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NASA encontra algo inesperado e promissor em Marte

O rover Curiosity, da NASA, descobriu um “arquivo químico” escondido na cratera Gale que revela sinais de um antigo ciclo de carbono em Marte. A descoberta reforça a ideia de que a atmosfera do planeta vermelho já foi muito mais densa e quente — capaz de sustentar água líquida em sua superfície.

O estudo sobre essa descoberta foi publicado na revista Science.

Detalhes da descoberta

  • Utilizando seu difratômetro de raios X, o Curiosity analisou amostras de rochas perfuradas entre 2022 e 2023 em camadas que marcaram a transição de antigos leitos de lago para ambientes áridos e expostos ao vento.
  • Os pesquisadores identificaram concentrações inesperadamente altas de siderita (carbonato de ferro) em regiões ricas em sulfato de magnésio, onde sensores orbitais não haviam detectado carbonatos.
  • Esses carbonatos se formaram por reações entre água e rocha, indicando que o CO₂ da atmosfera foi quimicamente capturado e armazenado na crosta marciana.
  • Essa descoberta resolve parte do mistério sobre onde foi parar o carbono que antes sustentava um clima propício à água líquida.
O simpático Perseverance trabalhando em Marte. (Imagem: NASA/Instagram)

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Carbono oculto em Marte

Segundo os autores, se esses depósitos de sulfato forem comuns em outras regiões de Marte, podem representar um grande reservatório de carbono oculto no planeta.

Há indícios também de que parte desse carbono foi liberado de volta para a atmosfera em períodos posteriores, evidência de um possível ciclo de carbono ativo no passado marciano.

Esses achados não só revelam um planeta mais dinâmico do que se imaginava, como também oferecem novas pistas sobre ambientes que poderiam ter sido potencialmente habitáveis.

Minerais revelam que Marte já sequestrou CO₂ da atmosfera – (Imagem: Jurik Peter/Shutterstock)

Outra descoberta recente em Marte

O rover Perseverance está provando que o Planeta Vermelho guarda surpresas fascinantes – e cientificamente valiosas – debaixo da superfície cheia de poeira. Depois de uma escalada de três meses pela borda oeste da Cratera Jezero, o robô da NASA chegou à “Colina da Hamamélis”, uma região que está superando todas as expectativas da agência espacial. Neste lugar, cada pedra parece contar uma história diferente – algo raro até mesmo para Marte.

Segundo os cientistas, essas rochas fragmentadas foram ejetadas de profundezas subterrâneas há bilhões de anos, possivelmente pelo impacto que formou a própria cratera. Algumas delas já estiveram enterradas e carregam sinais de interação com água – um resquício dos tempos em que Marte era muito mais úmido.

A equipe do Perseverance lembra que já teve problemas antes, como tentativas frustradas de perfurar algumas rochas frágeis. Mas a persistência valeu a pena. Em uma área chamada “Tablelands”, o rover encontrou minerais formados quando grandes quantidades de água reagem com rochas ricas em ferro e magnésio. Desta vez, a coleta foi um sucesso.

O trabalho meticuloso levou meses: foi necessário escovar, vedar e até sacudir o tubo de amostra para garantir que tudo desse certo. E não é para menos – o Perseverance já coletou 27 amostras de solo e rochas, tornando-se a primeira missão a criar um verdadeiro depósito fora da Terra.

Desde que pousou no planeta, o rover já registrou cerca de 800 mil imagens – um tesouro visual que nos ajuda a entender melhor o passado de Marte. E ainda há muito mais a explorar. Com mais de quatro anos de operação, o Perseverance está apenas começando essa incrível jornada.

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Conheça os ‘vórtices aquáticos’, os buracos negros do oceano

Embora invisíveis a olho nu, os vórtices aquáticos estão entre os fenômenos mais fascinantes e poderosos dos oceanos.

Esses gigantescos redemoinhos de água têm características matemáticas similares às dos buracos negros do espaço, pois formam estruturas tão densas e fechadas que tudo o que entra dificilmente consegue sair.

Assim como seus equivalentes cósmicos, os vórtices aquáticos giram em torno de um centro, isolando e transportando tudo o que está dentro deles por longas distâncias.

Os vórtices aquáticos, também conhecidos em inglês como “Eddies”, são fundamentais para a dinâmica oceânica. Eles afetam desde o transporte de nutrientes e carbono até a formação de ondas de calor e frio marinhas em diferentes profundidades.

Além disso, têm ganhado destaque na climatologia por influenciar diretamente os ciclos biogeoquímicos e as variações extremas de temperatura nos oceanos.

