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Artemis não é suficiente para bater a China, dizem especialistas

A China está ultrapassando os Estados Unidos na corrida para conquistar a Lua e o Espaço mesmo com a iminência da missão Artemis, na opinião de especialistas ouvidos em sessão do Comitê de Ciência, Espaço e Tecnologia da Câmara dos Deputados em Washington, DC (EUA).

A audiência, intitulada “Passo a passo: o programa Artemis e o caminho da NASA para a exploração humana da Lua, Marte e além” foi realizada em 26 de fevereiro para discutir como a missão pode servir para chegar a Marte.

Recentemente, o presidente Donald Trump voltou a manifestar o desejo de levar astronautas para o Planeta Vermelho com o objetivo de “redescobrir o poder incontrolável do espírito americano”, como informou o Olhar Digital.

Captura do Polo Sul da Lula feita pelo satélite Blue Ghost (Imagem: Divulgação/NASA)

Na sessão, participaram dois especialistas em política espacial: Dr. Scott Pace, diretor do Instituto de Política Espacial da Universidade George Washington, e Dan Dumbacher, professor adjunto da Universidade Purdue. A NASA não enviou representantes, apesar de ter recebido convites dos deputados, como relata o Space.com.

“Nossos concorrentes globais, principalmente a China e seus aliados, estão planejando e nos ultrapassando em seu esforço para se tornarem dominantes no Espaço. Esta é uma preocupação econômica e de segurança nacional crítica“, disse Dumbacher.

  • O retorno da humanidade à Lua pode ocorrer em 2027, quando a NASA pretende lançar a missão Artemis III;
  • Dois membros da tripulação descerão à superfície e vão passar uma semana perto do Polo Sul conduzindo novas pesquisas científicas. Mas isso pode não ser suficiente, na opinião dos convidados;
  • “Para que a liderança dos EUA seja eficaz, as missões de exploração espacial humana não podem ser ‘únicas’, mas devem ser repetíveis e sustentáveis, com presença contínua como normal”, disse Pace na audiência;
  • “É hora de considerar alternativas para ir à Terra, à Lua e voltar. Idealmente, a NASA deveria ser capaz de comprar serviços de transporte pesado para enviar humanos à Lua. Um plano revisado de campanha Artemis deveria ser uma alta prioridade para o novo administrador.”
Sala de comando de missões da Artemis (Imagem: Divulgação/NASA)

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Política instável ameaça a Artemis?

Os especialistas também comentaram a pressão política dentro da agência espacial. Dumbacher afirmou ter conversado com ex-alunos, atuais funcionários da NASA, que, segundo ele, estão “assustados”.

“Estou mais do que feliz em entregar o futuro a eles, e eles estão preocupados e questionando o que farão por suas carreiras, buscando outras oportunidades, o que eu acho terrivelmente triste por causa do imperativo nacional que temos e da competição global em que estamos envolvidos”, disse.

A congressista Zoe Lofgren, da Califórnia (EUA), chegou a declarar que os funcionários temem demissões arbitrárias diariamente. “O caos, a confusão, a chicotada, a intimidação e o bullying da força de trabalho são de toda a agência e do governo“, afirmou.

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NASA lança, com sucesso, duas missões revolucionárias ao Espaço

Na madrugada desta quarta-feira (12), a NASA enviou, ao Espaço, duas missões no mesmo foguete da SpaceX, o Falcon 9. O lançamento estava originalmente programado para os primeiros minutos de sábado (8), no entanto, foi suspenso pela empresa para verificações adicionais no veículo.

Esperava-se, então, que isso ocorresse nesta terça-feira (11), mas, segundo a SpaceX, o tempo não estava favorável e houve problema com uma das espaçonaves da NASA. O lançamento desta quarta-feira (12) foi realizado à 0h10 (horário de Brasília).

Separação dos módulos ocorreu sem problemas (Imagem: Reprodução/YouTube/NASA)

O telescópio SPHEREx e o conjunto de satélites solares PUNCH decolaram a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia (EUA). O evento foi transmitido pela agência espacial estadunidense em seu canal no YouTube.

