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Navios e aviões também pagam multas?

Qualquer motorista que se preze tem medo da infame multa. Às vezes, basta uma breve desatenção, uma seta que não foi ligada, uma parada além da faixa, um piscar de olhos a mais acima do limite de velocidade… E zás, lá está ela: a notificação oficial chegando pelo correio, com o valor da infração, os pontos na carteira e, claro, aquela dorzinha no bolso.

Quando pensamos nesse tipo de penalidade, geralmente a associamos ao trânsito terrestre: carros, motos e caminhões que desrespeitam regras de circulação e acabam penalizados. No entanto, o universo das infrações não se limita às ruas e estradas.

Navios e aviões também podem e são multados — com mais frequência até do que se imagina. Mas as circunstâncias e os critérios para essas penalidades são bem diferentes do que ocorre no asfalto.

Navios e aviões também são multados?

Em vez de uma lombada eletrônica ou radar fixo, o que está em jogo no céu e no mar envolve o cumprimento de normas internacionais, rotas seguras de navegação, controle ambiental e protocolos de segurança rigorosos.

Pessoa vendo as informações da multa que recebeu – Crédito editorial: igorykor / Shutterstock.com

No caso das embarcações, por exemplo, despejar resíduos indevidamente no oceano ou desrespeitar o limite de emissão de poluentes pode resultar em multas pesadas, aplicadas por órgãos reguladores ambientais.

Já para aviões, uma violação do espaço aéreo, atrasos injustificados ou falhas de manutenção detectadas em solo também podem gerar penalidades.

Cargueiro a vela busca diminuir emissão de carbono no transporte de cargas. (Imagem: GreenOak/Shutterstock)

No caso dos navios, as multas podem ser aplicadas por diversos motivos, como:

  • Descumprimento de normas ambientais: o despejo irregular de resíduos ou óleo no mar pode resultar em multas severas, já que isso causa danos ao ecossistema marinho;
  • Violação de rotas marítimas: existem corredores de navegação estabelecidos para garantir a segurança do tráfego marítimo. Desviar dessas rotas sem justificativa pode acarretar penalidades;
  • Falta de documentação ou irregularidades na embarcação: navios precisam estar devidamente registrados e em conformidade com as normas de segurança. Qualquer irregularidade pode gerar multas.

Já os aviões podem ser multados por infrações como:

  • Violação do espaço aéreo: aeronaves que entram em áreas restritas ou não seguem os planos de voo estabelecidos podem ser penalizadas;
  • Desrespeito a normas de segurança: isso inclui falhas na manutenção, excesso de carga ou descumprimento de procedimentos de segurança;
  • Infrações ambientais: assim como os navios, aviões também devem seguir normas ambientais, como a emissão controlada de poluentes.

Diferentemente do trânsito terrestre, onde as infrações são fiscalizadas por órgãos locais, as multas para navios e aviões são aplicadas por entidades nacionais e internacionais, como a Organização Marítima Internacional (IMO) e a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI).

Quem paga as multas de navios e aviões?

A responsabilidade pelo pagamento das multas varia conforme a infração e a estrutura organizacional do transporte.

Avião na pista de lado
Incidente foi evitado por pouco (Imagem: Photofex-AT/iStock)

No caso de veículos terrestres, o motorista ou o proprietário do veículo geralmente é o responsável pela multa. Mas, no caso de navios e aviões, a situação é um pouco mais complexa.

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Para navios, as multas podem ser direcionadas a diferentes partes envolvidas:

  • Companhia proprietária do navio: em muitos casos, a empresa dona da embarcação é a responsável pelo pagamento das multas, especialmente quando se trata de infrações ambientais ou de segurança;
  • Capitão ou comandante: dependendo da gravidade da infração e das circunstâncias, o capitão pode ser responsabilizado diretamente, especialmente se houver negligência comprovada;
  • Tripulação: em algumas situações, membros específicos da tripulação podem ser multados individualmente, caso tenham cometido infrações diretamente relacionadas às suas funções.

No caso dos aviões, a lógica é semelhante:

  • Companhia aérea: a empresa que opera a aeronave geralmente é a responsável pelas multas, especialmente quando se trata de infrações relacionadas à segurança, manutenção ou regulamentação ambiental;
  • Piloto ou comandante: se a infração for diretamente atribuída ao piloto, como a violação de um espaço aéreo restrito, ele pode ser responsabilizado e multado individualmente;
  • Operadores de solo: em alguns casos, infrações relacionadas ao carregamento de bagagens, abastecimento ou manutenção podem resultar em multas para os operadores de solo ou empresas terceirizadas.

Assim, enquanto no trânsito terrestre as multas são mais diretamente ligadas ao condutor, no caso de navios e aviões, a responsabilidade pode ser compartilhada entre a empresa operadora, o comandante e até mesmo a tripulação.

