crew_10_espaco-1024x576

Astronautas “presos”: missão para possibilitar volta já está no Espaço

Na noite desta sexta-feira (14), a missão Crew-10 foi enviada à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Nela, estarão quatro astronautas. Com a chegada deles à Estação, os astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, que estão “presos” no Espaço, ficarão mais perto de voltar para casa.

Para isso, a nova equipe de astronautas precisará ser enviada ao laboratório orbital, o que ocorreu nesta sexta-feira (14), às 20h03 (horário de Brasília), após dois adiamentos.

Foguete já está rumando à ISS (Imagem: Reprodução/YouTube/NASA)

Os tripulantes estão sendo levados por um foguete Falcon 9, da SpaceX, que decolou do Complexo de Lançamento 39A no Centro Espacial Kennedy, da NASA, na Flórida (EUA).

Anne McClain e Nichole Ayers, da NASATakuya Onishi, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA, na sigla em inglês) e o cosmonauta russo Kirill Peskov, da Roscosmos, estão a bordo da Dragon Endurance (que já foi usada anteriormente nas missões Crew-3, Crew-5 e Crew-7) e tem previsão de atracar no módulo Harmony da estação neste sábado (15). Saiba mais sobre o time aqui e entenda aqui o que a missão Crew-10 vai fazer na ISS.

Cronologia dos astronautas “presos” e como voltarão à Terra

Williams e Wilmore partiram para a ISS em junho de 2024, no primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing, para missão de oito dias – que já dura mais de nove meses.

Ao que tudo indica, a volta de Williams e Wilmore para a Terra acontece na próxima semana, “de carona” com os membros da missão Crew-9, Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado em 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA);
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore vão voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurançaem setembro.

Mas, por que tanta demora? O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a acusar o governo anterior de deixar os astronautas “abandonados” na ISS – o que foi desmentido pela dupla.

Leia mais:

Acontece que há um calendário e um trânsito a se cumprir no laboratório orbital. Todas as tripulações que vão para lá sabem que a previsão de volta pode não se cumprir dentro do prazo estabelecido (e tudo é meticulosamente calculado).

As equipes normalmente voltam para a Terra no mesmo veículo que as conduziram, que fica atracado na estação durante todo o percurso da missão. Como a espaçonave Starliner apresentou problemas graves e precisou regressar vazia ao planeta, seus tripulantes tiveram que aguardar a oportunidade mais adequada de retorno.

E não foi a primeira vez que isso aconteceu. É comum que astronautas excedam (e muito) o tempo de permanência previsto na ISS. Normalmente, as missões duram cerca de seis meses, mas podem ser estendidas por vários motivos, como experimentos ou imprevistos

No caso de Williams e Wilmore, se eles retornarem no domingo (16), como foi cogitado (mas ainda não oficializado) pela NASA, eles terão passado 284 dias em órbita. O astronauta Frank Rubio, dos EUA, junto com os russos Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, permaneceram 371 dias consecutivos no Espaço entre 2022 e 2023.

Astronautas no interior da nave
Astronautas no interior da espaçonave; até este sábado (15), estarão na ISS
(Imagem: Reprodução/YouTube/NASA)

Isso porque um incidente danificou a espaçonave russa Soyuz que os traria de volta à Terra, motivo pelo qual a estadia do trio no laboratório orbital foi prorrogada por mais seis meses, até a chegada de uma cápsula de substituição.

Embora garantam que não se sentem “presos”, vale uma observação curiosa: a cápsula Dragon da missão Crew-9 onde Williams e Wilmore vão embarcar de volta para a Terra se chama Freedom – “Liberdade”, em inglês.

Barry "Buch" Wilmore e Sunita "Suni" Williams, os astronautas da NASA que estão "presos" no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing
Barry “Buch” Wilmore e Sunita “Suni” Williams, os astronautas da NASA em missão prolongada no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing (Imagem: NASA)

O post Astronautas “presos”: missão para possibilitar volta já está no Espaço apareceu primeiro em Olhar Digital.

Captura-de-tela-2025-03-14-113622-919x1024

Satélite da Nasa vai mudar o jogo na resposta a eventos climáticos

A Nasa está trabalhando em satélites autônomos alimentados por IA que podem operar sem supervisão humana para aprimorar o monitoramento de desastres. Isso pode aprimorar o processamento de imagens em tempo real e acelerar a tomada de decisões — quando se trata do clima, cada segundo importa.

A nova empreitada da agência espacial americana é o Dynamic Targeting, um sistema controlado por IA que permite que os satélites processem dados de imagem a bordo. O equipamento foi desenvolvido em parceria com a startup de inteligência de satélites Ubotica, sediada na Irlanda.

A tecnologia foi testada recentemente durante os incêndios florestais em Los Angeles, nos Estados Unidos, e no período das enchentes históricas de Valência, na Espanha.

