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Astronautas devem passar por programa de reabilitação após meses no espaço

Conforme noticiado (e transmitido ao vivo) pelo Olhar Digital, quatro astronautas que estavam na Estação Espacial Internacional (ISS) voltaram para a Terra na terça-feira (18). Para dois deles, esse retorno é o desfecho de uma jornada que se estendeu mais do que o previsto: Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, ficariam apenas uma semana em órbita – e acabaram ficando 286 dias no espaço!

Já Nick Hague, também da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da agência espacial russa (Roscosmos), integrantes da missão SpaceX Crew-9, concluíram seus trabalhos dentro do tempo previsto de cerca de seis meses.

Espaçonave SpaceX Dragon Freedom pousando no mar com quatro astronautas, incluindo os dois da Starliner que ficaram 9 meses em missão estendida. Crédito: NASA TV

De qualquer forma, os quatro vão precisar passar pelo mesmo processo de reabilitação ao qual qualquer astronauta é submetido após viver um longo período fora da Terra.

Williams e Butch Wilmore foram lançados em junho do ano passado para testar a cápsula Starliner, da Boeing, no primeiro voo tripulado do veículo. O plano inicial era uma missão de apenas oito a dez dias, mas falhas no sistema de propulsão da espaçonave impediram o retorno imediato, prolongando a estadia da dupla – ao final da matéria, você encontra um resumo desta saga.

Quatro astronautas deixando a espaçonave
Os quatro astronautas deixando a espaçonave (Imagem: NASA TV)

Entre os efeitos mais comuns das viagens espaciais de longa duração no corpo humano estão inchaço na cabeça, enfraquecimento das pernas, aumento da altura e perda de densidade óssea (saiba mais aqui). Para se readaptar à gravidade terrestre, os astronautas devem cumprir um programa de reabilitação de 45 dias estabelecido pela NASA em 2003.

Como é a reabilitação dos astronautas?

De acordo com o protocolo, ao longo de um ano antes do lançamento eles enfrentam duas horas de treinamento pré-voo, três dias por semana. A rotina se intensifica durante o voo, com 2,5 horas de exercício em seis dias por semana. Os especialistas da equipe Astronauta Força, Condicionamento e Reabilitação (ASCR) são responsáveis pelo acompanhamento e execução do programa.

Suni Williams fazendo exercícios físicos dentro da ISS. Crédito: NASA

Os astronautas são testados quanto à aptidão funcional, agilidade, força isocinética e avaliação submáxima do cicloergômetro antes e depois do voo. As informações desses testes são usadas para prescrições de exercícios, comparação e avaliação dos programas de astronauta e treinamento. 

O programa de reabilitação de 45 dias já começa no mesmo dia do retorno e inclui sessões diárias de duas horas, sete dias por semana. O treinamento é personalizado, levando em conta a condição física, os exames médicos e até mesmo as atividades recreativas preferidas do astronauta.

O processo é dividido em três fases:

  • Fase 1: Começa imediatamente após o pouso e foca em mobilidade, flexibilidade e fortalecimento muscular;
  • Fase 2: Inclui exercícios para equilíbrio e treinamento cardiovascular;
  • Fase 3: A etapa mais longa, voltada à recuperação funcional completa.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado no dia 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida;
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de um vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave, e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore iriam voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurança, em setembro/
  • Williams, Wilmore, Hague e Gorbunov pousaram em segurança no Golfo da Flórida no fim da tarde de terça-feira – sendo recepcionados não apenas pela equipe de resgate, como também por adoráveis golfinhos (confira aqui).

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Duas missões revolucionárias da NASA devem ser lançadas nesta madrugada

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a NASA planejava enviar ao espaço duas missões no mesmo foguete da SpaceX, nos primeiros minutos de sábado (8) – no entanto, o lançamento foi suspenso pela empresa para verificações adicionais no veículo.

O telescópio SPHEREx e o conjunto de satélites solares PUNCH iriam decolar a bordo de um Falcon 9, a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, à 00h09 (pelo horário de Brasília). 

De acordo com um comunicado da SpaceX, o lançamento foi reprogramado para à 0h10 desta terça-feira (11), com transmissão ao vivo pelo canal da NASA no YouTube, a partir das 23h15 desta segunda-feira (10).