O que são vórtices aquáticos?

Os vórtices aquáticos são massas circulares de água que se desprendem das grandes correntes oceânicas e passam a girar de forma independente.

Imagem com elementos fornecidos pela NASA sobre vórtices aquáticos no Oceano Antártico. (Imagem por: Emre Akkoyun / Shutterstock)

Eles podem variar de poucos quilômetros até mais de 100 km de diâmetro e durar desde algumas semanas até dois anos. Durante esse tempo, mantêm uma borda bem definida que impede que a água externa entre e que a interna escape, formando um microcosmo marítimo com características químicas e térmicas próprias.

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No interior desses vórtices, a água é relativamente estável, o que permite a proliferação de microorganismos como fitoplâncton e bactérias.

Esses organismos viajam com o vórtice, levando consigo nutrientes, lipídios, carbono orgânico e até poluentes como óleo ou lixo. Por isso, os vórtices também são chamados de “táxis aquáticos” ou “food trucks do oceano”, por transportarem energia e matéria de regiões produtivas para zonas pobres em nutrientes.

Como funcionam os vórtices oceânicos?

Os vórtices aquáticos nascem do desprendimento de correntes maiores, como a Corrente do Golfo ou a Corrente de Humboldt. Esse desprendimento pode ser causado por instabilidades dinâmicas nas margens continentais, diferenças de temperatura e salinidade, ou ainda pela ação do vento e da rotação da Terra (efeito Coriolis).

Existem dois tipos principais:

  • Vórtices anticiclônicos (AEs): giram no sentido horário no hemisfério norte (e anti-horário no sul), geralmente carregando água mais quente e provocando subsidência (afundamento);
  • Vórtices ciclônicos (CEs): giram no sentido contrário, trazendo águas frias de camadas profundas para a superfície.

Esses movimentos verticais promovem uma mistura de nutrientes e alteram as condições físicas e biológicas da água.

Como foram descobertos?

A primeira representação conhecida de uma corrente oceânica, a Corrente do Golfo, foi feita por Benjamin Franklin em 1769.

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Formação de redemoinhos ao largo da costa italiana. Imagens de satélite em cores naturais permitem visualizar com clareza a beleza das estruturas oceânicas quando os sedimentos evidenciam os padrões das correntes marítimas. Elementos desta imagem fornecidos pela NASA. (Imagem por: BEST-BACKGROUNDS / Shutterstock)

No entanto, apenas no século XX cientistas perceberam que essas correntes davam origem a redemoinhos secundários — os vórtices. O avanço das tecnologias espaciais, como satélites altimétricos e boias oceanográficas, permitiu observar milhares desses fenômenos ao redor do globo.

Hoje, com missões como a SWOT (Surface Water and Ocean Topography), é possível detectar vórtices com menos de 10 km de diâmetro e acompanhar seu deslocamento em tempo real.

Por que os vórtices aquáticos são comparados aos buracos negros?

A analogia entre vórtices aquáticos e buracos negros surgiu quando matemáticos descobriram que, em termos de comportamento de fluxo, os dois sistemas são semelhantes.

Ambos formam estruturas fechadas com fronteiras bem definidas, onde tudo o que entra tende a ficar preso por um tempo. No caso dos vórtices, essa “prisão” permite o transporte eficiente de água, calor, carbono e organismos por milhares de quilômetros.

Assim como os buracos negros distorcem o espaço ao seu redor, os vórtices distorcem o campo de velocidade da água. Cientistas do Swiss Federal Institute of Technology e da University of Miami identificaram que rastrear um vórtice é tão desafiador quanto localizar um buraco negro: é necessário identificar seus “limites geográficos” para saber onde começa e termina.

A importância ecológica e climática dos vórtices

Vórtices aquáticos exercem influência direta sobre os ecossistemas marinhos e o clima global. Estudos realizados na região de afloramento costeiro na Mauritânia revelaram que esses redemoinhos transportam até 10 mil toneladas de carbono orgânico por ano, além de quase mil tipos diferentes de lipídios.

Vórtices Aquáticos das Ilhas de Catalina, ao largo da costa sul da Califórnia
Imagem com elementos fornecidos pela NASA de Vórtices Aquáticos de Catalina. Ao largo da costa sul da Califórnia, a interação entre os ventos, sistemas meteorológicos e a topografia costeira dá origem a vórtices atmosféricos. (Imagem por: BEST-BACKGROUNDS / Shutterstock)

Muitos desses compostos, como ácidos graxos essenciais, são fundamentais para a cadeia alimentar marinha, já que não podem ser sintetizados por organismos superiores como peixes e zooplâncton.

