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Seu celular pode virar um detector portátil de doenças

Imagine apontar o celular para uma pinta suspeita e, em segundos, saber se ela representa algum risco. Cientistas da Georgia State University estão desenvolvendo uma tecnologia que transforma o smartphone em um detector portátil de doenças — tudo com um escaneamento por infravermelho.

A pesquisa, liderada pelo físico Unil Perera e destacada pelo portal Medical Xpress, utiliza a tecnologia ATR-FTIR, um tipo de espectroscopia baseada em luz infravermelha. Essa técnica permite identificar alterações moleculares em tecidos humanos de forma rápida, indolor e sem necessidade de equipamentos complexos. Em poucos segundos, um sensor acoplado ao celular poderia indicar possíveis sinais de doenças como o melanoma, diretamente na tela.

Além disso, os pesquisadores pretendem ampliar o alcance da tecnologia. Já há indícios de que o método pode detectar outras condições clínicas, como linfomas e colite. O plano de Perera é ousado: transformar o celular em um laboratório pessoal, capaz não apenas de diagnosticar precocemente, mas também de monitorar a evolução da doença e a resposta ao tratamento.

Acompanhamento em tempo real pode revolucionar a medicina preventiva

Agora, a equipe se concentra em um novo desafio: acompanhar o avanço de doenças dia após dia. Para isso, Perera trabalha na definição de parâmetros que permitam medir com precisão a progressão de um quadro clínico. Com essa base, seria possível verificar rapidamente se um tratamento está surtindo efeito — ou se precisa de ajustes antes que o problema se agrave.

Smartphones agora acompanham sinais de saúde em tempo real, transformando o celular em aliado no diagnóstico precoce (Imagem: Kampan/Shutterstock)

O diferencial da espectroscopia ATR-FTIR está na sua capacidade de coletar dados moleculares detalhados sem recorrer a exames invasivos. Segundo Perera, a ideia é integrar essa tecnologia a dispositivos comuns do cotidiano, como os próprios smartphones. Dessa forma, qualquer pessoa poderia analisar sinais do corpo sem sair de casa.

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Se a proposta se concretizar, ela poderá transformar completamente a forma como as doenças são diagnosticadas. De resfriados a tipos mais graves de câncer, o futuro do diagnóstico pode caber no bolso.

Tecnologia aproxima ciência e vida cotidiana

O avanço desse tipo de diagnóstico portátil revela como a ciência aplicada está cada vez mais presente no dia a dia. Pesquisas que antes exigiam laboratórios especializados agora apontam soluções acessíveis, baseadas em dispositivos populares como o celular.

Celulares e Medicina.
Tecnologia aproxima ciência do cotidiano ao transformar o celular em ferramenta de diagnóstico portátil (Imagem: TippaPatt/Shutterstock)

Essa inovação só se torna possível graças à colaboração entre diversas áreas do conhecimento. Física, biologia, engenharia e ciência de dados se unem para interpretar com precisão os sinais emitidos pelo corpo humano, tudo sem a necessidade de métodos invasivos.

O resultado vai além da detecção de doenças. A tecnologia também permite acompanhar a evolução dos quadros clínicos e avaliar, em tempo real, a eficácia dos tratamentos. Assim, abre-se caminho para uma nova era da medicina preventiva: mais acessível, personalizada e guiada por dados confiáveis.

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Bactéria “comedora de carne” está mais resistente a antibióticos

Os casos de infecções por uma bactéria “comedora de carne” mais que dobraram nos Estados Unidos, de acordo com um estudo que avaliou o cenário entre 2012 e 2022. A pesquisa também mostrou que o estreptococo tornou-se resistente a antibióticos comuns.

O levantamento dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) engloba cerca de 35 milhões de americanos em 10 estados: Califórnia, Colorado, Geórgia, Maryland, Oregon, Nova York, Novo México, Tennessee, Connecticut e Minnesota.

A bactéria Streptococcus pyogenes pode desencadear fasceíte necrosante, uma doença devoradora de carne, bem como a síndrome do choque tóxico, uma infecção semelhante à sepse que pode desencadear falência de órgãos.

