cncer-cncer-de-pele-1024x576-2

Teste de saliva pode revolucionar diagnóstico do câncer de próstata

O câncer de próstata é o segundo tipo de tumor que mais mata homens no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 17 mil pessoas morreram por conta da doença em 2023 no país, uma média de 47 óbitos por dia.

Este cenário preocupa as autoridades de saúde. Mas uma esperança acaba de surgir. Pesquisadores desenvolveram um teste de saliva capaz de analisar o DNA dos pacientes para descobrir quem nasceu com maior risco de desenvolver câncer de próstata.

Rastreio de mutações no DNA

A equipe responsável pelo trabalho explica que o exame de saliva não procura sinais de câncer de próstata dentro do corpo. Em vez disso, ele busca por 130 mutações no DNA dos homens, cada uma das quais pode aumentar o risco de desenvolvimento da doença.

Câncer de próstata é uma das doenças que mais mata homens no Brasil (Imagem: Ebrahim Lotfi/Shutterstock)

Participaram do estudo 745 pacientes com idades entre 55 e 69 anos. Destes, 187 foram diagnosticados com câncer de próstata a partir do uso da nova tecnologia.

O exame apontou 103 tumores de alto risco e que precisavam de tratamento.

Os pesquisadores ainda observaram que em 74 destes casos a doença não teria sido descoberta neste estágio sem a análise da saliva. As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista New England Journal of Medicine.

Leia mais

Teste de saliva foi testado em estudo (Imagem: Institute of Cancer Research)

Teste ainda precisa ser aperfeiçoado

  • Apesar dos resultados positivos, ainda não foi comprovado que o teste salva vidas.
  • Especialistas dizem que pode levar “anos” até que esses mecanismos possam ser usados rotineiramente.
  • Outra limitação da pesquisa é o fato dela ter se concentrado em pessoas de ascendência europeia.
  • A ideia é ampliar o número de participantes em novos experimentos.
  • Acredita-se que os homens negros, por exemplo, tenham o dobro do risco de câncer de próstata.

O post Teste de saliva pode revolucionar diagnóstico do câncer de próstata apareceu primeiro em Olhar Digital.

image-129

Fim dos enjoos? Estudo parece ter encontrado solução

Pesquisadores da Universidade de Nagoya, no Japão, desenvolveram uma abordagem sonora inovadora para prevenir o enjoo de movimento, condição comum em viagens de carro, barco ou avião.

O estudo identificou que a simples exposição a um tom sonoro específico, por apenas um minuto, pode aliviar significativamente sintomas como náusea, tontura e fadiga. A pesquisa é descrita em um artigo publicado recentemente na revista Environmental Health and Preventive Medicine.

O enjoo ocorre quando há um conflito entre os sinais de movimento recebidos pelos olhos, músculos e ouvidos internos, especialmente pela cavidade utricular, responsável pelo equilíbrio.

Sons específicos podem aliviar a sensação de enjoo

  • Com base em estudos anteriores que sugeriam que sons poderiam estimular essa região, os cientistas testaram tons com diferentes frequências e intensidades em utrículos de camundongos.
  • O tom mais eficaz — batizado de sound spice — apresentou frequência de 100 hertz e intensidade de 65,9 decibéis A, dentro da faixa de ruídos ambientais diários.
  • Quando camundongos foram expostos ao som antes de realizarem movimentos que normalmente causariam enjoo, mostraram melhora no equilíbrio e nos sintomas por mais de duas horas.
O estudo utilizou um simulador de direção com os voluntários dos testes – Imagem: Universidade de Nagoya

Leia mais:

Testes com humanos foram positivos

Em testes com humanos, os voluntários também relataram menos desconforto após ouvirem o som por um minuto, antes de serem submetidos a estímulos em simuladores de movimento e veículos reais.

Segundo os autores, a técnica é segura, prática e promissora como alternativa não medicamentosa para combater o enjoo em diversas situações do dia a dia.