Além disso, os vórtices estão associados a ondas de calor e frio submarinas (conhecidas como marine heatwaves e cold spells).

Cerca de 50% dessas anomalias extremas abaixo de 100 metros de profundidade ocorrem dentro de vórtices anticiclônicos ou ciclônicos, o que mostra o papel crucial desses redemoinhos na intensificação de eventos térmicos extremos, principalmente em regiões como a Corrente do Brasil, o Golfo do México e o Atlântico Sul.

Há vórtices aquáticos perto do Brasil?

Sim, há registros de vórtices oceânicos associados à Corrente do Brasil e à Confluência Brasil-Malvinas, uma região rica em atividade eddítica no Oceano Atlântico Sul.

Esses fenômenos são monitorados por satélites e boias do projeto PIRATA (Prediction and Research Moored Array in the Tropical Atlantic), que registra variações de temperatura e salinidade.

Embora não sejam tão frequentes quanto em regiões como o Pacífico Norte, sua presença já foi associada a alterações na distribuição de peixes e até no espalhamento de manchas de óleo.

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NASA revela como o Sol pode estar criando água na Lua

Pesquisadores da NASA conseguiram, pela primeira vez, simular com realismo em laboratório o processo químico que poderia gerar moléculas de água na superfície da Lua. A hipótese, que vem sendo discutida desde os anos 1960, aponta que o vento solar — fluxo de partículas carregadas emitido constantemente pelo Sol — pode interagir com o solo lunar e formar tanto hidroxilas quanto água.

O resultado do estudo foi publicado no Journal of Geophysical Research: Planets e pode ter implicações diretas nas futuras missões do programa Artemis, que pretende levar astronautas ao polo sul lunar. Nessa região, acredita-se que parte da água esteja congelada em áreas permanentemente sombreadas, um recurso essencial para a exploração espacial sustentada.

Sol, hidrogênio e solo lunar formam combinação potencialmente produtiva

  • Segundo os cientistas, o vento solar é composto majoritariamente por prótons — núcleos de átomos de hidrogênio que perderam seus elétrons — e viaja a mais de 1,6 milhão de km/h.
  • Enquanto a Terra possui uma magnetosfera e atmosfera que bloqueiam essas partículas, a Lua está desprotegida, permitindo o contato direto entre os prótons e o regolito, material rochoso e poroso que cobre sua superfície.
  • Nessa interação, os prótons colidem com elétrons presentes no regolito e formam átomos de hidrogênio.
  • Esses átomos, por sua vez, podem migrar e se ligar ao oxigênio abundante em minerais lunares, como a sílica, gerando hidroxila (OH) e, eventualmente, moléculas de água (H₂O).

Evidências reforçam papel ativo do vento solar

Estudos anteriores já identificaram sinais de hidroxila e água nos milímetros superiores do solo lunar. Essas moléculas deixam uma “impressão digital” química — uma queda característica em gráficos de espectroscopia que mostram como a luz interage com o regolito. No entanto, os instrumentos atuais não conseguem diferenciar com precisão entre água e hidroxila, levando os cientistas a usarem o termo “água” de forma genérica.

Uma das principais pistas que já indicavam o papel do vento solar era a variação do sinal espectral ao longo do dia lunar. Em regiões observadas, o sinal se intensificava nas manhãs frias e diminuía durante o aquecimento da superfície, voltando a aumentar à noite. Essa oscilação diária sugere a presença de uma fonte ativa — provavelmente o próprio vento solar — repondo continuamente pequenas quantidades de moléculas.

Equipamento desenvolvido para evitar contaminação

Para validar a hipótese, os pesquisadores da NASA desenvolveram um aparelho inédito que simula o ambiente lunar em laboratório, evitando que as amostras fossem expostas à umidade da Terra. O equipamento reuniu, em uma mesma câmara selada, um feixe de partículas simulando o vento solar, uma câmara de vácuo e um detector de moléculas.

“Levamos tempo para desenhar e ajustar o sistema, mas o esforço valeu a pena”, afirmou Jason McLain, cientista da NASA Goddard e coautor do estudo. “Ao eliminar possíveis fontes de contaminação, conseguimos confirmar que essa teoria antiga sobre o vento solar está correta.”

O aparato experimental consiste em uma câmara de vácuo feita sob medida que se encaixa no compartimento de amostras de um espectrômetro Nicolet iS50 FTIR (Imagem: Journal of Geophysical Research: Planets)

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Simulação acelerada de 80 mil anos

A equipe usou amostras de poeira lunar coletadas durante a missão Apollo 17, em 1972. Após serem “assadas” para remover qualquer traço de umidade adquirido desde sua coleta, as amostras foram bombardeadas com partículas por vários dias, simulando cerca de 80 mil anos de exposição ao vento solar.