Sistema com mediu extensão das enchentes em Valência (Imagem: Nasa/Divulgação)

O sistema foi integrado ao satélite CogniSAT-6, equipado com a plataforma Live Earth Intelligence (LEI) e emparelhado com o SPACE:AI, que permite o processamento de dados de forma autônoma e a transmissão de insights para a Terra em minutos.

No caso da Espanha, o modelo executado a bordo estimou que 21% da região observada estava submersa, fornecendo uma avaliação imediata da gravidade da enchente. Em comparação, os sistemas tradicionais podem levar dias para que os dados brutos completos sejam baixados.

“Esta demonstração tecnológica destaca o papel vital dos satélites inteligentes, autônomos e habilitados por IA no fornecimento de dados críticos em tempo real para auxiliar na mitigação de desastres e, finalmente, salvar vidas”, disse Fintan Buckley, CEO da Ubotica.

Caso a captura de imagem seja prejudicada pela cobertura de nuvens, o sistema de IA alerta os demais satélites para tentarem novamente, eliminando a necessidade de os operadores remarcarem os equipamentos manualmente.

A Ubotica já trabalhou com a Nasa em outro projeto para aplicar o processamento de imagens orientado por IA a bordo da Estação Espacial Internacional. Em 2022, a startup fechou um contrato de US$ 632.000 com o Jet Propulsion Lab para criar o Dynamic Targeting.

Nasa monitorou incêndios florestais na Califórnia no início do ano (Imagem: Nasa/Divulgação)

Leia Mais:

Corrida geopolítica

Esse tipo de tecnologia não é novidade do outro lado do mundo, na China. O país asiático já incorporou sistemas de IA para observação da Terra com os satélites Tiantuo e Zhuhai, operados em parceria com a empresa Zhuhai Orbita.

Satélites autônomos auxiliam não só na resposta a desastres climáticos, mas também podem fornecer inteligência estratégica sobre mudanças ambientais, segurança marítima e até movimentos militares.

A Nasa e a Ubotica estão trabalhando em conjunto com agências de defesa nos Estados Unidos e na Europa para proteger ativos marítimos, como cabos submarinos e parques eólicos offshore, além da detecção de atividades suspeitas de embarcações.

“É importante proteger a vasta rede de cabos de comunicação subaquáticos de alta velocidade, pois eles frequentemente estão sujeitos a danos acidentais ou deliberados”, disse Buckley ao site Fast Company. “A chave é identificar e avisar as embarcações antes que qualquer dano ocorra e, se um incidente acontecer, rastrear e responsabilizar o infrator.” 

O post Satélite da Nasa vai mudar o jogo na resposta a eventos climáticos apareceu primeiro em Olhar Digital.

Blue-Ghost-Mission-1-Landed-Rendering-1500x831-1-1024x567-1

Blue Ghost: NASA revela novas imagens de pouso na Lua; veja

A NASA revelou novas imagens do pouso do Blue Ghost na Lua. Na quinta-feira (13), a agência espacial divulgou um vídeo que mostra as plumas do motor do módulo interagindo com a superfície lunar. O momento foi registrado pelo SCALPSS 1.1 (sigla em inglês para Câmeras Estereoscópicas para Estudos de Pluma-Solo Lunar).

Entenda:

  • A NASA revelou novas imagens do pouso do módulo Blue Ghost na Lua;
  • Em um vídeo divulgado pela agência espacial, podemos ver as plumas do motor do módulo interagindo com a superfície lunar;
  • As imagens foram registradas por quatro câmeras do SCALPSS 1.1, da NASA;
  • O conteúdo pode conter informações valiosas sobre pousos e operações na Lua, e deve apoiar futuras missões.
Blue Ghost, da Firefly Aerospace, pousou na Lua no dia 2 de março. (Imagem: Firefly Aerospace)

Como pode ser visto abaixo, as imagens mostram uma sequência capturada por quatro câmeras durante a descida e o pouso bem-sucedido do módulo da Firefly Aerospace, que aterrissou próximo ao pico Mons Latreille no último domingo (2). Há alguns dias, a empresa aeroespacial também publicou um vídeo do momento em suas redes sociais.

Leia mais:

Novas imagens do Blue Ghost podem apoiar futuras missões na Lua

O SCALPSS 1.1 inclui, ao todo, seis câmeras – sendo quatro de curta distância focal e duas de longa distância focal. Usando imagens registradas pelas câmeras do segundo tipo, a equipe pretende comparar imagens da superfície da Lua antes e depois do pouso. Além disso, o instrumento também deve ajudar a compreender como a poeira lunar reage à transição do dia para a noite.

lua
Imagens capturadas pela NASA podem apoiar futuras missões lunares. (Imagem: Grey Zone/Shutterstock)

“Embora os dados ainda sejam preliminares, as mais de 3.000 imagens que capturamos parecem conter exatamente o tipo de informação que esperávamos para entender melhor a interação pluma-superfície e aprender como modelar com precisão o fenômeno com base no número, tamanho, impulso e configuração dos motores”, diz Rob Maddock, gerente de projeto do SCALPSS, em comunicado.

