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China aponta defeitos em reator nuclear lunar da NASA

Engenheiros nucleares chineses afirmam ter encontrado problemas no projeto Fission Surface Power (FSP), o futuro reator lunar da NASA. Segundo eles, pequenos ajustes poderiam aumentar a eficiência do sistema em 75%, melhorando a produção de energia e a durabilidade.

O reator FSP faz parte dos planos da agência espacial dos EUA para bases sustentáveis na Lua e foi concebido sem o uso de moderadores de nêutrons. Ele foi projetado para funcionar de forma autônoma, garantindo energia mesmo durante as longas noites lunares, que duram cerca de duas semanas. A expectativa era que o sistema fornecesse 40 quilowatts de energia – suficiente para abastecer 30 casas por uma década.

Para operar nesse ambiente hostil, o reator utilizaria barras cilíndricas de urânio altamente enriquecido e uma proteção espessa de berílio contra a radiação intensa. No entanto, os engenheiros chineses apontam que o combustível nuclear se expande com o tempo, limitando a vida útil do reator a oito anos.

Impressão artística do Fission Surface Power, sistema de energia de superfície de fissão planejado pela NASA. Crédito: NASA

Outro ponto crítico está no sistema de controle de reatividade. O FSP da NASA usa tambores de controle de um único caminho, o que, segundo a equipe chinesa, reduz as opções de segurança. O reator também não conta com mecanismos redundantes de desligamento, o que pode aumentar os riscos operacionais.

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Chineses apostam em design mais eficiente

Os pesquisadores da Corporação Nuclear Nacional da China (CNNC) propõem um novo modelo de reator lunar, publicado na revista científica Atomic Energy Science and Technology. O projeto se inspira no TOPAZ-II, um reator soviético dos anos 1980, e introduz melhorias que prometem aumentar a eficiência e a segurança.

Uma das principais diferenças é o uso de barras de combustível em formato anular e moderadores de hidreto de ítrio. Essa configuração permite uma melhor dissipação de calor e um controle mais eficiente da reação nuclear. Além disso, o hidreto de ítrio é mais estável em temperaturas extremas, reduzindo riscos de falha.

Outra vantagem do reator chinês seria o menor consumo de combustível. Enquanto o modelo da NASA precisa de 70 kg de urânio-235, o design chinês requer apenas 18,5 kg, convertendo nêutrons rápidos em nêutrons térmicos com mais eficiência. Isso significa um reator mais leve e econômico para futuras missões lunares.

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Representação artística de um sistema de energia na Lua. Energia segura, eficiente e confiável será fundamental para a futura exploração robótica e humana do satélite. Crédito: NASA

Pequenos avanços podem colocar China à frente

O sistema chinês também usa um resfriamento duplo com metal líquido (NaK-78), que mantém a temperatura abaixo de 600°C e melhora a estabilidade do reator. Para segurança, o projeto inclui três hastes de carboneto de boro e oito tambores de controle rotativos, garantindo um desligamento seguro em caso de emergência.

Com essas inovações, o reator chinês pode operar por mais de 10 anos com alta eficiência e menos riscos. Além disso, suas hastes de combustível podem ser fabricadas rapidamente por grandes empresas, incluindo a americana Westinghouse.

Conforme destaca o South China Morning Post, enquanto a China avança, a NASA enfrenta cortes orçamentários e atrasos no programa Artemis, sua principal iniciativa para o retorno à Lua. Se os chineses conseguirem implementar suas melhorias antes dos norte-americanos, podem garantir uma vantagem estratégica na corrida por bases lunares permanentes.

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Vai ter hora extra? Veja quanto os astronautas da NASA ‘presos’ na ISS ganham

Como reportou o Olhar Digital, os astronautas da NASA Butch Wilmore e Suni Williams finalmente retornaram à Terra. Eles foram enviados à Estação Espacial Internacional em junho do ano passado para uma missão de oito dias, mas acabaram ficando ‘presos’ na ISS por nove meses devido a um problema na cápsula Starliner, da Boeing, que os traria de volta.

Uma série de adiamentos nas tentativas de retorno (com boatos de que a NASA os havia abandonado) transformou uma estadia de oito dias em 286 dias. Rapidamente, surgiu o questionamento: quando os astronautas estão ganhando pelo serviço? Vai ter hora extra?