Levantamento foi feito pelo CDC em 10 estados americanos (Imagem: hapabapa/iStock)

Descobertas da pesquisa

  • A prevalência de estreptococos mais que dobrou, de 3,6 por 100.000 pessoas para 28,2 por 100.000 pessoas;
  • No total, os casos anuais aumentaram de 1.082 em 2013 para 2.759 em 2022;
  • Pessoas em instituições de longa permanência, como asilos, tiveram quase o dobro do risco de morrer devido à infecção (17,7% dos casos);
  • Ao longo de 10 anos, as cepas mais raras que causam infecção aumentaram de 0,3% para 26,9%, incluindo as que desencadeiam infecções carnívoras;
  • A resistência antimicrobiana aumentou, particularmente em resposta à clindamicina e macrolídeos (de 12,7% para 33,1%) e à tetraciclina (16,2% para 45,1%);
  • Todas as cepas ainda são tratadas com β-lactâmicos, como penicilina e ampicilina.
CDC defende nova modelagem epidemiológica para rastrear a resistência antimicrobiana (Imagem: Md Ariful Islam/iStock)

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O que aprenderam com o estudo?

O CDC defendeu pesquisas para uma vacina contra as doenças, melhor acesso ao tratamento de feridas e uma nova modelagem epidemiológica para rastrear a resistência antimicrobiana.

“A vigilância contínua para monitorar a carga da doença, a distribuição das cepas e a resistência antimicrobiana é essencial. Uma melhor compreensão dos fatores que impulsionam a transmissão de GAS e o aumento da incidência da doença pode orientar os esforços de prevenção e controle antes da disponibilidade de uma vacina licenciada.”

A contaminação por estreptococo se dá por meio de gotículas no ar de uma pessoa infectada ao tossir, espirrar ou falar. Também é possível se infectar tocando em superfícies contaminadas, seja maçanetas a lesões na pele, ou compartilhando utensílios.

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Novo fone de ouvido captura deformações e mede temperatura 

Um novo fone de ouvido foi lançado com funções que medem mais de 30 parâmetros fisiológicos de seu usuário. E nada disso infere na qualidade da música. A linha OpenEarable 2.0 foi desenvolvida no Instituto de Tecnologia de Karlsruhe (KIT) da Alemanha.

“Posicionar os sensores no ouvido é perfeito para medições precisas. O ouvido nos permite capturar muitos sinais importantes que são difíceis de acessar em outras partes do corpo”, explica o Dr. Tobias Röddiger.

O software usado para gerenciar o fone de ouvido é de código aberto, o que significa que qualquer pessoa pode ajustar os dados e compartilhá-los com outros usuários.

Sensores do fone de ouvido podem capturar deformações e evitar doenças (Imagem: KIT/Divulgação)

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Por dentro dos fones de ouvido

  • O OpenEarable inclui um acelerômetro de 3 eixos que também funciona como um microfone de condução óssea, capturando deformações do canal auditivo;
  • Dispositivo possui um oxímetro de pulso para detectar alterações no volume sanguíneo por meio da absorção de luz, permitindo o monitoramento em tempo real da frequência cardíaca e do oxigênio no sangue;
  • É equipado com um sensor de temperatura ótico de grau médico calibrado de fábrica que pode medir a temperatura da pele com alta precisão.
Aplicativo usado para gerenciar fone possui diversos serviços de saúde (Imagem: KIT/Divulgação)

Disponibilidade

Os kits estão disponíveis para pré-encomenda a um preço de € 2.348 (R$ 15,4 mil). A bateria tem duração de até oito horas e o carregamento é feito por cabo USB-C. 

O aplicativo Flutter para Android e iOS permite que o usuário controle o OpenEarable. Ele oferece os mesmos recursos do painel da web e também uma série de aplicativos earable (por exemplo, um rastreador de postura).

“Com o OpenEarable 2.0, podemos não abrir campos de aplicação completamente novos, como o desenvolvimento de vestíveis com valor agregado real para a medicina”, diz Röddiger. “Nosso próximo passo é otimizar ainda mais a plataforma e testá-la em vários cenários da vida real.”

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Estudo pode viabilizar o primeiro tratamento da COVID longa

Pesquisadores da WEHI, um instituto médico da Austrália, desenvolveram um composto antiviral que demonstrou prevenir sintomas da COVID longa em camundongos, oferecendo uma possível esperança para o tratamento dessa condição debilitante.

Publicado na Nature Communications, o estudo é o primeiro a mostrar que o tratamento evitou disfunção cerebral e pulmonar de longo prazo, principais sintomas da COVID longa.

A pesquisa abre caminho para futuros ensaios clínicos e, potencialmente, um tratamento oral para a doença.