Com informações de International Maritime Organization (IMO) e International Civil Aviation Organization (ICAO).

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X de Elon Musk deve receber multa pesada da União Europeia

A Comissão Europeia está se preparando para aplicar sanções significativas à rede social X (antigo Twitter), de Elon Musk, por descumprimento da Lei de Serviços Digitais (DSA, na sigla em inglês). As penalidades incluem uma multa bilionária e exigências de mudanças na plataforma, marcando o primeiro uso efetivo da legislação, voltada ao combate de conteúdos ilegais e da desinformação online.

As informações foram reveladas pelo jornal americano The New York Times, que obteve as informações de quatro fontes com conhecimento direto do caso.

As sanções devem ser anunciadas ainda neste ano, e podem acirrar tensões entre a União Europeia e os Estados Unidos. Isso porque Musk é considerado próximo do ex-presidente Donald Trump, atualmente em campanha para retornar ao cargo. As autoridades europeias estão avaliando o tamanho da multa a ser imposta, considerando também os riscos diplomáticos em meio a disputas comerciais e divergências sobre a guerra na Ucrânia.

Sanções podem elevar tensões entre União Europeia e Estados Unidos (Imagem: Delpixel / Shutterstock.com)

Investigação e possíveis negociações

A investigação contra a X começou em 2023. Reguladores europeus emitiram, no ano passado, uma decisão preliminar que apontava violações da DSA por parte da plataforma. Segundo autoridades da UE, ainda é possível chegar a um acordo com a empresa, caso ela aceite implementar mudanças que atendam às exigências de transparência e moderação de conteúdo.

Contudo, a X enfrenta uma segunda investigação, ainda mais ampla, que pode gerar novas sanções. De acordo com duas fontes, essa apuração considera que a postura permissiva da empresa frente aos conteúdos gerados por usuários transformou a plataforma em um centro de discurso de ódio ilegal, desinformação e outras publicações que minam a democracia no bloco europeu.

Um porta-voz da Comissão Europeia afirmou que as leis da UE “são aplicadas de forma justa e sem discriminação contra todas as empresas”, e evitou comentar especificamente o caso da X.

Defesa pública e reação da empresa

A X não se pronunciou oficialmente à imprensa, mas publicou, após a veiculação da notícia, que qualquer sanção seria “um ato sem precedentes de censura política e um ataque à liberdade de expressão”. A empresa prometeu defender seu modelo de negócios e “proteger a liberdade de expressão na Europa”.

Elon Musk já criticou anteriormente as políticas digitais da UE, afirmando que elas configuram censura. Em julho do ano passado, após a decisão preliminar da Comissão, declarou estar pronto para contestar eventuais punições em “uma batalha pública nos tribunais”.

Lei sob teste e possíveis desdobramentos legais

O caso é acompanhado de perto por especialistas e autoridades como um teste crucial para a aplicação da Lei de Serviços Digitais, que exige das plataformas maior vigilância sobre o que é publicado e mais clareza sobre seus algoritmos e anunciantes. A legislação tem sido alvo de críticas por parte de autoridades americanas. Em fevereiro, o vice-presidente J.D. Vance comparou a regulação europeia a uma forma de censura digital.

Desde a eleição de Trump, os reguladores europeus desaceleraram temporariamente a investigação para avaliar possíveis repercussões. Porém, com o aumento das tensões comerciais, decidiram dar prosseguimento ao processo.

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Caso deve servir de teste para a aplicação da Lei de Serviços Digitais (Imagem: Cristian Storto / Shutterstock.com)

Uma das violações apontadas é a recusa da X em fornecer dados a pesquisadores independentes, o que dificulta o rastreamento da disseminação de desinformação. Além disso, a plataforma teria falhado em oferecer transparência sobre anunciantes e autenticação de contas verificadas, segundo as autoridades.

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Multa pode ultrapassar US$ 1 bilhão

A penalidade final contra a X ainda não foi definida, mas poderá ultrapassar US$ 1 bilhão, de acordo com uma fonte. Pela legislação, empresas podem ser multadas em até 6% de sua receita global. No caso da X, de capital fechado, autoridades cogitam incluir os ganhos de outras empresas de Musk, como a SpaceX, no cálculo da multa — o que aumentaria consideravelmente o valor.

Além da X, a Comissão Europeia deve anunciar em breve sanções contra Meta e Apple, com base na Lei dos Mercados Digitais, que visa aumentar a concorrência no setor. A Meta também está sob investigação por falhas na proteção de menores, sob a mesma legislação aplicada à X.

