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NASA cria escudo com ‘mão invisível’ que limpa poeira da Lua

A NASA concluiu o teste de um sistema para proteger espaçonaves da destrutiva poeira da Lua. Chamado de Escudo Eletrodinâmico de Poeira (EDS, na sigla em inglês), o sistema funciona como uma espécie de mão invisível.

Se você acha que o EDS foi testado em algum laboratório da NASA na Terra, está enganado. Ele foi testado na Lua mesmo. O sistema chegou lá na missão Blue Ghost 1, da Firefly Aerospace, encerrada em 16 de março.

NASA leva décadas para criar escudo contra poeira afiada e grudenta da Lua

Qual o problema da poeira lunar? Formada após bilhões de anos de impactos de micrometeoritos e ausência de água, ela tem partículas afiadas. Como se não bastasse, elas são carregadas eletrostaticamente, devido ao bombardeio constante de raios cósmicos.

Poeira lunar tem partículas afiadas após bilhões de anos de impactos de micrometeoritos e ausência de água (Imagem: arte.inteligente1/Shutterstock)

Resultado: a poeira da Lua é extremamente aderente, semelhante ao carvão. Ela gruda em trajes espaciais, lentes e demais equipamentos. Neil Armstrong e seus colegas tiveram que lidar com itens danificados e pulmões afetados pela poeira fina, invasiva e destrutiva.

Desde as missões Apollo, na década de 1960, quando os astronautas voltavam cobertos por essa poeira, a NASA busca soluções para o problema.

Escudo criado pela NASA empurra poeira lunar

Para resolver essa questão, a NASA desenvolveu o EDS. É uma tecnologia sem partes móveis com pequenos eletrodos para gerar um campo elétrico alternado.

Esse campo cria ondas chamadas forças dieletroforéticas. O que elas fazem? Empurram a poeira, limpando as superfícies como se fossem movidas por uma mão invisível.

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NASA testou seu escudo que varre poeira da Lua durante a missão Blue Ghost 1 (Imagem: Firefly Aerospace)

O teste feito durante a missão Blue Ghost 1 mostrou resultados impressionantes, conforme divulgado pela NASA em comunicado. Tem até GIF (veja aqui).

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A imagem “antes” apresenta a superfície coberta por poeira da Lua. Já a imagem “depois” mostra a área limpa, o que demonstra a eficiência do EDS.

Embora ainda não esteja pronto para uso definitivo em missões lunares, o EDS provou seu potencial para proteger espaçonaves e astronautas da ameaça persistente da poeira lunar. Isso abre caminho para deixar exploração da Lua mais segura no futuro.

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Novo telescópio infravermelho da NASA “abre os olhos” pela primeira vez

Na última terça-feira (1º), a NASA anunciou que seu novo telescópio espacial infravermelho, o SPHEREx, registrou as primeiras imagens do Universo. Esse momento, conhecido como “primeira luz”, indica que todos os sistemas da espaçonave estão operando corretamente.

“Com base nas imagens que estamos vendo, podemos dizer que a equipe acertou em cheio”, afirmou Jamie Bock, cientista líder da missão no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA, em um comunicado.

Lançado em 12 de março, a um custo superior a US$ 488 milhões, o SPHEREx (sigla em inglês para “Espectrofotômetro para a História do Universo, Época da Reionização e Explorador de Gelos”) funciona de maneira semelhante ao famoso Telescópio Espacial James Webb (JWST), pois ambos captam luz infravermelha. Isso permite que observem através da poeira cósmica e enxerguem regiões distantes do Universo que telescópios comuns não conseguem.

No entanto, enquanto o Webb estuda detalhes específicos de estrelas e galáxias, o SPHEREx tem a missão de criar um grande mapa do Universo, coletando dados de uma enorme quantidade de objetos cósmicos de uma só vez.