COVID longa ainda carece de tratamentos

  • A COVID longa, ou sequela pós-aguda da COVID-19 (PASC), é uma condição crônica caracterizada por sintomas persistentes como dificuldades respiratórias, fadiga e confusão mental.
  • Embora afete milhões de pessoas, sua causa ainda é pouco compreendida, e não há tratamento aprovado.
  • O Dr. Marcel Doerflinger, chefe do laboratório WEHI, destacou que os resultados podem ser um marco na busca por terapias eficazes.
Tratamento oral para a COVID longa, que ainda não existe, pode estar perto de ser criado graças ao novo estudo – Imagem: Dmitry Demidovich/Shutterstock

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A pesquisa

Os pesquisadores identificaram uma proteína chamada PLpro, essencial para o coronavírus, como alvo promissor.

Após examinar mais de 400 mil compostos, a equipe desenvolveu um novo medicamento que pode superar barreiras dos tratamentos existentes. O Prof. David Komander, co-líder da equipe, comemorou a rapidez da descoberta, realizada em menos de cinco anos.

Além de prevenir a COVID longa, o novo composto mostrou eficácia superior a antivirais atuais, como o Paxlovid, que apresenta limitações, como interações com outros medicamentos.

A pesquisa continua em colaboração com outros centros para otimizar o composto e avaliar seu potencial em tratamentos mais amplos para a COVID-19.

Ilustração do vírus da Covid-19
Causa para a COVID longa ainda não é completamente compreendida por especialistas (Imagem: Xeniia X/Shutterstock)

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Há algo (quase) invisível que pode piorar a aparência humana

Para mostrar os possíveis efeitos da exposição a microplásticos, a empresa britânica de reciclagem Business Waste encomendou uma simulação por inteligência artificial (IA). A proposta foi visualizar o impacto dos microplásticos na pele de um homem e uma mulher jovens e saudáveis, em três níveis diferentes de exposição – baixo, médio e alto.

Cada vez mais estudos revelam que os microplásticos – presentes em alimentos, roupas e até no ar – podem se acumular no organismo humano. E esses fragmentos minúsculos são capazes de desregular hormônios, ressecar a pele, causar inflamações e até alterar o peso corporal.

De pele seca a inflamações graves: os possíveis efeitos da exposição a microplásticos

No primeiro nível, chamado de “baixo“, os modelos estariam em contato com microplásticos por meio de alimentos, bebidas e do ambiente comum. A IA mostrou sinais como pele seca, vermelhidão e irritação, indicando desequilíbrio hormonal.

(Imagem: Business Waste)
Ilustração feita por inteligência artificial mostrando possíveis efeitos de exposição baixa a microplásticos no rosto de um homem
(Imagem: Business Waste)

Com exposição média, os efeitos se intensificam. Os indivíduos consumiriam mais alimentos processados embalados em plástico e frutos do mar contaminados. Também usariam roupas de tecidos sintéticos, como náilon e poliéster. A pele dos modelos aparece com sinais de oleosidade excessiva e envelhecimento precoce.

Ilustração feita por inteligência artificial mostrando possíveis efeitos de exposição média a microplásticos no rosto de uma mulher
(Imagem: Business Waste)
Ilustração feita por inteligência artificial mostrando possíveis efeitos de exposição média a microplásticos no rosto de um homem
(Imagem: Business Waste)

No nível alto, a simulação representa pessoas que trabalham em ambientes com alto contato com plásticos, como fábricas e centrais de reciclagem.

As imagens indicam inflamações graves na pele, descoloração, caroços e lesões que não cicatrizam. Os lábios e dedos podem adquirir tom azulado.

Também aparecem queda de cabelo, mudanças de peso e alterações hormonais, como ciclos menstruais irregulares.

Ilustração feita por inteligência artificial mostrando possíveis efeitos de exposição alta a microplásticos no rosto de uma mulher
(Imagem: Business Waste)
Ilustração feita por inteligência artificial mostrando possíveis efeitos de exposição alta a microplásticos no rosto de um homem
(Imagem: Business Waste)

“É evidente que há muitos sinais preocupantes de como essa poluição pode nos afetar”, disse Mark Hall, especialista em resíduos plásticos da empresa responsável pelo relatório, em comunicado.

As imagens que geramos são baseadas em descobertas desses estudos e mostram resultados alarmantes, mas esperamos que façam as pessoas prestar atenção ao problema maior.

Mark Hall, especialista em resíduos plásticos

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O que fazer, então?