Michelle Munk, pesquisadora principal, completa: “A operação bem-sucedida do SCALPSS é um passo fundamental na coleta de conhecimento sobre o pouso e a operação na Lua, e essa tecnologia já está fornecendo dados que podem informar futuras missões.”

O post Blue Ghost: NASA revela novas imagens de pouso na Lua; veja apareceu primeiro em Olhar Digital.

spacex-crew-10-1024x637-2

NASA revela quando os astronautas “presos” no espaço voltam para a Terra

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a missão SpaceX Crew-10 deve ser lançada nesta sexta-feira (14), às 20h03 (pelo horário de Brasília), com previsão de chegada à Estação Espacial Internacional (ISS) na noite de sábado (15). Isso vai permitir que, finalmente, dois astronautas “presos” no laboratório orbital voltem para a Terra – o que vai acontecer alguns dias depois.

Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, partiram para a ISS em junho de 2024, no primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing, para uma missão de oito dias – que já dura mais de nove meses. E eles dependem da chegada de uma nova tripulação ao laboratório orbital para poder voltar para casa. 

A missão “redentora” decolaria na noite de quarta-feira (12) – no entanto, o lançamento foi adiado em dois dias por problemas técnicos (saiba detalhes aqui).

Foto oficial dos membros da missão SpaceX Crew-10 (da esquerda) o especialista da missão Kirill Peskov, da Roscosmos; a piloto Nicole Ayers e a comandante Anne McClain, ambas astronautas da NASA; e o especialista da missão Takuya Onishi, da JAXA (Imagem: NASA/Bill Stafford/Helen Arase Vargas)

Anne McClain e Nichole Ayers, da NASA, Takuya Onishi, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) e o cosmonauta russo Kirill Peskov, da Roscosmos, vão viajar a bordo da Dragon Endurance (que já foi usada anteriormente nas missões Crew-3, Crew-5 e Crew-7), com previsão de atracar no módulo Harmony da estação no dia seguinte. Saiba mais sobre o time aqui e entenda aqui o que a missão Crew-10 vai fazer na ISS.

Como os astronautas da Starliner vão voltar para a Terra

De acordo com um comunicado da NASA, a volta de Williams e Wilmore para a Terra acontece na quarta-feira (19), “de carona” com os membros da missão Crew-9, Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado no dia 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida;
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de um vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave, e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore vão voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurança, em setembro.
Os astronautas Barry Wilmore e Sunita Williams trabalhando na Estação Espacial Internacional (ISS). Crédito: NASA

Mas, por que tanta demora? O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a acusar o governo anterior de deixar os astronautas “abandonados” na ISS – o que foi desmentido pela dupla.

Leia mais:

Acontece que há um calendário e um trânsito a se cumprir no laboratório orbital. Todas as tripulações que vão para lá sabem que a volta pode não acontecer dentro do prazo previsto (e tudo é meticulosamente calculado).

As equipes normalmente voltam para a Terra no mesmo veículo que as conduziram, que fica atracado na estação durante todo o percurso da missão. Como a espaçonave Starliner apresentou problemas graves e precisou regressar vazia ao planeta, seus tripulantes tiveram que aguardar a oportunidade mais adequada de retorno.

E não foi a primeira vez que isso aconteceu. É comum que astronautas excedam (e muito) o tempo de permanência previsto na ISS. Normalmente, as missões duram cerca de seis meses, mas podem ser estendidas por vários motivos, como experimentos ou imprevistos. 

No caso de Williams e Wilmore, se realmente retornarem na quarta-feira, eles terão passado 286 dias em órbita. O astronauta Frank Rubio, dos EUA, junto com os russos Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, permaneceram 371 dias consecutivos no espaço entre 2022 e 2023.

Da direita para a esquerda: Frank Rubio, astronauta da NASA, e seus companheiros russos da missão Soyuz MS-22 Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, que ficaram 371 dias na estação espacial. Crédito: Roscosmos

Isso porque um incidente danificou a espaçonave russa Soyuz que os traria de volta à Terra, motivo pelo qual a estadia do trio no laboratório orbital foi prorrogada por mais seis meses, até a chegada de uma cápsula de substituição.

Embora garantam que não se sentem “presos”, vale uma observação curiosa: a cápsula Dragon da missão Crew-9 onde Williams e Wilmore vão embarcar de volta para a Terra se chama Freedom – “Liberdade”, em inglês.

