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Astronauta mostra como vestir calças pode ser divertido no espaço

Entre uma tarefa e outra na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), o astronauta Don Pettit, da NASA, posta conteúdo e interage com seguidores e curiosos nas redes sociais. Recentemente, Pettit postou vídeos nos quais explora maneiras de vestir calças na ISS.

As imagens mostram como algo banal pode ficar bem divertido num ambiente com gravidade zero. No primeiro vídeo, Pettit veste a calça colocando as duas pernas de uma vez. No segundo, o astronauta “cai” na calça (também vestindo as duas pernas de uma vez).

Assista abaixo aos vídeos em questão postados por Pettit:

(“Duas pernas de uma vez!”)

(“OK; vocês perguntaram se isso era possível…”)

O astronauta também mostrou como troca as lentes da sua câmera na ISS. É outro exemplo de algo banal tornado bem divertido por conta da ausência de gravidade. Confira abaixo:

Astronauta da NASA grava vídeo de aurora boreal ‘muito verde’ do espaço

Se o nome Don Pettit pareceu familiar para você, mesmo sem segui-lo nas redes sociais, é porque esta não é a primeira vez que o Olhar Digital mostra postagem dele. Em janeiro, o astronauta gravou um vídeo curto do que chamou de “aurora [boreal] intensamente verde” vista da ISS.

(Assista ao vídeo postado por Pettit nesta matéria do Olhar Digital.)

Pettit gravou vídeo de aurora boreal ‘muito verde’ vista da Estação Espacial Internacional (Imagem: Reprodução/Redes sociais)

Aurora boreal é fascinante, não importa se vista da Terra ou do espaço. Mas observar o fenômeno de cima para baixo pode ser difícil de conceber na imaginação. Por sorte, existe internet e redes sociais. E astronautas com um pouco de tempo livre e muita disposição para mostrar compartilhar experiências intrigantes vividas no espaço.

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Pettit está na ISS desde setembro de 2024. Astronauta da NASA desde 1996, Pettit é engenheiro químico formado pela Universidade de Oregon, nos EUA. Se você gosta de conteúdo relacionado a NASA e/ou espaço, vale a pena seguir as páginas do astronauta nas redes sociais.

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Com pouca energia e em silêncio, sonda da NASA gira lentamente no espaço

A situação do satélite Lunar Trailblazer, da NASA, está cada vez pior. Lançada no final de fevereiro, a bordo do foguete Falcon 9 da SpaceX, a sonda deveria mapear a distribuição de água na Lua. Mas os controladores da missão perderam contato com o satélite. Agora, a sonda está com pouca energia. E gira no espaço.

“Com base na telemetria antes da perda de sinal na semana passada e nos dados de radar coletados em 2 de março, a equipe acredita que a espaçonave está girando lentamente num estado de baixa energia“, escreveu Naomi Hartono, da NASA, num comunicado publicado em 4 de março.

Ao longo da última semana, os controladores tentaram restabelecer a comunicação com o pequeno satélite. Mas não conseguiram.

Equipe da NASA continua de olho no satélite na esperança de recuperar rumo da missão

A equipe continuará monitorando “caso a orientação da espaçonave mude para onde os painéis solares recebam mais luz, aumentando sua produção para apoiar operações e comunicações de maior potência”, acrescentou Naomi.

Conceito artístico da sonda Lunar Trailblazer na órbita da Lua (Imagem: Lockheed Martin/NASA/Romolo Tavani – Shutterstock)

Os controladores de voo do Lunar Trailblazer usam a Rede Espacial Profunda da NASA, juntamente a observatórios terrestres, para entender melhor a orientação da sonda no espaço.

No entanto, os problemas do pequeno satélite impediram a execução de manobras vitais de correção de trajetória pós-lançamento – TCMs, para facilitar. Essas são pequenas operações de propulsores para ajustar o caminho de voo da espaçonave em direção à Lua.

