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Tarifaço: montadoras já começam a abandonar os EUA

As tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já começaram a movimentar o setor automotivo nos Estados Unidos. Marcas tradicionais, como Audi e Jaguar Land Rover, foram as primeiras a suspender a exportação de veículos para o país.

A taxa extra de 25% sobre o setor de autopeças e na importação de carros de passeio e picapes prontas começou a valer no dia 3 de abril. A resposta veio em menos de uma semana.

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Além da Audi e da Jaguar Land Rover, outras montadoras também reagiram ao tarifaço do republicano. O Grupo Stellantis, responsável por Jeep e Fiat, por exemplo, paralisou a produção em fábricas no Canadá e no México – e suspendeu centenas de funcionários.

Várias marcas, aliás, mantêm plantas no México. E por vários motivos: a mão de obra é mais barata do que nos EUA, o governo federal dá bastante apoio, os impostos são mais baixos e a localização geográfica é excelente, facilitando o envio de carros para o vizinho americano.

A Jaguar Land Rover foi uma das primeiras montadoras a “abandonar os EUA”, mas ela não será a única – Imagem: Zakaria Zayane/Unsplash

O que pode acontecer agora?

  • O g1 conversou com representantes de várias montadoras e, obviamente, nenhuma delas gostou do tarifaço.
  • A grande maioria, no entanto, disse apenas que ainda avalia os efeitos da medida antes de tomar qualquer decisão.
  • Especialistas da área, porém, já fazem suas projeções sobre o futuro do setor.
  • A principal aposta é de um crescimento menor em 2025.
  • Alguns estudos falavam em uma alta global de 4% – número que deve cair agora.
  • Essa queda tem a ver com uma redução das vendas – uma redução que deve chegar à casa de 1 milhão de veículos.
  • Isso por causa da alta dos preços: a tarifa deve aumentar o valor dos carros em até US$ 12 mil (mais de R$ 60 mil), o que deve assustar uma boa parte do público.
  • Ah, mas isso não vai favorecer as empresas americanas?
  • Sim, mas a troca não é automática e orgânica.
  • Uma pessoa que quer um Audi específico não vai comprar um Ford no lugar dele.
  • A tendência é que esse consumidor espere mais para comprar o próximo carro.
  • O tarifaço também deve prejudicar o nível de emprego, a produção local e a eletrificação da frota.
  • Uma grande parte dos componentes de EVs são importados e isso deve atrasar a transição no país.
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O tarifaço de Trump tem potencial para destruir mercados globais – e até mesmo levar a uma recessão – Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock

O que Trump alega?

O governo Trump reclama que todo o mundo estaria cobrando tarifas desproporcionais dos Estados Unidos. Ele já citou mais de uma vez o exemplo europeu. E, de fato, a União Europeia cobra uma taxa de 10% sobre os veículos americanos, sendo que os EUA cobravam antes um valor de apenas 2,5% sobre carros de passeio europeus.

Agora, o que Trump não fala é que os mesmos EUA aplicam um tributo de 25% sobre todas as picapes importadas – justamente o modelo de carro que faz mais sucesso no país.

Na ponta do lápis, portanto, as taxas não são tão desproporcionais assim.

O presidente dos EUA também disse esperar que a mudança ajude a fortalecer a indústria nacional. É verdade que o país possui algumas gigantes, como Ford e GM, mas é difícil ver essas duas companhias respondendo pela quase totalidade do mercado.

Dados da agência de classificação de risco Standard & Poor’s mostram que, em 2024, 46% dos 16 milhões de veículos vendidos nos Estados Unidos no período foram importados. Estamos falando, portanto, de mais de 7 milhões de carros!

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Trump reclama das tarifas de outros países, mas os EUA cobram altas taxas de picapes importadas, favorecendo empresas locais, como a Ford e a GM – Imagem: Divulgação/Ford

Outro problema está no país de origem desses automóveis. Além do México, a lista inclui potências como Japão, Coreia do Sul e Canadá.

No caso mexicano, 76% da produção é exportada para o vizinho americano. Isso representa mais de 3 milhões de veículos. Se as exportações pararem (ou diminuírem), para onde vai tanto produto?