Primeiras imagens captadas pela missão SPHEREx, da NASA, em 27 de março de 2025. Crédito: NASA / JPL-Caltech

NASA registra 100 mil fontes de luz na primeira observação do SPHEREx

As imagens recém-divulgadas ainda não representam a qualidade máxima que o telescópio pode alcançar, mas são um passo fundamental. Cada uma delas foi capturada por um dos seis detectores do SPHEREx, responsáveis por registrar informações em 17 diferentes faixas de luz infravermelha. No total, ele pode observar o Universo em 102 bandas de comprimento de onda.

Nessas primeiras imagens de teste, há cerca de 100 mil fontes astronômicas registradas. Os tons de cor usados nas imagens foram aplicados para facilitar a visualização, pois o olho humano não consegue enxergar a luz infravermelha. Áreas avermelhadas indicam comprimentos de onda mais longos, enquanto tons arroxeados representam ondas mais curtas.

Cada imagem nesta exposição SPHEREx contém cerca de 100 mil fontes de luz, entre estrelas e galáxias. As duas inserções à direita ampliam seções de uma imagem, mostrando a capacidade do telescópio de capturar galáxias distantes e fracas. Essas seções são processadas em tons de cinza em vez de cores de luz visível para facilitar a visualização. Crédito: NASA / JPL-Caltech

A astronomia infravermelha é essencial para observar objetos muito distantes. Isso acontece porque, à medida que o Universo se expande, a luz dos corpos celestes se alonga, mudando de azul para vermelho e, por fim, para o espectro infravermelho. Sem essa tecnologia, seria impossível enxergar galáxias e estrelas que surgiram logo após o Big Bang, há cerca de 13,7 bilhões de anos.

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Ajuste de foco não pode ser feito no espaço

As imagens iniciais também demonstram que os detectores do SPHEREx estão operando corretamente e são capazes de focalizar com precisão. Esse ajuste de foco foi realizado ainda na Terra, pois não há como alterá-lo agora que o telescópio está no espaço.

Atualmente, os detectores seguem um processo de resfriamento, necessário para evitar interferências nas medições infravermelhas. Esse tipo de tecnologia também é usado por bombeiros para localizar focos de incêndio em edifícios. Se os sensores do SPHEREx ficarem muito quentes, os dados coletados podem ser comprometidos.

Segundo a NASA, o telescópio tem um campo de visão 20 vezes maior que a Lua cheia. Quando começar a operar plenamente, no fim deste mês, ele fará cerca de 600 registros diários do céu para criar um mapa detalhado do Universo.

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Astronautas ‘presos’ no espaço falam sobre experiência pela 1ª vez: ‘Obrigado’

Os astronautas da NASA Suni Williams e Butch Wilmore falaram, pela primeira vez, sobre a experiência de terem ficado “presos” na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). E eles expressaram, acima de tudo, gratidão.

Williams agradeceu aos colegas da cápsula Crew Dragon, da SpaceX, que os trouxeram de volta. Ela também expressou gratidão à NASA, à Boeing, à SpaceX e à equipe médica que os ajudou na readaptação à gravidade.

A dupla participou de uma coletiva de imprensa no Centro Espacial Johnson, em Houston, nos Estados Unidos, na segunda-feira (31).

Astronautas que ficaram ‘presos’ na ISS evitaram temas políticos na coletiva – mas eles rondam o episódio

Durante a coletiva, Williams, Wilmore e Nick Hague, comandante da Crew Dragon, evitaram temas políticos (mais sobre eles ao longo desta matéria). Eles destacaram o trabalho em equipe e a união durante a missão.

Nick Hague, Suni Williams e Butch Wilmore durante coletiva da NASA (Imagem: Reprodução/NASA)

Wilmore não culpou a Boeing pelos problemas da Starliner. Na verdade, ele apontou a responsabilidade compartilhada entre NASA e Boeing. E disse que poderia ter feito perguntas melhores.

“Começo apontando o dedo para mim mesmo”, disse o astronauta. “Eu poderia ter feito algumas perguntas, e as respostas talvez mudassem o rumo das coisas.”

Nave Starliner, da Boeing
Starliner, da Boeing, pode voltar a voar no fim de 2025 ou em 2026 (Imagem: Keith J Finks/Shutterstock)

A NASA prevê um novo voo da Starliner para o fim deste ano ou 2026. Williams e Wilmore afirmaram que voariam novamente, sem hesitar.