Futuras TCMs colocariam o Lunar Trailblazer na órbita planejada ao redor da Lua. Isso se a NASA/Caltech conseguir retomar o controle da sonda. Essas “estratégias alternativas de TCM” podem “permitir que o satélite complete alguns de seus objetivos científicos”, segundo Naomi.

Complicações na sonda da NASA

O satélite da NASA foi para o espaço junto a outros dois projetos científicos – o módulo lunar Athena, da Intuitive Machines; e o Odin, equipamento de mineração de asteroides da Astroforge. O lançamento ocorreu às 21h26 (horário de Brasília), no Centro Espacial Kennedy, na Flórida (EUA), em 26 de fevereiro.

Após ser liberado no espaço, o Lunar Trailblazer conseguiu estabelecer contato com a equipe de controle do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech).

No entanto, de acordo com um comunicado da NASA, os primeiros dados indicaram falhas intermitentes no sistema de energia. Durante a manhã de quinta-feira (27), a comunicação foi completamente perdida.

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O pequeno satélite da NASA

Sonda Lunar Trailblazer
Sonda Lunar Trailblazer antes de ser encapsulada para ser lançada à Lua (Imagem: Lockheed Martin)

O orbitador Lunar Trailblazer faz parte do programa SIMPLEX (sigla em inglês para “Pequenas Missões Inovadoras de Exploração Planetária”). É uma iniciativa da NASA para lançar pequenas espaçonaves científicas de baixo custo como carga secundária de voos compartilhados. Neste caso, a missão principal era o módulo lunar Athena (IM-2).

O Trailblazer ficará em órbita coletando dados globais sobre a presença de água na Lua. O objetivo é entender onde e em que forma essa água está armazenada – conhecimento essencial para futuras missões tripuladas.

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Trump garante: EUA “vão fincar a bandeira americana em Marte e além”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a manifestar o desejo de levar astronautas americanos para Marte. Ele já havia dito algo nessa linha no discurso de posse, em janeiro deste ano, durante a campanha eleitoral e agora em participação numa sessão conjunta do Congresso americano.

“Vamos conquistar as vastas fronteiras da ciência, e vamos liderar a humanidade para o espaço e fincar a bandeira americana no planeta Marte e até muito além”, afirmou o republicano a deputados e senadores.

“E através de tudo isso, vamos redescobrir o poder incontrolável do espírito americano e vamos renovar a promessa ilimitada do sonho americano”, concluiu Trump em discurso nesta quarta-feira (5).

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Na plateia estava outro grande entusiasta dessa ideia: o empresário e agora chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), Elon Musk. Ele já disse mais de uma vez que enviar astronautas a Marte é uma das principais metas para sua empresa de voos espaciais.

A SpaceX, aliás, atualmente transporta gente da NASA de e para a Estação Espacial Internacional (ISS). Além disso, a empresa está construindo um megafoguete gigante Starship para levar o homem de volta à Lua até 2027.

Trump e Musk dividem esse desejo em comum: ambos querem levar os EUA para Marte – Imagem: bella1105/Shutterstock

O quão perto estamos desse objetivo?

  • Trata-se de uma meta bastante ambiciosa e difícil de ser alcançada.
  • O site ABC News ouviu alguns especialistas no assunto e eles listaram uma série de desafios que devem ser superados para o sucesso dessa missão.
  • O primeiro deles é a janela de lançamento: o ideal é esperar que Terra e Marte se alinham em suas órbitas ao redor do Sol.
  • Isso reduz a distância e a energia necessárias para a viagem.
  • De acordo com Scott Hubbard, que comandou o programa Mars da NASA nos anos 2000, a próxima janela está a um ano e meio de distância – e a próxima acontece somente 26 meses depois.
  • Outra dificuldade é o tamanho dessa viagem.
  • A NASA estima que ela pode durar de 7 a 9 meses na ida, além de um tempo similar na volta.
  • Somando o período no próprio Planeta Vermelho, estamos falando de uma jornada de quase 3 anos!
  • Nenhum astronauta ficou tanto tempo assim longe de casa até hoje – e isso implicaria outros problemas.