Espaçonave SpaceX Dragon Freedom pousando no mar com quatro astronautas, incluindo os dois da Starliner que ficaram 9 meses em missão estendida (Imagem: NASA TV)

NASA respondeu: astronautas vão ganhar hora extra?

Foram nove meses no espaço. Butch Wilmore e Sunita Williams só conseguiram voltar para a Terra no fim da tarde de terça-feira (18), quando a cápsula Dragon Freedom, da SpaceX, pousou no Golfo da Flórida. A nave ainda trazia Nick Hague e o cosmonauta Aleksandr Gorbunov, que faziam parte da missão Crew-9 (lançada posteriormente com apenas dois membros, justamente para ‘caber’ a dupla que ficou para trás).

A chegada dos astronautas foi muito celebrada. Relembraremos o caso completo adiante.

Mas vamos à resposta: os astronautas vão receber hora extra? Não! Em nota, a NASA explicou que Wilmore e Williams recebem “salários regulares de uma semana de trabalho de 40 horas” sem pagamento de horas extras, feriados ou finais de semana.

Veja o que a agência espacial americana escreveu:

Enquanto estão na ISS, os astronautas da Nasa cumprem ordens oficiais de viagem como funcionários federais, então, seu transporte, hospedagem e refeições são fornecidos. Eles também estão em serviço temporário de longa duração e recebem um valor para cada dia que estão no espaço.

NASA, em nota

De acordo com a emissora norte-americana CBS, a dupla tem o nível salarial mais alto entre servidores federais. Com base no General Pay Schedule (Cronograma de Pagamentos Gerais dos EUA), eles ganham entre US$ 125 mil e US$ 162.600 por ano (entre R$ 708 e 919 mil).

Membros da SpaceX Crew-9
Os membros da SpaceX Crew-9 da NASA posam juntos dentro do canal entre a Estação Espacial Internacional e a espaçonave Dragon Freedom. No sentido horário, a partir da esquerda, estão os astronautas da NASA Butch Wilmore, Nick Hague e Sunita Williams, e o cosmonauta da Roscosmos Aleksandr Gorbunov (Crédito: NASA)

Leia mais:

Relembre o caso dos astronautas presos na ISS

  • Após uma série de adiamentos, o Teste de Voo Tripulado da Starliner foi lançado em 5 de junho de 2024, levando Butch Wilmore e Suni Williams à Estação Espacial Internacional;
  • O último adiamento aconteceu por causa de um vazamento de hélio na cápsula, que não foi considerado grave. A nave decolou mesmo assim;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados, além da falha de cinco dos 28 propulsores. Isso fez com que a Starliner voltasse à Terra vazia, deixando os astronautas na ISS;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore voltariam para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9.

Os adiamentos no resgate dos astronautas presos na ISS gerou controvérsias. O presidente dos Estados Unidos, chegou a acusar o governo de Biden, seu antecessor, de abandoná-los. A afirmação rapidamente foi desmentida.

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Astronautas devem passar por programa de reabilitação após meses no espaço

Conforme noticiado (e transmitido ao vivo) pelo Olhar Digital, quatro astronautas que estavam na Estação Espacial Internacional (ISS) voltaram para a Terra na terça-feira (18). Para dois deles, esse retorno é o desfecho de uma jornada que se estendeu mais do que o previsto: Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, ficariam apenas uma semana em órbita – e acabaram ficando 286 dias no espaço!

Já Nick Hague, também da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da agência espacial russa (Roscosmos), integrantes da missão SpaceX Crew-9, concluíram seus trabalhos dentro do tempo previsto de cerca de seis meses.

Espaçonave SpaceX Dragon Freedom pousando no mar com quatro astronautas, incluindo os dois da Starliner que ficaram 9 meses em missão estendida. Crédito: NASA TV

De qualquer forma, os quatro vão precisar passar pelo mesmo processo de reabilitação ao qual qualquer astronauta é submetido após viver um longo período fora da Terra.

Williams e Butch Wilmore foram lançados em junho do ano passado para testar a cápsula Starliner, da Boeing, no primeiro voo tripulado do veículo. O plano inicial era uma missão de apenas oito a dez dias, mas falhas no sistema de propulsão da espaçonave impediram o retorno imediato, prolongando a estadia da dupla – ao final da matéria, você encontra um resumo desta saga.