Com o uso de um espectrômetro, os pesquisadores mediram como a luz refletida pelas amostras mudava ao longo do tempo. Foi observada uma queda no sinal exatamente na região do espectro infravermelho — por volta de 3 micrômetros — onde a água costuma absorver energia, indicando a provável formação de hidroxila e água nas amostras analisadas.

Embora os cientistas não tenham conseguido comprovar de forma definitiva que moléculas de água completas foram geradas, o formato e a profundidade da alteração no sinal apontam para a presença dos dois tipos de moléculas. Isso reforça a teoria de que o vento solar pode ser um agente constante de formação de água na Lua — um dado relevante para a utilização de recursos in situ em futuras missões espaciais.

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8 asteroides monitorados pela NASA e seus riscos de colisão com a Terra

NASA classifica como objetos potencialmente perigosos os asteroides com mais de 140 metros de diâmetro que se aproximam até cerca de 7,5 milhões de quilômetros da Terra. Nessa classificação existem alguns corpos celestes que se enquadram. 

Na sequência deste conteúdo, o Olhar Digital traz uma lista com 8 asteroides que podem ser um risco para a Terra e algumas de suas características. Continue a leitura e confira!

Conheça os 8 asteroides monitorados pela Nasa

Apesar do pequeno risco de realmente em algum momento ocorrer uma colisão com a Terra, a agência espacial NASA faz o monitoramento dos objetos abaixo com o objetivo de tomar as medidas necessárias caso realmente possa ser iminente o choque de um asteroide com o planeta. 

Em 2022, por exemplo, Lindley Johnson, gerente do programa de defesa planetária da NASA, afirmou que não havia nenhuma ameaça significativa de impacto de asteroide na Terra, mas que é importante realizar o monitoramento.

“Nosso objetivo é detectar qualquer possível impacto com anos ou décadas de antecedência, para que ele possa ser desviado com uma capacidade que utilize a tecnologia que já possuímos, como o DART (Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo)”, afirmou Johnson. Veja a lista abaixo!

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8 – 2023 DW

Descoberto em 2023, este asteroide tem uma chance bem pequena de atingir a Terra daqui a 23 anos, em 2046, especificamente no Dia dos Namorados, em 14 de fevereiro. 

O corpo celeste possui 50 metros de diâmetro, o que equivale ao tamanho de uma piscina olímpica, podendo destruir uma cidade inteira e liberar uma energia comparável à do meteoro de Chelyabinsk, que explodiu no ar sobre a cidade russa Chelyabinsk, em 15 de fevereiro de 2013, deixando várias pessoas feridas, uma grande trilha de fumaça no céu e outros estragos. Ele era menor, tinha cerca de 17 metros. 

7 – Apophis

(Imagem: Ana Luiza Figueiredo via DALL-E / Olhar Digital)

O asteroide Apophis, assim que descoberto, em 2002, foi tido como um grande risco para a vida na Terra. Após passar um longo período acompanhando o corpo celeste, hoje a NASA acredita que não há grandes riscos de ele colidir com a Terra por pelo menos 100 anos. Apesar disso, a agência segue monitorando. 

Com 379 metros de diâmetro, o objeto tem quase 10 vezes o tamanho do Cristo Redentor e em caso de colisão com a Terra pode gerar uma catástrofe global. A força de impacto equivaleria a 1.150 megatons de TNT, causando terremotos, tsunamis e incêndios de grandes proporções. 

6 – 2011 UL21

Este asteroide tem nada mais nada menos que o apelido de “assassino de planetas”. Ele passou relativamente “perto” de nosso planeta em junho de 2024, em uma distância de 6,6 milhões de quilômetros. O corpo celeste possui 2,3 km de diâmetro, sendo bem parecido com o tamanho do Monte Everest.

O 2011 UL21 tem uma capacidade de destruição em escala planetária e foi descoberto em 2011 pelo Catalina Sky Survey, instituto que possui o financiamento da NASA, em Tucson, Arizona. A agência espacial continua de olho no corpo celeste. 

5 – 2024 YR4

Com a possibilidade de 1,2% de colidir com a Terra no ano de 2032, o asteroide 2024 YR4 foi descoberto em dezembro de 2024. A probabilidade foi aumentada para 2,3%, o que despertou ainda mais atenção dos especialistas. A chance ainda chegou a ser maior, mas após muito estudo e observação, acredita-se que o risco de uma colisão é praticamente nula.