A estratégia de compartilhamento de viagem faz parte do Programa de Serviços de Lançamentos da NASA, que busca otimizar custos ao combinar diferentes missões científicas em um único foguete. Isso permite dividir os gastos entre a verba do governo dos EUA e o dinheiro de empresas privadas, ampliando as oportunidades para a exploração espacial.

Os dois estágios do Falcon 9 se separaram da forma como deveriam fazer e o foguete da Spacex retornou à Terra e pousou na base de lançamento com perfeição. Agora, SPHEREx e PUNCH estão rumando aos seus respectivos destinos. A seguir, o Olhar Digital explica o que cada missão irá fazer.

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Animação representando a missão SPHEREx, da NASA. Crédito: NASA

SPHEREx vai criar grande mapa do Universo

O Espectrofotômetro para a História do Universo, Época da Reionização e Explorador de Gelos (SPHEREx, na sigla em inglês) é um telescópio espacial que examinará o Universo em infravermelho. Ele funcionará como versão panorâmica do Telescópio Espacial James Webb (JWST), captando a luz e analisando a composição de bilhões de galáxias.

Enquanto o JWST se concentra em detalhes minuciosos de objetos distantes, o SPHEREx fará mapeamento amplo, revelando o contexto em que esses objetos estão inseridos. Com isso, ajudará a entender a formação das primeiras galáxias e a origem da água no Sistema Solar.

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Agora, missões da NASA estão rumando para seus destinos (Imagem: Reprodução/YouTube/NASA)

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PUNCH, da NASA, quer desvendar segredos do vento solar

O Polarímetro para Unificar a Coroa e a Heliosfera (PUNCH, na sigla em inglês) é uma missão composta por quatro satélites que estudarão a coroa solar – a atmosfera externa do Sol. O objetivo é entender como essa camada se transforma no vento solar, corrente de partículas que atravessa o Espaço e influencia o ambiente ao redor da Terra.

O vento solar interage com a heliosfera, a bolha protetora em torno do Sistema Solar. Compreender essa dinâmica é essencial para prever tempestades solares e minimizar seus impactos em redes elétricas, comunicações via satélite e, até, na segurança de astronautas em missões espaciais.

Representação artística da missão SPHEREx, da NASA. Crédito: NASA

Impactos e expectativas das missões

O SPHEREx investigará questões fundamentais, como os eventos que ocorreram logo após o Big Bang e a presença de moléculas essenciais para a vida no cosmos. Já o PUNCH utilizará técnicas inovadoras, como a análise da polarização da luz, para detalhar fenômenos solares e criar “eclipse artificial” que facilitará a observação da coroa solar.

Ambas as missões representam avanços significativos na compreensão do Espaço. Enquanto o SPHEREx trará novo panorama da história do Universo, o PUNCH ajudará a proteger a Terra dos efeitos do clima espacial.

Quatro satélites da missão PUNCH
Os quatro satélites da missão PUNCH, da NASA, em imagem conceitual. Crédito: NASA

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Gás, poeira e “arco-íris”: Webb capta formação de sistema estelar

O telescópio espacial James Webb, da Nasa, captou imagens impressionantes que mostram novos detalhes de um sistema estelar em formação. O Lynds 483 está a 650 anos-luz de distância na constelação Serpens e tem um formato curioso de ampulheta. Um ano-luz é igual a 9,46 trilhões de quilômetros.

A nuvem vertical é formada por duas estrelas que ejetam gás e poeira nas cores laranja, azul e roxo. O espetáculo visual foi captado usando luz infravermelha próxima de alta resolução do telescópio que é considerado o principal observatório de ciência espacial do mundo.

Protoestrelas têm expelido gás e poeira em jatos rápidos e compactos ao longo de dezenas de milhares de anos. Mas alguns fluxos são ligeiramente mais lentos e, segundo a Nasa, acabam “tropeçando” no espaço.

Ilustração da constelação Serpens (Imagem: Nasa/Reprodução)

Isso pode gerar um atrito entre compostos recentes e antigos, desencadeando reações químicas que produzem diversas moléculas, como monóxido de carbono, metanol e vários outros compostos orgânicos, de acordo com a agência espacial.

Na foto, as duas protoestrelas podem ser vistas no centro da ampulheta, em um disco horizontal. Acima e abaixo desse disco, onde a poeira é mais fina, é possível observar a luz brilhante das estrelas em uma espécie de cone laranja semitransparente.