Quatro astronautas deixando a espaçonave
Os quatro astronautas deixando a espaçonave (Imagem: NASA TV)

Entre os efeitos mais comuns das viagens espaciais de longa duração no corpo humano estão inchaço na cabeça, enfraquecimento das pernas, aumento da altura e perda de densidade óssea (saiba mais aqui). Para se readaptar à gravidade terrestre, os astronautas devem cumprir um programa de reabilitação de 45 dias estabelecido pela NASA em 2003.

Como é a reabilitação dos astronautas?

De acordo com o protocolo, ao longo de um ano antes do lançamento eles enfrentam duas horas de treinamento pré-voo, três dias por semana. A rotina se intensifica durante o voo, com 2,5 horas de exercício em seis dias por semana. Os especialistas da equipe Astronauta Força, Condicionamento e Reabilitação (ASCR) são responsáveis pelo acompanhamento e execução do programa.

Suni Williams fazendo exercícios físicos dentro da ISS. Crédito: NASA

Os astronautas são testados quanto à aptidão funcional, agilidade, força isocinética e avaliação submáxima do cicloergômetro antes e depois do voo. As informações desses testes são usadas para prescrições de exercícios, comparação e avaliação dos programas de astronauta e treinamento. 

O programa de reabilitação de 45 dias já começa no mesmo dia do retorno e inclui sessões diárias de duas horas, sete dias por semana. O treinamento é personalizado, levando em conta a condição física, os exames médicos e até mesmo as atividades recreativas preferidas do astronauta.

O processo é dividido em três fases:

  • Fase 1: Começa imediatamente após o pouso e foca em mobilidade, flexibilidade e fortalecimento muscular;
  • Fase 2: Inclui exercícios para equilíbrio e treinamento cardiovascular;
  • Fase 3: A etapa mais longa, voltada à recuperação funcional completa.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado no dia 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida;
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de um vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave, e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore iriam voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurança, em setembro/
  • Williams, Wilmore, Hague e Gorbunov pousaram em segurança no Golfo da Flórida no fim da tarde de terça-feira – sendo recepcionados não apenas pela equipe de resgate, como também por adoráveis golfinhos (confira aqui).

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Anãs marrons identificadas pela NASA colocam Júpiter no chinelo; entenda

O satélite TESS, da NASA, captou imagens de duas novas anãs marrons que são cerca de 30 vezes mais massivas que Júpiter. Os objetos recém-descobertos foram descritos por uma equipe internacional de astrônomos em artigo científico liberado no servidor de pré-impressão arXiv.

Anãs marrons são definidas como “seres intermediários”: algo entre planetas e estrelas. A TOI-4776 foi localizada a cerca de 1.206 anos-luz de distância e a TOI-5422 a uma distância de 1.134 anos-luz. Um ano-luz é igual a dez trilhões de quilômetros.

A primeira delas tem o tamanho de Júpiter, mas é cerca de 32 vezes mais massiva que o maior planeta do Sistema Solar e estimada em 5,4 bilhões de anos. A anã marrom orbita sua estrela a cada 10,41 dias e tem, como hospedeiro, uma estrela do tipo F, ligeiramente maior e mais massiva que o Sol.

T4 identifica a anã marrom TOI-4776, e T1 a TOI-592 (Imagem: Reprodução)

Já a anã marrom TOI-5422 b se tornou uma das mais antigas anãs marrons em trânsito descobertas até agora, com cerca de 8,2 bilhões de anos. O período orbital é de 5,37 dias, com tamanho equivalente a 27,7 massas de Júpiter. Sua hospedeira é uma estrela subgigante com raio de 1,48 raios solares e massa de 1,05 massas solares.

Leia mais:

Projeto TESS, da NASA

  • Lançado em abril de 2018, o Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) tem como missão descobrir exoplanetas, além de monitorar objetos que mudam de brilho, asteroides próximos a estrelas pulsantes e galáxias distantes contendo supernovas;
  • Recentemente, o satélite captou imagens do planeta mais jovem descoberto até agora usando o método dominante de detecção de planetas;
  • Batizado de IRAS 04125+2902 b, ele é considerado um “bebê”: tem apenas três milhões de anos;
  • O planeta foi encontrado na Nuvem Molecular de Touro, berçário estelar ativo com centenas de estrelas recém-nascidas a cerca de 430 anos-luz de distância, segundo a NASA.