Entre as recomendações da equipe estão:

  • Evitar plásticos descartáveis;
  • Filtrar a água;
  • Dar preferência a tecidos naturais (algodão, por exemplo);
  • Consumir menos frutos do mar;
  • Trocar utensílios plásticos por madeira, vidro ou outros materiais seguros.

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Novo método para identificar os primeiros sinais do Alzheimer

Colocar óculos de realidade virtual pode até lembrar um videogame, mas pesquisadores estão usando essa tecnologia para algo muito mais sério: identificar os primeiros sinais do Alzheimer. Em vez de batalhas ou mundos medievais, os participantes enfrentam desafios de memória e navegação em salas de estar virtuais. Erros sutis nessas tarefas podem estar ligados a proteínas associadas à doença — anos antes dos sintomas surgirem.

Pesquisadores de Stanford e da Universidade da Colúmbia Britânica apresentaram os estudos na conferência da Sociedade de Neurociência Cognitiva, de acordo com o site EurekAlert!. Nos testes, pessoas com comprometimento cognitivo leve — estágio inicial do Alzheimer — tiveram mais dificuldade em lembrar a localização de objetos no ambiente virtual. Os resultados mostraram uma correlação entre esse desempenho e biomarcadores da doença.

A grande vantagem da tecnologia imersiva é permitir uma avaliação cognitiva não invasiva. Diferente de exames tradicionais, que exigem punção lombar ou imagens cerebrais detalhadas, os testes em VR usam tarefas simples e intuitivas. Ainda assim, conseguem revelar padrões ligados às alterações biológicas que caracterizam o Alzheimer.

Engenharia, sensores e o corpo em movimento

Outro experimento da pesquisa focou na habilidade de navegação espacial. Em vez de interagir com salas mobiliadas, os participantes percorriam longos corredores virtuais, monitorando sua posição inicial e identificando marcos escondidos ao longo do caminho.

Tecnologia imersiva pode se tornar uma alternativa simples e eficaz para clínicas (Imagem: Ground Picture/Shutterstock)

Os testes foram aplicados em adultos jovens e idosos saudáveis, revelando diferenças claras entre os grupos. As tarefas exigiam atenção constante ao ambiente e adaptação a diferentes níveis de complexidade nas rotas simuladas.

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Para garantir a precisão das medições, os sistemas de VR contavam com sensores de movimento, rastreamento ocular e controles manuais. Essa combinação permitiu registrar, em tempo real, tanto as respostas motoras quanto os processos cognitivos, sem recorrer a exames invasivos.

Do laboratório para o futuro do diagnóstico

A aposta dos cientistas é que tecnologias imersivas como a realidade virtual possam se tornar ferramentas acessíveis para rastrear sinais precoces de Alzheimer, muito antes que os sintomas comprometam a vida cotidiana. Por serem mais confortáveis e intuitivas, essas abordagens também facilitam a adesão de participantes, inclusive os mais velhos.

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Exames de imagem ajudam a revelar alterações no cérebro, mas pesquisadores apostam na realidade virtual como uma alternativa mais simples e não invasiva (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

Segundo os pesquisadores, a combinação entre dados comportamentais e biomarcadores — como as proteínas associadas ao Alzheimer — pode abrir caminho para diagnósticos mais precisos, personalizados e menos invasivos. E, com o avanço da tecnologia, até mesmo clínicas com menos recursos poderão adotar soluções baseadas em VR.

Além dos dados, chamou atenção o envolvimento dos participantes. Muitos demonstraram interesse genuíno durante os testes, mesmo sem familiaridade com a realidade virtual. Para os cientistas, esse engajamento é um sinal positivo: experiências imersivas podem não apenas medir, mas também aproximar o paciente do cuidado com a própria saúde.

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Vacina contra herpes reduz risco de demência, diz estudo

Os casos de demência têm aumentado no mundo todo nos últimos anos. Esta elevação no número de diagnósticos da doença tem diversas explicações.

Entre elas está o envelhecimento da população e o estilo de vida das sociedades modernas.

No entanto, a ciência pode ter encontrado um aliado para frear o avanço desta condição neurodegenerativa. Pesquisadores da Stanford Medicine, nos Estados Unidos, descobriram que a vacina contra a herpes zoster reduz o risco de demência em 20%.