“Daqui a milhões de anos, quando as estrelas terminarem de se formar, cada uma delas poderá ter aproximadamente a massa do nosso Sol. Seus fluxos terão limpado a área — varrendo essas ejeções semitransparentes. Tudo o que pode permanecer é um pequeno disco de gás e poeira onde planetas podem eventualmente se formar”, explica a Nasa.

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Nome do sistema solar homenageia a astrônoma americana Beverly T. Lynds (Imagem: IAU/Divulgação)

O trabalho começou lá atrás…

O sistema solar Lynds 483 homenageia a astrônoma americana Beverly T. Lynds, que estudou nebulosas “escuras” e “brilhantes” no início dos anos 1960. Ela catalogou as coordenadas e características de cada objeto a partir de chapas fotográficas captadas pelo projeto Palomar Observatory Sky Survey, na Califórnia.

Segundo a Nasa, o material ajudou na criação futura de mapas detalhados de densas nuvens de poeira onde as estrelas se formam — conteúdo fundamental para pesquisas da comunidade astronômica antes do acesso generalizado à internet.

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Concurso da NASA vai escolher mascote que acompanhará astronautas à Lua

programa Artemis, da NASA, tem como objetivo estabelecer a presença humana na Lua mais de 50 anos depois da última missão lunar tripulada da história. Os preparativos para a primeira missão de pouso, que deve ocorrer em 2026, continuam a todo o vapor.

No total, quatro astronautas serão enviados ao satélite natural da Terra, entre eles a primeira mulher. No entanto, um quinto elemento deverá estar a bordo da espaçonave: o mascote oficial da missão.

Mascote será indicador de gravidade zero

  • A ideia da agência espacial dos EUA é que o “mascote lunar” seja um boneco ou um bichinho de pelúcia;
  • Ele vai começar a flutuar na cápsula Órion quando ela estiver em microgravidade;
  • Em outras palavras, o quinto tripulante será um indicador de gravidade zero;
  • Isso é importante porque os astronautas estarão presos nos assentos, e não haverá mais nada que indique a chegada no espaço.
Artemis III será primeira missão a levar astronautas à Lua após mais de cinco décadas (Imagem: Vadim Sadovski/Shutterstock)

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Concurso vai definir quinto participante da missão

Além de anunciar a novidade, a NASA quer que a população participe de um concurso para escolher qual será este mascote. Para isso, a agência fechou uma parceria com a Freelancer, empresa de financiamento coletivo.

Snoopy, o indicador de gravidade zero da missão Artemis I, em 2022, dentro da espaçonave Orion. (Imagem: NASA)

Os interessados podem se inscrever até 27 de maio neste site. É necessário enviar propostas que sejam originais, relevantes para um público global, que representem a humanidade e que tenham significado tanto para a missão Artemis II quanto para os astronautas. O mascote deve caber em uma caixa de 15 cm e não pode pesar mais que 340 g. 

Concurso para escolher mascote que participará de missão à Lua (Imagem: NASA/Freelancer)

A tradição de astronautas levarem indicadores de gravidade zero em missões espaciais vem da antiga União Soviética. Em 1961, ao realizar o primeiro voo espacial da história, o cosmonauta Yuri Gagarin levou na cápsula um pequeno boneco de nome Vostok.

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Starship vai sair do papel a tempo? Explosões deixam dúvidas

2025 pode ser o ano de Elon Musk, mas o início tem sido conturbado – pelo menos para a SpaceX. A empresa espacial da qual o bilionário é dono lançou o megafoguete Starship duas vezes em cerca de dois meses e, nas duas, viu a nave explodir.

Musk recebeu um cargo no governo de Donald Trump e fechou contratos com a NASA para usar a Starship em missões lunares. No entanto, contratempos podem atrasar um cronograma já apertado e deixam dúvidas sobre a viabilidade do foguete.

Sétimo e oitavo voos de teste da Starship terminaram em explosão (Imagem: Reprodução/X/SpaceX)

Starship: dois voos, duas explosões

A SpaceX lançou a Starship duas vezes este ano: em 16 de janeiro e na semana passada, 06 de março. Nas duas ocasiões, os voos de testes terminaram em explosão.