Nos últimos anos, a missão TESS também descobriu fenômenos cósmicos, incluindo buracos negros destruidores de estrelas e oscilações estelares. O equipamento é operado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Cambridge (Inglaterra).

Conceito artístico de um planeta jovem e recém-descoberto (Imagem: Divulgação/NASA)

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NASA e SpaceX celebram retorno da Crew-9

Nesta terça-feira (18), o Centro Espacial Johnson da NASA foi palco de uma conferência de imprensa histórica, celebrando o retorno seguro da Crew-9 após missão de nove meses na Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês). O evento, que contou com a presença de altos executivos da NASA e da SpaceX, destacou os sucessos e desafios enfrentados pela equipe durante a missão.

O gerente do Programa Comercial da NASA, Steve Stich, abriu a conferência expressando sua satisfação com o retorno da Crew-9, que incluiu os astronautas Nick Hague, Sunita Williams, Butch Wilmore e o cosmonauta Aleksandr Gorbunov. Williams e Wilmore permaneceram nove meses “presos” no Espaço (entenda o motivo mais abaixo).

Foi incrível ver todos saírem do Dragon, sorrindo e gritando de alegria“, comentou Stich, referindo-se ao momento do desembarque na costa de Tallahassee, onde a cápsula fez um splashdown bem-sucedido às 18h57 (horário de Brasília).

Durante a missão, a Crew-9 realizou cerca de 150 experimentos a bordo da ISS, acumulando mais de 900 horas de pesquisa. Os experimentos incluíram investigações sobre doenças sanguíneas, desordens autoimunes e até mesmo o crescimento de plantas para futuras missões à Lua e Marte.

Membros da SpaceX Crew-9 da NASA posam juntos dentro do canal entre a Estação Espacial Internacional e a espaçonave Dragon Freedom; no sentido horário, a partir da esquerda, estão os astronautas da NASA Butch Wilmore, Nick Hague e Sunita Williams, e o cosmonauta da Roscosmos Aleksandr Gorbunov; Williams e Wilmore são originalmente da missão Starliner CFT-1, mas foram incorporados à Crew-9 (Imagem: NASA)

“O trabalho que fazemos na ISS beneficia não apenas a nação, mas, também, as pessoas na Terra“, afirmou Joel Montalbano, administrador associado adjunto da diretoria de missões de operações espaciais da NASA.

O retorno da Crew-9 também marcou a última recuperação do Dragon na costa oeste dos Estados Unidos, com planos de transferir todas as operações de recuperação para a costa leste no futuro. “Esperamos que a costa da Califórnia traga tantos golfinhos quanto vimos durante a operação de hoje”, brincou Sarah Walker, diretora espacial do gerenciamento da missão Dragon da SpaceX, destacando a beleza do evento.

A conferência também abordou a importância da colaboração entre a NASA e a SpaceX, com Stich elogiando a adaptabilidade e a resiliência das equipes. “A SpaceX tem sido uma ótima parceira, mostrando os benefícios da colaboração entre o setor público e privado”, disse ele.

Com a Crew-10 já em operação, a NASA se prepara para o próximo lançamento, que está agendado para julho. “Estamos ansiosos para continuar nossa missão de exploração espacial”, concluiu Stich, enquanto os astronautas se preparavam para se reunir com suas famílias após a reabilitação.

O evento não apenas celebrou o sucesso da Crew-9, mas, também, reafirmou o compromisso contínuo da NASA e da SpaceX com a exploração espacial e a pesquisa científica, abrindo novas possibilidades para futuras missões e colaborações internacionais.

Leia mais:

Cronologia dos astronautas “presos” e como voltarão à Terra

Williams e Wilmore partiram para a ISS em junho de 2024, no primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing, para missão de oito dias – que durou mais de nove meses.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado em 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA);
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore voltariam para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurançaem setembro.

Mas, por que tanta demora? O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a acusar o governo anterior de deixar os astronautas “abandonados” na ISS – o que foi desmentido pela dupla.

Acontece que há um calendário e um trânsito a se cumprir no laboratório orbital. Todas as tripulações que vão para lá sabem que a previsão de volta pode não se cumprir dentro do prazo estabelecido (e tudo é meticulosamente calculado).