É claro que essa produção também deve cair, mas ainda assim vai sobrar carro no México. E para onde eles vão? Há uma possibilidade real deles virem para o mercado latino-americano, sobretudo o Brasil, já que os dois países possuem um acordo de livre comércio.

Pois é, o tarifaço de Trump é um verdadeiro tsunami no mercado automotivo. E quem pode sofrer é a nossa indústria, se tivermos de enfrentar a poderosa concorrência mexicana.

As informações são do g1.

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Mais uma montadora chinesa deve chegar ao Brasil – e ela faz carros voadores

O Brasil pode receber mais uma montadora elétrica chinesa nos próximos anos. A informação é do vice-presidente da XPeng, Brian Gu, em entrevista à Bloomberg TV.

O executivo disse que está monitorando de perto o mercado latino-americano, principalmente Brasil e México, que concentram os maiores volumes de vendas.

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Vale destacar que a XPeng em si não soltou nenhuma nota oficial sobre o tema. Não temos, portanto, nada concreto ainda sobre datas, planejamento e operações. Sabemos apenas dessa disposição manifestada pelo vice-presidente.

O Brasil costuma chamar a atenção das empresas estrangeiras por ser um mercado robusto dentro de um país continental. Nesse caso, porém, o movimento parece ter sido motivado por questões externas, principalmente políticas.

A marca já está presente em 30 países, entre China (seu maior mercado), Estados Unidos, Leste Asiático e Oriente Médio. Com as recentes tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, a XPeng se viu quase obrigada a buscar novas alternativas. Eis que surgiu essa declaração sobre a Europa e a América Latina.

Os carros da XPeng

O SUV médio XPeng G6 recebeu o apelido de Model Y chinês; modelo tem 500 km de autonomia – Imagem: Reprodução/XPeng
  • Algumas pessoas chamam a XPeng de “a rival chinesa da Tesla“.
  • Isso por causa dos seus veículos elétricos ultra modernos – alguns são até parecidos com os modelos da marca americana.
  • A XPeng nasceu em 2014, fruto da união de alguns executivos chineses, entre eles He Xiaopeng (ex-Alibaba) e Xia Heng (ex-GAC Group).
  • A companhia contou, inclusive, com investimento de grandes empresas do país, como a própria Alibaba, Xiaomi e Foxconn.
  • No mercado nacional, ela atua no segmento elétrico de luxo e concorre, principalmente, com a Denza e a Zeekr.
  • O grande diferencial da XPeng é o seu foco em tecnologia e conectividade.
  • Mais do que EVs, a montadora busca oferecer veículos inteligentes.
  • São carros que incorporam algum nível de automação ou que vêm com um sistema de Inteligência Artificial, como mostrou o AutoEsporte.
  • Isso inclui assistência de direção, ações por comando de voz e até um carregador sem fio.
  • O catálogo da marca oferece atualmente seis modelos: os SUVs G3i, G6 e G9; os sedãs P5 e P7; e a minivan X9.
O sedã XPeng P5 faz bastante sucesso não só pelo seu pacote tecnológico, mas principalmente pelo preço acessível – Imagem: Reprodução/XPeng

E os carros voadores?

Quem acompanha o Olhar Digital regularmente já deve ter visto o nome da XPeng ligado a esse assunto. A empresa possui um braço que pesquisa e monta somente esse tipo de veículo: a AeroHT.

Mais do que protótipos, a AeroHT já tem um planejamento pronto para vender esses carros voadores no mercado. O Land Aircraft Carrier, por exemplo, que é uma combinação de caminhonete com drone gigante, tem previsão de lançamento para 2026.

Outro modelo que chama bastante a atenção da marca é o Voyager X2, que já passou por uma série de testes e completou, no ano passado, o seu primeiro voo de baixa altitude na China. De acordo com a empresa, ele tem autonomia de 35 minutos no ar a pode chegar a 130 km/h.

É importante destacar que a XPeng não cogita trazer esse tipo de produto ao Brasil. Mas, como brasileiro, não custa nada sonhar, não é mesmo?