No primeiro lançamento do ano (e sétimo teste da nave), o motivo foi um vazamento de propelente que causou incêndios contínuos. O Olhar Digital reportou a causa completa aqui. Já no segundo caso, quatro dos seis motores do foguete falharam, causando um desligamento inesperado e um giro descontrolado céu abaixo. A empresa está investigando a causa da explosão.

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O que isso significa para a SpaceX e Elon Musk

Elon Musk recentemente ganhou um cargo no governo de Donald Trump e teve apoio do atual presidente dos Estados Unidos em suas declarações a favor da exploração espacial em Marte. No entanto, os eventos recentes da SpaceX mostraram que isso ainda pode estar um pouco distante.

As explosões não são necessariamente um problema, já que a empresa fez seu nome com base na mentalidade de “lançar, quebrar, consertar e lançar novamente”. Ou seja, se der errado, tente novamente. Além disso, a Starship será reutilizável e, quando finalmente chegar ao fim dos testes, terá uma operação contínua.

O problema é chegar lá. Isso porque os três voos de teste anteriores da nave foram um sucesso, mas o desempenho positivo não se repetiu na sétima e oitava tentativa, logo quando a Starship passou por uma atualização de design. Na prática, a versão atualizada não deu tão certo quanto as versões antigas, possivelmente forçando a SpaceX dar um passo atrás.

Outro problema é que as duas últimas falhas aconteceram na mesma parte do foguete: perto dos motores, no segundo estágio. Isso pode indicar que a empresa não está conseguindo resolver as falhas a tempo – ou, ainda, há uma grande falha no novo design da nave que ainda não foi identificado.

Starship da SpaceX sendo lançado
Captura do foguete na torre Mechazilla era um procedimento complicado – e deu certo (Imagem: SpaceX)

Starship pode afetar missões da NASA

Na prática, a Starship precisa:

  • Decolar, separar o primeiro e segundo estágio do foguete, permanecer em órbita por um longo período de tempo, sair de órbita, retornar ao local de lançamento e ser capturada pelos braços mecânicos da torre Mechazilla (essa última parte deu certo nas últimas tentativas);
  • Ainda, por se tratar de um modelo reutilizável, precisa fazer isso em sucessão.

No entanto, os atrasos têm repercussões que vão além da SpaceX: a NASA contratou a SpaceX para usar uma versão da Starship na missão Artemis 3, que vai levar astronautas à Lua até 2027.

Para que isso aconteça, a empresa precisa corrigir os erros. Um deles é a transmissão de propelentes do foguete, um processo essencial para que a nave acumule combustível suficiente para ir até o satélite natural (e além, em possíveis missões a Marte). Elon Musk havia afirmado que esse era um procedimento simples, mas não parece ser.

De acordo com Amit Kshatriya, vice-administrador associado do programa “Lua para Marte” da NASA, em dezembro, os testes deste ano demonstrariam o desempenho da Starship e ajudariam a agência a montar um cronograma realista para a missão Artemis 3. Segundo o The New York Times, agora que a nave ‘falhou’, não há como saber quantos lançamentos de teste serão necessários – talvez até 20.

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SpaceX lança nova missão tripulada e prepara volta de astronautas “presos”

Agora falta bem pouco para os astronautas Sunita Williams e Butch Wilmore, da NASA, voltarem para casa. Eles viajaram para a Estação Espacial Internacional (ISS) no primeiro voo tripulado da nave Starliner, da Boeing, em junho de 2024, para uma missão de cerca de oito dias – que já se prolonga por mais de nove meses. Ao que tudo indica, a espera finalmente vai acabar: o retorno da dupla para a Terra deve acontecer nos próximos dias.

Williams e Wilmore vão embarcar na cápsula Dragon Freedom, que está acoplada desde setembro na ISS, junto com os membros da missão SpaceX Crew-9 (Nick Hague, também da NASA, e Aleksandr Gorbunov, da agência espacial russa, Roscosmos), em torno de uma semana após a chegada da tripulação Crew-10 ao laboratório orbital. A data específica depende das condições climáticas na costa da Flórida, onde será o splashdown no oceano.