“Vamos corrigir os problemas. A Boeing e a NASA estão comprometidas. Eu embarcaria de novo sem pensar duas vezes”, disse Wilmore. “Concordo”, disse Williams. “A espaçonave é realmente capaz.”

A ‘politicagem’ na história dos astronautas ‘presos’ no espaço

A missão começou em junho de 2024, quando a dupla embarcou na Starliner, da Boeing, para testá-la. Após a cápsula apresentar falhas no sistema de propulsão, a NASA achou melhor ela voltar à Terra vazia. E os astronautas ficaram na ISS até fevereiro.

Silhuetas de Donald Trump e Elon Musk; ao fundo, a bandeira dos Estados Unidos
Trump e Musk alegaram que governo Biden tinha abandonado dupla de astronautas no espaço (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

Em janeiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu conselheiro Elon Musk alegaram – sem apresentar provas – que Williams e Wilmore tinham sido abandonados no espaço pelo governo de Joe Biden por razões políticas. Os dois astronautas negam.

Agora, a dupla retorna a uma NASA em transição, apontou o jornal New York Times. “Embora ainda não se saiba qual caminho a agência tomará”, acrescenta a reportagem.

Musk e seu Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) miram o desmonte de ao menos partes da burocracia federal. Ao mesmo tempo, o Musk CEO da SpaceX sonha em enviar colonos a Marte.

Representação artística de astronautas do Programa Artemis, da NASA, explorando a superfície da Lua
Representação artística de astronautas do Programa Artemis, da NASA, explorando a superfície da Lua (Imagem: NASA)

Isso alimenta especulações de que o programa Artemis da NASA, que planeja levar astronautas de volta à Lua, possa ser redirecionado conforme os interesses de Musk, segundo o jornal.

Enquanto isso, teme-se que outras divisões da agência – as voltadas às mudanças climáticas, ciência planetária e astrofísica, por exemplo – possam ser vítimas do facão de Musk.

Reta final e ‘era de ouro’ da Estação Espacial

A Estação Espacial Internacional está programada para operar até 2030, quando uma espaçonave projetada pela SpaceX deve retirá-la da órbita e lançá-la no Oceano Pacífico. Provavelmente será um fim dramático.

Estação Espacial Internacional vista do espaço, de longe, centralizada ao horizonte abobadado do planeta Terra
Estação Espacial Internacional está programada para operar até 2030 – depois, vai mergulhar no Pacífico (Imagem: Dima Zel/Shutterstock)

Recentemente, Musk sugeriu que a estação já cumpriu seu papel e deveria ser descartada antes disso. No entanto, os astronautas falaram sobre as pesquisas realizadas ali com admiração.

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Hague disse que a complexidade dos experimentos aumentou consideravelmente em comparação ao que ele havia feito e observado na sua estadia na ISS seis anos atrás.

“Isso nos dá a sensação de que estamos vivendo a era de ouro da estação espacial, em termos de retorno sobre o investimento”, afirmou Hague. Musk e Trump provavelmente discordam. Pelo menos, em partes.

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Estes cinco asteroides se aproximam da Terra, segundo a NASA

Diariamente, o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA disponibiliza um painel online informando quais são os cinco próximos asteroides que passarão perto da Terra

É necessário ressaltar que esse “perto” é em proporções astronômicas. De acordo com a agência, é classificado como NEO (sigla em inglês para “objeto próximo da Terra”) qualquer corpo espacial que passe dentro de 7,5 milhões de km de distância de nós – o que representa 19,5 vezes a distância do planeta até a Lua. Se, além disso, ele for maior que cerca de 150 metros, é considerado um asteroide potencialmente perigoso (PHA) ou objeto potencialmente perigoso (PHO).

Asteroides que passam a pelo menos 7,5 milhões de km da Terra são considerados objetos próximos. Crédito: Mikael Damkier – Shutterstock

O painel exibe o nome do objeto, a data da maior aproximação, o diâmetro aproximado, tamanho relativo e distância da Terra para cada encontro. É possível visualizar os dados em metros/pés e quilômetros/milhas, bastando clicar sobre a opção desejada. Ao clicar no nome do objeto, é aberta uma página com detalhes sobre ele.