As informações são da Bloomberg Línea.

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Quais foram os carros mais vendidos de março no Brasil?

O mercado automobilístico brasileiro registrou um mês de março movimentado, com a consolidação de alguns modelos e a ascensão de outros. Segundo dados da Fenabrave consolidados até o último sábado (29), o Volkswagen Polo assumiu a liderança na categoria de automóveis, emplacando 7.518 unidades.

Apesar do volume expressivo, o modelo da VW apresentou uma leve queda de 0,6% em relação à média diária de vendas de fevereiro.

Os carros mais vendidos do Brasil em março de 2025

A segunda posição no ranking ficou com o Fiat Argo, que demonstrou um crescimento notável de 23,0% em relação ao mês anterior, totalizando 7.370 unidades vendidas. A ascensão do modelo da Fiat evidencia uma disputa acirrada pela liderança, com uma diferença mínima em relação ao primeiro colocado.

O Fiat Argo foi o segundo automóvel mais vendido de março. (Imagem: Divulgação/Fiat)

Completando o pódio, o VW T-Cross registrou 5.943 unidades vendidas, ocupando a terceira colocação. O Hyundai HB20 garantiu a quarta posição com 5.467 carros vendidos, o que representa um aumento expressivo de 26,2% em relação a fevereiro.

No segmento de comerciais leves, e no ranking geral, a Fiat Strada manteve a liderança, com 9.655 unidades vendidas. O modelo da Fiat segue como o preferido entre os consumidores dessa categoria.

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Fiat Strada liderou o ranking geral e de comerciais leves. (Imagem: Divulgação/Fiat)

A VW Saveiro, por sua vez, registrou um crescimento de 14,4% em relação ao mês anterior, com 5.111 unidades vendidas, garantindo a segunda posição no ranking de comerciais leves.

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Os dados apontam para um mercado aquecido em março, com uma projeção de fechamento acima de 178 mil unidades vendidas. Essa estimativa indica um cenário positivo para o setor automobilístico brasileiro.

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Volkswagen tem um grande desafio pela frente, segundo relatório

A Volkswagen é uma das maiores montadoras do mundo. Aqui no Brasil, principalmente para os mais velhos, carros da Volks sempre foram sinônimo de confiabilidade e força. O motor alemão é um fenômeno – vide a quantidade de Fuscas que ainda estão rodando por aí. O mesmo vale para Gols. E Kombis

Mesmo com todo esse histórico, a companhia enfrenta grandes desafios no mercado atual. Demissões em massa, queda nas vendas, fechamento de fábricas… Isso tem explicação no aumento da competividade global e no crescimento das empresas chinesas. Não somente as que produzem carros elétricos. A verdade é que é difícil concorrer contra rivais que oferecem alta tecnologia e preços baixos.

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Foi justamente na China o maior baque sofrido. Dados do China Automotive Technology and Research Center mostram que a marca alemã foi a empresa que mais vendeu veículos no país asiático entre 2008 e 2023. Esses longos 15 anos de reinado foram interrompidos pela BYD e seus EVs.

A tendência de baixa continuou no ano passado, quando a Volks registrou um tombo de 10% no seu principal mercado. A gigante também foi mal na própria casa: a Europa. No mesmo período, a empresa praticamente andou de lado e os emplacamentos caíram 0,01% no Velho Continente.

Você pode até ter lido aqui e ali alguns textos sobre as dificuldades que a Volks enfrenta. Nenhum deles, porém, fala em uma crise flagrante. Isso porque a companhia teve um resultado positivo nas Américas – e foi isso que salvou o balanço de 2024. O problema é que 2025 deve ser bem diferente…

A Volks tem uma lista de carros icônicos, entre eles o Fusca – Imagem: Divulgação/Volkswagen