Astronautas da NASA Sunita Williams e Butch Wilmore dentro da Estação Espacial Internacional. Crédito: NASA

De acordo com um comunicado, a missão Crew-10 está programada para decolar em um foguete Falcon 9 nesta quarta-feira (12), às 20h48 (pelo horário de Brasília), do Complexo de Lançamento 39A no Centro Espacial Kennedy, da NASA, na Flórida – com transmissão ao vivo, a partir das 16h45, pelo canal da NASA no YouTube.

O horário do acoplamento previsto é às 10h de quinta-feira (13) e também deve ser transmitido em tempo real pela agência.

Ao longo de 113 dias (pouco mais de três meses), as astronautas Anne McClain e Nichole Ayers, da NASA, além do taikonauta Takuya Onishi, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) e do cosmonauta da Roscosmos Kirill Peskov vão realizar pesquisas, demonstrações de tecnologia e atividades de manutenção a bordo da estação.

Segundo a NASA, assim que todas as verificações de sistemas do foguete e da cápsula Endurance estiverem concluídas e todos os componentes forem certificados para voo, as equipes vão acoplar a nave ao lançador no hangar da SpaceX no local de lançamento. 

Em seguida, o veículo será conduzido até a plataforma e posicionado na vertical para um ensaio geral seco com a tripulação e um teste de fogo estático integrado. Este será o quarto voo da cápsula Endurance (que já foi usada anteriormente nas missões Crew-3, Crew-5 e Crew-7)

Conheça os astronautas da missão SpaceX Crew-10

A partir do canto superior esquerdo: as astronautas da NASA Anne McClain, comandante, e Nichole Ayers, piloto, juntamente com os especialistas da missão Takuya Onishi, astronauta da JAXA (Agência de Exploração Aeroespacial do Japão) e o cosmonauta russo Kirill Peskov. Crédito: NASA

Anne McClain

Veterana no espaço, a astronauta Anne McClain, da NASA, estará em seu segundo voo espacial. Coronel do Exército dos EUA, ela tem formação em Engenharia Mecânica, Aeroespacial, Segurança Internacional e Estudos Estratégicos. Ex-pilota instrutora de helicópteros de combate, acumula mais de 2.300 horas de voo, incluindo 800 em missões militares. Em sua primeira ida ao espaço, passou 204 dias na ISS, onde participou de duas caminhadas espaciais.

Nichole Ayers

Nichole Ayers, também da NASA, estreia no espaço com a missão Crew-10. Major da Força Aérea dos EUA, ela se destacou como pilota de combate e instrutora do F-22 Raptor. É formada em Matemática, com especialização em russo, e tem mestrado em Matemática Computacional e Aplicada. Com mais de 1.400 horas de voo, sendo 200 em combate, Ayers liderou missões multinacionais e multisserviços. Ela é a primeira astronauta da classe de 2021 da agência espacial dos EUA a ser designada para um voo.

Takuya Onishi

Astronauta da JAXA desde 2009, Onishi retorna à ISS após integrar as Expedições 48 e 49. Foi o primeiro japonês a capturar roboticamente a espaçonave Cygnus e ajudou a estruturar o laboratório Kibo. Piloto de formação, tem mais de 3.700 horas de voo no Boeing 767 e também atuou como diretor de voo da JAXA.

Kirill Peskov

Estreante no espaço, o cosmonauta russo Kirill Peskov foi copiloto comercial antes de ingressar na Roscosmos. Engenheiro de formação, passou por treinamentos rigorosos, como gravidade zero, paraquedismo e sobrevivência na selva, preparando-se para sua primeira missão orbital.

Foguete Falcon 9, da SpaceX, com a espaçonave Dragon no topo, posicionado na vertical na plataforma de lançamento do Complexo de Lançamento 39A, no Centro Espacial Kennedy, da NASA, na Flórida, antes do lançamento da missão Crew-10 para a Estação Espacial Internacional. Crédito: SpaceX

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O que esperar da missão Crew-10

Após a decolagem, o foguete Falcon 9 vai impulsionar a cápsula Dragon a aproximadamente 28 mil km/h. Durante o trajeto, a tripulação e a equipe da SpaceX em solo, vão monitorar manobras para o acoplamento automático ao módulo Harmony. Se necessário, os astronautas podem assumir o controle manual para a ancoragem. Na estação, eles serão recebidos pelos sete tripulantes da Expedição 72 e farão uma breve transição com os membros da Crew-9, que devem retornar à Terra poucos dias depois. 

