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Chuva de meteoros: o que é e como observar o fenômeno?

Poucos fenômenos chamam tanto a nossa atenção quanto os rastros luminosos que cortam o céu durante a noite. Quem já viu sabe: é difícil não se encantar com uma chuva de meteoros.

Mas o que exatamente é esse fenômeno? Como e quando é possível observá-lo de forma segura? A seguir, o Olhar Digital explica tudo o que você precisa saber para não perder esse show natural no céu.

O que é uma chuva de meteoros?

Os meteoros são fragmentos de asteroides quebrados e partes de cometas que ficam espalhadas em trilhas de poeira orbitando o Sol. Eles são responsáveis por gerar lindos fenômenos brilhantes no céu quando a Terra passa por essas trilhas e os fragmentos entram na atmosfera do planeta, ficando muito quentes e se desintegrando no ar. 

Chuva de meteoros Geminídeas. Crédito: Liang Li Photos – Shutterstock

A chuva é basicamente a entrada de vários meteoroides na atmosfera da Terra ao mesmo tempo, fazendo com que o atrito com o ar gere um superaquecimento da rocha, gerando muitas “estrelas-cadentes”, que deixam um rastro brilhante no ar.

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O fenômeno acontece porque quando os cometas se aproximam do Sol, parte do gelo que há em suas superfícies é aquecida e se quebra, fazendo as partículas e poeira da rocha se espalharem em sua trajetória, tendo o interior do Sistema Solar como o principal local. Por isso, em diversos momentos do ano, durante seu deslocamento, a Terra se cruza com os fragmentos e colide contra os detritos.

Como ver uma chuva de meteoros?

Pico de chuva de meteoros – Crédito: Allexxandar – Shutterstock

Para observar a chuva de meteoros é necessário estar em lugares bem escuros, pois até a luz da Lua pode fazer com que a visão para o céu não seja boa. 

Ao contrário do que muitos pensam, não é necessário utilizar equipamentos como binóculos e telescópios, mas, se a Lua estiver cheia ou quase cheia, a visão fica comprometida. Também é importante que o céu esteja sem nuvens. Além disso, para conseguir uma boa visualização é importante paciência. 

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Tipo raro de meteorito revela segredo sobre origem da água na Terra

Uma nova descoberta pode mudar o que se sabe sobre a origem da água na Terra. Pesquisadores da Universidade de Oxford encontraram pistas importantes num meteorito raro, o condrito de enstatita. A composição desse tipo de rocha espacial parece a da Terra primitiva, formada há 4,5 bilhões de anos.

Os experimentos foram realizados no Diamond Light Source, poderoso sincrotron em Oxfordshire, condado no sudeste da Inglaterra. E seus resultados saíram na revista científica Icarus em abril.

Para quem não sabe: síncrotron é como se fosse um supermicroscópio gigante no qual se usa um tipo especial de luz muito brilhante para “enxergar” a estrutura interna dos materiais.

Hidrogênio em meteorito encontrado na Antártida era mistério para a ciência… até agora

A equipe analisou o meteorito LAR 12252, encontrado na Antártida. Eles usaram uma técnica avançada chamada espectroscopia XANES (X-Ray Absorption Near Edge Structure). Ela usa feixes de raios-X para identificar elementos presentes em amostras.

O meteorito usado no estudo quando foi descoberto na Antártida (Imagem: Programa ANSMET, Universidade Case Western e Universidade de Utah)

O objetivo era entender de onde vinha o hidrogênio presente na rocha. Esse elemento é essencial na formação de moléculas de água. E, por muito tempo, cientistas acreditaram que ele teria vindo de fora da Terra, trazido por asteroides nos primeiros 100 milhões de anos do planeta.

No entanto, a a nova análise mostrou outra coisa. O hidrogênio não era resultado de contaminação terrestre. Ele estava presente desde a formação da rocha, ligado ao enxofre numa região microscópica do meteorito.

Essa região, chamada de matriz, era extremamente rica em sulfeto de hidrogênio. E continha até cinco vezes mais hidrogênio do que outras partes analisadas.

Hidrogênio onde pesquisadores não esperavam

Em contraste, as regiões do meteorito com sinais de contaminação terrestre – como ferrugem e rachaduras – mostraram quase nenhuma presença de hidrogênio. Isso reforça a ideia de que os compostos encontrados na matriz têm origem nativa e não vieram de fora.

Ficamos extremamente empolgados quando a análise revelou a presença de sulfeto de hidrogênio — só não onde esperávamos.

Tom Barrett, doutorando no Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Oxford e autor principal do estudo, em comunicado.

Pedaços do meteorito LAR 12252 em mesa com réguas de medição ao redor
Foto tirada em laboratório de amostra do meteorito LAR 12252 (Imagem: NASA)

O professor associado James Bryson, também do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Oxford e coautor do estudo, acrescentou: “Agora, acreditamos que o material que formou o nosso planeta – e que podemos estudar por meio desses meteoritos raros – era muito mais rico em hidrogênio do que pensávamos”.

Antes disso, uma equipe francesa já havia identificado traços de hidrogênio nos materiais orgânicos e em partes não cristalinas dos côndrulos – pequenas esferas encontradas em meteoritos. Mas ainda restavam dúvidas sobre a origem do restante do hidrogênio presente no LAR 12252.

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Importância da pesquisa

A descoberta é importante porque fortalece a hipótese de que a água na Terra seja nativa. Ou seja, nosso planeta já teria vindo “de fábrica” com os ingredientes certos para formar água. E não teria precisado contar com um empurrãozinho de fora.

Além disso, a pesquisa abre possibilidades para o estudo das origens da água e da vida na Terra. Também pode influenciar teorias sobre como outros planetas rochosos, como Marte ou Vênus, se formaram. E por que apenas a Terra se tornou um planeta azul.

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