“O nível sonoro efetivo está dentro da faixa de exposição diária ao ruído ambiental”, afirma Takumi Kagawa, pesquisador e um dos autores do estudo.

Resultados sugerem uma maneira segura e eficaz de melhorar o enjoo de movimento, potencialmente oferecendo ajuda a milhões de pessoas – Imagem: New Africa/Shutterstock

O post Fim dos enjoos? Estudo parece ter encontrado solução apareceu primeiro em Olhar Digital.

image-119

Esse aparelhinho avalia sua saúde analisando gases que saem da pele

Cientistas da Universidade Northwestern, nos EUA, desenvolveram um novo dispositivo vestível capaz de monitorar gases liberados pela pele humana — como dióxido de carbono, vapor d’água, amônia e outros compostos orgânicos voláteis — para avaliar a saúde geral, detectar infecções e acompanhar a cicatrização de feridas.

Com apenas 2 cm de comprimento, o equipamento abriga sensores de alta precisão em uma câmara que coleta os gases sem contato direto com a pele, tornando-o ideal para pacientes com pele sensível, como bebês, idosos e pessoas com diabetes.

A tecnologia, publicada na revista Nature, representa um avanço sobre dispositivos anteriores que monitoravam apenas o suor ou a perda de água transepidérmica.

Leia mais:

O dispositivo vestível possui uma válvula, onde sensores medem as mudanças nas concentrações de gás ao longo do tempo – Imagem: John A. Rogers/Universidade Northwestern

Como o dispositivo funciona

  • O diferencial do dispositivo está na análise contínua do chamado Fluxo Molecular Epidérmico (CEM), permitindo que profissionais de saúde detectem precocemente sinais de infecção e evitem o uso desnecessário de antibióticos — uma prática que contribui para o aumento da resistência bacteriana.
  • Os dados são enviados em tempo real via Bluetooth para dispositivos móveis, o que possibilita decisões clínicas mais rápidas e assertivas.
  • Segundo o coautor do estudo, Guillermo A. Ameer, o dispositivo poderá ser crucial para evitar casos graves de infecção e até amputações em pacientes com úlceras diabéticas que não cicatrizam corretamente.

Outras aplicações são possíveis

Além de aplicações clínicas, os pesquisadores apontam que a tecnologia pode ser usada para testar a eficácia de repelentes, cosméticos e outros produtos dermatológicos.

A equipe já trabalha em atualizações, incluindo sensores de pH e gases específicos para detectar sinais de doenças com ainda mais precisão.

Uma pequena câmara dentro do dispositivo que fica acima da pele sem realmente tocá-la – Imagem: John A. Rogers/Northwestern University

O post Esse aparelhinho avalia sua saúde analisando gases que saem da pele apareceu primeiro em Olhar Digital.

cncer-cncer-de-pele-1024x576-1

Cientistas criam ‘detector de metais’ para achar tumores

O câncer se tornou um dos maiores causadores de mortes em todo o mundo. No Brasil, por exemplo, pesquisas apontam que mais de 704 mil novos casos da doença devem ser diagnosticados por ano até 2025. 

Mas um novo dispositivo pode revolucionar o diagnóstico e tratamento contra os tumores. Pesquisadores criaram um algoritmo que atua como uma espécie de “detector de metais” buscando falhas no DNA para localizar o câncer.

Descoberta pode acelerar diagnóstico de câncer

  • A equipe responsável pelo trabalho explicou que os tumores que apresentam DNA defeituoso têm maior probabilidade de serem tratados com sucesso.
  • Por isso, os cientistas resolveram focar neste tipo de câncer.
  • A ideia é que o algoritmo possa ajudar os médicos a descobrir quais pacientes têm maior probabilidade de ter um tratamento bem-sucedido.
  • Isso poderia abrir caminho para planos de tratamento mais personalizados que aumentam as chances de sobrevivência.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Nature Genetics.
Novo método pode facilitar a identificação de tumores (Imagem: Ebrahim Lotfi/Shutterstock)

Leia mais

Padrões incomuns de mutações foram localizados

Durante o trabalho, os cientistas procuraram padrões no DNA criados pelas chamadas mutações indel.