A nova equipe conduzirá pesquisas para futuras missões espaciais e aplicações na Terra. Entre os experimentos, estão testes de inflamabilidade de materiais para espaçonaves, comunicação com estudantes via rádio amador e validação de uma tecnologia de navegação lunar alternativa. Os astronautas também participarão de um estudo integrado sobre os impactos fisiológicos e psicológicos da vida no espaço.

Ao todo, a equipe Crew-10 realizará mais de 200 experimentos e testes tecnológicos no laboratório orbital, ampliando o conhecimento necessário para a exploração humana do espaço.

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NASA adia, mais uma vez, lançamento de duas missões revolucionárias ao Espaço

Na madrugada desta terça-feira (11), a NASA enviaria, ao Espaço, duas missões no mesmo foguete da SpaceX, o Falcon 9. O lançamento estava originalmente programado para os primeiros minutos de sábado (8), no entanto, foi suspenso pela empresa para verificações adicionais no veículo.

Esperava-se, então, que isso ocorresse nesta terça-feira (11), à 0h10 (horário de Brasília), mas, segundo a SpaceX, o tempo não estava favorável e houve problema com uma das espaçonaves da NASA. Sendo assim, o lançamento foi remarcado para os primeiros minutos desta quarta-feira (12).

Foi o segundo adiamento seguido das missões (Imagem: Reprodução/X/SpaceX)

O telescópio SPHEREx e o conjunto de satélites solares PUNCH decolarão a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia (EUA). O evento será transmitido pela agência espacial estadunidense em seu canal no YouTube.

A estratégia de compartilhamento de viagem faz parte do Programa de Serviços de Lançamentos da NASA, que busca otimizar custos ao combinar diferentes missões científicas em um único foguete. Isso permite dividir os gastos entre a verba do governo dos EUA e o dinheiro de empresas privadas, ampliando as oportunidades para a exploração espacial.

Animação da SPACEx
Animação representando a missão SPHEREx, da NASA (Imagem: NASA)

SPHEREx vai criar grande mapa do Universo

O Espectrofotômetro para a História do Universo, Época da Reionização e Explorador de Gelos (SPHEREx, na sigla em inglês) é um telescópio espacial que examinará o Universo em infravermelho. Ele funcionará como versão panorâmica do Telescópio Espacial James Webb (JWST), captando a luz e analisando a composição de bilhões de galáxias.

Enquanto o JWST se concentra em detalhes minuciosos de objetos distantes, o SPHEREx fará mapeamento amplo, revelando o contexto em que esses objetos estão inseridos. Com isso, ajudará a entender a formação das primeiras galáxias e a origem da água no Sistema Solar.

Leia mais:

PUNCH, da NASA, quer desvendar segredos do vento solar

O Polarímetro para Unificar a Coroa e a Heliosfera (PUNCH, na sigla em inglês) é missão composta por quatro satélites que estudarão a coroa solar – atmosfera externa do Sol. O objetivo é entender como essa camada se transforma no vento solar, corrente de partículas que atravessa o Espaço e influencia o ambiente ao redor da Terra.

O vento solar interage com a heliosfera, a bolha protetora em torno do Sistema Solar. Compreender essa dinâmica é essencial para prever tempestades solares e minimizar seus impactos em redes elétricas, comunicações via satélite e, até, na segurança de astronautas em missões espaciais.

Representação artística da missão SPHEREx, da NASA (Imagem: NASA)

Impactos e expectativas das missões

O SPHEREx investigará questões fundamentais, como os eventos que ocorreram logo após o Big Bang e a presença de moléculas essenciais para a vida no cosmos. Já o PUNCH utilizará técnicas inovadoras, como a análise da polarização da luz, para detalhar fenômenos solares e criar “eclipse artificial” que facilitará a observação da coroa solar.

Ambas as missões representam avanços significativos na compreensão do Espaço. Enquanto o SPHEREx trará novo panorama da história do Universo, o PUNCH ajudará a proteger a Terra dos efeitos do clima espacial.