Herpes zoster e a ligação com a demência

  • A herpes zoster é uma doença que aparece na pele, causada pelo Vírus Varicela-Zoster (VVZ), o mesmo que provoca a catapora.
  • O vírus pode ficar adormecido no organismo da pessoa por anos.
  • A reativação dele costuma ocorrer na idade adulta ou em pessoas com comprometimento imunológico, como os portadores de doenças crônicas (hipertensão, diabetes), câncer, Aids, transplantados e outras.
  • Por isso, o risco de herpes zoster é maior em idosos, onde a doença pode ser mais grave, com maior probabilidade de complicações como dor persistente nos nervos e infecções oculares dolorosas.
  • Dessa forma, a vacina é recomendada para adultos com 50 anos ou mais.
  • Não se sabe exatamente o que reativa o vírus.

Casos de herpes zoster podem ter ligação com a demência (Imagem: aslysun/Shutterstock)

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Cientistas não sabem o que provocou este efeito protetor

Outros estudos já haviam apontado evidências de que os herpesvírus, dos quais a herpes zoster faz parte, desempenham um papel no desenvolvimento da doença. Mas, desta vez, os cientistas analisaram os efeitos da aplicação da vacina nos pacientes.

Os pesquisadores obtiveram dados detalhados de 282.541 adultos que residiam no País de Gales e não tinham diagnóstico de demência quando um programa de vacinação contra a herpes zoster começou no país. Os participantes foram acompanhados por sete anos.

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Quem recebeu a vacina teve menos chances de desenvolver a doença neurodegenerativa (Imagem: RF._.studio/Pexels)

Em 2020, um em cada oito pacientes, então com 86 e 87 anos, havia sido diagnosticado com demência. No entanto, quem recebeu o imunizante teve 20% menos chances de receber o diagnóstico da doença neurodegenerativa.

A equipe admite que não sabe ao certo o que motivou uma maior proteção contra a demência em pessoas vacinadas contra a herpes zoster. A ideia é realizar novos estudos para decifrar este mistério. O estudo foi publicado na revista Nature.

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Estudo cria abordagem mais potente contra câncer no sangue

Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma versão aprimorada da terapia com células CAR-T, que é utilizada no tratamento de linfoma não Hodgkin e leucemia linfoblástica aguda, como mostra um artigo da Agência FAPESP.

Atualmente, metade dos pacientes com esses dois tipos de câncer, que afetam células do sangue, não responde adequadamente a esse tratamento, que envolve modificar as células de defesa do paciente para atacar as células tumorais.

Descobertas do estudo

  • O estudo, realizado no A.C. Camargo Cancer Center e publicado na revista Cancer Research, identificou uma droga promissora que melhora a eficácia das células CAR-T ao inibir alterações epigenéticas que reduzem sua eficácia.
  • A pesquisa, liderada por Maria Letícia Rodrigues Carvalho, testou diversas drogas nas células CAR-T e encontrou um inibidor do complexo PRC2, que bloqueia a expressão de genes que dificultam a ação das células de defesa.
  • Nos testes realizados em células tumorais e camundongos, as células CAR-T modificadas com o inibidor eliminaram os tumores de maneira mais rápida e eficaz do que as convencionais.
Pesquisadores obtiveram sucesso na melhoria das células CAR-T, tornando-as mais eficazes no tratamento de tipos refratários de linfoma e leucemia – Imagem: crystal light/Shutterstock

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Os pesquisadores agora buscam avaliar a segurança da terapia em camundongos antes de considerar ensaios clínicos em humanos.

A modificação das células CAR-T pode melhorar a resposta imunológica e permitir tratamentos mais eficazes, mantendo os riscos de toxicidade sob controle.

Se os testes futuros forem positivos, a inibição do PRC2 poderá ser incorporada à produção de células CAR-T, ampliando as possibilidades terapêuticas para pacientes com câncer hematológico refratário.

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Estudo ainda testará segurança da terapia em camundongos antes de realizar ensaios com humanos (Imagem: Jezperklauzen/iStock)

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Pesquisa brasileira mostra caminho para aprimorar vacinas contra a Covid

Um estudo publicado na revista Pathogens, realizado por pesquisadores do Instituto Pasteur de São Paulo (IPSP), Universidade de São Paulo (USP) e Instituto Butantan, faz um balanço dos avanços na vacinação contra a Covid-19 e discute estratégias para melhorar a eficácia das vacinas diante das novas variantes do vírus, como mostra o Jornal da USP.

