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“Criatura bizarra” encontrada nas profundezas do oceano não é o que parece

À primeira vista, o vídeo publicado no Facebook pelo Schmidt Ocean Institute, da Califórnia, parece mostrar um tipo de peixe bizarro com antenas. Mas, claro, é sempre bom lembrar que as aparências enganam, e a verdade por trás da criatura encontrada por cientistas nas profundezas do oceano Atlântico é bem mais simples.

Entenda:

  • Uma “criatura” de aparência bizarra foi encontrada no oceano Atlântico;
  • Trata-se, na verdade, de um peixe-rato com dois parasitas presos à sua cabeça;
  • Cada um dos parasitas carregava dois longos sacos com centenas de ovos – o que ajudou a tornar a tal “criatura” ainda mais esquisita.
“Criatura” era peixe com parasitas. (Imagem: Schmidt Ocean Institute)

Na legenda da publicação, a equipe do instituto dá fim ao mistério: a bizarra “criatura” é, na verdade, um peixe-rato com dois parasitas – chamados copépodes – presos em lados opostos de sua cabeça. Quanto às tais “antenas”, nada mais são do que longos sacos de ovos presos aos pequenos crustáceos.

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Criatura do Atlântico era peixe com parasitas

O peixe-rato e os copépodes foram encontrados a 489 metros de profundidade durante uma expedição para examinar as águas das Ilhas Sandwich do Sul. O objetivo da missão era analisar a biodiversidade da região, e, inesperadamente, a equipe acabou registrando a tal criatura misteriosa.

Parasita copépode. (Imagem: shoma81/Shutterstock)

Os parasitas – que pertencem à espécie Lophoura szidati – “se alimentam de sangue e fluidos do hospedeiro usando suas partes bucais raspadoras inseridas nos músculos do peixe”, disse o biólogo James Bernot, que não participou da expedição, ao Live Science.

‘Antenas’ da criatura misteriosa eram ovos de crustáceos

No vídeo do Facebook, cada copépode pode ser visto carregando dois sacos com centenas de ovos cada. De acordo com Bernot, os parasitas “carregam seus ovos em sacos presos ao corpo até que eles eclodam e se transformem em náuplios [larvas de crustáceos], que passarão por vários estágios larvais e, eventualmente, encontrarão seu próprio hospedeiro.”

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Manuscrito Voynich: descubra os segredos do livro que ninguém consegue decifrar

O Manuscrito Voynich é considerado um dos livros mais misteriosos do mundo. Suas páginas, repletas de textos escritos em uma língua ou código desconhecido e acompanhadas por ilustrações intrigantes, têm fascinado estudiosos e curiosos há séculos. Até hoje, ninguém conseguiu decifrar com certeza o significado de seu conteúdo ou descobrir quem foi o autor desse enigmático documento.

Para muitos, a descoberta de suas origens é um convite a explorar os limites do conhecimento humano, enquanto para outros, o manuscrito é uma prova de que há muito mais no universo do que podemos compreender. O que realmente está contido nessas páginas? De onde vem esse livro? E, talvez o mais intrigante, quem o escreveu?

Imagem: Beinecke Library/Reprodução

O que é o Manuscrito Voynich?

  • O manuscrito é um livro medieval cheio de ilustrações estranhas e um texto em uma linguagem jamais decifrada. O nome Voynich vem do livreiro Wilfrid Voynich, que comprou o manuscrito em 1912.
  • O manuscrito é composto por cerca de 240 páginas, feitas de pergaminho de alta qualidade.
  • O livro apresenta desenhos detalhados de plantas desconhecidas, símbolos astrológicos complexos e figuras humanas misteriosas.
  • Não se sabe ao certo quem escreveu ou por que criou o manuscrito, alimentando diversas teorias, desde práticas médicas secretas até sociedades ocultas.
  • Uma das teorias mais amplamente discutidas é que o manuscrito é uma obra de ficção medieval, talvez uma criação literária destinada a confundir ou entreter.
  • Apesar dos esforços de criptógrafos e linguistas renomados, ninguém conseguiu até hoje entender a língua ou o código utilizado no manuscrito.
O Manuscrito Voynich, o livro mais misterioso do mundo
Imagem: Beinecke Library/Reprodução

De onde veio o Manuscrito Voynich?

O manuscrito foi adquirido por Wilfrid Voynich em 1912, mas suas origens remontam muito antes disso. Acredita-se que o livro tenha sido escrito em algum momento entre 1400 e 1500, com base nas características do pergaminho e da tinta, bem como nas análises científicas realizadas em sua estrutura.

A primeira menção histórica conhecida é de 1665, quando o médico Johannes Marcus Marci mencionou tê-lo recebido do jesuíta Athanasius Kircher, famoso por seus estudos sobre mistérios e códigos.

Tentativas de decifração

O que torna o Manuscrito Voynich ainda mais intrigante são as inúmeras tentativas de decifrá-lo. Criptógrafos renomados, como William Friedman, o chefe do serviço de inteligência dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial, tentaram analisar o manuscrito, mas sem sucesso.

O código utilizado no livro é complexo e aparentemente não segue nenhum padrão lógico que se possa aplicar a outras línguas ou sistemas de escrita conhecidos.

O Manuscrito Voynich, o livro mais misterioso do mundo
Imagem: Beinecke Library/Reprodução

Embora a criptografia tenha sido uma das abordagens mais populares para decifrar o livro, outras teorias sugerem que o manuscrito pode ser uma forma de escrita inventada, uma espécie de “linguagem artificial” que nunca teve um significado real.

Isso levaria à hipótese de que o livro poderia ser uma obra de entretenimento ou um projeto de alguma mente criativa e excêntrica da época medieval, destinada a criar uma sensação de mistério sem um propósito prático ou científico.