O post NASA revela quando os astronautas “presos” no espaço voltam para a Terra apareceu primeiro em Olhar Digital.

foguete-lua-e1703267083565-1024x576

Conquista da Lua pela NASA terá participação crucial do Brasil – saiba tudo no Olhar Espacial

Você sabia que o Brasil pode ter um papel fundamental na sobrevivência dos astronautas na Lua? Desde 2021, o país faz parte do Acordo Artemis, um compromisso internacional que define regras para a exploração espacial. Entre elas, garantir o uso pacífico da Lua, compartilhar descobertas científicas e padronizar tecnologias (como usar o mesmo tipo de tomada, por exemplo).

Mais de 50 países já aderiram, como França, Japão e Reino Unido. Mas, como será a participação brasileira nessa empreitada? Em um workshop da NASA, foi decidido que cada nação contribuiria com sua maior especialidade. Para nós, a resposta foi clara: agricultura.

Saiba como o Brasil vai participar do Programa Artemis, da NASA, que visa estabelecer uma presença humana permanente na Lua. Crédito: Vadim Sadovski/Shutterstock

Se o Brasil já é o celeiro do mundo, por que não ser o celeiro do espaço? Em 2023, a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) firmaram uma parceria histórica, criando a rede Space Farming Brasil. O objetivo? Desenvolver tecnologia para cultivar alimentos fora da Terra.

Cientistas, engenheiros e até chefs brasileiros estão trabalhando para criar espécies resistentes e técnicas inovadoras. O que plantamos aqui pode alimentar astronautas na Lua e, no futuro, até em Marte

Para saber mais sobre a nossa participação no Programa Artemis, que visa estabelecer uma base permanente na Lua, não perca o Olhar Espacial desta sexta-feira (7), que vai receber a astrobióloga Rebeca Gonçalves (membro do Space Farming Brasil).

A astrobióloga Rebeca Gonçalves é a convidada desta sexta-feira (14) do Programa Olhar Espacial. Crédito: Arquivo Pessoal

Primeira brasileira a publicar um estudo sobre agricultura espacial, ela é graduada em Biologia pela Universidade de Bristol, na Inglaterra, com mestrado em Astrobiologia pela Universidade de Wageningen, na Holanda, reconhecida como a melhor instituição em estudos agrícolas do mundo.

Rebeca já trabalhou na Agência Espacial Europeia (ESA), no setor de comunicação para missões espaciais comerciais a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), onde organizou um programa extensivo de estudos espaciais em parceria com a Universidade Internacional do Espaço e a NASA. 

Leia mais:

Como assistir ao Programa Olhar Espacial

Apresentado por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia – APA; membro da SAB – Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros – BRAMON e coordenador nacional do Asteroid Day Brasil, o programa é transmitido ao vivo, todas às sextas-feiras, às 21h (horário de Brasília), pelos canais oficiais do veículo no YouTubeFacebookInstagramX (antigo Twitter)LinkedIn e TikTok.

O post Conquista da Lua pela NASA terá participação crucial do Brasil – saiba tudo no Olhar Espacial apareceu primeiro em Olhar Digital.

e1-pia26189-slr-update-2024-1024x791

NASA alerta: nível do mar subiu mais do que esperado em 2024

Uma análise liderada pela NASA fez uma revelação preocupante: o nível do mar subiu mais rápido do que esperado em 2024, chegando ao nível mais alto em três décadas. O motivo do aumento também mudou – e surpreendeu os pesquisadores.

A agência espacial americana ainda revelou que, desde 1993, quando a medição começou, o nível do mar já subiu em 10 centímetros.

Gráfico mostra o nível médio global do mar (em azul) desde 1993. A linha vermelha indica a trajetória do aumento, que mais que dobrou nas últimas três décadas. A linha vermelha pontilhada projeta o aumento futuro do nível do mar. (Imagem: NASA/JPL-Caltech)

Nível do mar aumentou mais do que esperado

A taxa de aumento esperada pela NASA era de 0,43 centímetros por ano. Já em 2024, o nível do mar subiu 0,59 centímetros.

Segundo Josh Willis, do Laboratório de Propulsão a Jato da agência espacial americana, a elevação de 2024 “foi maior do que esperávamos”. Ele explica que isso varia a cada ano e que a taxa de elevação está ficando cada vez mais rápida.

O registro do nível do mar acontece desde 1993. Desde então, a elevação anual mais que dobrou, subindo mais de 10 centímetros em pouco mais de 30 anos.

Como é feita a medição?

  • Essa medição a longo prazo é possível graças à operação ininterrupta de satélites de observação oceânica;
  • O primeiro foi o TOPEX/Poseidon, instalado em 1992. O mais atual é o Sentinel-6, de 2020, que deve continuar funcionando por mais quatro décadas;
  • Ele tem um irmão-gêmeo, o futuro Sentinel-6B (ainda não foi lançado), que medirá a altura da superfície do mar em cerca de 90% dos oceanos do mundo.
Satélite Sentinel-6, da NASA, responsável pela medição do nível do mar
Satélite Sentinel-6, da NASA, responsável pela medição do nível do mar (Imagem: NASA)

Motivo da elevação chamou atenção

A elevação acima do normal não foi o único fator que chamou atenção da NASA, mas também o motivo: normalmente, a adição de água da terra no oceano e o derretimento de geleiras correspondem, juntos, a dois terços do aumento do nível do mar. Em 2024, o motivo principal foi outro: dois terços do ‘problema’ foram causados pela expansão térmica.

