Se você acompanha o noticiário global já deve ter ouvido falar bastante das terras raras. Também chamados de metais raros, eles são elementos químicos presentes na crosta terrestre, mas que são difíceis de se encontrar em grandes quantidades.
A questão é que estes materiais são amplamente usados para criação de ímãs superpotentes, baterias de carros elétricos, turbinas e até telescópios espaciais.
Por conta disso, controlar estes recursos é sinônimo de poder.
Importância geopolítica das terras raras
- Hoje, a extração dos metais raros está concentrada em apenas alguns países, sendo a China a principal produtora.
- Os chineses controlam 70% deste importante mercado.
- Por outro lado, os EUA também têm acesso aos recursos, mas em grau muito menor.
- Como a demanda tende a aumentar ainda mais, outros territórios passaram a ser cobiçados.
- É por isso, por exemplo, que o presidente Donald Trump está pressionando a Ucrânia para fechar um acordo envolvendo as terras raras do leste europeu.
- Os ucranianos possuem grandes depósitos de metais raros, mas parte deles já está sendo controlada pela Rússia.
- Ao mesmo tempo, Groenlândia conta com um importante suprimento destes recursos.
- E não é coincidência que a Casa Branca esteja de olho na região, com Trump inclusive ameaçando tomar o território militarmente.
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China quer limitar exportações dos recursos
No total, existem 17 tipos de metais considerados raros. O grande desafio é extrair estes recursos, um processo bastante caro e que requer uma tecnologia bastante avançada. Dessa forma, a grande maioria dos países simplesmente não tem condições de fazer isso sozinho.
Com nomes como térbio, praseodímio e disprósio, os metais são fundamentais para algumas das tecnologias mais avançadas, sendo utilizados em setores como tecnologia, energia e transporte. Outra utilização importante é no setor militar, o que aumenta a importância deles.

Já ficou bastante claro que EUA e China disputam estes recursos, e que Pequim tem uma grande vantagem. Por isso, os próprios chineses resolveram limitar as exportações de terras raras como resposta ao tarifaço de Trump.
Se a Casa Branca não encontrar formas de contornar essa restrição, os norte-americanos podem sofrer bastante. Empresas dos EUA estocam os recursos há anos, mas estes suprimentos não devem durar muito tempo. O efeito disso seria, por exemplo, o encarecimento e a consequente redução da fabricação de drones, mísseis e até aeronaves modernas.
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