Por que a IA vai engolir o dropshipping (e quem não correr junto)?
Amazon suspende pedidos da China em meio à guerra comercial
Montadora japonesa pode deixar o Brasil em breve
A Suzuki pode deixar o Brasil em 2025. Isso porque a HPE, representante da marca no país, não pode importar novas unidades do jipe Jimny Sierra desde 1º de janeiro. Este é o único modelo da Suzuki vendido por aqui.
A expectativa é que a HPE firme acordo a matriz da Suzuki, no Japão, até o final de 2025. Sem o Jimny Sierra ou outro modelo para substituí-lo, a operação da Suzuki no Brasil pode ser encerrada.
Nova lei brasileira de emissão de poluentes barra importação do Jimny Sierra, da Suzuki
Por que a importação do Jimny Sierra foi impedida no começo de 2025? O jipinho da Suzuki não cumpre o Proconve L8. A norma entrou em vigor no Brasil em 1º de janeiro de 2025. É a oitava fase do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve).
Entre mil e 1,5 mil unidades do Jimny Sierra tinham chego ao Brasil antes do Proconve L8 entrar em vigor, segundo a revista Autoesporte. É o suficiente para manter concessionárias abastecidas com o jipinho até o final de 2025. Em média, 130 unidades são vendidas por mês.
A HPE tenta, há meses, negociar com a matriz japonesa uma atualização para o motor 1.5 aspirado da família K15B, usado no Jimny Sierra. No entanto, segundo apurou a Autoesporte, não houve acordo sobre quem arcará com os custos das modificações necessárias para atender o Proconve L8.
Vender SUV elétrico no lugar do jipinho manteria a Suzuki no Brasil
Uma alternativa para a Suzuki continuar no Brasil seria vender o E Vitara no lugar do Jimny Sierra. O e-Vitara é um SUV compacto elétrico, apresentado no exterior no final de 2024. Por ser elétrico, a homologação poderia ser mais simples.

O e-Vitara tem 4,28 m de comprimento, tamanho próximo ao do Jeep Renegade. Já seu entre-eixos, de 2,70 m, parece o do Toyota Corolla.
Na Europa, a Suzuki vende três versões:
- Uma de entrada com motor dianteiro de 144 cv, baterias de 49 kWh e tração dianteira;
- Outra 4×2 com 174 cv e baterias de 61 kWh;
- A versão 4×4, com 184 cv e motor traseiro de 65 cv para mover as rodas de trás.
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Em nota à imprensa, a HPE disse o seguinte:
“A Suzuki Veículos segue com seus planos para o mercado brasileiro aguardando a Matriz no Japão, diretrizes de próximos produtos disponíveis que atendem às normas de emissões brasileiras e que, por questões estratégicas, não podemos dar mais detalhes. Enquanto isso, a linha Jimny Sierra segue disponível à venda nas concessionárias da marca espalhadas pelo Brasil.”
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Big techs sob pressão: tarifaço de Trump pode frear corrida da IA
O tarifaço anunciado recentemente pelo presidente dos EUA, Donald Trump, tem pressionado big techs. E isso pode frear o desenvolvimento de inteligência artificial (IA) no país, segundo o Wall Street Journal (WSJ).
Entre as empresas que tem bancado a expansão da IA nos EUA, estão: Amazon, Alphabet (dona do Google), Meta e Microsoft. Juntas, elas planejam gastar mais de US$ 270 bilhões (R$ 1,6 trilhão) com data centers voltados para IA em 2025, segundo estimativa do Citigroup.
No entanto, manter esse ritmo de investimento depende da disposição em gastar, mesmo com o risco de recessão no horizonte da economia estadunidense. “É pedir muito. Provavelmente demais“, aponta a reportagem do WSJ.
Medo de ficar para trás impulsionava corrida da IA, mas tarifaço do Trump muda cenário
Parte da corrida por investimentos em IA vinha do medo de ficar para trás. Agora, o cenário mudou, segundo o WSJ. Big techs já mostraram agilidade em se adaptar (na pandemia, por exemplo). Mas nem todas têm a mesma estrutura para resistir à crise.
A Meta, por exemplo, depende quase totalmente de publicidade. E anúncios são um setor vulnerável. Isso porque tarifas mais altas encarecem produtos, reduzem o consumo e podem derrubar os investimentos em marketing.
O Google também é sensível a esse cenário, aponta o WSJ. Cerca de três quartos da receita da big tech vieram de publicidade em 2024. A Amazon também pode sofrer por depender do consumo em seu e-commerce e de negócios de publicidade.

No entanto, as big techs aparecem junto da Microsoft entre as que podem ter mais resistência. Isso porque essas têm grandes operações de computação em nuvem voltadas para empresas. Nesses casos, o retorno dos investimentos em IA é mais direto — embora ainda incerto.
Outro nome possivelmente afetado é a Nvidia. A empresa vinha se beneficiando da corrida por data centers. Promessas do CEO, Jensen Huang, entusiasmavam investidores até março. “Agora, num piscar de olhos de Trump, tudo isso pode virar apenas ilusão”, diz o Wall Street Journal.
Possíveis impactos das tarifas