De acordo com a NASA, há várias explicações para a expansão térmica, fenômeno pelo qual o calor entra no oceano e causa expansão da água. Um deles é que a água do mar se organiza em camadas de acordo com a temperatura e densidade. Por exemplo, a água quente é mais leve e flutua, enquanto a fria é mais densa e afunda. Na maioria dos lugares, o calor da superfície se move lentamente entre essas camadas.

Leia mais:

Já em áreas de muito vento, esse fluxo é agitado, causando uma mudança acelerada na vertical. Em correntes muito grandes, como as do Oceano Antártico, isso faz com que a água deslize facilmente para as profundezas, causando essa movimentação e expansão.

Outro motivo para essa movimentação ‘anormal’ pode ser o El Niño, fenômeno climático que provoca o aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico.

O post NASA alerta: nível do mar subiu mais do que esperado em 2024 apareceu primeiro em Olhar Digital.

wilmore-e-williams-starliner-1024x584

SpaceX define nova data de lançamento da missão que vai “libertar” astronautas “presos”

Dois astronautas que estão há cerca de 280 dias “presos” na Estação Espacial Internacional (ISS) dependem da chegada de uma nova tripulação ao laboratório orbital para, finalmente, poder voltar para a Terra. E a missão “redentora” decolaria na noite de quarta-feira (12) – no entanto, o lançamento foi suspenso por problemas técnicos (saiba detalhes aqui).

Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, partiram para a ISS em junho de 2024, no primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing, para uma missão de oito dias – que já dura mais de nove meses. 

Barry “Buch” Wilmore e Sunita “Suni” Williams, os astronautas da NASA em missão prolongada no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing. Crédito: NASA

Agora, a espera parece que finalmente vai chegar ao fim, com o retorno da dupla à Terra previsto para os próximos dias, tão logo os membros da missão SpaceX Crew-10 cheguem para substituí-los.

Em um comunicado, a SpaceX anunciou uma nova data de lançamento da missão. Um foguete Falcon 9 está programado para decolar na sexta-feira (14), às 20h03 (pelo horário de Brasília), do Complexo de Lançamento 39A no Centro Espacial Kennedy, da NASA, na Flórida – com transmissão ao vivo pelo perfil oficial da empresa de Elon Musk no X (antigo Twitter) e pela NASA+.

Anne McClain e Nichole Ayers, da NASA, Takuya Onishi, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) e o cosmonauta russo Kirill Peskov, da Roscosmos, vão viajar a bordo da Dragon Endurance (que já foi usada anteriormente nas missões Crew-3, Crew-5 e Crew-7), com previsão de atracar no módulo Harmony da estação no dia seguinte. Saiba mais sobre o time aqui e entenda aqui o que a missão Crew-10 vai fazer na ISS.

Equipe Crew-10
Foto oficial dos membros da missão SpaceX Crew-10 (da esquerda) o especialista da missão Kirill Peskov, da Roscosmos; a piloto Nicole Ayers e a comandante Anne McClain, ambas astronautas da NASA; e o especialista da missão Takuya Onishi, da JAXA (Imagem: NASA/Bill Stafford/Helen Arase Vargas)

Como os astronautas da Starliner vão voltar para a Terra

Ao que tudo indica, a volta de Williams e Wilmore para a Terra acontece na próxima semana, “de carona” com os membros da missão Crew-9, Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado no dia 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida;
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de um vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave, e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore vão voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurança, em setembro.

Mas, por que tanta demora? O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a acusar o governo anterior de deixar os astronautas “abandonados” na ISS – o que foi desmentido pela dupla.

Leia mais:

Acontece que há um calendário e um trânsito a se cumprir no laboratório orbital. Todas as tripulações que vão para lá sabem que a volta pode não acontecer dentro do prazo previsto (e tudo é meticulosamente calculado).

As equipes normalmente voltam para a Terra no mesmo veículo que as conduziram, que fica atracado na estação durante todo o percurso da missão. Como a espaçonave Starliner apresentou problemas graves e precisou regressar vazia ao planeta, seus tripulantes tiveram que aguardar a oportunidade mais adequada de retorno.

Da direita para a esquerda: Frank Rubio, astronauta da NASA, e seus companheiros russos da missão Soyuz MS-22 Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, que ficaram 371 dias na estação espacial. Crédito: Roscosmos

E não foi a primeira vez que isso aconteceu. É comum que astronautas excedam (e muito) o tempo de permanência previsto na ISS. Normalmente, as missões duram cerca de seis meses, mas podem ser estendidas por vários motivos, como experimentos ou imprevistos. 