As equipes normalmente voltam para a Terra no mesmo veículo que as conduziram, que fica atracado na estação durante todo o percurso da missão. Como a espaçonave Starliner apresentou problemas graves e precisou regressar vazia ao planeta, seus tripulantes tiveram que aguardar a oportunidade mais adequada de retorno.

E não foi a primeira vez que isso aconteceu. É comum que astronautas excedam (e muito) o tempo de permanência previsto na ISS. Normalmente, as missões duram cerca de seis meses, mas podem ser estendidas por vários motivos, como experimentos ou imprevistos.

Barry "Buch" Wilmore e Sunita "Suni" Williams, os astronautas da NASA que estão "presos" no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing
Barry “Buch” Wilmore e Sunita “Suni” Williams, os astronautas da NASA em missão prolongada no Espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing (Imagem: NASA)

No caso de Williams e Wilmore, eles passaram 286 dias em órbita. O astronauta Frank Rubio, dos EUA, junto com os russos Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, permaneceram 371 dias consecutivos no Espaço entre 2022 e 2023.

Isso porque um incidente danificou a espaçonave russa Soyuz que os traria de volta à Terra, motivo pelo qual a estadia do trio no laboratório orbital foi prorrogada por mais seis meses, até a chegada de uma cápsula de substituição.

Embora garantam que não se sentiam “presos”, vale uma observação curiosa: a cápsula Dragon da missão Crew-9 onde Williams e Wilmore embarcaram de volta para a Terra se chama Freedom – “Liberdade”, em inglês.

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Astronautas que ficaram “presos” no espaço chegam à Terra

Eles estão de volta! Finalmente, após 286 dias na Estação Espacial Internacional (ISS), os astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, voltaram para a Terra. Eles pousaram no Golfo da Flórida no fim da tarde desta terça-feira (18), junto com os membros da missão SpaceX Crew-9, a bordo da cápsula Dragon Freedom. E o Olhar Digital transmitiu esse momento emocionante ao vivo!

[Em atualização]

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado no dia 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida;
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de um vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave, e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore iriam voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurança, em setembro.

O vídeo acima, compartilhado no perfil oficial da ISS no X (antigo Twitter), mostra o desacoplamento da cápsula Dragon Freedom.

De acordo com a CBS News, no total, Williams e Wilmore passaram 286 dias e 7 horas na estação, completando 4.576 órbitas e quase 195 milhões de km. Além deles, também pousaram os astronautas da missão SpaceX Crew-9, Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da agência espacial russa, após uma missão de seis meses no laboratório orbital (que durou o tempo previsto).

Os membros da SpaceX Crew-9 da NASA posam juntos dentro do canal entre a Estação Espacial Internacional e a espaçonave Dragon Freedom. No sentido horário, a partir da esquerda, estão os astronautas da NASA Butch Wilmore, Nick Hague e Sunita Williams, e o cosmonauta da Roscosmos Aleksandr Gorbunov. Williams e Wilmore são originalmente da missão Starliner CFT-1, mas foram incorporados à Crew-9. Crédito: NASA

Condições climáticas na Flórida ajudaram a reduzir tempo de espera

A princípio, o retorno do quarteto aconteceria na quarta-feira (19), mas a NASA informou, em comunicado, que o processo seria antecipado porque as condições climáticas estariam mais favoráveis na região do pouso.

A reentrada na atmosfera da Terra começou às 18h11 (pelo horário de Brasília), com duração estimada em 7,5 minutos. Os astronautas atingiram a atmosfera em velocidade hipersônica, protegidos por um escudo térmico vital das temperaturas escaldantes da reentrada, que podem exceder 1.700℃.

O processo terminou com o mergulho da nave no oceano com a ajuda de paraquedas acontecendo às 18h59 – tudo transmitido em tempo real pelo Olhar Digital no YouTube, Facebook, Instagram, LinkedIn e TikTok.

A live foi apresentada por Bruno Capozzi, nosso editor-executivo, e pelo astrônomo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) e colunista do Olhar Digital.

Leia mais:

Missão Crew-9 foi modificada para resgatar astronautas da Starliner

Conforme mencionado acima, além dos astronautas “resgatados” da missão Starliner CFT-1, a cápsula Dragon Freedom trouxe também os integrantes da missão SpaceX Crew-9 – que chegaram à ISS em 29 de setembro de 2024.