Leia mais:

Lista das cinco próximas aproximações de asteroides

De acordo com a NASA, os cinco próximos asteroides a passar a menos de 7,5 milhões de km da Terra – portanto, relativamente perto – são:

1 – 2025 FQ7

  • Data: 31 de março de 2025
  • Diâmetro aproximado: 13 metros
  • Tamanho relativo: um ônibus ou um prédio de quatro andares
  • Distância estimada: 2,86 milhões de km

2 – 2025 FZ3

  • Data: 31 de março de 2025
  • Diâmetro aproximado: 17 metros
  • Tamanho relativo: um ônibus ou um prédio de cinco andares
  • Distância estimada: 3,23 milhões de km

3 – 2025 FS11

  • Data: 31 de março de 2025
  • Diâmetro aproximado: 34 metros
  • Tamanho relativo: avião presidencial do Brasil
  • Distância estimada: 6,93 milhões de km

4 – 2025 FC6

  • Data: 1 de abril de 2025
  • Diâmetro aproximado: 20 metros
  • Tamanho relativo: um jatinho ou um prédio de seis andares
  • Distância estimada: 4,5 milhões de km

5 – 2025 FL7

  • Data: 1 de abril de 2025
  • Diâmetro aproximado: 20 metros
  • Tamanho relativo: um jatinho ou um prédio de seis andares
  • Distância estimada: 4,85 milhões de km
Se o asteroide próximo à Terra tiver mais de 150 metros de diâmetro, ele é considerado um objeto potencialmente perigoso para o planeta. Crédito: Luca9257 – Shutterstock

Nenhum desses objetos oferece risco para a Terra. A NASA estimou as trajetórias de todos os PHAs até depois do fim deste século, descobrindo que não há qualquer risco de colisão apocalíptica com o planeta pelo menos nos próximos 100 anos.

Veja objetos próximos da Terra em tempo real

O painel online de observação de asteroides da NASA oferece uma ferramenta que permite monitorar NEOs em tempo real.

É possível acompanhar a localização exata de milhares de asteroides e cometas, as próximas cinco aproximações da Terra e explorar missões passadas, presentes e futuras a NEOs. 

Esta visualização interativa usa dados do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (CNEOS) do JPL, que calcula órbitas de alta precisão para NEOs em apoio ao Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA.

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Depois de ‘prender’ astronautas no espaço, Starliner pode voar novamente

Você deve se lembrar dos astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, que ficaram mais de nove meses “presos” no espaço. A dupla foi levada até a Estação Espacial Internacional (ISS) pela Starliner, mas a cápsula da Boeing acabou apresentando algumas falhas durante a missão.

Por conta disso, a agência espacial norte-americana e a gigante aeroespacial estão trabalhando para “resolver as anomalias”. Este é considerado o primeiro passo antes de um novo voo tripulado envolvendo o equipamento.

Reparos já estão em andamento

A NASA e a Boeing informaram que estão analisando os dados da missão desde o retorno da Starliner à Terra. O objetivo é descobrir o que causou as cinco falhas de propulsores durante o voo da cápsula para a ISS no ano passado, bem como vazamentos de hélio, usado para pressurizar os propulsores.

Cápsula Starliner faz parte de projeto espacial da Boeing (Imagem: Dima Zel/Shutterstock)

A ideia é testar o “disparo dos principais propulsores Starliner” nos próximos meses, além de testar uma nova vedação do sistema de hélio.

A expectativa é que tudo isso esteja pronto ainda neste ano, com um novo teste sendo realizado no fim de 2025 ou início de 2026.

Em comunicado, Steve Stich, gerente do Programa de Tripulação Comercial da NASA, afirmou que “assim que passarmos por essas campanhas de teste planejadas, teremos uma ideia melhor de quando poderemos voar no próximo voo da Boeing”.