Quatro satélites da missão PUNCH
Quatro satélites da missão PUNCH, da NASA em imagem conceitual (Imagem: NASA)

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Duas missões revolucionárias da NASA devem ser lançadas nesta madrugada

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a NASA planejava enviar ao espaço duas missões no mesmo foguete da SpaceX, nos primeiros minutos de sábado (8) – no entanto, o lançamento foi suspenso pela empresa para verificações adicionais no veículo.

O telescópio SPHEREx e o conjunto de satélites solares PUNCH iriam decolar a bordo de um Falcon 9, a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, à 00h09 (pelo horário de Brasília). 

De acordo com um comunicado da SpaceX, o lançamento foi reprogramado para à 0h10 desta terça-feira (11), com transmissão ao vivo pelo canal da NASA no YouTube, a partir das 23h15 desta segunda-feira (10).

Animação representando a missão SPHEREx, da NASA. Crédito: NASA

A estratégia de compartilhamento de viagem faz parte do Programa de Serviços de Lançamentos da agência, que busca otimizar custos ao combinar diferentes missões científicas em um único foguete. Isso permite dividir os gastos entre a verba do governo dos EUA e o dinheiro de empresas privadas, ampliando as oportunidades para a exploração espacial.

Missão SPHEREx vai criar um grande mapa do Universo

O SPHEREx (Espectrofotômetro para a História do Universo, Época da Reionização e Explorador de Gelos) é um telescópio espacial que examinará o Universo em infravermelho. Ele funcionará como uma versão panorâmica do Telescópio Espacial James Webb (JWST), captando a luz e analisando a composição de bilhões de galáxias.

Enquanto o JWST se concentra em detalhes minuciosos de objetos distantes, o SPHEREx fará um mapeamento amplo, revelando o contexto em que esses objetos estão inseridos. Com isso, ajudará a entender a formação das primeiras galáxias e a origem da água no Sistema Solar.

Representação artística da missão SPHEREx, da NASA. Crédito: NASA

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Os quatro satélites da missão PUNCH, da NASA, em imagem conceitual. Crédito: NASA

NASA quer desvendar os segredos do vento solar com a missão PUNCH

O PUNCH (Polarímetro para Unificar a Coroa e a Heliosfera) é uma missão composta por quatro satélites que estudarão a coroa solar – a atmosfera externa do Sol. O objetivo é entender como essa camada se transforma no vento solar, uma corrente de partículas que atravessa o espaço e influencia o ambiente ao redor da Terra.

O vento solar interage com a heliosfera, a bolha protetora em torno do Sistema Solar. Compreender essa dinâmica é essencial para prever tempestades solares e minimizar seus impactos em redes elétricas, comunicações via satélite e até na segurança de astronautas em missões espaciais.

Impactos e expectativas das missões

O SPHEREx investigará questões fundamentais, como os eventos que ocorreram logo após o Big Bang e a presença de moléculas essenciais para a vida no cosmos. Já o PUNCH utilizará técnicas inovadoras, como a análise da polarização da luz, para detalhar fenômenos solares e criar um “eclipse artificial” que facilitará a observação da coroa solar.

Ambas as missões representam avanços significativos na compreensão do espaço. Enquanto o SPHEREx trará um novo panorama da história do Universo, o PUNCH ajudará a proteger a Terra dos efeitos do clima espacial.

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Astronauta tira fotos de explosão da Starship no espaço

O astronauta Don Pettit, da NASA, tirou fotos do momento em que o foguete Starship, da SpaceX, explode e cai durante teste de lançamento na quinta-feira (06). “Vimos a Starship 8 se desintegrar na atmosfera e cair de volta à Terra a partir da ISS [Estação Espacial Internacional]”, escreveu no X.

A postagem traz duas fotos. Se você imaginou algo cinematográfico, reajuste as expectativas. Está mais para algo abstrato (e bonito, diga-se). O que dá para ver nas imagens de Pettit: fumaça, causada pela explosão da espaçonave no seu oitavo voo.

Veja abaixo as imagens postadas pelo astronauta na sua página no X:

Entre uma tarefa e outra na ISS, Pettit movimenta suas páginas nas redes sociais com postagens sobre rotina e momentos intrigantes vividos (e vistos) do espaço.

Em janeiro, por exemplo, o astronauta publicou um vídeo curto do que chamou de “aurora boreal muito verde” vista da ISS. Mais recentemente, Pettit postou vídeos nos quais mostra como vestir calças pode ser divertido no espaço.