Elas são alterações genéticas que consistem na adição ou exclusão de uma ou mais bases do material genético, sendo o segundo tipo de mutação mais comum no genoma humano. 

O resultado foi a localização de padrões incomuns de mutações em cânceres que tinham mecanismos de reparo de DNA defeituosos, conhecidos como “disfunção de reparo pós-replicativo” ou PRRd. Usando essas informações, eles desenvolveram um algoritmo que permite identificar os tumores.

Representação de um DNA
Algoritmo busca falhas no DNA que podem indicar a presença de câncer no organismo (Imagem: Billion Photos/Shutterstock)

Os pesquisadores acreditam que o novo sistema possa atuar como um “detector de metais” para permitir a identificação do câncer em pacientes com maior probabilidade de ter um tratamento bem-sucedido com imunoterapia.

O post Cientistas criam ‘detector de metais’ para achar tumores apareceu primeiro em Olhar Digital.

utero

Como funciona a pílula do dia seguinte?

A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência amplamente utilizado, mas ainda cercado por dúvidas e mitos.

Muitas mulheres recorrem a ela após relações sexuais desprotegidas ou quando há falha no método contraceptivo regular, como o rompimento do preservativo. No entanto, é essencial compreender como funciona a pílula do dia seguinte para usá-la de maneira segura e eficaz.

Diferente dos anticoncepcionais de uso contínuo, a pílula do dia seguinte atua de forma pontual, interferindo no ciclo menstrual para evitar a gestação. Contudo, sua eficácia depende do tempo de administração e de características individuais da usuária. Além disso, seu uso frequente pode trazer riscos à saúde.

Para esclarecer as principais dúvidas, explicamos o que é a pílula do dia seguinte, como ela age no organismo e quais são os cuidados necessários para seu uso correto.

Pílula do dia seguinte: o que é e por que tem esse nome?

A pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência que pode ser usado após uma relação sexual desprotegida.

Útero e ovários (Reprodução: Orawan Pattarawimonchai/Shutterstock)

Sua principal função é prevenir a gestação ao inibir ou retardar a ovulação. Dependendo do momento do ciclo menstrual da mulher, também pode dificultar a fertilização do óvulo pelo espermatozoide ou impedir a implantação do embrião no útero.

O medicamento surgiu na década de 1960, mas foi somente nos anos 1990 que começou a ser amplamente utilizado em diversos países.

No Brasil, a pílula do dia seguinte chegou oficialmente no final dos anos 1990 e, atualmente, é encontrada em farmácias e alguns postos de saúde públicos. Seu nome se deve ao fato de ser mais eficaz quando tomada o mais rápido possível após a relação sexual desprotegida.

A compra da pílula não exige receita médica e ela está disponível em versões de dose única ou em dois comprimidos. Em unidades básicas de saúde (UBS), é possível encontrar a pílula gratuitamente, especialmente para vítimas de violência sexual.

Leia também:

Qual a ciência por trás da pílula do dia seguinte? Entenda como ela funciona

A pílula do dia seguinte é composta, na maioria das vezes, por levonorgestrel: um hormônio sintético que impede ou atrasa a ovulação.

punhado de remédios repousados em uma mesa
Punhado de remédios repousados em uma mesa (Reprodução: nito/Shutterstock)

Em alguns casos, pode conter acetato de ulipristal, que é um modulador de progesterona que também interfere no processo de ovulação.

Para ser mais eficaz, a pílula deve ser ingerida o mais rápido possível após a relação sexual desprotegida.

O ideal é tomá-la dentro das primeiras 24 horas, quando sua eficácia pode chegar a 95%. Após esse período, sua taxa de sucesso diminui progressivamente, podendo ser usada até 72 horas depois, com eficácia reduzida.