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Barry “Butch” Wilmore e Suni Williams ficaram “presos” no espaço por mais de nove meses após falha na Starliner (Imagem: NASA)

Falha na Starliner deixou astronautas “presos” no espaço

  • Os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams estavam a bordo da Starliner para uma viagem até a Estação Espacial Internacional (ISS);
  • A missão CFT seria o último voo de qualificação da espaçonave antes de entrar em rotação operacional como um transporte de tripulação para a ISS;
  • No entanto, problemas no propulsor levaram a um atraso de três meses no retorno da cápsula para a Terra, o que acabou acontecendo sem os astronautas a bordo;
  • Com isso, em vez de dez dias, a dupla passou mais de nove meses no espaço, retornado à Terra apenas nesta semana.

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Cinco asteroides se aproximam da Terra nesta sexta – planeta corre perigo?

Diariamente, o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA disponibiliza um painel online informando quais são os cinco próximos asteroides que passarão perto da Terra

É necessário ressaltar que esse “perto” é em proporções astronômicas. De acordo com a agência, é classificado como NEO (sigla em inglês para “objeto próximo da Terra”) qualquer corpo espacial que passe dentro de 7,5 milhões de km de distância de nós – o que representa 19,5 vezes a distância do planeta até a Lua. Se, além disso, ele for maior que cerca de 150 metros, é considerado um asteroide potencialmente perigoso (PHA) ou objeto potencialmente perigoso (PHO).

Asteroides que passam a pelo menos 7,5 milhões de km da Terra são considerados objetos próximos. Crédito: Mikael Damkier – Shutterstock

O painel exibe o nome do objeto, a data da maior aproximação, o diâmetro aproximado, tamanho relativo e distância da Terra para cada encontro. É possível visualizar os dados em metros/pés e quilômetros/milhas, bastando clicar sobre a opção desejada. Ao clicar no nome do objeto, é aberta uma página com detalhes sobre ele.

Leia mais:

Lista das cinco próximas aproximações de asteroides

De acordo com a NASA, os cinco próximos asteroides a passar a menos de 7,5 milhões de km da Terra – portanto, relativamente perto – são:

1 – 2025 FB8

  • Data: 28 de março de 2025
  • Diâmetro aproximado: 7 metros
  • Tamanho relativo: um micro-ônibus
  • Distância estimada: 119 mil km

2 – 2025 AF7

  • Data: 28 de março de 2025
  • Diâmetro aproximado: 17 metros
  • Tamanho relativo: um ônibus ou um prédio de cinco andares
  • Distância estimada: 399 mil km

3 – 2025 FG6

  • Data: 28 de março de 2025
  • Diâmetro aproximado: 7 metros
  • Tamanho relativo: um micro-ônibus
  • Distância estimada: 1,13 milhão de km

4 – 2025 FS7

  • Data: 28 de março de 2025
  • Diâmetro aproximado: 18 metros
  • Tamanho relativo: um prédio de cinco andares
  • Distância estimada: 6,12 milhões de km

5 – 2025 FM6

  • Data: 28 de março de 2025
  • Diâmetro aproximado: 43 metros
  • Tamanho relativo: um avião ou um prédio de 14 andares
  • Distância estimada: 6,36 milhões de km
Se o asteroide próximo à Terra tiver mais de 150 metros de diâmetro, ele é considerado um objeto potencialmente perigoso para o planeta. Crédito: Luca9257 – Shutterstock

Nenhum desses objetos oferece risco para a Terra. A NASA estimou as trajetórias de todos os PHAs até depois do fim deste século, descobrindo que não há qualquer risco de colisão apocalíptica com o planeta pelo menos nos próximos 100 anos.

Veja objetos próximos da Terra em tempo real

O painel online de observação de asteroides da NASA oferece uma ferramenta que permite monitorar NEOs em tempo real.

É possível acompanhar a localização exata de milhares de asteroides e cometas, as próximas cinco aproximações da Terra e explorar missões passadas, presentes e futuras a NEOs. 

Esta visualização interativa usa dados do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (CNEOS) do JPL, que calcula órbitas de alta precisão para NEOs em apoio ao Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA.