Conforme imagens captadas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA, o corpo celeste deve passar de forma segura pelo nosso planeta em dezembro de 2032.

Asteróide 2024 YR4 passando pela Terra e se dirigindo para um potencial impacto com a Lua. Crédito: NOIRLab/NSF/AURA/R. Proctor

O objeto tem 60 metros de diâmetro, o que equivale a um prédio de aproximadamente 20 andares. Além disso, ele tem um formato achatado, aparecido com um disco de hóquei. Apesar de os especialistas terem quase certeza de que ele não atinge a Terra, o asteroide segue sendo monitorado, pois existe uma chance pequena, de 2%, de ele colidir com a Lua. 

4 – 1950 DA

Um dos asteroides que menos geram preocupação, pois tem uma chance muito baixa de explodir na Terra, em 2880, o 1950 DA está em observação porque possui capacidade para acabar com a vida humana. 

O impacto calculado de uma possível colisão é de 44.800 megatoneladas de TNT, o que geraria uma grande explosão e tsunamis. Além disso, a poeira poderia alterar o clima do planeta e extinguir os seres humanos. O objeto possui 1,3 km de diâmetro. 

3 – 2007 FT3

O asteroide 2007 FT3 era apontado como um potencial risco à Terra, com a chance de 1 em 11,5 milhões para atingir o planeta em 2024. Porém, felizmente isso não aconteceu. No entanto, como sua órbita o traz de forma periódica próximo ao nosso planeta, ele segue sendo monitorado pela NASA.

O corpo celeste tem 314 metros e em caso de um impacto poderia gerar uma energia equivalente a 2,6 bilhões de toneladas de TNT, dando grandes prejuízos em nosso mundo. 

2 – 1979 XB

Com um diâmetro estipulado em 700 metros e massa de 390 milhões de toneladas, o 1979 XB foi descoberto em dezembro de 1979, na Austrália, e foi constatado que ele tinha uma pequena chance, 0.000055%, ou 1 em 1,8 milhão, de se chocar com a Terra em 2113. 

O resultado seria uma energia de 30 bilhões de toneladas de TNT liberadas e várias avarias no planeta e humanidade. 

1 – Bennu

O asteroide Bennu tem 490 metros de diâmetro e massa de 67 milhões de toneladas. Ele foi descoberto em 1999 e tem chance de colisão de 0,037%, ou de uma em 2,7 mil. 

Este asteroide tem capacidade para liberar o equivalente a 1,4 milhão de toneladas de TNT, o que poderia destruir significativamente o local da colisão, mas não iria gerar estragos no mundo inteiro.

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NASA revela como está sonda que investiga Júpiter após dois sustos seguidos

Na última sexta-feira (4), a sonda Juno, da NASA, realizou o 71º sobrevoo próximo a Júpiter. Durante a manobra, a espaçonave entrou duas vezes em “modo de segurança”: a primeira, cerca de uma hora antes da aproximação máxima; a segunda, 45 minutos após esse momento, chamado de perijove.

O modo de segurança é um protocolo que entra em ação automaticamente quando a sonda detecta algum comportamento fora do padrão. Nessa condição, os sistemas não essenciais são desligados e a prioridade passa a ser manter a comunicação com a Terra e preservar os sistemas básicos.

Concepção artística da sonda Juno sobrevoando Júpiter. Crédito: NASA images – Shutterstock

Durante o incidente, todos os instrumentos científicos foram desativados, como previsto para esse tipo de situação. A nave reiniciou seu computador, desligou tarefas secundárias e reposicionou a antena para apontar diretamente para a Terra, facilitando o contato com os operadores da missão.

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Juno respondeu conforme o esperado, diz NASA

A NASA informou que, apesar do problema, Juno funcionou exatamente como planejado. A equipe em solo conseguiu restabelecer a comunicação de alta velocidade com a espaçonave e agora está analisando os dados técnicos e científicos coletados antes e depois da falha. Essas informações ajudarão a entender o que causou a ativação do modo de segurança. 

Júpiter é o planeta mais hostil do Sistema Solar em termos de radiação. Próximo a ele, existem cinturões com partículas altamente energéticas que representam risco para qualquer equipamento. Até agora, tudo indica que Juno passou por algum desses cinturões, afetando o funcionamento eletrônico de seus sistemas.