No caso de Williams e Wilmore, se eles retornarem no domingo (16), como foi cogitado (mas ainda não oficializado) pela NASA, eles terão passado 284 dias em órbita. O astronauta Frank Rubio, dos EUA, junto com os russos Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, permaneceram 371 dias consecutivos no espaço entre 2022 e 2023.

Isso porque um incidente danificou a espaçonave russa Soyuz que os traria de volta à Terra, motivo pelo qual a estadia do trio no laboratório orbital foi prorrogada por mais seis meses, até a chegada de uma cápsula de substituição.

Embora garantam que não se sentem “presos”, vale uma observação curiosa: a cápsula Dragon da missão Crew-9 onde Williams e Wilmore vão embarcar de volta para a Terra se chama Freedom – “Liberdade”, em inglês.

O post SpaceX define nova data de lançamento da missão que vai “libertar” astronautas “presos” apareceu primeiro em Olhar Digital.

spacex-crew-10-1024x637-1

Astronautas “presos”: missão para possibilitar volta é cancelada após problemas

Na noite desta quarta-feira (12), a missão Crew-10 seria enviada à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Nela, estariam quatro astronautas. Com a chegada deles à Estação, os astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, que estão “presos” no Espaço, ficarão mais perto de voltar para casa.

Para isso, a nova equipe de astronautas precisará ser enviada ao laboratório orbital, o que estava previsto para ocorrer nesta quarta-feira (12), às 20h48 (horário de Brasília).

Foto oficial dos membros da missão SpaceX Crew-10 (da esquerda) o especialista da missão Kirill Peskov, da Roscosmos; a piloto Nicole Ayers e a comandante Anne McClain, ambas astronautas da NASA; e o especialista da missão Takuya Onishi, da JAXA (Imagem: NASA/Bill Stafford/Helen Arase Vargas)

Contudo, com menos de uma hora para o lançamento, a NASA confirmou o cancelamento por problema hidráulico com um dispositivo de fixação no equipamento de solo que prendia o foguete Falcon 9, da SpaceX, da tripulação à plataforma de lançamento.

Uma nova data de lançamento ainda não foi definida, mas as janelas de voo estão disponíveis na quinta-feira (13) e sexta-feira (14), aguardando a resolução do problema hidráulico.

Os tripulantes seriam levados por um foguete Falcon 9, da SpaceX, que decolou do Complexo de Lançamento 39A no Centro Espacial Kennedy, da NASA, na Flórida (EUA).

Anne McClain e Nichole Ayers, da NASA, Takuya Onishi, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA, na sigla em inglês) e o cosmonauta russo Kirill Peskov, da Roscosmos, estarão a bordo da Dragon Endurance (que já foi usada anteriormente nas missões Crew-3, Crew-5 e Crew-7) que tinha previsão de atracar no módulo Harmony da estação por volta das 10h (horário de Brasília) desta quinta-feira (13). Saiba mais sobre o time aqui e entenda aqui o que a missão Crew-10 vai fazer na ISS.

Cronologia dos astronautas “presos” e como voltarão à Terra

Williams e Wilmore partiram para a ISS em junho de 2024, no primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing, para missão de oito dias – que já dura mais de nove meses.

Ao que tudo indica, a volta de Williams e Wilmore para a Terra acontece na próxima semana, “de carona” com os membros da missão Crew-9, Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado em 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA);
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore vão voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurançaem setembro.

Mas, por que tanta demora? O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a acusar o governo anterior de deixar os astronautas “abandonados” na ISS – o que foi desmentido pela dupla.

Leia mais:

Barry "Buch" Wilmore e Sunita "Suni" Williams, os astronautas da NASA que estão "presos" no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing
Barry “Buch” Wilmore e Sunita “Suni” Williams, os astronautas da NASA em missão prolongada no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing (Imagem: NASA)

Acontece que há um calendário e um trânsito a se cumprir no laboratório orbital. Todas as tripulações que vão para lá sabem que a previsão de volta pode não se cumprir dentro do prazo estabelecido (e tudo é meticulosamente calculado).

As equipes normalmente voltam para a Terra no mesmo veículo que as conduziram, que fica atracado na estação durante todo o percurso da missão. Como a espaçonave Starliner apresentou problemas graves e precisou regressar vazia ao planeta, seus tripulantes tiveram que aguardar a oportunidade mais adequada de retorno.

E não foi a primeira vez que isso aconteceu. É comum que astronautas excedam (e muito) o tempo de permanência previsto na ISS. Normalmente, as missões duram cerca de seis meses, mas podem ser estendidas por vários motivos, como experimentos ou imprevistos

No caso de Williams e Wilmore, se eles retornarem no domingo (16), como foi cogitado (mas ainda não oficializado) pela NASA, eles terão passado 284 dias em órbita. O astronauta Frank Rubio, dos EUA, junto com os russos Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, permaneceram 371 dias consecutivos no Espaço entre 2022 e 2023.