Animação representando a missão SPHEREx, da NASA. Crédito: NASA

A estratégia de compartilhamento de viagem faz parte do Programa de Serviços de Lançamentos da agência, que busca otimizar custos ao combinar diferentes missões científicas em um único foguete. Isso permite dividir os gastos entre a verba do governo dos EUA e o dinheiro de empresas privadas, ampliando as oportunidades para a exploração espacial.

Missão SPHEREx vai criar um grande mapa do Universo

O SPHEREx (Espectrofotômetro para a História do Universo, Época da Reionização e Explorador de Gelos) é um telescópio espacial que examinará o Universo em infravermelho. Ele funcionará como uma versão panorâmica do Telescópio Espacial James Webb (JWST), captando a luz e analisando a composição de bilhões de galáxias.

Enquanto o JWST se concentra em detalhes minuciosos de objetos distantes, o SPHEREx fará um mapeamento amplo, revelando o contexto em que esses objetos estão inseridos. Com isso, ajudará a entender a formação das primeiras galáxias e a origem da água no Sistema Solar.

Representação artística da missão SPHEREx, da NASA. Crédito: NASA

Leia mais:

Os quatro satélites da missão PUNCH, da NASA, em imagem conceitual. Crédito: NASA

NASA quer desvendar os segredos do vento solar com a missão PUNCH

O PUNCH (Polarímetro para Unificar a Coroa e a Heliosfera) é uma missão composta por quatro satélites que estudarão a coroa solar – a atmosfera externa do Sol. O objetivo é entender como essa camada se transforma no vento solar, uma corrente de partículas que atravessa o espaço e influencia o ambiente ao redor da Terra.

O vento solar interage com a heliosfera, a bolha protetora em torno do Sistema Solar. Compreender essa dinâmica é essencial para prever tempestades solares e minimizar seus impactos em redes elétricas, comunicações via satélite e até na segurança de astronautas em missões espaciais.

Impactos e expectativas das missões

O SPHEREx investigará questões fundamentais, como os eventos que ocorreram logo após o Big Bang e a presença de moléculas essenciais para a vida no cosmos. Já o PUNCH utilizará técnicas inovadoras, como a análise da polarização da luz, para detalhar fenômenos solares e criar um “eclipse artificial” que facilitará a observação da coroa solar.

Ambas as missões representam avanços significativos na compreensão do espaço. Enquanto o SPHEREx trará um novo panorama da história do Universo, o PUNCH ajudará a proteger a Terra dos efeitos do clima espacial.

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Blue Ghost: veja o vídeo do histórico pouso na Lua

A Firefly Aerospace postou, na terça-feira (04), um vídeo que mostra como foi o pouso do módulo Blue Ghost na Lua no domingo (02). As imagens divulgadas pela empresa trazem diversos ângulos em torno do lander, além de alguns momentos na central de controle, na Terra.

O vídeo mostra o processo de pouso no satélite natural. Quando a Blue Ghost encosta no solo lunar, dá para ver poeira sendo espalhada e, depois, a sombra alongada do módulo. Uma trilha sonora à la Oppenheimer embala os takes do vídeo.

Assista abaixo ao vídeo publicado pela empresa na sua página no X:

Blue Ghost envia selfies na Lua de tirar o fôlego

Logo após pousar na Lua, às 5h34 (horário de Brasília), a Blue Ghost enviou imagens da superfície do satélite natural (veja nesta matéria do Olhar Digital).

Imagem divulgada pela Firefly Aerospace mostra o módulo lunar Blue Ghost na superfície da Lua com a Terra ao fundo (Imagem: Firefly Aerospace)

O Blue Ghost fará operações na superfície lunar e dará suporte a demonstrações científicas e tecnológicas da NASA ao longo de 14 dias, contando a partir do dia do pouso (equivalente a um dia lunar).

Confira abaixo o que está previsto nos trabalhos desempenhados por meio da sonda:

  • Perfuração subterrânea;
  • Coleta de amostras e imagens de raios X;
  • Testes do sistema global de navegação por satélite e da computação tolerante à radiação;
  • Captura de imagens de alta definição de um eclipse total – quando a Terra bloqueará o Sol acima do horizonte da Lua – em 14 de março;
  • Registro do pôr do sol, em 16 de março, fornecendo dados sobre como a poeira lunar levita devido às influências solares e cria um brilho no horizonte documentado pela primeira vez por Eugene Cernan, na Apollo 17.