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Sonda da NASA fica pertinho do Sol e sobrevive para contar história

Os últimos dias foram intensos para a Parker Solar, da NASA. A sonda ficou a cerca de 6,1 milhões de quilômetros do Sol no sábado (22) – parece muito, mas é pertinho. Na terça-feira (25), a nave contatou operadores da missão, segundo a agência espacial dos EUA.

Esta foi a 23ª aproximação do Sol feita pela sonda. A aproximação, também chamada de periélio, ocorreu às 19h42 (no horário de Brasília). A Parker Solar sobrevoou ao redor da estrela a 692 mil km/h.

Dias depois, a sonda contatou operadores da missão no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos – onde foi desenvolvida, aliás.

Sonda Parker emitiu sinal para a NASA (na Terra) após voar ao redor do Sol

A nave emitiu “um sinal indicando que estava saudável e com todos os sistemas funcionando normalmente”, informou Mara Johnson-Groh, do Centro de Voo Espacial Goddard, da NASA, em comunicado.

Órbita feita pela Parker Solar – trecho em amarelo destaca quando sonda ficou pertinho do Sol (Imagem: NASA/Johns Hopkins APL/Steve Gribben)

O periélio marcou o ponto médio do 23º encontro solar da missão, que começou em 18 de março e foi até quinta-feira (27). “A passagem, a segunda nesta distância e velocidade, permite que a espaçonave realize medições científicas incomparáveis do vento solar e das atividades relacionadas“, escreveu Mara.

Pesquisadores querem usar os dados coletados pela sonda Parker para prever melhor os eventos do clima espacial e solucionar mistérios relacionados ao Sol.

Após mais de 10 anos de serviço, telescópio Gaia vai mergulhar no Sol

O telescópio espacial Gaia, enfim, deu seu adeus. Especialistas da missão da Agência Espacial Europeia (ESA) colocaram o telescópio em órbita ao redor do Sol na quinta-feira (27). Em seguida, eles o desligaram, após mais de uma década de serviço para astrônomos.

Ilustração digital do telescópio Gaia, da ESA, girando no espaço com a Via Láctea ao fundo
Telescópio Gaia, da ESA, deu adeus na quinta-feira, 27 (Imagem: A. Moitinho/ESA/ATG/Gaia/DPAC)

A missão Gaia mapeou a Via Láctea entre 2014 e 2025. A missão começou a registrar dados cerca de seis meses após seu lançamento, ocorrido em dezembro de 2013. E encerrou suas operações em 15 de janeiro de 2025. Agora, o telescópio está com pouco combustível. Daí o adeus.

Leia mais:

Saiba mais sobre a despedida do telescópio Gaia nesta matéria do Olhar Digital.

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NASA alerta: cinco asteroides passam perto da Terra nesta quinta

Diariamente, o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA disponibiliza um painel online informando quais são os cinco próximos asteroides que passarão perto da Terra

É necessário ressaltar que esse “perto” é em proporções astronômicas. De acordo com a agência, é classificado como NEO (sigla em inglês para “objeto próximo da Terra”) qualquer corpo espacial que passe dentro de 7,5 milhões de km de distância de nós – o que representa 19,5 vezes a distância do planeta até a Lua. Se, além disso, ele for maior que cerca de 150 metros, é considerado um asteroide potencialmente perigoso (PHA) ou objeto potencialmente perigoso (PHO).

O painel exibe o nome do objeto, a data da maior aproximação, o diâmetro aproximado, tamanho relativo e distância da Terra para cada encontro. É possível visualizar os dados em metros/pés e quilômetros/milhas, bastando clicar sobre a opção desejada. Ao clicar no nome do objeto, é aberta uma página com detalhes sobre ele.