Apesar de sua alta taxa de sucesso, ainda é possível engravidar mesmo após o uso da pílula. Isso pode acontecer caso a ovulação já tenha ocorrido antes da ingestão ou se houver falha na absorção do medicamento pelo organismo.

Como saber se a pílula do dia seguinte fez efeito?

Não há um sintoma específico que indique se a pílula funcionou. No entanto, algumas mulheres podem apresentar efeitos colaterais como náuseas, dores de cabeça e alterações no ciclo menstrual.

Caso a menstruação atrase mais de uma semana, é recomendável realizar um teste de gravidez para descartar uma possível gestação.

Quais mudanças a pílula do dia seguinte causa no corpo?

Por ser uma dose alta de hormônio, a pílula pode provocar alterações no ciclo menstrual, tornando a menstruação irregular nos meses seguintes.

menstruação fluxo menstrual absorvente
Ilustração sobre o período menstrual (Imagem: La corneja artesana/Shutterstock)

Além disso, usuárias relatam efeitos colaterais como tontura, fadiga, dor abdominal, sensibilidade nos seios e alteração no humor.

O que acontece se tomar a pílula do dia seguinte em excesso?

A pílula do dia seguinte não deve ser utilizada como método contraceptivo regular. Seu uso frequente pode causar desregulações hormonais severas, aumentando o risco de efeitos colaterais graves.

Há diversos relatos de mulheres que, por pressão de parceiros, tomam a pílula seguidamente como substituto de métodos contraceptivos convencionais.

Isso pode levar a complicações sérias, como hemorragias, problemas hepáticos, alterações no endométrio e, em casos extremos, internação ou até óbito. Dito isso, o uso dessa pílula deve ser pontual e nunca frequente.

Portanto, a pílula do dia seguinte deve ser usada apenas em situações emergenciais, e o ideal é investir em métodos contraceptivos regulares, como anticoncepcionais diários ou dispositivos intrauterinos (DIU), além do uso de preservativos para prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

O post Como funciona a pílula do dia seguinte? apareceu primeiro em Olhar Digital.

caderneta-da-crianca-1009x1024

Caderneta de Saúde da Criança agora é digital; veja como acessar

O Ministério da Saúde acaba de lançar uma ferramenta digital que facilita o acompanhamento da saúde infantil no Brasil: a versão digital da Caderneta de Saúde da Criança.

A novidade, acessível através do aplicativo Meu SUS Digital, visa simplificar o acesso às informações cruciais sobre o histórico de imunização dos pequenos, além de oferecer um sistema de alertas para manter os pais informados sobre as próximas doses.

O que muda e como acessar a Caderneta de Saúde da Criança digital

Com a nova ferramenta, os responsáveis poderão acompanhar o histórico de vacinação de seus filhos, receber notificações sobre as próximas doses e ter acesso a um panorama completo da saúde infantil, incluindo dados sobre crescimento, desenvolvimento e consultas médicas.

  • Além do histórico de vacinação, o aplicativo permitirá que os pais insiram informações adicionais sobre a saúde da criança, como alergias e medicamentos em uso.
  • Para acessar a caderneta digital, os pais precisam ter o aplicativo Meu SUS Digital instalado em seus celulares e realizar o login com a conta Gov.br.
  • O processo de cadastro é simples e intuitivo, permitindo a inclusão de dados de múltiplos filhos.
  • O Ministério da Saúde também informou que está em contato com clínicas privadas para garantir a integração dos dados de vacinação na rede particular ao sistema do SUS.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância da digitalização para evitar o esquecimento da caderneta física, uma situação comum entre os pais. (Imagem: Divulgação)

Leia mais:

Caderneta impressa continuará sendo distribuída

A iniciativa, anunciada nesta quinta-feira (10), representa um avanço significativo na modernização dos serviços de saúde pública, sem, contudo, substituir a tradicional caderneta impressa, que continuará sendo distribuída nos hospitais.