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Teorias sobre sua criação

Alguns pesquisadores acreditam que o manuscrito tenha sido escrito por um único autor, talvez um alquimista ou monge, que desejava proteger segredos importantes com um código indecifrável. Outros apostam em uma criação coletiva por um grupo com objetivos simbólicos ou espirituais.

Uma das teorias mais interessantes é que o Manuscrito Voynich foi escrito por uma civilização desaparecida ou por uma sociedade secreta com o propósito de preservar um conhecimento proibido.

Seja qual for sua origem, o Manuscrito Voynich continua sendo um fascinante quebra-cabeça histórico, um desafio que segue mobilizando estudiosos ao redor do mundo em busca de respostas definitivas.

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Fóssil de 168 milhões de anos ajuda a desvendar mistério dos dinossauros

Um fóssil raro de dinossauro de 168 milhões de anos foi descoberto por paleontólogos na cordilheira Atlas Médio, no Marrocos. Em um artigo publicado na Royal Society Open Science, a equipe revelou que o exemplar – um fêmur – pertence ao dinossauro mais antigo do grupo Cerapoda conhecido até então. 

Entenda:

  • Um fóssil de dinossauro de 168 milhões de anos foi encontrado no Marrocos;
  • O exemplar – um fêmur – pertence ao dinossauro mais antigo do grupo Cerapoda;
  • Características únicas do fóssil permitiram determinar sua origem, ajudando a solucionar um mistério acerca da evolução do grupo.
Fóssil de dinossauro é o mais antigo do gênero Cerapoda. (S. Maidment et al.; Royal Society Open Science)

Herbívoros de pequeno porte, os dinossauros do grupo Cerapoda andavam sobre duas pernas e, durante o Cretáceo, habitavam todo o planeta. No Jurássico Médio, entretanto, sua população era um grande mistério – até o fóssil encontrado no Marrocos. “Tínhamos evidências de que os dinossauros ornitópodes [infraordem do grupo Cerapoda] provavelmente já haviam evoluído com base em algumas pegadas fossilizadas, mas este é o fóssil corporal mais antigo que existe”, disse Susannah Maidment, líder do estudo, ao IFLScience.

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Fóssil de dinossauro ajuda a solucionar mistério do grupo Cerapoda

Ainda que um fêmur pareça simples, o segredo para identificar um dinossauro Cerapoda está justamente nas pernas: o fóssil encontrado pela equipe tinha características que só são encontradas no gênero. “A cabeça do fêmur é realmente distinta e separada do eixo em um pescoço, o que não vemos em ornitísquios divergentes anteriores”, explicou Maidment.

Fóssil de Cerapoda soluciona mistério sobre a evolução do gênero. (Imagem: david.costa.art/Shutterstock)

Até então, o fóssil de Cerapoda mais antigo pertencia a um outro fêmur encontrado na Inglaterra, com 166 milhões de anos. A descoberta mais recente não só confirma que os dinossauros do grupo se diversificaram durante o período Jurássico Médio, mas também aponta o sítio arqueológico em Marrocos como uma fonte promissora para novas descobertas.

Vale citar que a região também abrigava o fóssil de Anquilossauro mais antigo do mundo e um dos Estegossauros mais antigos descobertos até hoje.

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Mistério das pedras que se movem sozinhas no deserto é revelado

Cientistas tentam desvendar há mais de 50 anos como pedras no meio do Vale da Morte se movimentam sozinhas por uma parte do deserto. Chamadas de “rochas velejantes”, elas deixam inconfundíveis rastros de até 460 metros por uma área conhecida como Racetrack Playa.

Apesar dos registros, ninguém nunca havia avistado esta movimentação pessoalmente. Mas agora, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, finalmente decifrou o que acontece.

Câmeras captaram o fenômeno

  • De acordo com o National Park Service, instituição do governo dos EUA que administra os parques do país, as rochas pesam cerca de 320 kg.
  • No novo trabalho, os cientistas instalaram equipamentos de monitoramento por GPS em 15 exemplares. 
  • Uma câmera com “time-lapse” também foi deixada no local.
  • Foi assim que eles revelaram o mistério.
  • Os equipamentos capturaram o movimento de mais de 60 rochas em velocidades de dois a cinco metros por minuto.
  • Os dados coletados ainda apontaram um padrão raro de chuvas e ventos na região que eram responsáveis pelos movimentos das rochas. 
  • As conclusões foram descritas no National Center for Biotechnology Information.
Enormes pedras deixam rastros no deserto (Imagem: UC San Diego)

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Como acontece a movimentação das rochas

Os cientistas já suspeitavam que os ventos pudessem ter relação com a misteriosa movimentação das rochas, mas não conseguiam explicar exatamente como isso acontecia, especialmente nos casos das maiores pedras.

O novo estudo provou que diversos fenômenos precisam acontecer ao mesmo tempo para que a movimentação ocorra. O primeiro deles é a formação de uma fina camada de gelo sobre a praia, o que acontece durante as geladas noites do deserto após uma chuva.

Atuação dos ventos explica movimentação das rochas (Imagem: reprodução/National Park Service)

Depois, é preciso que o Sol da manhã derreta o gelo e que haja fortes rajadas ventos também nestas primeiras horas. Eles ajudariam a fazer com que elas “escorregassem” pelo lago seco antes de a água evaporar.

Como o movimento é sutil e dura de alguns segundos a até 16 minutos, é possível que turistas já tenham presenciado a migração das rochas, mas não tenham percebido. Os pesquisadores também destacam que é difícil notar que uma rocha está se movendo no meio do deserto se outras, ao seu redor, se movimentarem juntas.

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