Uma das capturas mais nítidas de Júpiter feitas pela sonda Juno, da NASA. Crédito: NASA/JPL-Caltech

Para se proteger da passagem por essas regiões, Juno possui um cofre de titânio que abriga seus componentes mais sensíveis. Mesmo com essa proteção, no entanto, a sonda já entrou quatro vezes em modo de segurança desde que chegou ao planeta, em 2016. Em todas as ocasiões, ela conseguiu se recuperar e continuar sua missão sem danos permanentes.

O próximo sobrevoo da sonda Juno está previsto para 7 de maio. Além de se aproximar novamente de Júpiter, a espaçonave fará um novo registro da lua Io, a uma distância de cerca de 89 mil km.

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Nova tripulação lançada pela Rússia chega na Estação Espacial

A nave espacial russa Soyuz MS-25, transportando os astronautas Jon Kim (NASA), Sergey Ryzhikov (Roscosmos) e Alexey Zubritsky (Roscosmos), atracou com sucesso na Estação Espacial Internacional (ISS) nesta terça-feira (8) às 5h57 (horário de Brasília). A manobra marcou o fim de uma viagem ultrarrápida, a tripulação entrou pela escotilha do laboratório orbital por volta das 8h30.

O trio foi lançado a bordo de um foguete Soyuz do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, no mesmo dia, às 5h57. O tempo entre o lançamento e a atracação foi de aproximadamente 4 horas e 10 minutos, seguindo o chamado esquema de “órbita rápida”, que reduz significativamente o tempo de viagem em comparação com as tradicionais 6 horas ou até dois dias de missões anteriores.

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Os novos moradores da Estação Espacial Internacional

  • Jon Kim (EUA/NASA): engenheiro de voo e astronauta em sua primeira missão de longa duração na ISS.
  • Sergey Ryzhikov (Rússia/Roscosmos): comandante da Soyuz e veterano de duas expedições espaciais.
  • Alexey Zubritsky (Rússia/Roscosmos): especialista de voo em sua estreia no espaço.
A tripulação da nave espacial Soyuz MS-27, que foi lançada do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, para a Estação Espacial Internacional em 8 de abril de 2025. Da esquerda para a direita: o astronauta da NASA Jonny Kim e os cosmonautas da Roscosmos Sergey Ryzhikov e Alexey Zubritsky.(Crédito da imagem: Centro de Treinamento de Cosmonautas Gagarin)

A equipe se juntará aos sete astronautas já a bordo da ISS, onde realizará experimentos científicos, manutenções da estação e observações da Terra.

Os três recém-chegados passarão cerca de oito meses em órbita como membros das missões Expedition 72 e 73 da ISS. Se o planejamento for mantido, eles devem retornar para a Terra apenas em dezembro.

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NASA flagra mini-twisters em Marte; veja

O rover Perseverance da NASA capturou imagens de um fenômeno curioso em Marte: um redemoinho de poeira “engolindo” outro. O vídeo foi feito em 25 de janeiro durante uma missão para entender melhor as forças na atmosfera da Cratera Jezero, onde mini-twisters são comuns, segundo a agência espacial.

O explorador de seis rodas estava a 1 quilômetro de distância dos dois redemoinhos; um deles tinha 65 metros de largura, enquanto o outro tinha apenas cinco metros. Dois outros redemoinhos também podem ser vistos no fundo à esquerda e no centro em um local chamado “Witch Hazel Hill”.

“Esses mini-twisters vagam pela superfície de Marte, pegando poeira conforme avançam e diminuindo a visibilidade em sua área imediata. Se dois redemoinhos de poeira se chocarem, eles podem obliterar um ao outro ou se fundir, com o mais forte consumindo o mais fraco”, explicou Mark Lemmon, cientista do Perseverance no Space Science Institute em Boulder, Colorado.

Redemoinhos ajudam a compreender dinâmica da atmosfera marciana (Imagem: Nasa/Reprodução)

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Entendendo o fenômeno

Vórtices convectivos são formados a partir do contato do ar mais denso e frio com o solo quente. Ao entrar na coluna, o ar ganha velocidade e pega poeira, criando colunas ascendentes e rotativas de ar quente.

As primeiras imagens de redemoinhos em Marte capturadas pela NASA foram feitas na década de 1970 pelos orbitadores Viking. Décadas depois, a missão Pathfinder chegou a fotografar o momento em que um deles passa por cima de um módulo de pouso.

Perseverance estava a 1 quilômetro de distância dos dois redemoinhos (Imagem: Nasa/Reprodução)

Atualmente, o rover Curiosity, que está explorando um local chamado Monte Sharp na Cratera Gale no lado oposto do Planeta Vermelho, também vê redemoinhos com certa frequência. 