Isso porque um incidente danificou a espaçonave russa Soyuz que os traria de volta à Terra, motivo pelo qual a estadia do trio no laboratório orbital foi prorrogada por mais seis meses, até a chegada de uma cápsula de substituição.

Embora garantam que não se sentem “presos”, vale uma observação curiosa: a cápsula Dragon da missão Crew-9 onde Williams e Wilmore vão embarcar de volta para a Terra se chama Freedom – “Liberdade”, em inglês.

O post Astronautas “presos”: missão para possibilitar volta é cancelada após problemas apareceu primeiro em Olhar Digital.

lancamento_spherex_punch-1024x576

Sondas da NASA recém-lançadas pela SpaceX já estão em órbita – veja primeiras fotos

Na madrugada desta quarta-feira (12), um foguete Falcon 9, da SpaceX, lançou duas missões revolucionárias da NASA: um telescópio espacial chamado SPHEREx, que examinará o Universo em infravermelho, e PUNCH, um conjunto quatro satélites que estudarão a coroa solar – a atmosfera externa do Sol.

Decolagem do foguete Falcon 9 levando as missões SPHEREx e PUNCH para o espaço. Crédito: Reprodução/YouTube/NASA

Cerca de uma hora após o lançamento, o perfil oficial do Programa de Serviços de Lançamentos (LSP) da NASA na X (antigo Twitter) divulgou imagens de ambas as missões implantadas na órbita da Terra.

“A SPHEREx está implantada!”, diz a legenda da publicação que mostra o mapeador cósmico ao lado do planeta. “Após a separação do segundo estágio do foguete SpaceX Falcon 9, os técnicos monitorarão de perto a aquisição do sinal, o que pode ser apenas uma questão de minutos”.

Em seguida, o LSP publicou a foto da primeira das duas duplas de satélites PUNCH implantada em órbita. “O primeiro par de pequenos satélites para a missão de estudar o vento solar foi implantado. Aguarde a próxima rodada!”.

O que se vê é o grande escudo de fótons em forma de cone da nave SPHEREx, responsável por manter a luz indesejada longe do instrumento principal da sonda, que pode detectar 102 comprimentos de onda de luz infravermelha.

Nesta foto, o telescópio espacial está indo em direção à sua órbita polar, onde irá circundar os polos da Terra de norte a sul ao longo da linha crepuscular, o traço imaginário que separa o dia e a noite na Terra.

Missões SPHEREx e PUNCH lado a lado
Missões SPHEREx e PUNCH, da NASA, que foram lançadas na madrugada de quarta-feira (12). Crédito: NASA

Leia mais:

Missão SPHEREx vai criar um grande mapa do Universo

O SPHEREx (Espectrofotômetro para a História do Universo, Época da Reionização e Explorador de Gelos) é um telescópio espacial que examinará o Universo em infravermelho. Ele funcionará como uma versão panorâmica do Telescópio Espacial James Webb (JWST), captando a luz e analisando a composição de bilhões de galáxias.

Enquanto o JWST se concentra em detalhes minuciosos de objetos distantes, o SPHEREx fará um mapeamento amplo, revelando o contexto em que esses objetos estão inseridos. Com isso, ajudará a entender a formação das primeiras galáxias e a origem da água no Sistema Solar.

NASA quer desvendar os segredos do vento solar com a missão PUNCH

O PUNCH (Polarímetro para Unificar a Coroa e a Heliosfera) é uma missão composta por quatro satélites que estudarão a coroa solar – a atmosfera externa do Sol. O objetivo é entender como essa camada se transforma no vento solar, uma corrente de partículas que atravessa o espaço e influencia o ambiente ao redor da Terra.

O vento solar interage com a heliosfera, a bolha protetora em torno do Sistema Solar. Compreender essa dinâmica é essencial para prever tempestades solares e minimizar seus impactos em redes elétricas, comunicações via satélite e até na segurança de astronautas em missões espaciais.

O post Sondas da NASA recém-lançadas pela SpaceX já estão em órbita – veja primeiras fotos apareceu primeiro em Olhar Digital.

spacex-crew-10-1024x637

Missão para possibilitar volta de astronautas “presos” é lançada esta noite; veja ao vivo

“Presos” no espaço, os astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, estão cada vez mais perto de voltar para casa. Eles partiram para a Estação Espacial Internacional (ISS) em junho de 2024, no primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing, para uma missão de oito dias – que já dura mais de nove meses. Agora, a espera parece que finalmente vai chegar ao fim, com o retorno da dupla à Terra previsto para os próximos dias.