Antes das tarifas, as gigantes da tecnologia aceleravam os gastos com IA. Em fevereiro, o Citi estimou que o setor planejava investir US$ 325 bilhões (R$ 1,9 trilhão) em data centers em 2025.
No entanto, existe um problema: a IA ainda não se mostrou um negócio altamente lucrativo. Até agora, os lucros não acompanham o tamanho dos investimentos.
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Para alguns analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, esse é o momento de reforçar os aportes. Mas esse ponto é questionável.
- De um lado, há quem argumente que as empresas de tecnologia vão usar as tarifas de Trump como um sinal para investir ainda mais na área, reduzindo gastos em outras partes do negócio;
- De outro, especialistas acreditam que a tendência mais provável é algumas empresas recuarem e usarem as tarifas como justificativa para cortar gastos.
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Tarifaço do Trump começou para a China – e Pequim revidou à altura
A segunda etapa do plano tarifário (o tarifaço) do presidente dos EUA, Donald Trump, entrou em vigor nesta quarta-feira (09). O país mais atingido é a China, cujos produtos serão taxados em 104%. E o país asiático revidou, anunciando tarifas de 84% sobre produtos importados dos EUA a partir de quinta-feira (10).
No total, cerca de 60 países serão atingidos pela nova etapa do tarifaço de Trump. Ela ocorre após taxação ser imposta a mais de 180 nações na última sexta-feira (04). Entre elas, estavam o Brasil e a China. E o país asiático tinha sido alvo de uma das taxas mais altas (34%).
A nova tarifa por parte da China representa uma alta de 50% frente aos também 34% anunciados pelo governo asiático na última sexta, em retaliação ao tarifaço de Trump.
Tarifaço: guerra entre EUA e China já tem consequências em diversos setores
Alguns dos efeitos da guerra comercial já começaram a ser sentidos em diversos setores da economia.
A Nintendo, por exemplo, adiou a pré-venda recém-anunciada do Switch 2. A Jaguar Land Rover suspendeu embarques de carros para os EUA em abril. E tanto a Framework quanto a Razer pausaram vendas de alguns laptops.
A fabricante norte-americana de chips de memória Micron anunciou que aplicará uma taxa extra em seus produtos a partir de 9 de abril, caso as tarifas mais altas entrem em vigor. E outras empresas provavelmente seguirão o mesmo caminho em breve, segundo o Verge.
Além disso, a Apple perdeu o posto de empresa mais valiosa, o setor automotivo enfrenta efeito drástico e essa história de tarifaço pode sobrar até para Hollywood.
Próxima etapa do tarifaço

Ao discursar durante um jantar em Washington, Trump disse a apoiadores: “Estamos fazendo acordos e os países estão pagando as tarifas”. E acrescentou que “muito em breve” outra grande tarifa será anunciada, segundo a BBC.
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A próxima etapa do tarifaço de Trump vai mirar na indústria farmacêutica. A ideia é pressionar as empresas do setor a “deixarem a China” e desenvolverem sua fabricação nos Estados Unidos.
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Transformação da compra: conveniência, tecnologia e fidelização no varejo
Quanto vale o mercado de robôs? Provavelmente, mais do que você pensou
Diversas grandes empresas estão apostando pesado no mercado de robôs humanoides. A prova disso são as constantes atualizações sobre as capacidades destes dispositivos, que podem ir desde o trabalho em fábricas até o uso para cuidar de idosos.
A produção em massa já começou, embora ainda em velocidade reduzida e enfrentando algumas dificuldades técnicas, indicando uma competição cada vez mais acirrada no setor.
E é claro que isso reflete no valor do mercado dos robôs.
Setor pode movimentar quantias extraordinárias
- As previsões apontam que pode levar de cinco a 10 anos para que os robôs humanoides realmente comecem a fazer parte das nossas vidas.
- Mas isso não significa que a corrida pela tecnologia não esteja em pleno vapor.
- Elon Musk, dono da Tesla, previu no mês passado que o robô Optimus poderia gerar mais de US$ 10 trilhões em receita para a empresa.
- O Goldman Sachs, por sua vez, projetou que o mercado global de humanoides valerá US$ 38 bilhões até 2035.
- A estimativa é que, até 2029, 250 mil unidades estarão em uso, principalmente para as indústrias.
- Já os consumidores comprarão cerca de um milhão de robôs por ano em cerca de uma década, fazendo uso deles para os mais diversos fins.
- As informações são da CNN.
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China quer se tornar a líder mundial na fabricação de robôs humanoides
Apesar de ter entrado nesta corrida mais tarde do que as rivais dos EUA, como Tesla, Boston Dynamics e Figure AI, as empresas chinesas estão diminuindo rapidamente esta lacuna. O segredo está na capacidade de otimizar as cadeias de suprimentos e cortar custos.
A China já domina o setor de robôs industriais, implantando mais unidades a cada ano desde 2021 do que todos os outros países juntos, de acordo com a Federação Internacional de Robótica, uma organização não governamental com sede na Alemanha. Estes dispositivos, no entanto, geralmente apresentam tecnologia menos avançada e executam tarefas menos sofisticadas.

Recentemente, o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China classificou a indústria de robótica humanoide como uma “nova fronteira na competição tecnológica”, estabelecendo uma meta de 2025 para produção em massa e cadeias de suprimentos seguras para componentes principais.
O desafio, no entanto, é grande. Isso porque as empresas europeias, norte-americanas e japonesas continuam a dominar componentes de ponta para a fabricação dos robôs, como sensores, bem como motores e parafusos que alimentam movimentos robóticos com maior precisão e estabilidade.
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