“O estudo do dust devil é importante porque esses fenômenos indicam condições atmosféricas, como direções e velocidades predominantes do vento, e são responsáveis ​​por cerca de metade da poeira na atmosfera marciana”, disse Katie Stack Morgan, cientista do projeto do rover Perseverance no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA no sul da Califórnia.

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Veja ao vivo um asteroide maior que o Pão de Açúcar passar “perto” da Terra

Um asteroide com tamanho estimado entre 360 e 800 metros – maior que o Morro do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro – vai passar relativamente perto da Terra neste sábado (5). 

Batizado de 2025 BC10, o objeto espacial vai cruzar o céu a cerca de 3,7 milhões de quilômetros da Terra. Isso equivale a 9,6 vezes a distância entre a Terra e a Lua, considerada próxima para os padrões da astronomia.

De acordo com a NASA, todo corpo celeste que passe a menos de 7,5 milhões de quilômetros de nós é classificado como NEO, sigla em inglês para “objeto próximo da Terra”. Quando ele tem mais de 150 metros, entra também na categoria de “potencialmente perigoso”.

Embora o nome assuste, não indica ameaça imediata. Esses objetos apenas entram em uma lista de monitoramento mais cuidadosa, com cálculos detalhados de suas trajetórias. No caso do 2025 BC10, ele está completamente fora de rota de colisão.

A aproximação máxima será às 7h12 da manhã (pelo horário de Brasília). Mesmo a essa distância, o evento é uma boa oportunidade para observação astronômica e será acompanhado por telescópios ao redor do mundo.

Quem quiser ver o asteroide em tempo real pode acompanhar a transmissão online programada pelo Projeto Telescópio Virtual, da Itália. A exibição será ao vivo e gratuita, no canal do projeto no YouTube, a partir das 17h, pelo horário de Brasília (quando o objeto já estiver se afastando).

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Asteroide foi descoberto em 2025

Asteroides são remanescentes rochosos do início do Sistema Solar. A maioria orbita no chamado cinturão de asteroides, entre Marte e Júpiter. Outros, como o 2025 BC10, seguem órbitas que se aproximam da Terra.

Esse asteroide foi descoberto recentemente, em 28 de janeiro. No último domingo (30), um dos telescópios do projeto italiano fez uma foto do objeto, que aparece como um ponto de luz, em contraste com as estrelas ao fundo, vistas com leves rastros.

Asteróide 2025 BC10 movendo-se pelo céu em 30 de março de 2025. Crédito: Gianluca Masi, The Virtual Telescope Project

A NASA já calculou a trajetória de todos os asteroides potencialmente perigosos conhecidos e garante que nenhum deles apresenta risco de colisão com a Terra nos próximos 100 anos. A passagem do 2025 BC10, portanto, é apenas uma chance segura e interessante de observar um visitante espacial de grande porte.

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NASA cria escudo com ‘mão invisível’ que limpa poeira da Lua

A NASA concluiu o teste de um sistema para proteger espaçonaves da destrutiva poeira da Lua. Chamado de Escudo Eletrodinâmico de Poeira (EDS, na sigla em inglês), o sistema funciona como uma espécie de mão invisível.

Se você acha que o EDS foi testado em algum laboratório da NASA na Terra, está enganado. Ele foi testado na Lua mesmo. O sistema chegou lá na missão Blue Ghost 1, da Firefly Aerospace, encerrada em 16 de março.

NASA leva décadas para criar escudo contra poeira afiada e grudenta da Lua

Qual o problema da poeira lunar? Formada após bilhões de anos de impactos de micrometeoritos e ausência de água, ela tem partículas afiadas. Como se não bastasse, elas são carregadas eletrostaticamente, devido ao bombardeio constante de raios cósmicos.

Poeira lunar tem partículas afiadas após bilhões de anos de impactos de micrometeoritos e ausência de água (Imagem: arte.inteligente1/Shutterstock)

Resultado: a poeira da Lua é extremamente aderente, semelhante ao carvão. Ela gruda em trajes espaciais, lentes e demais equipamentos. Neil Armstrong e seus colegas tiveram que lidar com itens danificados e pulmões afetados pela poeira fina, invasiva e destrutiva.

Desde as missões Apollo, na década de 1960, quando os astronautas voltavam cobertos por essa poeira, a NASA busca soluções para o problema.

Escudo criado pela NASA empurra poeira lunar

Para resolver essa questão, a NASA desenvolveu o EDS. É uma tecnologia sem partes móveis com pequenos eletrodos para gerar um campo elétrico alternado.

Esse campo cria ondas chamadas forças dieletroforéticas. O que elas fazem? Empurram a poeira, limpando as superfícies como se fossem movidas por uma mão invisível.