Más notícias para a Volkswagen

  • As vendas da Volks cresceram expressivos 15% na América do Sul no ano passado.
  • E tiveram uma alta de 6% na América do Norte – resultado sustentado, principalmente, pelos Estados Unidos, que cresceram 15,2% no período.
  • A má notícia para a marca alemã – e que deve derrubar esses números – são as tarifas de importação do novo governo Donald Trump.
  • Um relatório recente da empresa Jato Dynamics descobriu que 44% dos veículos do Grupo Volkswagen vendidos nos EUA são feitos no México.
  • E o México está na lista de países taxados – uma alíquota de 25% junto ao Canadá.
  • Será extremamente difícil lidar com 44% dos produtos da empresa de repente ficando 25% mais caros.
  • E são produtos importantes da marca, como o Audi Q5, o VW Tiguan, o VW Taos e o VW Jetta.
  • A Volks até se movimentou nos bastidores e pediu ao governo americano que reconsidere sua decisão.
  • Trump, no entanto, permanece irredutível.
Ainda não sabemos até onde irão as política tarifárias de Trump, mas uma coisa já podemos afirmar: elas estão complicando a vida de muita gente – Imagem: mark reinstein / Shutterstock

O que vem na sequência?

A questão das tarifas fica ainda mais grave se levarmos em consideração o cenário global – sobre o qual falamos lá em cima. Com as vendas estagnadas na Europa e em baixa na China, os Estados Unidos se tornaram um mercado importante para a Volkswagen.

A empresa, por enquanto, está em compasso de espera. É preciso entender a essência dessas tarifas: se elas são uma espécie de moeda de troca temporária ou se elas farão parte de uma sólida política governamental.

A segunda opção é o pior dos mundos para a montadora alemã, que deve fazer um ajuste de rota no caso da manutenção dessas taxas por muito mais tempo. Isso pode significar diminuir a produção e apostar em modelos mais caros apenas.

A verdade é todas as montadoras estrangeiras devem sofrer nesse processo. O caminho da Volks, no entanto, parece mais tortuoso. Uma prova de fogo para essa que ainda é uma das maiores empresas do mundo.

As informações são do Inside EVs.

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Mercado automotivo pode entrar em uma nova era; entenda

A indústria automobilística da América do Norte enfrenta um momento de incerteza com a implementação de novas tarifas. As tarifas de importação impostas por Donald Trump, que afetam tanto o Canadá quanto o México, somadas ao aumento de taxas para a China, ameaçam desestabilizar a cadeia de suprimentos global e impactar diretamente a produção de veículos, especialmente os elétricos.

As tarifas, que visam proteger a indústria automotiva dos EUA, podem resultar em outro efeito colateral: aumentos significativos nos preços dos carros, impactando diretamente o bolso do consumidor final.

O que as tarifas significam para a produção de veículos

A produção de veículos, que depende de uma complexa rede de fornecedores internacionais, também pode ser drasticamente afetada, levando a paralisações e atrasos na entrega de veículos, incluindo os VEs, que já enfrentam desafios de produção.

Diante desse cenário, as montadoras se veem em uma encruzilhada. O investimento em novas tecnologias pode ser comprometido, já que os custos de produção tendem a aumentar.

Incerteza regulatória dificulta o planejamento a longo prazo, essencial para o desenvolvimento de novas tecnologias e a transição para a eletrificação. (Imagem: Jenson/Shutterstock)

Enquanto isso, a General Motors (GM) anunciou recentemente a contratação de um diretor de Inteligência Artificial (IA), demonstrando o crescente reconhecimento do papel da IA na indústria automobilística. A GM busca integrar a IA em diversas áreas, desde a produção e controle de qualidade até o desenvolvimento de veículos autônomos e o atendimento ao cliente.

Já na Europa, a União Europeia (UE) flexibiliza suas metas de emissões para as montadoras, permitindo um sistema de créditos que visa facilitar a transição para veículos mais limpos. A medida, embora criticada por alguns ambientalistas, busca dar mais flexibilidade às montadoras, que também enfrentam desafios no Velho Continente.

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Em resumo, a indústria automobilística global enfrenta um período de transformação, impulsionado por mudanças regulatórias, avanços tecnológicos e a crescente demanda por veículos mais sustentáveis. O impacto das tarifas na América do Norte, o investimento em IA e a flexibilização das metas de emissões na Europa são exemplos de fatores que moldam o futuro do setor.

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