Inicialmente, a tripulação contaria com quatro membros, mas a composição precisou ser alterada. Os assentos das astronautas norte-americanas Zena Cardman e Stephanie Wilson, que participariam da missão, foram ocupados por simuladores de massa, enquanto ambas permanecem elegíveis para futuras missões. Essa alteração foi justamente para acomodar Sunita Williams e Butch Wilmore na tão aguardada viagem de volta para casa.

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NASA atualiza chance de asteroide atingir a Terra

A NASA acaba de divulgar uma boa notícia. De acordo com a agência espacial dos Estados Unidos, a chance do asteroide 2024 YR4 se chocar com a Terra, que já foi de 3,1% há poucos meses, hoje é quase zero.

Com um tamanho estimado de 55 metros (altura do Castelo da Cinderela, no Walt Disney World Flórida, em Orlando, nos EUA – o equivalente a um prédio de 18 andares), a rocha tem potencial destrutivo suficiente para arrasar uma cidade caso viesse a se chocar contra o planeta.

Chances caíram para 0,001%

  • De acordo com uma nova medição da NASA, não há risco do asteroide atingir a Terra em 2032.
  • Além disso, dados de monitoramento apontam que a probabilidade de colisão registrou uma queda significativa. 
  • Quando o objeto foi descoberto, o risco de colisão girava em torno de 2%.
  • Com o passar do tempo, o número subiu para mais de 3%.
  • Hoje, a chance caiu para 0,001%, o que significa uma possibilidade em 100 mil.
Asteroide tem um tamanho estimado de 55 metros (Imagem: Asteroid Day Brasil)

Leia mais

Colisão de asteroide com a Terra poderia arrasar uma cidade

O monitoramento do asteroide 2024 YR4 está cada vez mais difícil. De acordo com o guia de observação astronômica EarthSky.org, o brilho do objeto é fraco e está reduzindo cada vez mais. No momento, a rocha está a cerca de 80 milhões de quilômetros de distância, viajando pelo espaço a quase 48 mil km/h.

Caso colidisse com a Terra, o objeto explodiria ao atravessar a atmosfera, liberando cerca de 8 megatons de energia – mais de 500 vezes a potência da bomba atômica de Hiroshima. Apesar de não ter força suficiente para causar um evento global, a destruição seria catastrófica para qualquer grande cidade atingida.

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Astronautas “presos” no espaço: Olhar Digital transmite chegada à Terra ao vivo

Eles estão a caminho! Finalmente, os astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, deixaram a Estação Espacial Internacional (ISS) para voltar para a Terra. Isso acontece após uma prorrogação em mais de 280 dias da missão original – o primeiro Teste de Voo Tripulado (CFT-1) da cápsula Starliner, da Boeing. E você pode acompanhar a chegada junto com o Olhar Digital!

A dupla vem “de carona” com os membros da missão SpaceX Crew-9 (Nick Hague, também da NASA, e o cosmonauta Aleksandr Gorbunov, da agência espacial da Rússia), a bordo da cápsula Dragon Freedom, que permaneceu ancorada no laboratório orbital ao longo de seis meses, desde setembro. 

Momento em que a Dragon foi desacoplada da ISS (Imagem: Reprodução/YouTube/NASA)

Com a chegada da missão Crew-10, na madrugada de domingo (16), o time foi substituído por outros quatro astronautas, recebendo autorização para retornar à Terra. A princípio, isso aconteceria na quarta-feira (19), mas a NASA informou, em comunicado, que o processo seria antecipado porque as condições climáticas estariam mais favoráveis na região onde a nave vai pousar (na costa do Golfo da Flórida).

A previsão é que o mergulho no oceano com a ajuda de paraquedas ocorra às 18h57 (pelo horário de Brasília). desta terça-feira (18) – com transmissão em tempo real em todos os canais oficiais do Olhar Digital: no YouTube, Facebook, Instagram, LinkedIn e TikTok.

Suni Williams, da NASA, o cosmonauta Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos, e os astronautas Nick Hague e Butch Wimore, também da NASA, posam dentro da espaçonave SpaceX Dragon Freedom antes de iniciarem a jornada de volta à Terra. Crédito: NASA

Com início às 17h45, a live terá apresentação de Bruno Capozzi, nosso editor-executivo, e do astrônomo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) e colunista do Olhar Digital.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado no dia 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida;
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de um vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave, e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore vão voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurança, em setembro.