A versão digital surge como um complemento, oferecendo praticidade e agilidade no acesso às informações.

O post Caderneta de Saúde da Criança agora é digital; veja como acessar apareceu primeiro em Olhar Digital.

Apple-Watch-Series-10-apple-2

Apple Watch ajuda paciente a identificar câncer raro no sangue

Um Apple Watch pode ter sido a diferença entre a vida e a morte de uma mulher neozelandesa. O dispositivo foi fundamental para identificar um caso raro de câncer no sangue da usuária, uma condição que pode ser fatal sem o tratamento adequado.

A psiquiatra Amanda Faulkner começou a sentir muito calor e cansaço, mas achou que isso era um efeito da intensa rotina de trabalho. Foram os alertas do relógio, no entanto, que indicaram que algo de errado estava acontecendo.

Relógio identificou um aumento anormal na frequência cardíaca

  • O aplicativo Sinais Vitais (Vitals) do Apple Watch Series 10 enviou uma série de notificações alertando sobre um aumento anormal na frequência cardíaca de Amanda.
  • Isso acontecia mesmo quando ela estava em repouso.
  • Amanda chegou a pensar que o dispositivo estava com algum defeito.
  • No entanto, acabou sendo convencida a procurar atendimento médico com o passar dos dias (e com os alertas cada vez mais frequentes).
Apple Watch conta com uma série de aplicativos que monitora a saúde dos usuários (Imagem: Ringo Chiu/Shutterstock)

Leia mais

Diagnóstico precoce da doença foi fundamental

Segundo reportagem do NZ Herald, os alertas do Apple Watch podem ter salvado a vida da paciente. A mulher foi diagnosticada com Leucemia Mielóide Aguda e foi transferida já no dia seguinte para um hospital.

Atualmente, ela realiza um tratamento de quimioterapia.

A psiquiatra deverá passar por um transplante de células-tronco em julho deste ano com o objetivo de reparar problemas encontrados em sua medula óssea.

Neozelandesa foi avisada do problema de saúde pelo relógio inteligente (Imagem: arquivo pessoal/Amanda Faulkner)

O perigo ainda não foi totalmente superado, mas a neozelandesa conta que graças ao dispositivo da Apple teve uma chance de lutar pela sobrevivência. Este é mais um caso de como a tecnologia pode ajudar na identificação de problemas de saúde.

O post Apple Watch ajuda paciente a identificar câncer raro no sangue apareceu primeiro em Olhar Digital.

batucar

Este hábito tipicamente brasileiro pode ajudar o cérebro

Os brasileiros são verdadeiros especialistas na arte de batucar. E para isso nem é necessária a presença de um instrumento musical. Basta bater o dedo em uma superfície qualquer e escolher o ritmo de sua escolha.

Agora, um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Aix-Marseille, na França, aponta que este hábito pode fazer bem para o cérebro. Segundo eles, este batuque ajuda a “sintonizar” melhor a fala.

Melhor processamento da linguagem pelo cérebro

  • De acordo com os cientistas, o sistema motor é conhecido por processar informações temporais, e mover-se ritmicamente enquanto ouve uma melodia pode melhorar o processamento auditivo.
  • Dessa forma, a equipe realizou experimentos comportamentais para demonstrar como esse efeito se traduz no processamento da fala.
  • No primeiro deles, 35 participantes tocaram um dedo em diferentes batidas – lenta, média, rápida – antes de ouvirem uma longa frase falada em meio a um ruído de fundo.
  • A ideia é que, como a fala tem ritmos naturais diferentes entre suas sílabas e palavras, preparar seu cérebro para sintonizar esse padrão pode ajudá-lo a processar melhor a linguagem rítmica.
  • Os pesquisadores, então, descobriram que havia uma compreensão muito melhor dessa frase barulhenta depois de batucar.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Proceedings of the Royal Society B.
Batucar com o dedo pode ajudar uma função cerebral (Imagem: jajam_e/Shutterstock)

Leia mais

Capacidade pode estar ligada ao ritmo de idiomas específicos

No segundo experimento, os cientistas descobriram que apenas ouvir a frase sem uma resposta física não foi tão impactante. O resultado sugere que a batucada foi fundamental para que os participantes entendessem o que era falado.