Leia mais:

Lista das cinco próximas aproximações de asteroides

De acordo com a NASA, os cinco próximos asteroides a passar a menos de 7,5 milhões de km da Terra – portanto, relativamente perto – são:

1 – 2025 FO6

  • Data: 27 de março de 2025
  • Diâmetro aproximado: 11 metros
  • Tamanho relativo: um ônibus ou um prédio de quatro andares
  • Distância estimada: 808 mil km

2 – 2025 FA7

  • Data: 27 de março de 2025
  • Diâmetro aproximado: 19 metros
  • Tamanho relativo: um prédio de cinco andares
  • Distância estimada: 1,96 milhão de km

3 – 2025 FC4

  • Data: 27 de março de 2025
  • Diâmetro aproximado: 24 metros
  • Tamanho relativo: um avião agrícola ou um prédio de seis andares
  • Distância estimada: 4,31 milhões de km

4 – 2025 DV22

  • Data: 27 de março de 2025
  • Diâmetro aproximado: 55 metros
  • Tamanho relativo: um avião das Forças Armadas ou um prédio de 18 andares
  • Distância estimada: 6,35 milhões de km

5 – 2007 EJ88

  • Data: 27 de março de 2025
  • Diâmetro aproximado: 70 metros
  • Tamanho relativo: um avião comercial ou um prédio de 24 andares
  • Distância estimada: 7,26 milhões de km

Veja objetos próximos da Terra em tempo real

O painel online de observação de asteroides da NASA oferece uma ferramenta que permite monitorar NEOs em tempo real.

É possível acompanhar a localização exata de milhares de asteroides e cometas, as próximas cinco aproximações da Terra e explorar missões passadas, presentes e futuras a NEOs. 

Esta visualização interativa usa dados do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (CNEOS) do JPL, que calcula órbitas de alta precisão para NEOs em apoio ao Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA.

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Artemis 2: veja o foguete da missão quase pronto para lançar astronautas à Lua

Com a missão Artemis 2, prevista para 2026, a NASA se prepara para escrever um novo capítulo na história da exploração lunar. Será a primeira vez, em mais de meio século, que astronautas serão lançados à Lua, ainda sem pouso.

O objetivo é dar uma volta ao redor do satélite natural da Terra e retornar ao planeta, testando os sistemas para viagens futuras. Para isso, será utilizado um dos foguetes mais potentes já construídos: o Space Launch System (SLS). 

Recentemente, a NASA concluiu uma etapa essencial para o lançamento. No Centro Espacial Kennedy, na Flórida, a equipe técnica conectou o estágio central do veículo aos propulsores laterais. 

Em comunicado, a agência explica que o estágio central do SLS é responsável por armazenar o combustível principal do foguete. Ele mede 65 metros de altura e foi cuidadosamente manobrado dentro do Edifício de Montagem de Veículos usando um enorme guindaste. 

Após ser reposicionado, foi encaixado entre os dois propulsores laterais, que também impressionam pelo tamanho: cada um tem 54 metros de altura e juntos garantem mais de 75% da força necessária para levantar o foguete do chão.

O estágio central do foguete da missão Artemis 2 sendo encaixado nos propulsores laterais no Centro Espacial Kennedy, da NASA, no domingo (23). Crédito: NASA

Além do estágio central e dos propulsores, outras partes do sistema também começaram a ser acopladas nas últimas semanas. Entre elas estão os painéis solares, as carenagens protetoras e o módulo de serviço europeu que acompanhará a cápsula Orion. A expectativa é que, nos próximos meses, todas essas peças formem a estrutura completa do foguete.

A missão Artemis 2 será a segunda etapa do Programa Artemis, criado para levar novamente astronautas à Lua e, futuramente, estabelecer uma presença humana duradoura por lá. A primeira missão, Artemis 1, foi lançada em 2022 e enviou uma cápsula Orion sem tripulação para orbitar a Lua e voltar em segurança, em um voo de teste.

Desta vez, quatro astronautas estarão a bordo: Reid Wiseman, comandante da missão; Victor Glover, piloto; Christina Koch, especialista de missão; e Jeremy Hansen, da Agência Espacial Canadense (CSA). Juntos, eles serão os primeiros humanos a se aproximarem da Lua desde a última missão Apollo, em 1972.

Leia mais:

Ordem de Trump pode mudar tripulação que vai pousar na Lua?