“Como nos sustentamos? Não podemos reunir todos os recursos que precisamos em uma viagem a Marte e sustentar uma missão longa. Então, vamos ter que descobrir como cultivar a comida que vamos precisar”, pontuou o tripulante da ISS Nick Hague.

  • Os astronautas também precisariam ser capazes de substituir equipamentos que quebrassem durante a viagem.
  • E não dá para levar peças de reposição para tudo (a nave ficaria muito pesada).
  • Uma das soluções seria uma espécie de impressora 3D – mas será que dá pra confiar na tecnologia que temos hoje?
Terra e Marte
A distância entre Terra e Marte varia de acordo com a posição dos planetas, mas ela é gigantesca de qualquer jeito – Imagem: buradaki / iStock

Problemas de saúde

De acordo com a fisiologista espacial Rihana Bokhari, a viagem também exporia os astronautas a condições que poderiam levar a uma série de problemas de saúde.

Essa lista inclui problemas ósseos e musculares, questões envolvendo saúde mental e até mesmo o risco potencial de câncer.

Outra dificuldade é o tempo de comunicação entre a nave e a base na Terra. Falando ao ABC News, a doutora explicou que encaminhar mensagens de volta ao nosso planeta pode levar cerca de 20 minutos. Tempo suficiente para acontecer uma tragédia.

Outro aspecto que deve ir para o papel é o operacional. Beleza, vamos supor que a equipe tenha chegado a Marte. Todas as informações que temos hoje mostram que o planeta não é habitável. Sua temperatura média é de -64ºC, a atmosfera é muito fina, a radiação é alta e não existe um campo magnético.

Os astronautas, portanto, precisariam construir uma estrutura de suporte de vida muito bem feita. E isso pode ser extremamente complicado – ainda mais depois de uma desgastante viagem de pelo menos 7 meses.

Bandeira dos Estados Unidos tremulando na superfície Lua enquanto astronauta está de pé ao lado dela
A equipe de astronautas para essa missão a Marte deve ser experiente e estar preparada para enfrentar uma série de dificuldades – Imagem: Divulgação/NASA

Para os especialistas, estamos falando de algo extremamente difícil, mas não impossível. Eles acrescentam que, mais do que recursos e tecnologia de ponta, é preciso ter vontade política. Isso Trump já demonstrou. Basta agora todo o resto… E isso não será nada fácil.

As informações são do Space.

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Naves Voyager estão ficando sem energia – mas a NASA tem a solução

As naves espaciais gêmeas Voyager 1 e 2 estão ficando sem energia. Para garantir que ambas continuem sua jornada além dos limites do Sistema Solar, a NASA está desligando equipamentos em cada uma das naves.

A agência espacial americana explicou que, sem essa ação, cada Voyager teria apenas mais alguns meses de vida.

A sonda Voyager 1 ainda mantém comunicação com a Terra, mesmo a 25 bilhões de quilômetros de distância (Créditos: NASA, ESA, and G. Bacon/STScI)

NASA está desligando equipamentos das naves Voyager

As naves foram lançadas ao espaço em 1977, cada uma com o mesmo conjunto de dez instrumentos. A Voyager 1 chegou ao destino em 2012 e a Voyager 2, em 2018. Desde então, elas já viajaram juntas mais de 46 bilhões de quilômetros no espaço – e se tornaram os objetos construídos pelo homens a chegar mais distante da Terra.

Não é de se estranhar que, após toda essa trajetória, as naves estejam ficando sem energia. Segundo a gerente de projeto Voyager no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, Suzanne Dodd, em uma declaração, elas são as “estrelas do rock do espaço profundo desde o lançamento e queremos manter isso assim o máximo possível”. Mas a energia elétrica está acabando e, sem desligar alguns equipamentos, a dupla só teria energia para mais alguns meses.