De acordo com a equipe, “essas descobertas fornecem evidências do papel funcional do sistema motor no processamento da dinâmica temporal da fala naturalista”. Apesar dos resultados, os pesquisadores admitem que novas pesquisas são necessárias.

Hábito pode melhorar processamento da linguagem pelo cérebro (Imagem: Shutterstock/meeboonstudio)

Entre os pontos limitantes do estudo estava o fato dos participantes serem franceses. Isso porque pesquisas anteriores mostraram que a preparação rítmica pode estar ligada ao ritmo de idiomas específicos.

O post Este hábito tipicamente brasileiro pode ajudar o cérebro apareceu primeiro em Olhar Digital.

Captura-de-tela-2025-04-10-121123-1024x480

Mapa 3D inédito pode revolucionar a compreensão do cérebro

Cientistas dos Estados Unidos criaram um mapa cerebral 3D com detalhes nunca vistos antes de um mamífero. Na imagem, é possível observar cerca de 75.000 neurônios identificados a partir do córtex de um camundongo.

O diagrama faz parte do programa MICrONS, coordenado por laboratórios do Instituto Allen de Ciência do Cérebro, da Universidade de Princeton e da Faculdade de Medicina Baylor. 

A iniciativa busca “revolucionar o aprendizado de máquina por meio da engenharia reversa dos algoritmos do cérebro”. Assim, os dados podem fornecer novos insights sobre como funciona o órgão do sistema nervoso central que controla a maioria das atividades do corpo.

Pesquisadores tiraram fotos em alta resolução de cada fatia usando microscópios eletrônicos (Imagem: MICrONS/Reprodução)

Como foi feito o mapa?

O tecido analisado é menor que um grão de areia e foi reconstruído para melhorar a compreensão da inteligência, da consciência e de condições neuronais como Alzheimer, Parkinson, autismo e esquizofrenia.

A equipe usou microscópios especializados para registrar a atividade cerebral na região-alvo enquanto o animal assistia a vários filmes e clipes do YouTube. Depois, o milímetro cúbico do cérebro foi fatiado em 25.000 camadas, cada uma com 1/400 da largura de um fio de cabelo humano.

A partir daí, os pesquisadores tiraram fotos em alta resolução de cada fatia usando microscópios eletrônicos. Por fim, a reconstrução das células foi possível a partir do uso de inteligência artificial e aprendizado de máquina.

“Há todos os tipos de regras de conexão que conhecíamos de várias áreas da neurociência e, dentro da reconstrução em si, podemos testar as teorias antigas e esperar encontrar coisas novas que ninguém jamais viu antes”, disse o Dr. Clay Reid, pesquisador sênior e neurobiólogo do Instituto Allen, ao jornal The Guardian.

Milímetro cúbico do cérebro foi fatiado em 25.000 camadas (Imagem: MICrONS/Reprodução)

Leia Mais:

Novas descobertas

Os cientistas descobriram que as células inibitórias – aquelas que suprimem a atividade neural – são altamente seletivas, criando uma espécie de cooperação, e não funcionam como uma simples força que amortece a ação de outras células.

“Estamos descrevendo uma espécie de mapa do Google ou planta baixa desse grão de areia. No futuro, poderemos usar isso para comparar a fiação cerebral de um camundongo saudável com a fiação cerebral de um modelo de doença”, afirmou o Dr. Nuno da Costa, pesquisador associado do Instituto Allen, ao jornal.

O post Mapa 3D inédito pode revolucionar a compreensão do cérebro apareceu primeiro em Olhar Digital.

mulher-investigando-caspas-no-cebelo-de-outra-mulher-1024x577

O que são as caspas e por que elas aparecem?