A NASA também planeja a missão Artemis 3, que prevê levar astronautas à superfície lunar em 2027. Inicialmente, essa missão estava marcada para 2026, mas problemas identificados no escudo térmico da cápsula Orion durante o voo Artemis 1 fizeram a agência adiar as datas.

Desde os primeiros anúncios do programa, Artemis 3 foi divulgada como a missão que posaria a primeira mulher e a primeira pessoa preta na superfície lunar. A NASA, no entanto, não menciona mais esse compromisso nos comunicados do programa, levantando dúvidas sobre o futuro da diversidade na exploração lunar.

A mudança ocorre em meio a uma reestruturação de políticas do governo de Donald Trump, que ordenou o fim de programas voltados à diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade (DEIA). Segundo a Casa Branca, essas iniciativas representam “desperdício de dinheiro público e discriminação vergonhosa”. Saiba mais aqui.

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NASA encontra “jabuticabas” em Marte? Entenda

Já pensou em comer jabuticabas de Marte? O rover Perseverance, da NASA, encontrou algo semelhante por lá. Mas, calma: não são frutas extraterrestres, e sim formações rochosas curiosas que lembram pequenas esferas escuras. Em um comunicado, a agência comparou a mirtilos – mas, para facilitar, podemos pensar em jabuticabas, mais populares no Brasil.

A descoberta aconteceu na borda da cratera Jezero, em uma área chamada St. Paul’s Bay, onde o equipamento localizou uma rocha coberta por centenas dessas esferas, que chamaram atenção pelos detalhes inusitados. Algumas delas têm bordas angulares, outras são alongadas, e algumas apresentam até pequenos orifícios.

O rover chegou recentemente a uma região chamada Broom Point, escolhida pela NASA para análise porque imagens de satélite indicaram faixas de tons claros e escuros no terreno, sugerindo camadas rochosas antigas. Essas formações podem ter se originado em uma época em que Marte tinha água corrente e condições mais favoráveis à vida.

Imagem obtida pelo rover Perseverance em 11 de março de 2025 mostra parte do alvo St. Paul’s Bay, na borda da cratera Jezero. O registro revela centenas de objetos estranhos de forma esférica, semelhantes a mirtilos (ou jabuticabas) que compõem a rocha. Crédito: NASA / JPL-Caltech / LANL / CNES / IRAP.

Outras “frutinhas” já foram vistas em Marte antes

Descobertas semelhantes já foram feitas antes. Em 2015, o rover Curiosity encontrou estruturas parecidas na cratera Gale, e o próprio Perseverance já observou texturas esféricas na cratera Jezero. 

Na Terra, esferas assim podem surgir por diferentes processos naturais, como a interação de minerais com a água subterrânea ou até mesmo erupções vulcânicas e impactos de meteoritos.

Os cientistas ainda estão tentando entender a origem dessas “jabuticabas marcianas”. Uma possibilidade é que sejam concreções, formadas quando minerais se acumulam ao redor de um núcleo devido à ação da água. Outra hipótese é que tenham surgido a partir do resfriamento rápido de rocha derretida, seja por erupção vulcânica ou impacto cósmico.

Imagem obtida pelo rover Perseverance em 13 de março de 2025 mostra a rocha lotada de “jabuticabas marcianas” em uma visão mais ampla. Crédito: NASA / JPL-Caltech / LANL / CNES / IRAP.

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Além disso, a rocha onde essas esferas foram encontradas é considerada uma “rocha flutuante”, ou seja, não parece pertencer ao ambiente ao seu redor. Isso sugere que ela pode ter sido transportada de outro lugar, talvez relacionada às faixas escuras vistas do espaço. Agora, os pesquisadores analisam o contexto geológico para desvendar esse enigma.

O rover Perseverance continua explorando Marte em busca de pistas sobre a história do planeta. Cada nova descoberta ajuda a entender melhor como Marte evoluiu e se um dia teve vida. As pequenas esferas podem ser mais um indício de um passado aquático, tornando a cratera Jezero um dos locais mais promissores para investigações futuras.

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