Como solução, a NASA desligou o experimento do subsistema de raios cósmicos da Voyager 1 em 25 de fevereiro. Em 24 de março, desligará o instrumento de partículas carregadas de baixa energia da Voyager 2, que tem como objetivo medir íons, elétrons e raios cósmicos vindos da galáxia.

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Economia de energia não é recente

  • Na década de 1980, a NASA já havia desligado vários instrumentos de bordo em ambas as naves para aumentar a longevidade da dupla;
  • Em outubro de 2024, a agência também desligou o experimento científico de plasma da Voyager 2, que media a quantidade e direção do plasma que flui por ele;
  • Isso acontece porque as naves usam um sistema de geração de eletricidade a partir do calor emitido pela decomposição de um isótopo radioativo de plutônio;
  • De acordo com o Space.com, esse processo perde cerca de 4 watts de energia da Voyager 1 e 2 por ano.
Imagem mostrando a sonda Voyager
O Programa Voyager é um dos mais antigos em funcionamento da atualidade (Imagem: NASA)

E como fica a Voyager sem os equipamentos?

De acordo com Patrick Koehn, cientista do programa Voyager, as naves superaram em muito a missão original de estudar planetas exteriores. Só o fato da dupla ter chegado mais longe que qualquer outro objeto construído pelo homem prova seu valor.

Por isso, a decisão de desligar equipamentos não é fácil. Antes, a NASA analisa o ganho de energia que a desativação tratá para a nave. A expectativa é que, em 2026, as Voyager tenham apenas dois instrumentos operacionais, e apenas um em 2030.

No entanto, as condições no espaço são imprevisíveis e isso pode mudar a qualquer momento,

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SpaceX vai lançar missão da NASA para investigar correntes elétricas na atmosfera da Terra

Correntes elétricas intensas percorrem os céus polares da Terra a cada segundo, transportando milhões de amperes de carga elétrica. Conhecidos como eletrojatos de auroras, esses fenômenos surgem da interação entre o vento solar e o campo magnético do planeta. Seus efeitos podem ser prejudiciais, causando falhas em redes elétricas, interferências em satélites e riscos para astronautas.

Para entender melhor esse processo, a NASA lançará a missão EZIE (sigla em inglês para Explorador de imagens Zeeman por Eletrojato). O projeto enviará ao espaço três pequenos satélites para rastrear e analisar o comportamento dos eletrojatos. O objetivo é identificar suas variações e prever possíveis impactos na infraestrutura terrestre e nas operações espaciais.

“EZIE será a primeira missão focada exclusivamente no estudo dos eletrojatos”, explicou Larry Kepko, cientista do projeto na NASA, em um comunicado. A missão utilizará uma técnica inovadora baseada no chamado efeito Zeeman, um método de medição de campos magnéticos nunca antes usado para esse fim.

A chave para essa investigação está no comportamento das moléculas de oxigênio na atmosfera terrestre. Essas moléculas emitem radiação de micro-ondas em uma frequência específica, que pode ser alterada pela presença de um campo magnético. Como os eletrojatos criam campos magnéticos ao redor do planeta, eles modificam essa radiação em um processo chamado divisão de Zeeman. Quanto mais forte o campo, maior é a divisão observada.

Os três cubesats da missão EZIE estarão equipados com magnetômetros de micro-ondas para detectar essas variações. A partir dessas medições, os cientistas poderão mapear com precisão a estrutura e a evolução dos eletrojatos, ampliando o conhecimento sobre seu impacto na Terra e no espaço.

“Essa técnica permite medir remotamente campos magnéticos gerados por correntes elétricas em altitudes de difícil acesso”, explicou Sam Yee, cientista responsável pelo projeto. O estudo pode ajudar a desenvolver sistemas de alerta para minimizar os danos causados por essas correntes na infraestrutura terrestre.