As ações reforçam o posicionamento da União Europeia como um dos principais polos regulatórios da tecnologia global. Nas últimas décadas, empresas americanas como Amazon, Apple, Google e Meta já foram alvo de investigações por práticas anticompetitivas, falhas de privacidade de dados e pouca moderação de conteúdo.

Por fim, há indícios de que a atuação regulatória europeia influenciou na decisão recente do governo Trump de elevar tarifas contra o bloco. Em fevereiro, a Casa Branca emitiu um memorando alertando que as leis digitais da UE estavam sob análise por, supostamente, prejudicarem empresas norte-americanas.

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Golpe da multa falsa: o que é e como se proteger

Milhares de motoristas no Brasil inteiro já foram enganados por meio do golpe da multa falsa. Porém, há maneiras muito eficazes de evitar ser enganado e se proteger. Preste bem atenção neste texto!

O que é o golpe da multa falsa e como ele funciona?

O golpe da multa falsa consiste em um criminoso enviar, pelo correio, cobranças de infrações que o condutor teria feito justamente em locais onde ele esteve. Assim, no documento, informações como data, hora e local, coincidem perfeitamente. 

Além disso, utilizando a placa do veículo, os criminosos conseguem pegar os dados do condutor e, dessa maneira, fazem com que a multa falsa chegue nas caixas de correspondência das vítimas. 

A ação acontece da seguinte maneira: o golpista fica próximo de onde há um radar de multa e faz uma foto verdadeira do seu carro ou moto quando você passa pelo local. Por isso, as informações são tão realistas. 

Pessoa tirando fotos de veículos no trânsito – Imagem: noina/S

Também há casos em que os bandidos ficam em locais onde condutores podem cometer alguma infração, como em paradas proibidas. Por mais que o motorista ou motociclista não façam determinada ação irregular, o contexto fica tão convincente que muitas pessoas nem desconfiam. 

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Como se proteger do golpe da multa falsa?

O primeiro passo, e fundamental, é checar qual órgão de trânsito está indicado no documento e fazer a verificação diretamente nele. Se não houver infração, faça imediatamente uma denúncia ao órgão, além de informar a polícia para que investigue o caso. 

Carteira Digital de Trânsito ganha versão repaginada
Imagem: Brenda Rocha – Blossom/Shutterstock

Além disso, você também consegue fazer a consulta em relação à multa por meio do aplicativo Carteira Digital de Trânsito, no qual há a CNH digital e documento do carro online. 

Outro ponto que você precisa ficar atento é que as autoridades afirmam que não enviam o boleto para pagamento da multa sem enviar previamente uma notificação. Ademais, existem condutores que estão recebendo a multa via e-mail. Órgãos como a Polícia Rodoviária Federal, por exemplo, não enviam nada por e-mail. 

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União Europeia: Apple e Meta serão multadas por abuso de poder

A Apple e a Meta estão na mira da Comissão Europeia desde o ano passado. Agora, as empresas devem ser multadas por supostas violações da Lei dos Mercados Digitais, uma legislação que busca regular o poder das big techs.

O caso aumenta as discussões em torno do assunto. Isso porque as novas punições acontecem após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertar sobre a interferência da UE nas empresas norte-americanas.

Valor das multas foi descrito como moderado

O valor exato das multas ainda não foi divulgado. No entanto, o fato de serem descritas como “moderadas” sugere que elas podem não atingir o limite máximo estabelecido pela Lei dos Mercados Digitais, que é de até 10% das vendas anuais globais das empresas.

Apple entrou na mira da UE (Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock)

A investigação da Comissão Europeia sobre as supostas violações faz parte de um esforço mais amplo do continente europeu para regular as grandes companhias de tecnologia e sua influência nos mercados digitais. Isso inclui garantir a concorrência justa e prevenir o abuso de poder de mercado.

As multas servem como um alerta para que outras empresas do setor de tecnologia cumpram a nova legislação. E é também um recado claro ao presidente Trump, que tem criticado as normas europeias desde que tomou posse. As informações são da Reuters.

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Ao fundo, desfocada, a bandeira da União Europeia; à direita, pessoa segurando um smartphone, no qual é exibida uma página da Meta
Relação do bloco com a Meta não é nada boa (Imagem: rarrarorro/Shutterstock)

UE busca criar um mercado digital justo e competitivo

  • A Lei dos Mercados Digitais da União Europeia visa criar um mercado digital justo e competitivo, estabelecendo regras e restrições para grandes plataformas online, também conhecidas como “gatekeepers”.
  • Devido ao seu tamanho e influência, as maiores empresas do setor têm o potencial de controlar o acesso a grandes segmentos do mercado digital.
  • A Apple e a Meta fazem parte deste cenário e, por isso, acabaram na mira das autoridades europeias.
  • Nenhuma das big techs se manifestou sobre a punição até o momento.

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