A poeira lunar pode ser um desafio para futuras bases em nosso satélite natural. Por isso, observações e testes são importantes.

“A ciência e a tecnologia que enviamos para a Lua agora ajudam a preparar o caminho para a futura exploração da NASA e a presença humana de longo prazo para inspirar o mundo para as gerações vindouras”, disse Nicky Fox, administradora associada da Diretoria de Missão Científica da NASA.

Leia mais:

Viagem e pouso da sonda Blue Ghost na Lua

O módulo de pouso Blue Ghost capturou seu primeiro nascer do Sol na Lua, marcando o início do dia lunar e o início das operações de superfície em seu novo lar
O módulo de pouso Blue Ghost capturou seu primeiro nascer do Sol na Lua, marcando o início do dia lunar e o início das operações de superfície em seu novo lar (Imagem: Firefly Aerospace)

Desde o lançamento do Kennedy Space Center da NASA, na Flórida (EUA), em 15 de janeiro, o Blue Ghost viajou mais de 4,5 milhões de quilômetros

O módulo lunar pousou numa formação vulcânica chamada Mons Latreille, dentro do Mare Crisium. Esta é uma bacia com mais de 480 quilômetros de largura, localizada no quadrante nordeste do lado próximo da Lua.

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Assista ao lançamento de duas missões revolucionárias da NASA

A NASA está prestes a lançar duas missões espaciais no mesmo foguete. O telescópio SPHEREx e o conjunto de satélites solares PUNCH vão decolar a bordo de um Falcon 9, da SpaceX, nesta quarta-feira (5), a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, à 00h09 (pelo horário de Brasília).

O evento terá transmissão ao vivo pelo canal da NASA no YouTube, começando às 23h15 de terça-feira (4).

A estratégia de compartilhamento de viagem faz parte do Programa de Serviços de Lançamentos da agência, que busca otimizar custos ao combinar diferentes missões científicas em um único foguete. Isso permite dividir os gastos entre a verba do governo dos EUA e o dinheiro de empresas privadas, ampliando as oportunidades para a exploração espacial.

Missão SPHEREx vai criar um grande mapa do Universo

O SPHEREx (Espectrofotômetro para a História do Universo, Época da Reionização e Explorador de Gelos) é um telescópio espacial que examinará o Universo em infravermelho. Ele funcionará como uma versão panorâmica do Telescópio Espacial James Webb (JWST), captando a luz e analisando a composição de bilhões de galáxias.

Representação artística da missão SPHEREx, da NASA. Crédito: NASA

Enquanto o JWST se concentra em detalhes minuciosos de objetos distantes, o SPHEREx fará um mapeamento amplo, revelando o contexto em que esses objetos estão inseridos. Com isso, ajudará a entender a formação das primeiras galáxias e a origem da água no Sistema Solar.

Leia mais:

NASA quer desvendar os segredos do vento solar com a missão PUNCH

O PUNCH (Polarímetro para Unificar a Coroa e a Heliosfera) é uma missão composta por quatro satélites que estudarão a coroa solar – a atmosfera externa do Sol. O objetivo é entender como essa camada se transforma no vento solar, uma corrente de partículas que atravessa o espaço e influencia o ambiente ao redor da Terra.

O vento solar interage com a heliosfera, a bolha protetora em torno do Sistema Solar. Compreender essa dinâmica é essencial para prever tempestades solares e minimizar seus impactos em redes elétricas, comunicações via satélite e até na segurança de astronautas em missões espaciais.

Os quatro satélites da missão PUNCH, da NASA, em imagem conceitual. Crédito: NASA

Impactos e expectativas das missões

O SPHEREx investigará questões fundamentais, como os eventos que ocorreram logo após o Big Bang e a presença de moléculas essenciais para a vida no cosmos. Já o PUNCH utilizará técnicas inovadoras, como a análise da polarização da luz, para detalhar fenômenos solares e criar um “eclipse artificial” que facilitará a observação da coroa solar.

Ambas as missões representam avanços significativos na compreensão do espaço. Enquanto o SPHEREx trará um novo panorama da história do Universo, o PUNCH ajudará a proteger a Terra dos efeitos do clima espacial.

O post Assista ao lançamento de duas missões revolucionárias da NASA apareceu primeiro em Olhar Digital.