Renderização do blue ghost na Lua
NASA testou seu escudo que varre poeira da Lua durante a missão Blue Ghost 1 (Imagem: Firefly Aerospace)

O teste feito durante a missão Blue Ghost 1 mostrou resultados impressionantes, conforme divulgado pela NASA em comunicado. Tem até GIF (veja aqui).

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A imagem “antes” apresenta a superfície coberta por poeira da Lua. Já a imagem “depois” mostra a área limpa, o que demonstra a eficiência do EDS.

Embora ainda não esteja pronto para uso definitivo em missões lunares, o EDS provou seu potencial para proteger espaçonaves e astronautas da ameaça persistente da poeira lunar. Isso abre caminho para deixar exploração da Lua mais segura no futuro.

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Novo telescópio infravermelho da NASA “abre os olhos” pela primeira vez

Na última terça-feira (1º), a NASA anunciou que seu novo telescópio espacial infravermelho, o SPHEREx, registrou as primeiras imagens do Universo. Esse momento, conhecido como “primeira luz”, indica que todos os sistemas da espaçonave estão operando corretamente.

“Com base nas imagens que estamos vendo, podemos dizer que a equipe acertou em cheio”, afirmou Jamie Bock, cientista líder da missão no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA, em um comunicado.

Lançado em 12 de março, a um custo superior a US$ 488 milhões, o SPHEREx (sigla em inglês para “Espectrofotômetro para a História do Universo, Época da Reionização e Explorador de Gelos”) funciona de maneira semelhante ao famoso Telescópio Espacial James Webb (JWST), pois ambos captam luz infravermelha. Isso permite que observem através da poeira cósmica e enxerguem regiões distantes do Universo que telescópios comuns não conseguem.

No entanto, enquanto o Webb estuda detalhes específicos de estrelas e galáxias, o SPHEREx tem a missão de criar um grande mapa do Universo, coletando dados de uma enorme quantidade de objetos cósmicos de uma só vez.

Primeiras imagens captadas pela missão SPHEREx, da NASA, em 27 de março de 2025. Crédito: NASA / JPL-Caltech

NASA registra 100 mil fontes de luz na primeira observação do SPHEREx

As imagens recém-divulgadas ainda não representam a qualidade máxima que o telescópio pode alcançar, mas são um passo fundamental. Cada uma delas foi capturada por um dos seis detectores do SPHEREx, responsáveis por registrar informações em 17 diferentes faixas de luz infravermelha. No total, ele pode observar o Universo em 102 bandas de comprimento de onda.

Nessas primeiras imagens de teste, há cerca de 100 mil fontes astronômicas registradas. Os tons de cor usados nas imagens foram aplicados para facilitar a visualização, pois o olho humano não consegue enxergar a luz infravermelha. Áreas avermelhadas indicam comprimentos de onda mais longos, enquanto tons arroxeados representam ondas mais curtas.

Cada imagem nesta exposição SPHEREx contém cerca de 100 mil fontes de luz, entre estrelas e galáxias. As duas inserções à direita ampliam seções de uma imagem, mostrando a capacidade do telescópio de capturar galáxias distantes e fracas. Essas seções são processadas em tons de cinza em vez de cores de luz visível para facilitar a visualização. Crédito: NASA / JPL-Caltech

A astronomia infravermelha é essencial para observar objetos muito distantes. Isso acontece porque, à medida que o Universo se expande, a luz dos corpos celestes se alonga, mudando de azul para vermelho e, por fim, para o espectro infravermelho. Sem essa tecnologia, seria impossível enxergar galáxias e estrelas que surgiram logo após o Big Bang, há cerca de 13,7 bilhões de anos.

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Ajuste de foco não pode ser feito no espaço

As imagens iniciais também demonstram que os detectores do SPHEREx estão operando corretamente e são capazes de focalizar com precisão. Esse ajuste de foco foi realizado ainda na Terra, pois não há como alterá-lo agora que o telescópio está no espaço.

Atualmente, os detectores seguem um processo de resfriamento, necessário para evitar interferências nas medições infravermelhas. Esse tipo de tecnologia também é usado por bombeiros para localizar focos de incêndio em edifícios. Se os sensores do SPHEREx ficarem muito quentes, os dados coletados podem ser comprometidos.

Segundo a NASA, o telescópio tem um campo de visão 20 vezes maior que a Lua cheia. Quando começar a operar plenamente, no fim deste mês, ele fará cerca de 600 registros diários do céu para criar um mapa detalhado do Universo.

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