A pesquisa, liderada por Fábio Mambelli e coordenada por Sergio Costa Oliveira, professor da USP, destaca que, apesar de as vacinas atuais reduzirem casos graves, a constante evolução do vírus exige soluções inovadoras.

Descobertas do estudo

  • O estudo aponta que a dependência da proteína Spike, alvo principal das vacinas atuais, pode limitar sua eficácia a longo prazo, já que variantes como a Ômicron têm mutações que ajudam a escapar da imunidade induzida.
  • O declínio na resposta imunológica ao longo do tempo também reforça a necessidade de doses de reforço.
  • Além disso, a eficácia das vacinas varia conforme a plataforma usada, e grupos como idosos e imunossuprimidos apresentam resposta vacinal comprometida.
Novas variantes do vírus da covid-19 demandam que a pesquisa sobre a vacina também passe por avanços – Imagem: Shutterstock/WESTOCK PRODUCTIONS

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Uma abordagem promissora discutida é o uso da vacina BCG, modificada para incluir antígenos do SARS-CoV-2, como a proteína Spike e Nucleocapsídeo. Essa estratégia pode oferecer uma proteção mais duradoura, já que a proteína Nucleocapsídeo é mais estável e menos suscetível a mutações.

Além disso, vacinas intranasais, que estimulam a imunidade nas vias respiratórias, também são vistas como uma alternativa eficaz para reduzir a transmissão e melhorar a resposta imunológica contra novas variantes.

O estudo conclui que, embora as vacinas atuais tenham sido fundamentais no controle da pandemia, é essencial continuar a inovação para garantir proteção duradoura contra a Covid-19.

As vacinas atuais são eficazes para controlar os danos do vírus, mas a necessidade de seguir buscando inovações com vacinas melhores ainda existe – Imagem: CrispyPork/Shutterstock

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O fim é o começo: morte de células ativa processos de cura, revela pesquisa

A necrose – morte precoce de células – geralmente está associada a danos graves no organismo. Mas um estudo publicado recentemente no eLife mostra que, em vez de apenas causar estragos, a necrose também pode ativar processos de cura.

Diferente da apoptose – morte celular programada e controlada – a necrose é desorganizada. E costuma ocorrer após algum trauma no organismo, como derrames e ataques cardíacos. Ainda assim, ela pode acionar respostas positivas no corpo, segundo cientistas da Universidade Estadual do Arizona (ASU).

Pesquisadores observam, pela primeira vez, células que atuam em necrose e regeneração

Os pesquisadores estudaram moscas-das-frutas, conhecidas por sua capacidade de regeneração. Durante o processo de necrose, eles perceberam que células vizinhas às afetadas enviam sinais para outras partes do tecido. E esses sinais estimulam o crescimento celular em regiões saudáveis.

Cientistas descobriram comportamento inusitado da necrose após observarem moscas-das-frutas (Imagem: Ernie Cooper/Shutterstock)

Enzimas chamadas caspases mediam esses sinais. Na apoptose, elas agem como executoras da morte celular. Mas, nesse caso, parecem atuar na reparação ao ativar células à distância.

Essa descoberta é significativa porque não só reforça as evidências de que caspases participam de sinais que estimulam a reparação, como também mostra, pela primeira vez, que esse fenômeno ocorre após necrose.

Rob Harris, geneticista e biólogo da ASU, em comunicado publicado pela universidade

O estudo em questão amplia uma pesquisa feita em 2021, na qual sinais emitidos por células necróticas já haviam sido detectados. Agora, os cientistas identificaram células específicas, chamadas Caspase Positiva Induzida por Necrose (NiCP). Elas reagem à necrose com respostas de regeneração.

Próximos passos

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Próxima etapa dos cientistas é entender por que apenas algumas células NiCP sobrevivem após a necrose (Imagem: Rob Harris/Universidade Estadual do Arizona – ASU)

Ainda que isso não tenha sido comprovado em humanos, entender esse mecanismo pode abrir caminhos para tratamentos mais eficazes. Especialmente porque, com o tempo, nosso corpo perde parte da capacidade de se curar sozinho.

A próxima etapa dos cientistas é entender por que apenas algumas células NiCP sobrevivem após a necrose. Essa resposta pode ser essencial para desenvolver novas formas de acelerar a cicatrização e a regeneração de tecidos.

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“Por enquanto, [as descobertas do estudo] revelam uma importante resposta genética à morte celular que pode ser aproveitada para melhorar a regeneração de feridas necrosadas“, conclui Harris.

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