Saiba mais sobre o astronauta e os exemplos citados nesta matéria do Olhar Digital.

Explosão da Starship afetou mais de 200 voos nos EUA, segundo governo

Cerca de 240 voos foram prejudicados nos Estados Unidos pela explosão do foguete Starship. É o que informou a Administração da Aviação Federal (FAA, na sigla em inglês), na sexta-feira (07).

Explosão da Starship durante teste de lançamento causou atrasos e desvios de voos nos EUA (Imagem: SpaceX)

Segundo a FAA, o incidente causou atrasos em 171 decolagens e desvios em 28 voos. Em média, os atrasos foram de 28 minutos.

lançamento ocorreu às 20h31 (horário de Brasília) em Boca Chica, no Texas (EUA). Aproximadamente dez minutos depois, a SpaceX perdeu o contato com a nave.

Leia mais:

Após cerca de oito minutos do lançamento, o estágio superior do foguete começou a girar descontroladamente e perder altitude, o que resultou numa explosão – para Musk, um “pequeno revés“.

Saiba mais sobre os impactos (e destroços) da explosão da Starship nesta matéria do Olhar Digital.

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Rochas trazidas de Marte colocam em risco a vida na Terra?

Em 2017, o filme “Vida” trouxe a história de seis astronautas que são surpreendidos pela primeira forma de vida encontrada fora da Terra. A equipe coletou amostras no solo de Marte e realizou as análises dentro da estação espacial. Mal sabiam eles que a criatura ganharia capacidades inimagináveis — e um desfecho trágico.

É coisa de cinema, sim, mas que não está tão longe assim de ser realidade. A preocupação com possíveis efeitos colaterais de amostras coletadas em Marte existe. E motivou uma equipe da Universidade de Tóquio (Japão) a criar métodos para detectar vida.

O momento não poderia ser melhor, já que as agências espaciais planejam trazer rochas de Marte para a Terra para estudo nos próximos anos. A NASA, por exemplo, anunciou, recentemente, iniciativas para o Mars Sample Return, que buscam designs inovadores para reduzir o custo, o risco e a complexidade da missão, prevista para a década de 2030.

Amostras de Marte são coletadas pelo robô Rover (Imagem: Divulgação/NASA)

O cuidado não se restringe à Marte: na época do programa Apollo, os astronautas que pisaram em solo lunar passavam por procedimentos de descontaminação e, até mesmo, quarentenas, só por precaução.

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Descobrindo vida em Marte

O método criado pelo Departamento de Ciências da Terra e Planetárias da Universidade de Tóquio teve como base rochas antigas ricas em micróbios da Terra, análogas às rochas de Marte que deverão ser trazidas pelos astronautas.

“Nós criamos a espectroscopia óptica fototérmica infravermelha (O-PTIR), que teve sucesso onde outras técnicas não tinham precisão ou exigiam muita destruição das amostras”, explica o professor associado Yohey Suzuki, que participou da pesquisa.

O equipamento lança luz infravermelha sobre amostras com camadas externas removidas e cortadas em fatias. Embora ligeiramente destrutivo, ele deixa bastante material intacto para outros tipos de análises, segundo o cientista.

Análise de rochas com o método O-PTIR (Imagem: Reprodução)

Um laser verde, então, capta sinais da amostra onde foi exposta à luz infravermelha. Com isso, os pesquisadores podem obter imagens de detalhes tão pequenos quanto meio micrômetro, o suficiente para discernir quando uma estrutura é parte de algo vivo.

“Demonstramos que nosso novo método pode detectar micróbios de rochas basálticas de 100 milhões de anos. Mas precisamos estender a validade do instrumento para rochas basálticas mais antigas, com cerca de dois bilhões de anos, semelhantes às que o rover Perseverance em Marte já coletou”, ponderou Suzuki.

A técnica foi avaliada pelo Comitê Internacional de Pesquisa Espacial (COSPAR, na sigla em inglês), que desenvolveu um conjunto de protocolos para aqueles envolvidos na obtenção, transporte e análise de rochas de Marte com o objetivo de evitar contaminação.

O post Rochas trazidas de Marte colocam em risco a vida na Terra? apareceu primeiro em Olhar Digital.