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Dados coletados na atmosfera da Terra serão analisados por cientistas cidadãos

Além dos satélites, a NASA contará com a colaboração de cientistas cidadãos para coletar dados complementares. Kits de magnetômetros serão distribuídos para estudantes nos EUA e voluntários ao redor do mundo. Os dados obtidos na superfície terrestre serão comparados com as medições feitas no espaço, proporcionando uma visão mais completa dos eletrojatos.

“Os cubesats farão medições a partir do espaço, enquanto estudantes e voluntários coletarão informações do solo”, destacou Nelli Mosavi-Hoyer, gerente do projeto na NASA. Essa abordagem colaborativa amplia as possibilidades de pesquisa e incentiva a participação do público na ciência.

Os satélites EZIE serão lançados a bordo de um foguete Falcon 9 da SpaceX, partindo da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, com a missão de compartilhamento de viagens Transporter-13. Ainda sem data definida, a missão deve ser lançada em breve, para aproveitar o período de máximo solar, quando a atividade do Sol está mais intensa e os eletrojatos se tornam mais fortes. “Esse é o momento ideal para o lançamento, pois os eletrojatos respondem diretamente à atividade solar”, explicou Kepko.

Outras missões da NASA, como o projeto PUNCH (Polarímetro para Unificar a Coroa e a Heliosfera), complementarão o estudo dos eletrojatos. Os satélites PUNCH analisarão como o material da coroa solar se transforma no vento solar, fornecendo informações essenciais para entender a relação entre o Sol e a atmosfera terrestre (saiba mais aqui).

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Foto da NASA mostra quando jato supersônico quebra barreira do som

A NASA divulgou uma foto que mostra quando o jato supersônico XB-1, da Boom Supersonic, quebra a barreira do som. A imagem, publicada na página da empresa no X segunda-feira (03), foi capturada durante o segundo voo supersônico da aeronave.

“Durante o segundo voo supersônico do XB-1, fizemos uma parceria com a NASA para capturar esta imagem Schlieren do XB-1 avançando pelo ar em velocidades supersônicas”, diz a postagem da Boom Supersonic. “Ela documenta a mudança na densidade do ar ao redor do XB-1 e a onda de choque resultante — tornando o invisível visível.

NASA usa técnica especial de imagem para registrar voo supersônico de jato

A foto do jato supersônico ultrapassando a velocidade Mach 1 foi capturada por meio da técnica óptica Schlieren. Existem várias maneiras de se obter imagens Schlieren, mas o princípio é o mesmo: um conjunto de luzes especiais, lentes e outros equipamentos para iluminar uma imagem, refletida numa tela ou através de uma lente de câmera para criar uma imagem muito estável.

Avião supersônico XB-1, da empresa Boom, passou pelo seu 11º teste em janeiro de 2025 (Imagem: Boom/Reprodução)

A imagem permanece estável até que o ar ao redor seja perturbado – por exemplo: ao acender uma vela ou quando um objeto passa voando em velocidades supersônicas. Isso causa mudanças sutis na pressão do ar, temperatura e densidade, por exemplo.

A imagem Schlieren pode detectar e tornar essas mudanças visíveis porque tais alterações mexem no índice de refração do ar e desviam a luz. Assim, podemos ver o calor subindo do braço de alguém e a turbulência do disparo de uma arma, por exemplo.

Técnica Schlieren e sua variante BOS

Até pouco mais de duas décadas atrás, a técnica Schlieren era restrita a laboratórios devido ao conjunto complexo de equipamentos e condições para aplicá-la. Então, por volta de 2000, o DLR Göttingen desenvolveu uma variante chamada Background Oriented Schlieren (BOS).

Imagem mostrando aviões supersônicos quebrando barreira do som
Variante da técnica Schlieren é útil para mostrar como aeronaves supersônicas afetam o ar ao seu redor (Imagem: NASA)

O BOS usa um fundo texturizado natural e imagens digitais para produzir imagens Schlieren sem a necessidade de iluminação especial ou arranjos ópticos complexos. Isso é alcançado usando um fundo estável, como o chão do deserto, que pode ser dividido num padrão de manchas.