Quem são os outros dois astronautas que chegam na mesma nave?

Conforme mencionado acima, além dos astronautas “resgatados” da missão Starliner CFT-1, a cápsula Dragon Freedom traz também Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da agência espacial russa (Roscosmos), membros da missão SpaceX Crew-9que chegou à ISS em 29 de setembro de 2024.

Inicialmente, a tripulação contaria com quatro integrantes, mas a composição precisou ser alterada. Os assentos das astronautas norte-americanas Zena Cardman e Stephanie Wilson, que participariam da missão, foram ocupados por simuladores de massa, enquanto ambas permanecem elegíveis para futuras missões.

Essa alteração foi justamente para acomodar Sunita Williams e Butch Wilmore na tão aguardada viagem de volta para casa.

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Astronautas “presos”: após mais de nove meses no Espaço, dupla está a caminho da Terra

Após mais de nove meses “presos” no Espaço, a dupla de astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, deixaram a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) rumo à Terra. Na madrugada desta terça-feira (18), Williams e Wilmore “pegaram carona” com os membros da missão Crew-9Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos.

Após cerca de duas horas de preparação, a Dragon Endurance (que já foi usada anteriormente nas missões Crew-3, Crew-5 e Crew-7) foi desacoplada da ISS e partiu às 2h05 (horário de Brasília), com o quarteto de astronautas, de volta à Terra.

Após cerca de 17 horas de viagem, a cápsula deve pousar no mar, na costa da Flórida (EUA), por volta das 18h57 (horário de Brasília). O Olhar Digital vai transmitir tudo ao vivo: nossa live começa às 17h45 (horário de Brasília) desta terça-feira (18). Você pode acompanhar neste link, na home de nosso site, ou na janela abaixo.

Como o resgate dos astronautas da NASA foi arquitetado

Para que os astronautas “presos” no Espaço pudessem ser resgatados, a agência espacial estadunidense, em parceria com a SpaceX, enviou, à ISS, a missão Crew-10, com Anne McClain e Nichole Ayers, da NASATakuya Onishi, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA, na sigla em inglês) e o cosmonauta russo Kirill Peskov, da Roscosmos, a bordo da Dragon Endurance, enviada ao Espaço por um foguete Falcon 9.

A nova equipe de astronautas foi enviada ao laboratório orbital na sexta-feira (14), às 20h03 (horário de Brasília)após dois adiamentos. Saiba mais sobre o time aqui e entenda aqui o que a missão Crew-10 vai fazer na ISS.

Foto oficial dos membros da missão SpaceX Crew-10 (da esquerda) o especialista da missão Kirill Peskov, da Roscosmos; a piloto Nicole Ayers e a comandante Anne McClain, ambas astronautas da NASA; e o especialista da missão Takuya Onishi, da JAXA (Imagem: NASA/Bill Stafford/Helen Arase Vargas)

Cronologia dos astronautas “presos” e como voltarão à Terra

Williams e Wilmore partiram para a ISS em junho de 2024, no primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing, para missão de oito dias – que durou mais de nove meses.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado em 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA);
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore voltariam para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurançaem setembro.

Mas, por que tanta demora? O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a acusar o governo anterior de deixar os astronautas “abandonados” na ISS – o que foi desmentido pela dupla.

Momento em que a Dragon foi desacoplada da ISS
Momento em que a Dragon foi desacoplada da ISS (Imagem: Reprodução/YouTube/NASA)

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Acontece que há um calendário e um trânsito a se cumprir no laboratório orbital. Todas as tripulações que vão para lá sabem que a previsão de volta pode não se cumprir dentro do prazo estabelecido (e tudo é meticulosamente calculado).

As equipes normalmente voltam para a Terra no mesmo veículo que as conduziram, que fica atracado na estação durante todo o percurso da missão. Como a espaçonave Starliner apresentou problemas graves e precisou regressar vazia ao planeta, seus tripulantes tiveram que aguardar a oportunidade mais adequada de retorno.

E não foi a primeira vez que isso aconteceu. É comum que astronautas excedam (e muito) o tempo de permanência previsto na ISS. Normalmente, as missões duram cerca de seis meses, mas podem ser estendidas por vários motivos, como experimentos ou imprevistos.