Coceira, irritação no couro cabeludo, pequenos flocos brancos que aparecem entre os fios de cabelo e que incomodam muita gente: esses e outros sintomas são causados pela caspa.

De acordo com a pesquisa desenvolvida pelo Instituto Ilumeo em parceria com a empresa Head & Shoulders, cerca de 70% dos brasileiros têm ou já tiveram caspa, enquanto apenas 35% resolveram procurar ajuda de um dermatologista.

Mas por que a caspa insiste em aparecer? O que exatamente são essas escamas e, o mais importante, como podemos tratá-las? Se você está em busca de respostas para essas perguntas, leia o texto a seguir.

O que são as capas?

A caspa, também chamada de dermatite seborreica, é uma inflamação (geralmente fúngica) que acomete o couro cabeludo e resulta em descamação.

Mulher investigando caspas no cabelo de outra mulher (Reprodução: @Freepik/Freepik)

De acordo com a tricologista e professora de Terapia Capilar, Edna Braga, a caspa se prolifera devido à oleosidade do couro cabeludo e esse sebo se torna alimento para fungos, que se reproduzem no local. Geralmente, quem tem o couro cabeludo mais oleoso, tem mais propensão a desenvolver o problema. 

De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde, as placas brancas que se soltam na base dos fios de cabelo são formadas porque as glândulas sebáceas (que produzem a oleosidade) incham e passam a produzir secreção oleosa em excesso, que se acumula no couro cabeludo.

A tricologista destacou hábitos que contribuem para proliferação da caspa, como: dormir com os cabelos molhados, em decorrência dos fungos gostarem de ambientes úmidos, e a falta de frequência na higienização do cabelo.

A caspa não é proveniente da falta de higiene. Porém, quando a pessoa fica muito tempo sem higienizar o couro cabeludo, fica mais oleoso, o que faz com que a caspa apareça com mais facilidade“, ressaltou Edna.

Sobre como evitar a descamação do couro cabelo, a profissional explica que “Evitar 100% a caspa é impossível, porque tem pessoas que, quando a imunidade baixa, ela tem mais propensão a ter caspa. Às vezes, uma simples mudança de estado ou de país, a pessoa que não tinha caspa passa a ter. Não é uma coisa assim tão fácil de evitar, mas existem dicas que ajudam a diminuir as crises, porque ela não tem cura e não é contagiosa“.

Dicas para evitar a caspa

  • Trocar a fronha mais vezes na semana;
  • Lavar o cabelo com frequência;
  • Não usar bonés, toucas, acessórios que abafem o couro cabelo;
  • Não dormir com o cabelo molhado;
  • Evitar que cosméticos entrem em contato com couro cabeludo.
Trocar a fronha do travesseiro de 2 a 3 vezes por semana pode ser útil contra as caspas (Imagem: Hooti/Divulgação)

É importante ressaltar que, em caso de ocorrência de caspa, o médico dermatologista ou tricologista deve ser consultado.

Leia também:

É possível tratar caspa?

Existem diversas maneiras de tratar a caspa, como a terapia capilar e até com a ozonioterapia: uma técnica que utiliza ozônio para estimular a circulação e promover a regeneração do couro cabeludo.

Além disso, a aplicação de óleos essenciais específicos podem ajudar a equilibrar a oleosidade e reduzir a descamação.

Escolher shampoos com limpeza mais pesada também pode ajudar: cosméticos com o cetoconazol na composição ajudam a combater fungos e ainda oferecem ação anti-inflamatória. Outras substâncias, também presente no shampoo, podem ajudar a aumentar o poder de limpeza, como é o caso de ácidos (salicílico e glicólico, por exemplo). Além, é claro, da presença de tensoativos mais agressivos, como o Sodium Lauryl Sulfate e Sodium Laureth Sulfate.

O post O que são as caspas e por que elas aparecem? apareceu primeiro em Olhar Digital.