Isso é gravado como uma imagem de referência. Então, quando uma aeronave como o XB-1 voa pela área, o ar deslocado perturba o padrão – o que pode ser medido e transformado em imagem por meio de complicados algoritmos de correlação cruzada.

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Aplicações práticas do BOS

Além de render boas fotos para livros didáticos de história e ciência, o BOS tem aplicações práticas, segundo o New Atlas. No caso do XB-1, engenheiros podem confirmar e aprimorar as propriedades de atenuação do estrondo sônico para a estrutura da aeronave.

Avião supersônico XB-1 no ar
Imagem de jato supersônico pode ajudar engenheiros a aprimorar a aeronave (Imagem: Boom Supersonic)

Além disso, o BOS pode ser usado para analisar rotores de helicópteros ou lâminas de hélices, analisar padrões de vórtices nas asas e registrar como aeronaves voando em formação perturbam umas às outras ao misturar fluxos de ar.

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Assista ao lançamento de duas missões revolucionárias da NASA

A NASA está prestes a lançar duas missões espaciais no mesmo foguete. O telescópio SPHEREx e o conjunto de satélites solares PUNCH vão decolar a bordo de um Falcon 9, da SpaceX, nesta quarta-feira (5), a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, à 00h09 (pelo horário de Brasília).

O evento terá transmissão ao vivo pelo canal da NASA no YouTube, começando às 23h15 de terça-feira (4).

A estratégia de compartilhamento de viagem faz parte do Programa de Serviços de Lançamentos da agência, que busca otimizar custos ao combinar diferentes missões científicas em um único foguete. Isso permite dividir os gastos entre a verba do governo dos EUA e o dinheiro de empresas privadas, ampliando as oportunidades para a exploração espacial.

Missão SPHEREx vai criar um grande mapa do Universo

O SPHEREx (Espectrofotômetro para a História do Universo, Época da Reionização e Explorador de Gelos) é um telescópio espacial que examinará o Universo em infravermelho. Ele funcionará como uma versão panorâmica do Telescópio Espacial James Webb (JWST), captando a luz e analisando a composição de bilhões de galáxias.

Representação artística da missão SPHEREx, da NASA. Crédito: NASA

Enquanto o JWST se concentra em detalhes minuciosos de objetos distantes, o SPHEREx fará um mapeamento amplo, revelando o contexto em que esses objetos estão inseridos. Com isso, ajudará a entender a formação das primeiras galáxias e a origem da água no Sistema Solar.

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NASA quer desvendar os segredos do vento solar com a missão PUNCH

O PUNCH (Polarímetro para Unificar a Coroa e a Heliosfera) é uma missão composta por quatro satélites que estudarão a coroa solar – a atmosfera externa do Sol. O objetivo é entender como essa camada se transforma no vento solar, uma corrente de partículas que atravessa o espaço e influencia o ambiente ao redor da Terra.

O vento solar interage com a heliosfera, a bolha protetora em torno do Sistema Solar. Compreender essa dinâmica é essencial para prever tempestades solares e minimizar seus impactos em redes elétricas, comunicações via satélite e até na segurança de astronautas em missões espaciais.

Os quatro satélites da missão PUNCH, da NASA, em imagem conceitual. Crédito: NASA

Impactos e expectativas das missões

O SPHEREx investigará questões fundamentais, como os eventos que ocorreram logo após o Big Bang e a presença de moléculas essenciais para a vida no cosmos. Já o PUNCH utilizará técnicas inovadoras, como a análise da polarização da luz, para detalhar fenômenos solares e criar um “eclipse artificial” que facilitará a observação da coroa solar.

Ambas as missões representam avanços significativos na compreensão do espaço. Enquanto o SPHEREx trará um novo panorama da história do Universo, o PUNCH ajudará a proteger a Terra dos efeitos do clima espacial.

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