Barry "Buch" Wilmore e Sunita "Suni" Williams, os astronautas da NASA que estão "presos" no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing
Barry “Buch” Wilmore e Sunita “Suni” Williams, os astronautas da NASA em missão prolongada no Espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing (Imagem: NASA)

No caso de Williams e Wilmore, eles passaram 286 dias em órbita. O astronauta Frank Rubio, dos EUA, junto com os russos Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, permaneceram 371 dias consecutivos no Espaço entre 2022 e 2023.

Isso porque um incidente danificou a espaçonave russa Soyuz que os traria de volta à Terra, motivo pelo qual a estadia do trio no laboratório orbital foi prorrogada por mais seis meses, até a chegada de uma cápsula de substituição.

Embora garantam que não se sentiam “presos”, vale uma observação curiosa: a cápsula Dragon da missão Crew-9 onde Williams e Wilmore embarcaram de volta para a Terra se chama Freedom – “Liberdade”, em inglês.

Matéria em atualização

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Assista hoje a chegada da Crew-10 à Estação Especal Internacional

Depois de muita expectativa, os astronautas da Crew-10 chegarão à Estação Espacial Internacional hoje à noite em pouso que será acompanhado pelo site oficial da NASA. A tripulação da SpaceX foi lançada ontem, 14, e conta com quatro astronautas: Anne McClain, Nichole Ayers, Takuya Onishi, e Kirill Peskov.

Lançada no topo de um foguete SpaceX Falcon 9, a cápsula será exibida por vídeo aos internautas a partir das 22h45 desta noite no horário de Brasília. Estima-se que ela vai atracar no laboratório às 23h30, também no horário de Brasília.

Para quem tem pressa:

  • A cápsula da missão Crew-10 chegará ao laboratório especial hoje à noite, com a uma transmissão oficial feita pela NASA a partir das 22h45 do horário de Brasília;
  • Os astronautas que foram enviados são: Anne McClain, Nichole Ayers, Takuya Onishi, e Kirill Peskov;
  • Dias após a chegada desta nave, outros astronautas, que estiveram em órbita por muito tempo, finalmente poderão voltar à Terra.
Foto oficial dos membros da missão SpaceX Crew-10, da esquerda para a direita: o especialista da missão Kirill Peskov, da Roscosmos; a piloto Nicole Ayers e a comandante Anne McClain, ambas astronautas da NASA; e o especialista da missão Takuya Onishi, da JAXA (Imagem: NASA/Bill Stafford/Helen Arase Vargas)

Também foi divulgado que as escotilhas devem ser abertas por volta das 02h05 da manhã do domingo, 16, e que uma breve cerimônia de boas-vindas será iniciada em seguida para celebrar a chegada da nova tripulação. Essa cerimônia deve durar até às 02h35 e será realizada pelos astronautas que já vivem no laboratório orbital.

Os quatro astronautas vem de diferentes nações: Anne McClain e Nichole Ayers pertencem à NASA, Takuya Onishi à agência japonesa JAXA de exploração aeroespacial, e Kirill Peskov da agência espacial russa Roscosmos.

McClain é a comandante responsável pela missão Crew-10, Ayers é a piloto, e Onishi e Peskov são os membros especialistas para realizar as atividades de pesquisa da missão. Estima-se que os quatro astronautas permanecerão por seis meses no laboratório espacial orbital, o tempo médio de revezamento antes de outra equipe viajar até lá.

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Barry "Buch" Wilmore e Sunita "Suni" Williams, os astronautas da NASA que estão "presos" no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing
Barry “Buch” Wilmore e Sunita “Suni” Williams, os astronautas da NASA em missão prolongada no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing (Imagem: NASA)

Dentre os objetivos da Crew-10, está o fato de que a sua chegada significa que outros astronautas, que já estavam na estação, finalmente poderão voltar à Terra.

Mais especificamente, falamos de Nick Hague, Suni Williams, Butch Wilmore (da NASA), e de Aleksandr Gorbunov (da Roscosmos). Todos estão em órbita há mais tempo do que o esperado.

No site da NASA, você pode acompanhar a transmissão oficial que mostrará a chegada da Crew-10 à Estação Especial Internacional. O evento será transmitido a partir das 22h45 no horário de Brasília.

A estimativa é que Hague, Williams, Wilmroe e Gorbunov voltem à Terra no Crew-9 Dragon a partir da próxima quarta, 19 de março.

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