Para isso, uma nova equipe de quatro astronautas precisa ser enviada ao laboratório orbital, o que vai acontecer nesta quarta-feira (12), às 20h48 (pelo horário de Brasília). Um foguete Falcon 9, da SpaceX, está programado para decolar do Complexo de Lançamento 39A no Centro Espacial Kennedy, da NASA, na Flórida, levando os integrantes da missão Crew-10 – com transmissão ao vivo, a partir das 16h45, pelo canal da NASA no YouTube.

Anne McClain e Nichole Ayers, da NASA, Takuya Onishi, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) e o cosmonauta russo Kirill Peskov, da Roscosmos, vão viajar a bordo da Dragon Endurance (que já foi usada anteriormente nas missões Crew-3, Crew-5 e Crew-7), com previsão de atracar no módulo Harmony da estação por volta das 10h da manhã de quinta-feira (13). Saiba mais sobre o time aqui e entenda aqui o que a missão Crew-10 vai fazer na ISS.

Foto oficial dos membros da missão SpaceX Crew-10: (da esquerda) o especialista da missão Kirill Peskov, da Roscosmos; a piloto Nicole Ayers e a comandante Anne McClain, ambas astronautas da NASA; e o especialista da missão Takuya Onishi, da JAXA Crédito: NASA / Bill Stafford / Helen Arase Vargas

Como os astronautas da Starliner vão voltar para a Terra

Ao que tudo indica, a volta de Williams e Wilmore para a Terra acontece na próxima semana, “de carona” com os membros da missão Crew-9, Nick Hague, da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos.

Vamos relembrar a saga dos astronautas “presos” no espaço:

  • O Teste de Voo Tripulado da Starliner – ou CFT, na sigla em inglês – foi lançado no dia 5 de junho de 2024, no topo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULA), a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida;
  • Isso aconteceu após uma série de adiamentos;
  • A última suspensão foi em razão de um vazamento de hélio na cápsula;
  • O problema não foi entendido como tão grave, e a espaçonave decolou rumo à ISS;
  • No trajeto, mais vazamentos de hélio foram identificados;
  • A acoplagem também apresentou problema: uma anomalia fez cinco dos 28 propulsores do módulo falharem em seu funcionamento, atrasando a ancoragem em mais de uma hora;
  • Em agosto, a NASA anunciou que Williams e Wilmore vão voltar para casa em uma espaçonave Dragon, da SpaceX, junto com os tripulantes da missão Crew-9 (que foi lançada com apenas dois membros justamente para esse fim);
  • Já a cápsula Boeing Starliner foi enviada de volta à Terra vazia, por motivos de segurança, em setembro.
Barry "Buch" Wilmore e Sunita "Suni" Williams, os astronautas da NASA que estão "presos" no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing
Barry “Buch” Wilmore e Sunita “Suni” Williams, os astronautas da NASA em missão prolongada no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing. Crédito: NASA

Mas, por que tanta demora? O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a acusar o governo anterior de deixar os astronautas “abandonados” na ISS – o que foi desmentido pela dupla.

Leia mais:

Acontece que há um calendário e um trânsito a se cumprir no laboratório orbital. Todas as tripulações que vão para lá sabem que a previsão de volta pode não se cumprir dentro do prazo estabelecido (e tudo é meticulosamente calculado).

As equipes normalmente voltam para a Terra no mesmo veículo que as conduziram, que fica atracado na estação durante todo o percurso da missão. Como a espaçonave Starliner apresentou problemas graves e precisou regressar vazia ao planeta, seus tripulantes tiveram que aguardar a oportunidade mais adequada de retorno.

E não foi a primeira vez que isso aconteceu. É comum que astronautas excedam (e muito) o tempo de permanência previsto na ISS. Normalmente, as missões duram cerca de seis meses, mas podem ser estendidas por vários motivos, como experimentos ou imprevistos. 

No caso de Williams e Wilmore, se eles retornarem no domingo (16), como foi cogitado (mas ainda não oficializado) pela NASA, eles terão passado 284 dias em órbita. O astronauta Frank Rubio, dos EUA, junto com os russos Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, permaneceram 371 dias consecutivos no espaço entre 2022 e 2023.

Da direita para a esquerda: Frank Rubio, astronauta da NASA, e seus companheiros russos da missão Soyuz MS-22 Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, que ficaram 371 dias na estação espacial. Imagem: Roscosmos

Isso porque um incidente danificou a espaçonave russa Soyuz que os traria de volta à Terra, motivo pelo qual a estadia do trio no laboratório orbital foi prorrogada por mais seis meses, até a chegada de uma cápsula de substituição.

Embora garantam que não se sentem “presos”, vale uma observação curiosa: a cápsula Dragon da missão Crew-9 onde Williams e Wilmore vão embarcar de volta para a Terra se chama Freedom – “Liberdade”, em inglês.

O post Missão para possibilitar volta de astronautas “presos” é lançada esta noite; veja ao vivo apareceu primeiro em Olhar Digital.