode ser minimizada por inaladores e esteroides, mas casos graves podem levar a um transplante de pulmão.

Os sintomas precisam ser controlados ao longo de toda a vida, e os doentes precisam evitar a poluição do ar, a fumaça do cigarro e contato com pessoas doentes, que podem transmitir infecções mais facilmente.

“Eles me disseram que ela conseguiria se recuperar totalmente porque descobrimos o problema muito cedo, mas que isso também pode causar problemas como câncer no futuro”, explicou a mãe.

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Vape está associado a problemas de saúde e médicos fazem alerta. Imagem: DedMityay/Shutterstock

Relação com vapes

Cientistas já estudaram a possível ligação entre o “pulmão de pipoca” e uma substância química encontrada em alguns vapes, chamada diacetil, mas os resultados não foram conclusivos até o momento.

Em 2016, o produto foi proibido em líquidos para cigarros eletrônicos em uma diretriz da União Europeia, mas ainda pode ser encontrado em vapes vendidos nos EUA, de acordo com a reportagem.

Uma em cada quatro crianças já experimentou os dispositivos, enquanto uma em cada dez os usa regularmente, segundo uma pesquisa realizada no Reino Unido. As taxas sobem para até uma em cada seis entre jovens de 16 a 17 anos.

“Gostaria de pedir aos pais que conscientizem. Este é um alerta para não deixar seus filhos usarem cigarros eletrônicos, aconteça o que acontecer”, alertou a mãe. “Foi preciso um diagnóstico fatal para ela parar.”

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